Cunhal e os seus capangas tantas vezes forjaram intentonas que ao aproximar-se o 25 de Novembro tentou mais uma jogada funambular reunindo a Presidência da República, o Governo Provisório, o Conselho da Revolução, o COPCON, o grupo dos Nove e os Partidos políticos. Ninguém acreditou nele, não houve reunião e Cunhal não teve possibilidade de despejar a cassete que mudava sempre a cabeça do inconsequente Otelo e ludibriava a esquerda militar.
Melo Antunes, embora fosse muito amigo de Cunhal, já tinha cumprido a missão que lhe fora confiada, mas conhecia a desorganização existente nos apoiantes do PC na sociedade civil e não acreditava na fidelidade de Otelo que mudava de opinião e de ideias consoante o conselheiro que tivesse ao lado. A juntar a este cata-vento tinha o Presidente da República que sendo muito inteligente não era confiável, pendia sempre para o lado que lhe parecesse que ia ganhar.
Melo Antunes convence Cunhal a desistir apresentando-lhe fortes argumentos para evitar a derrota. Mas Cunhal está metido até ao pescoço no golpe e, até ao último minuto, não pensa recuar. Melo Antunes avisa-o das consequências e promete-lhe que protegerá sempre o Partido Comunista caso o golpe não resulte se alguma Unidade avançar no terreno.
Melo Antunes foi sempre considerado a Bête noire nos Governos em que participou. Besta negra é um indivíduo de que ninguém gosta, mas que, por qualquer motivo, se consegue impor.
Pires Veloso não o poupa e afirma liminarmente que ele e o Ramalho eram unha com carne e que foi Melo Antunes que decidiu fazer de Ramalho o herói do 25 de Novembro para ilibar o Partido Comunista do golpe e levá-lo a Presidente da República.
O posto de comando do 25 de Novembro é montado na Amadora onde ficam o Coronel Garcia dos Santos, os Tenentes-coronéis Tomé Pinto, Aurélio Trindade, Monteiro Pereira, coordenados pelo Tenente-coronel Ramalho Eanes, mais tarde graduado em General.
Entretanto os valorosos revolucionários, cientes de que a televisão seria uma mais-valia, encarregam o capitão Duran Clemente de, no pequeno ecrã, arengar ao povo. O rapaz falou sobre os benefícios da revolução.
A melhor maneira de combater os contra revolucionários era dar-lhes a resposta adequada. A resposta veio sem ele esperar. Foi substituído pelo Bobo da Corte.
Quando os pára-quedistas, o GDACI e os quarteis da Polícia Militar, do Ralis etc., se rendem e são presos, os comandantes e adjuntos seguem o mesmo caminho: General Pinho Freire, Capitão Faria Paulino, Marques Pinto, majores Campos Andrada, Mário Tomé, Cuco Rosa, Dinis de Almeida e vários elementos da Comissão Coordenadora de Sargentos da Força Aérea.
Os Generais Carlos Fabião e Otelo Saraiva de Carvalho são destituídos dos cargos de CEME e de comandante do COPCON além de serem demitidos do CR (Conselho da Revolução).
Ramalho Eanes em entrevista ao Expresso não tem dúvidas que seria fuzilado se os comunistas tivessem ganho.
Não fuzilaram o Eanes, pelo contrário aumentaram-lhe os rendimentos em 2008, mas esta Democracia libertária está a fuzilar quase três milhões de portugueses. Aquilo que recebem não lhes dá para comer, quanto mais para viver.
Alguns, que têm bons salários, ainda continuam a festa e a mentira do 25 de Abril e a escapadela do 25 de Novembro.
Os comunistas não desarmam. Continuam a fazer tudo quanto pretendem, mas sem que isso os denuncie como os fautores da instabilidade.
Esperam uma oportunidade que nunca mais virá. São filhos da subserviência e da persistência enquanto não compreenderem a ignorância e a estupidez que os enforma num mundo que sacudiu o comunismo como quem sacode sarna.
C.S
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