O Guilherme, que este sábado escreve no "Expresso" sobre: "Primeiros exames a sério..." devia saber que este, não é um País a sério. Portugal é um protótipo. Você ainda não percebeu isso, ó Valente?
Quando o Guilherme vem com "aluno do 11º disse ao pai: "temos de estudar, vem aí o Nuno Crato". Temos gato escondido com rabo de fora. O mesmo aluno, ou outro semelhante, disse-me a mim: o Guilherme é um valente lambe-botas.
Se o Guilherme fosse estudar o ensino nos países ricos e evoluídos em vez de bajular o ministro, podia, na mesma, desancar no "eduquês" e dar conselhos consistentes ao Crato que lhe ficaria grato.
Sabe, ó Guilherme, o mal dos nossos políticos é ouvirem o que gostam que lhe digam, o pior é o povo e os filhos do povo que pagam as favas por sofrer as consequências de tão solícitos conselheiros.
Recordo-lhe dois homens, muito inteligentes, que claudicaram à lisonja. Um, não foi Presidente da República, por uma unha negra; o outro, Primeiro-Ministro, fugiu por não saber dizer não a tantos "amigos".
Aqui para nós, que ninguém nos ouve, ó Guilherme, você percebe alguma coisa de pedagogia? É óbvio que você não sabe, nem fez estudos comparativos com o ensino na Finlândia, na Alemanha, no Reino Unido, na França, na China, na Ucrânia, na Rússia, na Noruega, na Suécia. Vá, viaje, pergunte, compare, medite e depois aconselhe o Ministro Crato. Diga-lhe que escusa de inventar o que já está inventado.
Você é um teórico, ó valente Guilherme! Tem de ir à prática, ao terreno. A aprendizagem aprimora-se na prática. Os doutores de saliva, gargarejo e água-benta acabaram. Temos de arregaçar as mangas e ir à luta. Um dos Ministros, salvo erro, o Álvaro foi claro: podem tratar-me por Álvaro. Como quem diz eu venho para trabalhar, deixem-se de vénias, de salamaleques e doutorices.
Mas em Portugal ainda se privilegia o marranço, a teoria mal ensaboada do que a prática. Outros pensaram o mesmo e acabaram com as Escolas Comerciais e Industriais. O resultado está à vista.
O facilitismo da escola foi o fruto do Golpe fácil que Marcelo Caetano facilitou. Tudo fácil. Militares fáceis, professores fáceis, médicos fáceis, advogados fáceis, alunos em roda livre. O ensino com o passar dos anos e o acalmar dos ânimos melhorou bastante.
Só para o esclarecer em poucas palavras.
O professor tem de saber ler nos olhos dos alunos e valorizar a sua participação nas aulas.
Cinquenta minutos de aula têm de ser 50 minutos de esforço constante do professor. Se o professor conseguir esta entrega pode ter a certeza que não necessita de reprovar alunos, nem são necessárias provas suplementares de aferição.
Por alguma razão os professores, em Portugal, tinham três meses de férias. Era a compensação pelo esforço despendido e a possibilidade de recarregar baterias para o ano seguinte.
C.S
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