O "Portugal em direto" da Antena1, que tem presença diária, depois do noticiário das 13, é um programa, normalmente, interessante, descontraído, informativo, simpático.
Ontem, além dos outros assuntos focados, falou das térmitas que invadiram o Convento de Santa Clara e, paulatinamente, se vão deliciando com o miolo da talha doirada que envolve as esculturas e deixa umas e outras em franjas, ou seja num estado lastimoso.
Só a rainha Santa Isabel se salvou porque mudou de residência. Outros santos não tiveram a mesma sorte. As térmitas chamaram-lhes um figo.
Claro que eu não tenho nada contra nenhum inseto nem contra qualquer outro ser vivente. Todos fazemos parte deste mundo de tontos que ainda não compreendemos porque existimos no paraíso, que vamos transformando em inferno.
Não tenho nada contra as térmitas, mas o mesmo já não posso dizer de quem cuida destes espaços.
O desleixo ou a falta de profissionalismo faz que qualquer bicho careta coma as papas na cabeça a quem não tem olhos na cara para ver e ouvidos para ouvir.
As térmitas, por mais cuidado que tenham em não deixar vestígios dos seus manjares, acabam sempre por deixar rasto; um ou outro buraquito, serrim e um leve ruído. Seria normal que ao serem detetadas, o alarme fosse lançado de imediato e a exterminação das exterminadoras se faça sem delongas. Não foi isso que aconteceu. Hoje a talha dourada do Convento de Santa Clara mais parece um tapete de renda terminal para os olhos dos visitantes.
O entrevistado do "Portugal em Direto" não sabia a extensão do estrago, mas calculava-o, estranhamente, em seiscentos mil euros que o Governo terá de desembolsar porque quem cuida e vive nestes espaços não os protege das térmitas, do desleixo e da ignorância.
Assim vai Portugal, mal por culpa dos ministros que não ministram os seus espaços, das térmitas que têm de se alimentar e da talha dourada que não tem resistência para aguentar as dentadas destes insetos que só depois de bem gordos irão ser atacados, lá para as calendas gregas, porque caçar insetos alados ou ápteros que os cace quem quiser.
O Governo não tem dinheiro para mandar cantar um cego, quanto mais para cuidar de quem não cuida de si próprio e do património à sua guarda e julga que pode continuar a exigir, a exigir, a exigir.
Conclusão: a diferença entre as térmitas e o ser humano não é nenhuma. Só que umas trabalham para o seu sustento, enquanto o outro reivindica direitos, faz greves, berra, insulta e espera que o alimentem.
Resultado: ambos vão ter um lindo enterro. São dois animais perfeitos.
C.S
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