A maioria dos campos portugueses continuam incultos e os gastos supérfluos ainda não pararam. Perante esta situação não há Governo que consiga resistir à bancarrota.
Os workaholics da Alemanha, Holanda e Finlândia começam a achar que é demais a festa quando eles é que têm de a pagar. Portugal pode ver-se, de um momento para o outro, sem dinheiro nem para uma carcaça.
Todas as pessoas, mesmo as que recebem o RSI (rendimento social de inserção), estão conscientes do perigo em que toda a gente se encontra, mas ninguém parece preocupado em gastar até ao último cêntimo, sempre à espera do milagre que lhes dará de comer porque a amenidade do clima não exige muito mais.
O português vive em Portugal como se estivesse sempre em turismo. Na verdade, um país com tantos atrativos não é um país para trabalhar, é para desfrutar, é para gozar, é para amar.
É por esse amor que nos faz morrer de saudade quando estamos longe, que todos temos de voltar para o trabalho na indústria, no comércio e nos campos, já que os turistas estrangeiros estão certos, mas não são suficientes para o nosso sustento.
No sábado passado ouvi o programa da Antena1 "A voz dos sons" de Ana Aranha e de Iolanda Ferreira. O tema focava os anos cinquenta em Portugal e no mundo.
Portugal depois de ter reparado quase todos os estragos causados por uma Primeira República, que não desfez o país porque não calhou, entrou numa época pujante de progresso em que uma governação avisada e exemplar incitou o povo ao trabalho e fez de um país de miseráveis um País onde dava gosto viver.
A propaganda de incitamento ao trabalho era aproveitada nos jornais, nas rádios e nos filmes. E num destes, no programa citado, ouve-se o espantoso António Silva falar dos Silvas agricultores. "A família Silva a caminho da Natureza" porque uma tia tinha morrido e lhes tinha deixado uma quinta, que antes nada produzia e agora iam fazer dela uma fonte de rendimento.
Este episódio serve para chamar a atenção dos campos abandonados quando estamos sujeitos a ficar sem os alimentos que a União Europeia até agora tem fornecido a contado. Mas sem dinheiro, porque foi desbaratado, não há crédito, nem choro fiado.
Critique-se o Governo, como cada um entender, mas se nós próprios não fizermos produzir, imediatamente, os campos ninguém salvará os nossos filhos e netos de uma vida desgraçada.
C.S
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