Apesar da tentativa comunista - sindicalista de colocar de rastos Portugal fazendo greves em dias de trabalho, há ainda muitos milhões de portugueses que têm orgulho no seu País e naquilo que nele se fabrica e vende.
Desde o azeite de sabor inigualável, ao queijo da serra e a fábricas inteiras que são exportadas para países tão avançados como a Rússia, sem quaisquer reclamações dos compradores porque têm a garantia do made in Portugal, tudo, este país, pode produzir desde que para tanto o povo não desanime e cruze os braços.
Interessado em procurar o que leva o português ao desespero e porque o desemprego e a insegurança dispararam e não há quem lhes ponha freio, tenho metido pés a caminho e percorrido Portugal, que amo, muito mais que a vida, e verifico que temos tudo para ser felizes e prósperos.
Esta semana aterrei, na terça-feira, na agradável, bonita e limpa cidade de Torres Novas. Era dia de mercado. Como a Rodoviária tem ali junto a sua estação, meti mercado dentro. Estava repleto de compradores e vendedores. Verifiquei que havia muita gente à roda dos vendedores de sementes e de verduras para replantar. Eles disseram-me que há muita gente que começa a fazer a sua horta e que o fazem com prazer. A venda é boa em todo o mercado.
Embrenhei-me pela cidade, os cantoneiros de limpeza esforçavam-se por fazer o melhor. Perguntei a um deles, o Paulo, que tem o décimo primeiro ano incompleto, se gostava do serviço. Respondeu-me, sem parar o trabalho, "que remédio, ele não cai do céu e todo o trabalho é digno".
Fui olhando as pessoas e as montras. Na loja de ferragens "Lobo e Sousa" leio com prazer, em quase todos os artigos expostos - "Fabricado em Portugal". A pequena loja está impecável. O patrão, único empregado do estabelecimento, tem 61 anos de trabalho naquele ofício. É uma verdadeira enciclopédia sobre os produtos que vende.
São horas de almoço. Vou ao "Escondidinho". A casa tem fama de servir bem. A dona, a Maria João, não para. A casa está cheia e a Bianca serve a maestrina Saraswati do Coral Sinfónico de Portugal, a seguir corre para os trabalhadores da PT, que têm sempre pressa. O trabalho não falta. O almoço, sopa, um prato de carne ou peixe, doce, pão, vinho ou sumo e azeitonas, custa € 7,50 ou menos, se optarmos por um prato mais reduzido.
Da parte da tarde, apanho o TUT (Transportes Urbanos de Torres Novas) e percorro o resto da cidade. Paro junto às instalações da Casa Nery, hoje IPIACNERY, peço um catálogo com informações detalhadas em Português, Espanhol, Inglês e Russo. A empresa foi comprada, em estado comatoso, pelo Grupo A. Putin. Hoje é uma empresa próspera que exporta quase tudo quanto produz e que pode fazer muito mais por Portugal.
Cansado, porque os anos pesam, fui sentar-me num dos bons cafés que naquela zona Torrejana abundam. As escolas, os bancos e o comércio têm aqui o seu refrigério.
Voltei a pensar na casa NERY que as greves mataram, e que o Grupo A. Putin soube ressuscitar e voltar a dar força e trabalho a gente que sabe trabalhar e sempre foi livre no tempo dos antigos patrões, como hoje também o é com os novos dirigentes.
Quando se inventam perseguições mirabolantes e fantasiosas sobre as proibições do 1º de Maio, no tempo do Estado Novo, a Casa NERY, que em 1969 tinha 400 operários, sempre celebrou o 1º de Maio como quis e entendeu.
A volta a Torres Novas voltou a dar-me alento e esperança. Portugal ainda não está perdido. A alma portuguesa é tão sólida como as máquinas da IPIACNERY.
C.S
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