Trinta e nove anos depois do 25 de Abril, olhamos, no jornal Público, para os heróis de ópera-bufa e sentimos distância.
Estes ganham sem fazer nada. São semelhantes aos Deputados, ouve-se o povo dizer, sempre que os “heróis” fazem aparições onde a ameaça e a pedincha são o palrear anedotário.
No Parlamento estão albergados, por caridade e interesse, Deputados dos Partidos Comunista, Bloquista e Centrista que gritam que a diminuição do número de Deputados fará desaparecer os Partidos mais pequenos.
Eles nunca dizem que têm de trabalhar mais para conseguir mais votantes, mesmo que o número passe de 230 para 150. O que lhes interessa é continuar instalados no albergue de São Bento, sem que para isso seja necessário esforço, inteligência e saber.
Trinta e nove anos depois do violentíssimo ataque ao Quartel do Carmo e da intimação do único defensor que exigiu um General para entregar o poder, caso contrário não se rendia, os temíveis capitães fizeram-lhe a vontade antes que o feitiço mudasse de ideias.
Depois desta última e retumbante vitória dos melenas, dos gajos e dos pás, os heróis da inocência ofereceram a Democracia e a Liberdade a um povo que ria no Parque Mayer, comia onde lhe apetecia e escolhia o trabalho que não faltava.
Hoje, o povo não tem trabalho, não tem alegria e a comida tem de ser bem pensada e bem escolhida nos produtos de marca branca.
Luís Fontoura, que escreveu, a pedido do Governo, sobre o “Conceito estratégico da Defesa Nacional” vem alertar para a insensatez de se privilegiar a compra de tanques, navios e aviões quando não há dinheiro. Se não há dinheiro não pode haver coesão social e desenvolvimento.
Claro que o Professor Luís Fontoura não será ouvido porque Generais, Almirantes, Coronéis, majores, capitães e sargentos querem continuar a ter as suas tropas e as suas mordomias. O resultado, digo eu, que nunca fui militar, é que, com estes heróis de batalha ganha antecipadamente e muitos anos de lucro, isto vai tudo ao fundo.
Neste país de pataratas salva-se a graça, a beleza e a inteligência de Maria Filomena Mónica que no Expresso de 2 de Março, no texto “O Parlamento ou a Rua” diz:
“Pelos vistos, não posso deixar a pátria, pois esta começa logo a deslizar para a asneira”.
C.S
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