Os portugueses têm de utilizar a imaginação para ultrapassar a crise.
Imaginação não é o que falta. Oiça-se o Jorge Jesus explicar as causas de qualquer derrota. O Sócrates ou o Passos não fariam melhor.
Se ouvirmos o chefe dos atletas que foram à Rússia, também ninguém o leva preso.
Dizer que todas as más prestações foram razoáveis e esperadas passa de ingenuidade a insensatez!
Vamos aos verdadeiros atletas.
Se há coisas que os portugueses têm são pernas. Carlos Lopes arrebatou ouro em Los Angeles. Rosa Mota fez o mesmo nos Olímpicos de Seoul.
Querem ser atletas? Treinem todos os dias. Não houve um ministro que aconselhou a ida para o estrangeiro para minimizar a crise? Os atletas podem fazer-lhe a vontade: saem de Lisboa e apontam o azimute para Estocolmo. Fazem quarenta quilómetros por dia. Passados 90 dias chegam ao destino. Para descansar arranjam emprego. Quando já têm o suficiente para as despesas regressam ao local de partida, outra vez a butes. Afinam os tempos, arranjam patrocinadores porque a Federação paga mal e ficam com uma pedalada que ninguém mais os bate.
Usain Bolt - Shelly – Ann Fraser- Pryce correm todos os dias. Por isso são campeões.
Nós, de garganta somos bons. Só não prestamos quando queremos encanar a perna à rã.
Até nas canções batemos no fundo. Bem se esforça um locutor matinal, que regouga, em levar um tipo que não sabe cantar a analisar as canções dos outros. É uma célula morta que mata o lugar onde trabalha.
Brincamos com aquilo que melhor temos: o fogo da imaginação.
Mas há gente para louvar. Na vila de Penamacor, os fogos não passam de fogueiras porque o Presidente da Câmara Municipal tem todos os anos um conjunto de atalaias que, sem gastarem calçado, estão nos pontos altos da terra, e, com binóculos, vigiam constantemente as centenas de hectares de terreno à sua volta.
Aquilo que, em escrita leve, tentei dizer é que a imaginação tanto resolve coisas simples como as outras mais complicadas. Basta querer. Dá muito gozo resolver aquilo que parece impossível.
Todos temos de ser muito melhores nestes ramos onde as pernas, os braços, a garganta e os olhos podem ser de tal modo espevitados que só não ganha medalhas, campeonatos ou evitamos os fogos, se em vez da imaginação para as desculpas, utilizarmos a imaginação para as vitórias.
Temos de impedir que o país soçobre. A TROIKA tem-nos cozido em lume brando. Não podemos deixar que arda por incapacidade, desleixo, desinteresse e estejamos à espera que o Governo, que não pode com uma gata pelo rabo, o faça por nós.
C.S
. Portugal, País de marinhe...
. Acredito na inteligência ...
. Todos mandam, ninguém se ...
. “Liga” perde combate na c...
. Em 146 a.C destruíram Car...
. O fim da guerra com estro...
. Estupidez criminosa alime...
. Tanto quis ser pobre, que...