Enquanto trabalhava fui ouvindo, na ANTENA1, os fadistas que por Alfama cativavam os apaixonados pela canção Nacional. Quando dei por mim eram duas da matina e estava a ouvir o noticiário das duas da manhã.
Tinha recomeçado às 21 e resolvi por termo ao prazer que o trabalho proporciona.
Revendo agora o que fui ouvindo e me embalava a vontade para não me cansar, nem adormecer verifico que os fados apesar de serem agradáveis podiam ter muito mais qualidade.
Digo isto sem querer ofender os artistas. Faço-o só para insistir na seguinte ideia: a austeridade não pode fazer que a qualidade dos nossos produtos diminua. Bem pelo contrário, quanto mais atenção pusermos em tudo o que fazemos, o tempo difícil em que vivemos passa mais rápido e com menos sacrifício porque estamos concentrados naquilo que estamos a idealizar ou a produzir.
Quando lemos os sermões do padre António Vieira, os discursos do Professor Oliveira Salazar ou observamos uma peça de Siza Vieira verificamos que ali existe qualidade, perfeição e uma força de ideias que aponta para o futuro e a expressão que nos garante a prosperidade.
Quando ouvimos Amália Rodrigues sentimos que ali há uma força cuja qualidade invade o mundo, encanta quem a ouve mesmo sem compreender a letra. Os milhões de discos vendidos em todo o mundo significam divisas e prosperidade para Portugal.
Estes exemplos pretendem chamar a atenção para o seguinte: a qualidade do que produzimos acaba sempre por dar bons frutos e recupera qualquer família ou qualquer país que tenha batido no fundo como acontece, presentemente, em Portugal. Chegado aqui termino com uma sugestão e dois exemplos:
Quanto à sugestão diria aos decididos fadistas que as letras dos fados podem ser melhoradas e que a dicção dos mesmos deve seguir o exemplo de Amália, para que todos entendam o que sai das cordas vocais.
Quanto aos exemplos aponto os casos da Alemanha e do Japão que saíram totalmente destruídos, humilhados e arruinados da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e cuja qualidade dos produtos fabricados, tanto para consumo interno, como para exportação os reergueram e fizeram deles, novamente, duas potências prósperas e os seus povos felizes.
A espartana austeridade em que viveram cerca de vinte anos nunca os inibiu de produzirem com qualidade e assim conseguiram levantar a cabeça e voltar a ser admirados e respeitados em todo o mundo.
Se os portugueses, em vez de perderem tempo a ouvir os vendedores de banha de cobra, que vendem ilusões e fazem promessas, que nunca conseguiriam cumprir se fossem Governo, se lançarem ao trabalho produtivo e de qualidade acabarão por verificar que esta crise só nos tornará mais fortes, mais capazes e mais prudentes.
C.S
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