A capital do cavalo, o templo da fotografia, o museu Martins Correia, o Centro de Geo-História e Pré-história, as piscinas, o sporthotel, a imponente igreja e todo o conjunto arquitetónico, hino de beleza e harmonia, fazem da Golegã um local idílico para aí se viver ou passar temporadas para levantar o espírito, estimular o corpo e esquecer a incerteza do caos que borbulha no resto de Portugal.
A juntar a quanto foi mencionado, a Biblioteca Municipal, acolheu um monumental museu de máquinas de escrever. São exemplares de todos os tamanhos, feitios e idades.
Ao saber, através do jornal “O Mirante” que a Golegã tinha aberto um museu de Máquinas de escrever, meti-me no autocarro que liga Torres Novas à Golegã, onde cheguei por volta das 9,05. O museu abre às 10 horas entre terça e sexta-feira e às 9,30 aos sábados. Isso deu-me tempo para tomar um café e ler o “Público”.
A visita ao Museu fez-me esquecer esta paródia das eleições municipais, em que, afinal quem palreia, são os sabidos artistas nacionais puxando cada um a brasa à sua gorda sardinha; parlamentar ou ministerial.
Na Golegã, o Presidente da Câmara é o Dr. José Veiga Maltez, estimadíssimo pela população que viu nele um autarca exemplar, mas que a limitação de mandatos impede de continuar à frente do Município.
A obra que deixa acicatará os vindouros a prosseguir na mesma senda, tão válida ela é, a bem da população do concelho.
Portugal bem pode aqui pôr os olhos e ver como se obtém resultados, dignos dos maiores louvores.
A minha viagem só tinha como finalidade visitar um museu que imaginei de pequena dimensão e com exemplares conhecidos. Não, o Museu Municipal da Golegã tem peças desde o início da invenção e divulgação das máquinas de escrever até às últimas que em 2011 e 2012 cederam, finalmente, o lugar aos sofisticados computadores.
São cerca de quatrocentas máquinas felizes por estarem limpas, visíveis, reparadas e que olham o visitante com amor.
O meu entusiasmo foi tanto que ali mesmo resolvi oferecer para o Museu as minhas duas primeiras paixões: uma Corona dos princípios do século XX (c. 1912) e uma Remington portátil (c. 1919) com as quais escrevi centenas de páginas, durante anos, principalmente com a Remington.
Devo esclarecer que tanto uma como outra foram compradas em segunda mão entre os anos de 1952 e 1953 quando me convenci que estava destinado a esfrangalhar as letras, obrigando-as a desvendar os mistérios do complicado e imprevisível ser humano.
Na próxima semana entregarei no Museu Municipal da Golegã as minhas companhias. Sempre me auxiliaram. Nunca me traíram.
Abençoada seja a terra que sabe conservar a alma portuguesa através da sua arquitetura e do trabalho. Abençoada seja a terra que sabe preservar a chama eterna da cultura que acompanha o tempo, estimula a inteligência, a vida, e o amor da gente que nela habita e por ela passa.
C.S
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