Machado Santos, o fundador da Primeira República em 5 de Outubro de 1910 é assassinado em Outubro de 1921.
O massacre não poupou o homem a quem os portugueses devem a República. Dos camaradas de armas, um, o Almirante Cândido dos Reis suicida-se porque pensa que o golpe estava condenado ao insucesso e o Sá Cardoso, mais o capitão Pala desertam. Fica Machado Santos que vence os Monárquicos porque estes não lhe dão combate a sério. Mesmo assim o homem estava disposto a vender cara a vida. Acabou por ser assassinado anos mais tarde a golpes de baioneta por um cabo. Com ele morrem o Primeiro – ministro António Granjo, Freitas da Silva, Carlos da Maia e Botelho de Vasconcelos, eméritos paladinos da República.
A Primeira República (1910-1926) tinha começado mal. Os Governantes prometeram tudo o que lhes veio à cabeça, como hoje acontece com a oposição, e como não conseguiram cumprir, as greves, os assaltos aos estabelecimentos, o enfrentamento das Forças da Ordem, a morte dos juízes foram uma constante que em 1919 se agudizou de maneira trágica.
O Governo era chefiado por Alfredo Sá Carlos, do Partido Democrático, mas isso não o impede de avisar os Ferroviários que não iria permitir nem a continuação das greves, elas já iam em dois meses, e em sabotagens.
Como os Ferroviários não temem as ameaças. Fizeram pior. Como são obrigados a pôr os comboios em marcha, primeiro, rebentam umas bombas na estação do Rossio, depois enfrentam a guarda no Entroncamento, a seguir descarrilam comboios, e teimaram em paralisar o país.
Democraticamente, o Governo obrigou a circulação dos comboios, com a guarda de armas aperradas apontadas aos maquinistas, e sempre com um vagão aberto cheio de grevistas, à frente da máquina, para que acabassem as sabotagens. E acabaram.
Em 1920 é Fundada a Sociedade das Nações e que, em 1926, ao lhe ser pedida ajuda para um empréstimo a Portugal porque dinheiro não havia há muito tempo e o desemprego e a fome eram flagelos autênticos. A benemérita Sociedade das Nações disse que emprestava o dinheiro, desde que ela dissesse como se devia gastar e cá viesse monitorizar tudo, tal como faz hoje a troika. A Ditadura Militar não aceitou, andou dois anos a mudar de Ministros das Finanças, a encanar a perna à rã, a acabar com a valentia dos Generais que não tinham sido convidados para o Governo, até que foram buscar em 1928, o Professor Oliveira Salazar. Portugal tomou rumo e o povo começou a poder comer, pelo menos uma vez por dia, até que ao fim de um ano o país começou a normalizar.
Mas voltemos atrás.
Os Governos não eram como os de hoje, que se agarram ao queijo e nunca mais o largam. Ganham pouco, mas é certo. Para o povo pode faltar. Para estes não.
Mas naquele ano de 1920 os Governos caíam como tordos. Não aqueciam o lugar. Era uma república, como dizia o povo, querendo significar com isso que era a confusão. O termo ficou "julgas que isto é uma república?"
E em 1921, a canalha, como Afonso Costa apelidava o povo, incitada pelos políticos, que diziam cobras e lagartos, uns dos outros, perdeu a tramontana foi à procura do herói da Rotunda, do Machado Santos, e matou o pai da República.
C.S
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