D. Pedro V (1853-1861) só recebe o reino, dois anos depois da morte de D. Maria II. Enquanto não atingiu a idade própria ficou o pai D. Fernando de Saxónia como regente.
D. Fernando era um homem muito culto e inteligente. A Espanha e a Grécia convidaram-no para Rei daqueles países e ele recusou tanto um como outro.
O filho D. Pedro V devido ao seu carácter era adorado pelo povo.
Pelas leis de 1856 e 1858 é abolida a escravatura nas colónias.
No Ministério das Obras Públicas está um homem brilhante. Fontes Pereira de Melo.
É inaugurado o Caminho-de-ferro de Lisboa ao Carregado, mais tarde o de Sul e Sueste. O primeiro Cabo submarino entre Lisboa e América do Norte fica delimitado. É assinado o contrato para a construção das primeiras linhas telegráficas. É criado o Observatório Astronómico da Ajuda em Lisboa. O rei abre o Curso Superior de Letras e é fundada a Associação Industrial Portuguesa.
O rei é incansável. Mas depois da loucura dos homens a Natureza também resolveu atacar. Portugal é ainda fustigado por chuvas torrenciais, tremores de terra e uma epidemia de cólera e de febre-amarela.
Ao contrair a doença, o rei não resiste e morre aos 24 anos. O povo nem quer acreditar e revolta-se porque não acredita que tanta desgraça seja possível.
Sucede a D. Pedro V o irmão D. Luís (1861-1889).
Antero de Quental, Alberto Sampaio e José Falcão fundam a Sociedade do Raio, como forma de protesto contra os valores conservadores da Universidade.
Em 1862, José Anselmo Braamcamp expulsa as irmãs da Caridade e extingue os morgados (propriedades que não podiam alienar-se ou dividir-se. Passavam sempre para o filho primogénito).
Em 1864 começa a publicação de o “Diário de Notícias” que ainda hoje se publica e que aconselho a consultar. São 154 anos de vida e de muitas vidas que o diário relatou quase sempre com isenção.
O País fervilha de ideias, de irreverência, de ansiedade como se já antevisse um tempo novo.
Em 1866 Antero de Quental, Teófilo Braga e outros ao oporem-se contra o ultrarromantismo de Castilho vão dar origem à Questão Coimbrã.
Em 1871, as Conferências Democráticas do Casino, organizadas por Antero de Quental, Augusto Soromenho, Eça de Queirós, Adolfo Coelho, Oliveira Martins, Batalha Reis, José Fontana aproveitam os temas (política, literatura, sociologia, filosofia) para espalhar as ideias republicanas. A partir da quinta conferência são proibidas pelo Governo.
E aqui mais uma nota e uma sugestão. A história e a literatura entrelaçam-se. Uma puxa pela outra. São ambas, bases para uma cultura sólida. Quem quiser compreender e falar sobre o que acontece não as deve descurar.
Em 1875, Luciano Cordeiro funda a Sociedade de Geografia. Fica ao lado do Coliseu dos Recreios, nas Portas de Santo Antão em Lisboa.
Em 1876 os partidos Reformista e Histórico fundem-se.
Experimenta-se o rotativismo (alternância no poder dos partidos) entre o Partido Progressista e os Regeneradores.
Em 25 de Março de 1876 é criado o Partido Republicano de cujo Diretório faziam parte Latino Coelho, Elias Garcia, Consiglieri Pedroso e Oliveira Marreca.
Em 1878 é eleito o primeiro Deputado republicano, José Joaquim Rodrigues de Freitas.
Entre 1879 e 1882, Rosa Araújo, rasga a Avenida da Liberdade em Lisboa. Gasta aí toda a sua fortuna.
Em 1888 começa a publicar-se o “Jornal de Notícias”.
Conhecidas as riquezas africanas, os Estados europeus usam todos os estratagemas para se apoderarem de territórios que pertenciam aos portugueses.
Para assinalar a nossa presença são enviados para África Hermenegildo Capelo, Serpa Pinto, Roberto Ivens, Paiva de Andrade, Victor Cordon e António Maria Cardoso.
A conferência de Berlim reúne as potências interessadas no comércio da África Ocidental e, pela Convenção de Berlim, entrega o Estado Livre do Congo à Bélgica, o que representava um esbulho aos nossos direitos. Estávamos no Congo desde o século XV.
Os portugueses descobriram, misturaram-se com os povos de África e trabalharam com eles. Os outros roubaram, ocuparam e exploraram. Portugal nada podia fazer. Tínhamos gasto as energias contra as Invasões Francesas e depois em vergonhosas lutas intestinas.
C.S
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