Todos os Governos, desde o início da nacionalidade, se preocuparam com o ensino. Simplesmente não havia quem ensinasse. Os únicos que sabiam ler, escrever e contar eram os padres e os judeus. Disso tiravam partido e bons lucros.
D. Afonso III (1248-1279) incentiva o ensino. O filho D. Dinis (1279-1325) implementa-o, funda o Estudo Geral em 1288, embrião da Universidade de Lisboa e determina que todos os documentos sejam escritos em português. Antes era usado o galaico-português, com muitos termos latinos.
O Ensino estava entregue à Igreja e esta ou por falta de meios ou por desinteresse nunca conseguiu motivar o povo pelas letras.
Quando rebenta a Primeira República (1910-1926) o analfabetismo ultrapassa os 75% não por culpa dos reis, mas por falta de professores e do povo cuja fabulosa intuição o levava a pensar que à cultura das letras ele preferia a cultura dos campos que lhe davam de comer e o mantinham vivo.
O Governo da Primeira República preocupa-se imediatamente com o ensino. Coloca João de Barros como Diretor-geral da Instrução Primária.
São criadas diversas escolas em vários pontos do país e, mais uma vez, à falta de professores, João de Barros com a colaboração de João de Deus Ramos criam a “Associação de escolas Móveis, Bibliotecas ambulantes e Jardins Escolas” de modo a abranger o maior número de alunos, jovens e adultos.
João de Deus Ramos inaugura os Jardins Escola João de Deus, de Coimbra, Alcobaça, Figueira da Foz e Lisboa, em memória do pai, o poeta e também pedagogo, que escreveu a Cartilha Maternal.
Mas os jornais, estupidamente, incentivam o ódio entre históricos e adesivos e concomitantemente entre o povo.
Os históricos eram aqueles que sempre tinham apoiado as ideias republicanas. Os adesivos eram os monárquicos que tinham aderido à República, mas que não estavam convencidos das vantagens na mudança de regime.
Estes ódios entre uns e outros não deixam pensar o povo e ele, como não sabia para onde se virar, fazia greves e mais se afundava na miséria.
Faziam greves os vidreiros, as indústrias da sardinha, os trabalhadores ao sul do Tejo; Moita do Ribatejo, Aldeia Galega (Montijo), os rurais de Évora, os tecelões das fábricas e a Carris do Porto.
Resultado: não trabalhavam, não ganhavam e às vezes ainda eram corridos à bastonada pela Guarda, pela polícia e pelos batalhões de voluntários.
Esta situação criava tantos ódios que estas forças de repressão sempre que eram apanhadas em pequenos grupos eram sovadas violentamente pelo povo, que assim perdia todo o respeito pelas Forças da Ordem e pelos do Governo como foi o caso de António José de Almeida ser sovado em Lisboa pelos populares e Basílio Teles ser sovado no Porto pelos Batalhões de Voluntários por ter criticado a Ditadura Revolucionária.
C.S
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