Os Governos da Primeira República (1910-1926) quiseram sempre, como quaisquer outros governos, governar a bem do povo, simplesmente as tricas partidárias, as invejas, os ódios incentivados pelos jornais acabavam por acirrar o povo e envenenar os políticos.
Os jornais “O mundo”, “O Rebelde” “O Trabalhador”, “O Petardo”, “A Dinamite”, “A Revolta” não se cansavam de incitar à violência contra todos os que não comungavam das ideias republicanas.
O jornal “O Mundo” ultrapassava todas as marcas. Como foi desde inicio um estrénuo defensor de Afonso Costa e do Partido Republicano Português (PRP) denunciava todos os que não estivessem de acordo com as suas linhas programáticas, mas os seus militantes ocupavam os melhores lugares da administração pública e outros rentáveis empregos que lhe estavam associados.
Esta falta de senso por parte da Comunicação Social tinha de produzir efeitos desastrosos, tanto naqueles que eram atacados como naqueles que pretendiam defender.
No Parlamento os políticos insultam-se de forma ultrajante, aviltam-se uns aos outros e não evitam esmurrar-se violentamente.
Estes exemplos pouco edificantes e pespegados nos jornais fazem que o povo faça o mesmo e sem qualquer respeito pelas autoridades.
Mas o Governo tem de governar.
É instituído o Registo Civil obrigatório, que vai substituir o registo nas paróquias.
O escudo passa a ser a moeda oficial e substitui o real.
João Chagas vai presidir ao primeiro Governo Constitucional. Os problemas começam de imediato.
Os estudantes da Escola Politécnica exigem logo a diminuição do preço das propinas.
São assaltados os centros católicos, o seminário e o Paço Episcopal do Porto.
Nas Aranhas e na Aldeia de João Pires, no concelho de Penamacor, é aclamada a monarquia.
As greves não param e as bombas também não. O desemprego aumenta e todos os dias fecham fábricas.
Correia Barreto quando ministro da Guerra conseguiu arregimentar alguns tenentes da esquerda radical para evitar surpresas. Eram temidos pela delação que faziam dos camaradas. Ficaram conhecidos como “Jovens Turcos” e deram origem a mais indisciplina.
João Chagas aguenta-se 70 dias como chefe de Governo. Sucede-lhe Augusto de Vasconcelos e enquanto Manuel de Arriaga foi Presidente, o Governo mudou 8 vezes.
Logo no início de 1912 o Parlamento é invadido e os Deputados enxovalhados.
No Alentejo, a greve dos trabalhadores rurais vai fazer um morto e seis feridos.
Lisboa é declarada em estado de sítio. Os sindicalistas são perseguidos com ferocidade, por militares e carbonários.
Os pedintes e os vadios são às centenas. Estendem-se por todo o país e, apesar do Governo ter feito sair legislação contra os mendigos, eles irão manter-se durante toda a Primeira República e só vão acabar depois de alguns anos da entrada na Segunda República.
A Carris faz mais uma greve de 29 de Maio a 24 de Junho.
Afonso Costa que tinha feito do direito à greve, uma das principais bandeiras da República, tem de se opor firmemente contra os grevistas e contra os sindicatos que as convocam.
Os grevistas alcunham-no de racha-sindicalistas.
O país torna-se ingovernável.
C.S
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