Na Primeira República (1910-1926) os democráticos interrompiam os comícios dos adversários políticos e provocavam graves confrontos.
O maior tribuno da primeira República, António José de Almeida, é impedido de falar num comício do Poço do Bispo, porque as púrrias, quadrilhas que dominavam esse bairro, o impediram enchendo todos os assistentes de bengaladas.
António José de Almeida várias vezes denunciou o chefe do Partido Democrático, Afonso Costa, pelos métodos violentos que usava contra o povo. Chega a dizer, no jornal República, que Afonso Costa é réu de crimes sem nome e que será condenado para todo o sempre, a trabalhos forçados nas galés da história.
Como o Governo quer, por força, entrar na Grande Guerra, apesar dos insuficientes meios que as Forças Militares possuíam, é dada ordem para serem aprisionados os navios Alemães que estavam no Tejo. Perante esta atitude, a 9 de Março de 1916, a Alemanha declara guerra a Portugal.
São de imediato reduzidos os cursos da Escola de Guerra para “fabricarem” rapidamente oficiais que iriam fatalmente morrer nos campos da Flandres (Bélgica, Holanda e uma parte da França).
Em Janeiro de 1917 são enviados os primeiros contingentes portugueses para França. Partem 57 mil homens no chamado Corpo Expedicionário Português (CEP), que devido à mortandade diária que sofriam, eram chamados de “Carneiros Exportados de Portugal, CEP”.
O Governo cria o modelo de manifesto obrigatório para cereais e todos os bens de primeira necessidade e passa a requisitar o que entendesse.
Devido à escassez de todos os alimentos prolifera o pequeno comércio de rua. As varinas são as que mais se salientam. Mas vende-se de tudo: desde a água aos figos, passando pelos compradores de ferro-velho, dos compradores de peles de coelho e cabrito, que toda a gente guardava em casa para fazer algum dinheiro.
Os pregões desta gente eram invulgares de beleza e graça num tempo de tristeza e desgraça.
Em Maio começam as aparições na Cova da Iria.
Mas nem os santos acalmam os grevistas. O Governo, sem outra solução, declara, durante 16 dias, o estado de sítio em Lisboa e suspende todas as garantias constitucionais.
O pão passa a ser feito com aveia, farinha e fava. O desemprego é muito alto.
A Guerra continuava a devastar a Europa. Portugal destruía-se a ele próprio. Tinha entrado na guerra por sua exclusiva vontade.
A Ditadura Democrática continua a não funcionar.
Consta que o Governo pretende vender algumas colónias para pagar as dívidas e equilibrar as finanças. Os jornais começam a falar no caso. O Governo aumenta a censura à Imprensa.
Os operários da Companhia das Águas de Lisboa entram em greve.
Como as greves não parassem e ninguém obedecesse a ninguém, o Governo substituiu todos os operários grevistas por Batalhões de Voluntários, militares e por escuteiros.
C.S
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