Desde sempre vivi em democracia e em liberdade. Nem pensava o que era a democracia até chegar o 25 de Abril.
Vivi sempre em democracia porque não pisava nem me deixava pisar. Sempre disse e escrevi o que entendi.
Quem sente a falta das coisas é mais porque as teme do que pela pressão que elas exercem. O medo do que não aconteceu mas pode acontecer faz o descontentamento dos medrosos.
A Antena1, a RTP e o Parlamento Europeu lançaram o desafio aos jovens para falarem sobre “O futuro da Democracia em Portugal e na Europa”.
Escolheram os quatro melhores trabalhos e levam-nos ao Parlamento Europeu. Foi uma boa iniciativa.
O último trabalho apresentado ontem às 15h10 na Fac.de Economia de Coimbra teve como patrono Guilherme de Oliveira Martins que lembrou os “fatores democráticos na existência de Portugal ao recordar a crise de 1383-1385 quando o trono foi declarado vago”.
Reforçou a ideia: Liberdade e Democracia são desafios sempre constantes.
Os portugueses intrinsecamente são isso mesmo: vivem a liberdade e a democracia como a entendem.
Em 1383-1385 foi isso que aconteceu. O Povo tomou nas suas mãos a vontade de escolher quem entendeu.
A Mariana Maia de Oliveira que venceu o prémio não pode compreender bem o passado com todo o barulho da propaganda ao 25 de Abril.
Não contrariando muito o que disse, bastou-me uma pequena frase solta para ver como a juventude é facilmente enganada. Afirmou que era proibido haver ajuntamentos de mais de três pessoas. Eu também ouvi isso, uma única vez, quando tinha os meus 17 ou 18 anos, mas sempre vi reuniões de muita gente sem ninguém ser incomodado. Isso deveu-se a algum motim, foi pronunciada a frase, a oposição por correspondência, divulgou-a.
Outro Prémio foi dado a João Ferraz e Gil Maia, em 28 de Abril. O patrono foi Ramalho Eanes.
João Ferraz falou do amplo conceito de Democracia, educação, política e justiça. O saber comparado e Partidos.
João Maia falou sobre o exemplo moral.
Ramalho Eanes, depois de se ter Doutorado ficou outro no campo do pensamento, comentou os trabalhos: "o país que somos e o País que queremos".
No dia 24 de Abril, Pedro Ramos, aluno do secundário falou sobre o valor da educação, a falha dos Partidos, a desinformação, os eufemismos empregues e a lucidez que tem de ser aplicada a tudo.
Jorge Sampaio não comentou, fez perguntas e o jovem saiu-se muito bem.
O Primeiro que ouvi em 22 de Abril é um jovem excecional, a quem auguro uma carreira brilhante.
Com 17 anos e no 12º ano tem um poder de análise e de raciocínio fabulosos. Quem criticou o que disse foi a maestrina Joana Carneiro, outro caso raro de inteligência, naturalidade e saber.
Valeram a pena estas horas, que em dias diferentes ouvi a Antena1.
Eu que tantas vezes me revolto contra a Antena1 e os incendiários instalados no micro, que fazem e dizem barbaridades inacreditáveis e ainda lhes pagam, desta vez tenho que lhe dar os parabéns por ter descoberto valores que podem garantir o futuro de Portugal.
C.S
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