Sexta-feira, 20 de Junho de 2014

Viva Espanha, viva o rei e viva a bela e gentil rainha

Na escola Primária (ensino Básico) em 1942, a Espanha ainda era olhada de viés. Amigos, amigos, mas nada de fiar. Em Tourém, no concelho de Montalegre, o professor ensinava nos Domingos a jogar ao pau para, se fosse preciso, correr os espanhóis à cacetada.

Tínhamos uns inimigos de estimação que, curiosamente, tratávamos por amigos: a Inglaterra (com quem temos a mais velha Aliança do mundo, desde 16 de Junho de 1373) e a Espanha, cujos reis eram familiares.

A Espanha e Portugal eram território único, do qual podiam fazer o que entendessem.

O próprio Salazar que tinha protegido e ajudado Franco durante a Guerra Civil Espanhola, 1936-1939) tinha um pacto Ibérico pelo qual Portugal e Espanha se comprometiam a ajudar mutuamente.

Apesar destas promessas de amizade, a verdade é que estávamos sempre de pé atrás com nuestros hermanos.

Mas desde 1946 ou 47 passei a ir para Espanha em férias. Tinha lá um tio que era chefe da CP Portuguesa. Como ele tinha um filho da mesma idade, aí ia eu sozinho desde Fatela-Penamacor até Badajoz onde ficava por um ou dois meses.

Espanha ainda vivia uma miséria inconcebível. O nosso dinheiro valia o dobro do deles, os autocarros andavam seguros por arames, e muitas cidades e aldeias mostravam casas em ruinas. Era dramático.

Foi esta Espanha que ao longo dos anos eu vi recuperar da tragédia que foi a Guerra Civil e que a partir dos anos sessenta já mostrava os sinais de toda a pujança que a faz grande, bela e querida.

Foi também por ter sentido o tremendo esforço que os espanhóis fizeram para recuperar a alma que na Assembleia da República, na primeira Legislatura quando todos os meus colegas (na altura eram 262 deputados) votaram contra Espanha, me levantei e votei por essa Espanha que, com muita determinação e tremendos sacrifícios voltava a ser grande.

Claro que foi um escândalo, mas com os escândalos posso eu bem quando sei que nunca poderia humilhar todo um povo, quando criminosos o tentavam destruir. A Democracia tem limites. E a hipocrisia e a estupidez também.

Ao verificar que o rei Filipe VI e a rainha Letizia são jovens, inteligentes e simpáticos relembro que os Filipes entroncam em Carlos V, filho de Filipe I.

Carlos V Imperador do Sacro Império Romano-Germânico casou com uma princesa Portuguesa, D. Isabel de quem ele era apaixonadíssimo e de quem teve sete filhos. Um deles, precisamente Filipe II foi rei de Portugal em 1580 porque reivindicou o trono Português tal como as leis daquele tempo o permitiam e os portugueses não se esforçaram muito para o impedir, como fizeram em 14 de Agosto de 1385.

Embora o único encanto, e por que vale a pena viver neste mundo, sejam as mulheres, se os reis quiserem ter um filho varão, que o varão do homem cresça o máximo e bata no fundo do sacrário feminino, dispare a seta do Cupido, deus do amor, e no êxtase dos dois apaixonados venha o rapaz desejado.

Viva Espanha, viva o rei e longa vida à bela e gentil rainha.

C.S

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Quinta-feira, 19 de Junho de 2014

Baixos níveis de natalidade e mentalidade

Ontem ouvi na Antena1, o Professor Joaquim Azevedo, falar sobre o “Plano de Ação para a Natalidade” que ele e mais uma equipa de outros dez irão implementar para saber como reverter as causas da decadência do potencial português que durante séculos andou a fazer filhos por terras alheias e agora murchou.

O Joaquim Azevedo diz que o português tem de colocar o pé no acelerador se quiser ter um país com gente que se veja, de outra maneira daqui a 45 anos não seremos mais do que sete milhões em contraposição aos dez milhões e trezentos mil que somos hoje.

O Professor, que parece um jovem sério e atilado, para justificar a falta do truca, truca do poema de Natália Correia, diz que há empresas que exigem às funcionárias uma declaração em que durante cinco anos prometem não engravidar.

A Sandra Ribeiro, da Linha Verde, diz saber que as situações existem, mas ninguém se queixa. Estranho.

O Fausto Leite, especialista em leis sobre trabalho, diz que o Código de trabalho é claro nestes casos. E eu duvido que alguém pise o risco.

Na hora seguinte, no programa “Antena Aberta” do paciente António Jorge, apareceu uma tal Messias, que não deve ter qualquer parentesco com o Messias que os Judeus esperam e desesperam, porque ele nunca mais se despacha, dizer que num Banco, julgo que na Madeira, uma trabalhadora assinou um papel que a impedia de ter filhos nos próximos sete anos se queria o lugar.

Para que o Joaquim Azevedo possa acabar o estudo sem quaisquer problemas deixaria a Secretária de Estado de Assuntos Parlamentares e para a Igualdade, Teresa Morais, sem revelar quem confessou que lhe tinham feito assinar a declaração para não ter filhos, dar de mamar, mudar fraldas e limpar o nariz à criança.

Agora a Messias deve dizer qual foi o Banco que obrigou a jovem a não ter filhos durante sete anos.

Apesar de ela declarar que a frustrada mãe não tinha uma cópia daquilo que escreveu, isso não é motivo para que não se investigue o Banco. Numa Instituição organizada tudo fica guardado e registado e aqui ou se verifica a veracidade da afirmação ou a montagem e a mentira inventada como é próprio de gente de fraca mentalidade e subserviente ao Partido Comunista, enxovalho dos trabalhadores por os forçar a enganar toda a gente como aconteceu com um dos intervenientes que, fingindo mostrar consideração pelas mulheres, se indignou pela falta de respeito contra o ser humano acrescentou: "no tempo de Salazar, as mulheres não podiam votar".

Este sujeito vai à “Antena Aberta” propositadamente para ter um meio para iludir, julgando que assim serve o Partido Comunista sem se importar de prejudicar todo o povo ao espalhar a confusão e o vírus da ignorância.

Ao contrário da Democrática Primeira República, 1910-1926, que tinha recusado o direito de voto às mulheres, Salazar concedeu-lhes o direito de voto. As primeiras, Domitília Miranda de Carvalho, Maria Cândida Parreira e Maria dos Santos Guardiola estiveram no Parlamento a partir de 1933.

A falta de natalidade e a reduzida mentalidade dos subservientes do PC estão a dar cabo deste país.

C.S

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Quarta-feira, 18 de Junho de 2014

As competências e o Passaporte Europeu

Nas contradições em que a vida é fértil verificamos que a falta de emprego é uma das falhas que a Democracia permite para cada um fazer o que bem entende ou até nem fazer nada e o Estado subsidie o não-te-rales que a vida são dois dias.

Digo isto porque mais uma vez a Comunicação Social fala das possibilidades das saídas para o estrangeiro onde há empregos.

No regime anterior, os da oposição criticavam o Governo por muitos portugueses emigrarem, e não era por falta de emprego, era porque ganhavam mais, mas também trabalhavam muito mais. Aqui envergonhavam-se, lá fora aceitavam tudo.

Hoje a emigração já ultrapassou esses números e ainda bem.

Por que é que digo ainda bem?

Porque a Europa é Portugal alargado a 28 países, nós ainda dizemos que emigramos quando devíamos dizer: “olha, estou a trabalhar em Dublim ou Haia, Londres, Bruxelas ou Estocolmo”.

E digo ainda bem, por uma razão muito mais válida: porque aprendemos a trabalhar de maneira organizada. Ao fazê-lo superamos toda a gente. O português gosta de trabalhar e gosta de ganhar dinheiro.

Acho que já relatei que, em 1959 trabalhava no Consulado de Portugal em Paris, onde conheci imensos imigrantes. Era o tempo em que a cidade Luz se alindava e enterrava todos os fios aéreos.

Os trabalhadores tinham como meta cavar dez metros de comprimento, por um de altura e 60 centímetros de largura. Havia portugueses que chegavam a ultrapassar 33 metros, enquanto os franceses, dificilmente, acabavam os 10 metros.

Voltaram ricos a Portugal e toda a zona do Sabugal teve grande desenvolvimento.

Viver e trabalhar nesses lugares é o mesmo que trabalhar em Portugal, com ganhos muitíssimo superiores, mas com uma qualidade de vida, de comida, de Sol e mar diferentes dos de Portugal.

Hoje, o esforço é mais mental, em qualquer trabalho que se desempenhe.

A Europa insiste no Passaporte Europeu de Competências. Vá ao Google para saber de que trata e a quantidade enorme que há de empregos em todos os países.

Eu não poupo os programas onde se iludem as pessoas, no entanto há outros que são interessantes para saber o que pensam aqueles que emigram. Sempre que posso chamo a atenção para eles ou até para outros, que embora passem só uma vez por semana, despertam o ouvinte para a situação económica, política e como vai o mundo. É o caso do programa da Antena 1 “Este Sábado” nos sábados às 12h10 e o “Visão Global” no Domingo às 12h10.

A Antena1 tem o Programa “Portugueses no mundo” por volta das 7h15, julgo que de segunda a sexta, onde, em conversa informal, cada um diz o que pensa do país onde vive e trabalha.

Ninguém se queixe de falta de trabalho. Portugal a 28 tem muita falta de trabalhadores, assim eles apareçam.

Agora se preferem que lhes levem o ordenado a casa inscrevam-se na Segurança Social.

C.S

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Terça-feira, 17 de Junho de 2014

A semelhança entre a 1ª República e a terceira

São ambas democráticas e ambas prometem tudo.

O povo verificou que de políticos de promessas está o Inferno cheio.

O Costa não sabia como saltar para cima do Seguro quando este, inesperadamente se pôs a jeito.

O Seguro garante “ Se eu for Primeiro-Ministro” o 5 de Outubro volta a ser feriado, volto a reabrir tribunais, baixo o IVA e mais uma série de medidas que puseram em causa a sua credibilidade e que revelam a sua ingenuidade.

O povo não acredita pela maneira como foram apresentadas. E, pela maneira clara como as disse, até o povo menos letrado e mais desconfiado não acreditou.

O Seguro não foi seguro, descuidou-se. O Costa que é uma rata sabida foi-lhe à comida. Apresentou-se à manjedoura sem ser convidado.

Seguro ficou furioso e, se ele tiver a estirpe de verdadeiro Penamacorense, o Costa vai ter muito que contar e rabiar.

Nos quase dezasseis anos da Primeira República, 1910-1926, os democráticos também só bufaram promessas. O bacalhau a pataco ficou na memória do povo e no escárnio e desprezo como os tratou.

O bacalhau em vez de descer, como prometido, subiu muitíssimo.

Como os cofres estavam vazios, os Republicanos ao fazerem o 5 de Outubro que o Seguro prometeu restaurar, esquecendo-se do 1º de Dezembro e perdendo o apoio de Ribeiro e Castro que tem bom coração e era capaz de lhe dar bons conselhos sobre como fazer politica e evitar “oportunistas” como o Costa, segundo as palavras do Seguro.

Sem dinheiro os da 1ª ficaram-se pelas promessas e pelos remendos.

Como os cofres estavam vazios e as promessas não foram cumpridas, aquela democracia não era para ser levada a sério e o povo fez a vida negra aos Governos e assassinou Machado dos Santos, o autor da Revolução.

O Governo deu ordem a que os militares e a Guarda desancassem na canalha, como era apelidado o povo.

Os desgraçados levaram pancadaria de criar bicho, milhares foram presos e centenas mortos.

Não poderia durar muito tempo. A 1ª República entra por vontade própria na Primeira Grande Guerra e só num dia, na Batalha de La Lys morreram 7426 portugueses, quase tantos como morreram em 13 anos de Guerra do Ultramar 9862.

Em 28 de Maio de 1926 terminou o prazo de validade da Democrática, sangrenta e miserável 1ª República. Os Militares puseram-lhe fim e durante quarenta e seis anos houve sacrifícios, paz e progresso. Só os poucos da oposição se sentiam descontentes, mas nunca tiveram coragem de atirar com as cangalhas como fizeram os esforçados "heróis" do 25 de Abril que transformaram uma revolução corporativa numa entrega colonial e apoio ao roubo de herdades, destruição de empresas, fecho das escolas Industriais e do bom senso.

Para que o povo visse a bondade desta rapaziada obrigaram que na Constituição ficasse consagrado o rumo ao Socialismo.

Para que tal acontecesse começaram por acabar com os ricos para os políticos e militares ocuparem os seus lugares e voltaram a encher o país com gente paupérrima e envergonhada que ainda não compreendeu por que é que tem de ser ela pagar as favas.

C.S

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Segunda-feira, 16 de Junho de 2014

Quarenta anos nas aras da estupidez

A ignorância, a boçalidade e o oportunismo ao tomarem conta deste país imediatamente se percebeu que o desastre seria tremendo e que o povo, que gosta de festas e de arraiais, iria pagar com muito sacrifício as migalhas que lhe atiravam para o enganar.

Quando o PCP e a monstruosidade mental que o encabeça continuam a insistir que o Presidente da República deve demitir o Governo, ele sabe perfeitamente que mesmo que o demitisse Portugal ficaria ainda pior do que está. O Jerónimo começou com afrontamentos mentais.

Quem é que toma conta da pasta? Os comunistas que têm o maior número de atrasados mentais nos seus votantes, que vivendo mal continuam atrás do rude vira-latas que podre de rico não propõe que os salários de Deputados venham para metade do que recebem pelo pouco e mau trabalho que executam?

É o Partido Socialista que vai para o poleiro depois do último Governo ter feito uma distribuição tal de riquezas que a bancarrota levou o povo português a um esforço leonino para não morrer de fome? Ou agora estes onde a garotada é muito pior e que devem acabar à lambada se os insultos de Costas e Seguros não resistirem à volúpia do tacho?

Ou os artistas do Bloco de Esquerda e a esganiçada dos Verdes?

Continuamos a viver os quarenta anos nas aras da estupidez e sem vermos qualquer saída possível para a sórdida degradação em quarenta anos a caminho do Socialismo. Socialismo da treta que empurrou todo o país para o desinteresse e desencanto.

A população de Portugal continua a diminuir não só pela emigração, mas porque os casais deixaram de ter filhos. Isso não evitou que socialistas, comunistas e Bloquistas não votassem a favor dos casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo, porque estes invertidos mentais aquilo que lhes interessa é humilhar o povo para ele ficar mais dócil e aceitar toda a estupidez que têm vomitado nestas quatro décadas.

Mas há sempre organizações que apoiam o país que cresceu em gastos. Tinha sempre de crescer, mas eles tentam demonstrar que se não fosse o 25 de Abril não haveriam tantos benefícios. Haveria mais. Tudo tinha sido aproveitado a favor de todos e não só a favor dos políticos e dos seus amigos.

Grandes democratas estes Deputados que perdem tempo a mutilar a sociedade com casamentos de rabo em vez de estudarem assuntos urgentes em benefício dos mais carenciados.

Esta gente que tem desgovernado o país desde o 25 de Abril fez tudo o que entendeu para encher os bolsos e fingir que é democrata.

Começou com os II, III, IV e V Governos Comunistas e continuou com os seguintes que em vez de governarem se encolheram e encheram.

Que grande democracia que mata o povo à fome com ordenados miseráveis, enquanto os Deputados se enchem de dinheiro!

Que grande República, que tipos sem vergonha!

C.S

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Domingo, 15 de Junho de 2014

Chefe sindical na defesa inflexível dos trabalhadores

Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT (União Geral dos Trabalhadores) ataca frontalmente a CGTP, correia do Partido Comunista, por ela não defender os trabalhadores ao contrário do que apregoa e estar simplesmente ao serviço do Partido Comunista que faz dos trabalhadores paus-mandados, lhes retira a personalidade, os comanda como bonecos sem vontade ou inteligência e os prejudica gravemente.

Até que enfim que aparece um líder sindical que tem a coragem de chamar os bois pelos nomes ou de os pegar pelos cornos e desmontar a infâmia do Partido Comunista que através da CGTP engana os trabalhadores que por ignorância se inscrevem numa Agência Funerária a quem já compraram o enterro para eles e para a família.

Carlos Silva chamou à CGTP uma organização autofágica por comer os seu próprios membros.

Tudo isto é possível porque os menos cultos nunca compreenderam onde se foram meter e muitos deles colaboraram na destruição de empresas que agora fazem falta. Mas é isso mesmo que o PCP quer, que façam falta e haja desemprego para culpar os Governos. Só que eles é que foram os grandes culpados.

Todos se lembram, embora o PC tente fazer esquecer, mas os cinco primeiros Governos foram todos com maioria do Partido Comunista.

A partir desse momento o país nunca mais teve concerto. Eles ao saírem deixaram tudo minado e os Governos nunca tiveram coragem de dizer a verdade ao povo.

Ainda bem que um Delegado Sindical tem coragem de o fazer caso contrário os trabalhadores serão gravemente penalizados porque a Europa não está para permitir mais a bandalheira comunista.

Os trabalhadores quando veem os salários diminuir, caso os da CP ou dos transportes rodoviários, a CGTP e o PC acusam o Governo do que acontece, nunca lhes dizem que isso é motivado por greves escusadas e que Bruxelas obriga a cortes em horas extraordinárias e a outros direitos para que o dinheiro seja reposto.

Por isso a afirmação de Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT, que garante que não faz trabalho sujo.

O Arménio responde sempre da mesma maneira dizendo que a UGT “quer desviar a atenção dos trabalhadores”, coisa que ao Arménio não interessa porque é a maneira de continuar a enrolar os trabalhadores comunistas cuja grande maioria mal sabe ler e entender que está a chegar ao fundo do buraco.

Várias vezes, desde 1974 que tenho chamado a atenção para aquilo que iria acontecer aos trabalhadores que destruíam os próprios postos de trabalho. Oxalá que Carlos Silva tenha mais sorte do que eu pois é a salvação dos verdadeiros trabalhadores e o país não passe a ser um vulgar coio de bandoleiros tendo como conselho de Administração o Comité Central do PC e como mandantes os delegados da CGTP.

C.S

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Sábado, 14 de Junho de 2014

O fim dos jornais nacionais e o dinheiro do povo

Quando em 26 de Janeiro de 1979, na Assembleia da República, me envolvi numa acesa discussão com um Deputado do PCP porque ele defendia que os jornais deviam ser subsidiados pelo Governo e eu me opus à ideia porque dessa maneira era o povo, que mesmo sem os ler os pagava, o assunto foi muito comentado pelos corredores de S. Bento.

O PCP ainda estava com esperança de dominar os órgãos de Comunicação Social onde em todos tinha deixado elementos seus e que mais cedo ou mais tarde dominariam a Comunicação Social ou a sabotariam veiculando o fogo da contestação, de que a Antena1 é especialista ao misturar a mentira com a verdade em alguns programas.

O inefável Prémio Nobel, José Saramago, logo na tomada de posse de Diretor-adjunto do Diário de Notícias, em 10 de Abril de 1975, foi claro ao afirmar:

“Pessoalmente quero servir o socialismo”. Na verdade serviu. Serviu-se a si mesmo e correu com 24 Jornalistas do Diário de Notícias.

A partir deste momento o jornalismo e os meios de Comunicação Social deixaram de ser credíveis. Neles fervilha algo que não está certo. Não bate a bota com a perdigota.

Como resultado da incoerência do que se diz e do que se escreve vamos assistindo ao emagrecimento das rádios, televisões e jornais porque agarrando-se aos seus direitos democráticos, os jornalistas abrem brechas que os Conselhos de administração não conseguem suportar e chega a determinado momento são enviados para o desemprego jornalistas que até aí julgavam eles tinham garantido o posto de trabalho para toda a vida.

Reafirmo que a Democracia é o melhor sistema para o entendimento dos povos, mas não se pode tomar tudo à letra. Quem se aproveita dos direitos são sempre as franjas comunistas onde pontifica a subserviência asinina ao Comité Central e a arrogância perante o poder patronal.

Resultado: A Controlinvest vai despedir 160 jornalistas que estavam aboletados no Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Diário de Notícias da Madeira, o Jogo e rádio TSF.

Parte da inevitabilidade do que acontece é assacada à Internet. Em parte será verdade, mas não é bem assim.

O povo compra aquilo em que acredita ou que lhe agrada. 

Não houve ainda nenhum Governo que tivesse sabido utilizar a Televisão Nacional e a Rádio Nacional para educar o povo mais renitente a agarrar em livros e jornais que se perdem em rodriguinhos.

Resultado: não compram ou compram aquele que utiliza a linguagem que compreendem: o “Correio da Manhã”.

É triste? Pois é. As culpas estão sempre no mesmo: o que atira a pedra e esconde a mão.

Como a situação do país continua mal, a quinta coluna do PC começa também a sofrer as baixas até o povo entender como tem sido comido por aqueles que o dizem defender.

Todos aprendemos com os erros. Agora temos de aprender mais depressa. Os jornalistas, agarrados aos direitos democráticos, ainda não compreenderam que os acionistas dos Meios de Comunicação Social já não podem com uma gata pelo rabo.

O próximo cortejo é Belmiro que marcará a data: o "Público" esperneia, teima e grita. Cai hoje? Cai amanhã? E todos, nestes santos populares, rezam para que Belmiro seja santo milagreiro.

C.S

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Sexta-feira, 13 de Junho de 2014

Especialistas de ensino no engano e na confusão

Desde que os comunistas abocanharam o Poder em 1974 e aí se mantiveram com os ministros Álvaro Cunhal, Vasco Gonçalves, Melo Antunes, Correia Jesuíno, Veiga de Oliveira, Francisco Pereira de Moura, o país entrou em loucura e derrapagem totais, primeiro numa escalada lenta e racional enquanto esteve no Governo o Primeiro-Ministro Palma Carlos, que não era comunista, mas que tinha sido opositor de Salazar e de Marcello Caetano. Ao fim de dois meses não aguentou o stress e Portugal entra em derrapagem acelerada com o segundo Governo e com o Primeiro-Ministro Vasco Gonçalves e a camarilha comunista.

Foi gastar à tripa forra até que durou a pesada herança que o Governo anterior tinha acumulado.

Entrou-se no PREC, na destruição de grande parte do tecido industrial, no encerramento de empresas, na ocupação de herdades, nas ameaças, no cerco à Assembleia da República e no pandemónio das escolas onde se ensinava tudo, menos a estudar.

Os especialistas do engano e da confusão tinham chegado do estrangeiro e imediatamente encontraram oportunistas que alinharam com os seus métodos. Foi assim que apareceram os comunistas que por aí andam, uns a cair aos bocados, outros a berrar contra os ministros, mas continuando a mostrar as suas capacidades de confusão e inutilidades.

O Ministério ao falar em Ensino Especial nunca lhe teria passado pela cabeça integrar neste ensino os jovens que por cabulice ou por dificuldades na aprendizagem aí fossem parar, mas foram.

Porquê? Porque o país continua a andar em roda livre e os sindicatos fazem o que entendem.

O ensino especial, onde estão integrados os jovens com nível de audição ou visão deficientes, seria apoiado por professores especialmente formados para o efeito.

Acontece que estes jovens foram integrados em turmas normais e o resultado é que, de seguida, todos os alunos ou porque não estudem ou porque tenham dificuldades têm mais um tempo suplementar acompanhados por um ou dois professores e entram nessas turmas de ensino especial criadas com uma finalidade diferente.

No regime anterior sempre houve as chamadas Salas de Estudo nas escolas oficiais, Liceus, para alunos que tivessem negativas.

Nessas Salas de Estudo havia sempre dois professores, um de ciências e outro de letras, que ajudavam os jovens a resolver as suas dificuldades.

Tudo era totalmente gratuito, tanto nas Escolas Comerciais e Industriais como nos Liceus que os Governos do PREC resolveram espatifar e o Crato não sabe como as há de remendar.

Estamos mal, e muito mal continuaremos enquanto reinar a berraria e a confusão. Desde o 25 de Abril até hoje, muito poucos foram os Ministros capazes de levar as suas políticas por diante.

Bem podem continuar com as políticas de austeridade, que enquanto não houver sensatez e autoridade isto continuará na mesma.

O povo será sempre o enganado porque os demagogos gritam que isto e aquilo não é Democracia para que a confusão continue instalada e os chefes desta máfia continuem a ganhar grandes ordenados.

Mas Democracia, com o povo a passar grandes dificuldades, é gaita que não assobia nem admite quaisquer liberdades.

C.S

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Quinta-feira, 12 de Junho de 2014

Zoo humano com picos, Breivik e Le Pen

Quando na minha juventude quis sair de Portugal porque havia gente que não tinha condições de vida iguais às minhas e também não podia ficar em Espanha porque eram piores fui parar a Paris.

Depois de um mês na cidade luz, já ambientado e a trabalhar naquela simpática e surpreendente metrópole, comecei a sair à noite, a correr a cidade sempre que encontrava jovens de outros países, normalmente raparigas, que me equilibravam os desesperos de corpo e alma.

Comecei também a encontrar dezenas de sem-abrigo que vasculhavam caixotes e dormiam nas reentrâncias dos prédios e das lojas.

Ao primeiro choque não liguei. Mas com o passar dos meses tive a certeza que o número de indigentes em Paris era muito superior àquele que existia em Portugal inteiro. Foi aí que percebi que algo estava errado neste mundo.

Mas não, diziam-me os parisienses, com quem me misturava facilmente:

Não. Os “clochards” são gente especial, uma espécie de filósofos vagabundos, sem terra e sem abrigo, que vivem como entendem.

Para o português aquela gente não passava de pobres que não tinham casa nem família a quem recorrer e viviam do vinho e dos restos atirados para os contentores.

Era a pobreza aristocratizada pelas palavras.

Afinal havia pobres em todo o lado. Uns por querer, outros por não ter.

Esta conversa vem a propósito dos picos que os Londrinos colocam, junto às portas mais recuadas, para que os sem-abrigo aí não pernoitem.

Democraticamente os Governos não querem obrigar os vadios a não vadiar e os pobres a viver melhor. Os Londrinos não os querem enxotar da soleira da porta que conspurcam porque não é democrático, então nada melhor do que pespegar uns picos bem afiados para que eles ali não durmam até ao dia em que eles descubram a técnica do faquir.

A miséria ainda não acabou, passadas que são seis décadas da minha revolta.

No Zoo humano, os noruegueses, numa exposição no parque Frogner de Oslo, vêm recordar como eles exibiam os pretinhos em 1914, como se eles fossem animaizinhos; deviam-lhe juntar o norueguês Breivik que matou 77 jovens noruegueses em Julho de 2011. Este sim, verdadeiro irracional.

Claro que há sempre boas almas que reclamam contra uma vulgar exposição que deveria mais fazer pensar do que reclamar.

Afinal o ser humano, branco, preto, ou amarelo é todo igual, basta só ensiná-lo para que a felicidade seja possível. Caso contrário continua besta, tal como o norueguês Anders Behring Breivik.

Quando as pessoas não entendem estas comezinhas considerações aparecem uns gozadores do mundo como o senhor Le Pen que para acabar com o mal e perante umas afirmações do cantor judeu Patrick Bruel, diz que nada melhor do que fazer “uma fornada” para acabar com gente que não quer compreender que o mundo mudou e que todos podem viver felizes e bem se estudarem, trabalharem e respeitarem o seu semelhante.

C.S

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Quarta-feira, 11 de Junho de 2014

Iraque, a monstruosidade do ser humano

Se há pessoas amaldiçoadas todos os dias, Georges W. Bush é uma delas, a outra é o Secretário-geral da NATO.

O Bush é classificado como o ser mais reles à face da terra por ter mandado invadir, ocupar, roubar e destruir um país, berço do mundo e onde a população tinha um alto nível de vida.

Com a sórdida mentira que Saddam Hussein tinha armas de destruição maciça e combatentes da Al-Qaeda, uma formação terrorista armada e treinada anos antes pelos Estados Unidos, entrou pelo país destruiu Património da Humanidade e matou centenas de milhares de Iraquianos que não tinham feito mal a ninguém.

Tratados e humilhados como cães raivosos, passeados à trela, os Iraquianos afinal nem tinham armas de destruição maciça nem estavam ligados à Al-Qaeda. O Bush apeteceu-lhe simplesmente mostrar as suas capacidades mentais e os seus sentimentos fecais.

Desde 2003 o Iraque entrou em destruição permanente, como se toda a nação entrasse em loucura e sunitas e Xiitas se matem sem saber porquê.

Bush deve estar contente pela obra.

O Prémio Nobel da Paz seguiu-lhe as pisadas e resolveu testar novas armas em solo Líbio, inventou umas escaramuças e a propósito de falta de democracia mandou ao Rasmussen invadir a Líbia, outro país onde as pessoas tinham um alto nível de vida. Reduziu-as à miséria e aos conflitos constantes.

O estado da Líbia é desesperado e deve caminhar na mesma direção do Iraque. Os ataques mortíferos quando não matam endoidecem as gentes que procedem sem refletir.

Que grandes países que este mundo criou e que corja de assassinos com capa de boa gente continua a mandar, a ameaçar, a tentar influenciar países que estejam em dificuldades.

O Rasmussen está desejoso de medir forças com a Rússia. Espero que tal não aconteça. A Ucrânia seria a grande vítima e os Estados Unidos poderiam ter um problema maior do que o país.

A Europa cometeria grave erro em se meter de permeio. A Rússia pode ter muita calma, mas qualquer passo em falso de algum país Europeu teria uma resposta dura, assim como se os Estados Unidos testassem um dos seus mísseis teriam como resposta algumas dezenas.

A Rússia sabe que perdido por um, perdido por mil e não admitirá ao Rasmussen o que fez na Líbia e aos Estados Unidos o que tentaram na Síria e no Egipto.

Embora preocupado com o meu País também estou desiludido com o ser humano, que de humano tem muito pouco, e como irracional é mais asqueroso que os chacais.

C.S

publicado por regalias às 06:01
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