Domingo, 31 de Agosto de 2014

Noruega, Dinamarca e Holanda cansadas de paz

É nos países ricos do norte da Europa que acontecem o maior número de suicídios. Daqui pode inferir-se que o dinheiro não traz a felicidade, o que não é totalmente verdade.

Salazar disse sempre que devia a Deus a graça de ter nascido pobre.

Quando era criança pensava, muito, nesta frase. Cedo verifiquei que ele tinha razão. A minha maior tristeza era ter colegas pobres. Isso nunca me fez feliz e aos “hippies” dos anos 60 do século passado também não.

O caso de haver fortunas colossais deve-se muitas vezes ao trabalho constante de indivíduos que para não se suicidarem, se masturbam trabalhando noite e dia, caso dos “Yuppies” dos finais dos anos 80.

O excesso de dinheiro não traz a felicidade. A felicidade está no trabalho e no rendimento gratificante que ele produz, com a sensação de que toda a comunidade beneficia com ele.

Ao referir que a Noruega, a Dinamarca e a Holanda estão cansadas de 69 anos de paz, desde que a Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, faço-o porque se ofereceram imediatamente para enquadrar uma força de intervenção rápida que se oponha a qualquer ação militar da Rússia na Ucrânia.

Que ingenuidade ou que prazer no suicídio coletivo destas nações ricas em dinheiro e pobres em felicidade. Preferem morrer no campo de batalha em vez de colocarem uma corda ao pescoço e se pendurarem nas traves dos sótãos.

Não acredito que Putin nem a maioria dos Russos queiram ocupar e muito menos destruir a Ucrânia, o que Putin, a maioria dos Russos e grande parte dos Ucranianos quer é viver em paz e boa harmonia. Aquilo que sucede é que a Europa, devido às dificuldades por que os povos passam resolveu cativar a Ucrânia oferecendo-lhe regalias que mais cedo ou mais tarde terá de pagar com língua de palmo, seja com dinheiro vivo, seja com muito maiores cedências do que benefícios. Estranhamente não faz o mesmo com a Turquia que há anos pretende entrar.

A estes beneméritos juntou-se a NATO com a habitual fanfarronice por se julgar invencível no campo bélico. Prometeu proteção aos Ucranianos, mas necessita de uns anjinhos para sacrificar nas aras da violência e da estupidez natural do chefe da NATO.

Este sátrapa convenceu o Governo do seu país, a Dinamarca, para formar o batalhão dos dez mil onde a Noruega e a Holanda também estão inseridas e prontas a dar o corpo ao manifesto. Já estão fartas de paz e de dinheiro que não sabem como aplicar a bem dos povos.

Como a vida se tornou uma chatice, nada melhor do que desafiar a Rússia, provocar o caos que se vive na Síria e no Iraque e morrer nas terras de cultivo da Ucrânia em louvor da bestialidade da NATO e seus apoiantes.

Se não ficarem heróis, pelo menos ficarão as cinzas, do monturo, que irão dar mais fertilidade aos campos negros e sedentos de estrume.

C.S

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Sábado, 30 de Agosto de 2014

Privatizações forçadas pelas greves

Tal como tínhamos previsto, as privatizações empurradas pelas greves tornam os preços cada vez mais altos e consequentemente mais dificuldades para os portugueses.

O caso da “ANA” aeroportos é sintomático, desde que os franceses da VINCI compraram por 3,08 mil milhões à Parpública, empresa que gere as participações do Estado, para durante 50 anos ter direito a esta exploração, que a Vinci já aumentou por 7 vezes as taxas aeroportuárias.

Daqui a 50 anos, quando a maioria dos portugueses já cá não estiver e se ainda houver Europa, que a NATO pretende transformar em próximo campo de guerra ao iludir a Ucrânia vendendo-lhe armas, ao mesmo tempo que Herman Van Rompuy tenta colocar o primeiro-ministro da Polónia Donald Tusk na presidência do Conselho Europeu para assim lhe adoçar a boca, o que é um presente envenenado para este país.

Nem a Polónia nem a Ucrânia podem ser iludidas e atulhadas com toneladas de ferro mortífero que serão destruídos pelas grandes potências logo que o conflito desencadeado pela NATO principiar.

Rui Machete acha que a reunião em Milão para proteger a integridade territorial da Ucrânia foi muito interessante. Esperemos que o Rui não tenha mais uma vez metido o pé no buraco. O único país que pode manter a integridade territorial da Ucrânia é a Rússia. É com a Rússia que a Ucrânia deve estar, não é com videirinhos como o Machete e outros iguais.

Voltemos à conversa inicial embora este segundo assunto me preocupe tremendamente e não compreenda o que se passa na cabeça dos líderes europeus que não parecem entender o que pode suceder de um momento para o outro por causa da bestialidade da NATO e da irresponsabilidade dos políticos.

Os transportes públicos, com o Metro e a CP à cabeça, devido às greves sem sentido que fizeram, têm vindo a sofrer cortes nos bons salários que usufruíam e vão continuar a sofrer por sua própria culpa ao cederam ao PC e aos sindicatos o fazerem greves que prejudicaram gravemente o país com dívidas astronómicas.

Resultado? As empresas caminham para a privatização a menos que haja um milagre, o que eu não acredito. A estupidez é tão grande que em vez de negociarem voltam a fazer greves.

O Problema das greves é que ao fazê-las não prejudicam só a empresa e a eles próprios mas arrastam consigo milhares de utentes que não têm nada a ver com o assunto. São biliões de euros deitados para o lixo.

Bruxelas não perdoa. Esperou tempo demasiado para os trabalhadores compreenderem que estavam a prejudicar todo o país. A conta acaba de chegar. O Governo não tem outra saída. Se não cumprir as ordens de Bruxelas fica sem dinheiro. Terá de privatizar, por mais que esperneie e tente salvar os trabalhadores que por incompetência e ignorância forçam penalizações que ninguém deseja.

C.S

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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2014

Portugal continua desorientado

Bem pode a simpática ministra das Finanças tentar acalmar os insurretos dizendo que o desemprego baixou três pontos, que a austeridade acabou e que o buraco aberto pelo Tribunal Constitucional está fechado que poucos ficarão convencidos que vai tudo navegar num mar de rosas.

E aquilo que dói e enfurece é que o povo teve tudo na mão para ser rico, instruído e feliz e tudo vai perdendo porque os seus defensores e conselheiros iniciais em vez de pararem as reivindicações que lhes garantiram os direitos adquiridos à força, não pararam com a luta, não asseguraram o trabalho. Pelo contrário destruíram todo o tecido empresarial e aí está o povo com uma mão adiante e outra atrás e a gritar que o Governo é uma cambada de gatunos quando eles é que se roubaram a eles próprios a mando do PC e dos sindicatos a ele adstritos.

E o que é mais grave é que a loucura prossegue a outro nível, mas não pára.

Umas vezes são os médicos, outras, os enfermeiros, outras, médicos e enfermeiros, os pilotos, os funcionários públicos, gente que devia ter mais cultura do que a boçalidade comunista que nada entende de política e que vai para onde o Comité Central ou a CGTP os mandar.

E eu digo que é mais grave porque o dinheiro não cai do céu e a casa da moeda deixou de fabricar o metal sonante. 

Os funcionários públicos estão sujeitos àquilo que Bruxelas ache que devam ganhar. Se não cortam de uma maneira, cortam da outra.

É a Democracia. E democracia, sem dinheiro, é gaita que não assobia.

Bruxelas insiste que estamos a viver acima das possibilidades, alguns estarão, mas outros há muito que estão a viver nos limites da sobrevivência.

No entanto como hoje a vigilância é universal e tudo se sabe, quando em Berlim ou Bruxelas veem o que aconteceu no meeting dos jovens com telemóveis de topo de gama e linguagem desbragada, eles pensam: esta gente anda doida. A liberdade que eles queriam é a libertinagem que as redes sociais mostraram com o incitamento linguístico que nunca, nos anos cinquenta do século passado e nas casas de passe se ouvia.

Portugal não pode continuar o país desorientado que todo o mundo conhece e de que se aproveita. As empresas que mais estabilidades apresentam são as compradas por estrangeiros e onde o trabalhador trabalha e sabe cumprir as regras. No Estado, cada um, faz o que quer.

Que vai acontecer? O Estado vai vender. Vai privatizar. Mas não é só com este Governo que isso acontece. Desde 1976 todos os Governos fizeram o mesmo. O que foi roubado em 1974 e 1975 e nacionalizado acabou tudo por ser entregue porque Portugal não é um cóio de ladrões. Os bens nacionalizados têm sido vendidos ao preço da uva-mijona porque os Sindicatos não dão oportunidade que se faça de outra maneira.

A Ministra das Finanças lançou o primeiro grito da esperança. Veremos o que acontece. Mas a continuar as greves, de certeza que não vamos longe.

C.S

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Quinta-feira, 28 de Agosto de 2014

Um louco à frente da NATO quer incendiar a Europa

Olhe-se bem para o fácies do monstro e só os imbecis não perceberão que neste rosto está um alienado, está um assassino.

Aquilo que o Secretário-Geral da NATO fez à Líbia com o aval de Obama, Cameron e Sarkozy vai ficar para história como o massacre mais infame cometido com a aprovação de três Governantes de nações respeitáveis e que por displicência se entregaram nas mãos de indivíduos perversos que foram colocados em cargos sensíveis, onde nunca deviam estar.

Desde há algum tempo que a NATO pretende instalar bases militares no leste da Europa de modo a encurralar a Rússia num gueto e, no momento ajustado, possa ser ocupada, coisa que os exércitos de Napoleão e Hitler não conseguiram.

O monstro que puxa os cordéis da NATO pretende posicionar material, equipamento, infraestruturas, bases e quartéis-generais, mais toda a parafernália destruidora que em poucos segundos chegue às portas de Moscovo e num ápice faça o mesmo que fez na Líbia e, tudo aquilo que sobrar seja caos, choro e destruição que ninguém mais aí possa viver e saiba quem são os senhores do mundo até eles se autodestruírem.

Convido-o a verificar o que se passa no Iraque, na Líbia e na Síria.

Que vê? Caos, miséria, morte, destruição. Tudo provocado por Governantes americanos, pelas suas armas e pela sua estupidez.

Fogh Rasmussen, Secretário-Geral da NATO, já se baba de loucura porque está confiante que em Cardiff vai ter seguramente a luz verde do Cameron e do Obama para intimidar a Rússia como, se a Rússia de Putin, alguma vez temesse rafeiros, bulldogs ou Rasmussens.

O Frog, ao insistir em proteger a Ucrânia fornecendo-lhe armas, pensa que é o mesmo que as entregar aos colegas assassinos da Al-Qaeda e a seguir persegui-los para testar o sofisticadíssimo armamento.

Este monstro é um incapaz impotente que só é aceite por outros iguais a ele que se pensam invencíveis e totalmente seguros. Nada mais falso.

A Ucrânia e a Polónia, desde que seja desencadeada a guerra, acabarão por ser os países mais sacrificados.

Não acredito que Cameron tente apontar os seus misseis contra a Rússia, a menos que deseje uma catástrofe na Inglaterra.

Também os Estados Unidos podem, pela primeira vez, experimentar as garras do urso Russo.

O atrasado mental que tem o poder da NATO tenta desesperadamente forçar que a Rússia ataque qualquer país sob o guarda-chuva da NATO.

O Fogh, o Obama e o Cameron continuam menosprezando todas as regras e convenções, ficando os outros com o ónus dos seus crimes.

Bem pode este Fogh, mais fog do que frog lançar a confusão nos jornais Britânicos, a quem paga a publicidade, para convencer as pessoas da razão da NATO.

Ninguém acredita. Toda a gente sabe que a NATO é formada por um conjunto de irracionais e comandada por um mentecapto.

C.S

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Quarta-feira, 27 de Agosto de 2014

Joana Sá, uma enfermeira solidária

Uma mulher bonita, jovem, inteligente, sorridente com a vida, desperta imediatamente um sentimento de confiança.

Há muitos anos escrevi que a nossa felicidade é fazer felizes os outros.

O amor desinteressado, a entrega total a quem sofre e precisa de ajuda é algo de muito belo e saudável.

Ao ver e ouvir Joana de Sá falar na "SIC", com toda a naturalidade, como vai para um teatro de guerra ao serviço dos outros há um orgulho imenso em que ela seja portuguesa e, por reflexo, pensamos que todos somos assim, o que infelizmente, não é verdade.

Joana Sá entrou em Gaza com escombros por todo o lado, mas no hospital para onde foi trabalhar e onde entravam, em média, 150 feridos por hora, as equipas não se queixavam do cansaço. Todos pretendiam aliviar o sofrimento de seres humanos que não podem ser tratados como vírus a eliminar.

Nos meus tempos de Liceu era frequente jogarmos à pancada uns com os outros, no final fazíamos quase sempre as pazes. Claro que alguns ficavam amuados e mesmo passados muitos anos ainda tentam vingar-se de alguma pancada mais forte.

Um desses meus amigos zangados é o escritor judeu Manuel Poppe. E eu que lhe acho muita piada, porque é um homem inteligente e bem-disposto faço sempre os possíveis para que ele se sinta vingado. Mas judeu não esquece.

Aqui há anos encontrei-o, por mero acaso, em Roma, onde ele era adido da embaixada Portuguesa e onde eu tinha uma lindíssima namorada italiana, pois o Manuel Poppe começou a gritar em italiano, como um capado, pela polícia, pois estava ali um bandido.

Aqueles tempos eram bem diferentes dos de hoje. Tudo é bullying, e os miúdos crescem fracotes.

Embora gostasse de jogar à pancada e às vezes chegavam-me a roupa ao pelo, sempre fui contra as forças militares e as guerras.

Mas adorava a Mocidade Portuguesa onde havia ordem e toda a qualidade de desportos para todos os jovens portugueses, brancos e pretos. Muitos pensavam que a instituição tinha um caráter militarista. Nada mais falso.

É por estes motivos que às vezes sou tão violento contra os senhores da guerra e das suas justificações para matar com tanta ou mais barbaridade do que fizeram Hitler, Estaline, Pol Pot e outra malandragem espalhada pelo mundo.

E eu que hoje tinha pensado escrever uma crónica virulenta contra a greve pateta dos enfermeiros que obriga à venda das unidades hospitalares a privados, não o consegui fazer por causa da enfermeira Joana de Sá que espero seja tão feliz toda a vida como todos aqueles que ela trata lhe desejam, aos quais também eu me associo.

C.S

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Terça-feira, 26 de Agosto de 2014

Guerra às portas da Europa

Fiquei preocupado quando vi soldados russos humilharem colegas ucranianos no dia da celebração da independência da Ucrânia.

Fiquei preocupado porque conheci e conheço ainda em Portugal muitos ucranianos e russos que são amigos, afáveis, trabalhadores competentes, honestos e inteligentes.

Se perguntarem a empresários ou outros empregadores de mão-de-obra russa ou ucraniana como classificam esta gente, todos lhes dão nota máxima.

Quando Portugal era ainda uma hipótese de reino independente e as pessoas eram poucas e dirigidas por um conde Francês, D. Henrique, que tinha recebido o condado Portucalense por ter casado com D. Teresa, filha bastarda do rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, com a condição de o governar e aumentar, caso fosse possível vencer os mouros. Umas vezes vencia, outras, perdia.

Quando vencia e os árabes aceitavam ficar sobre as ordens e as regras dos cristãos tomavam o nome de mudéjares. Quando os cristãos perdiam e se sujeitavam aos mouros, mas podiam continuar com a sua própria religião tomavam o nome de moçárabes porque os seus hábitos e a sua língua mudavam tanto que eram assim apelidados.

Muitas vezes me interrogo se esta terra não tem DOM, se não é uma dádiva da explosão Universal provocada pela força de um Deus desconhecido e que reúne em Portugal o poder de unir todos os povos, devido à energia aqui concentrada.

Nestas lutas iniciais e também, se calhar, porque não havia as distrações dos nossos dias e umas saibradas nem sempre matavam, os autóctones foram ajudados pelos cruzados que se dirigiam à terra Santa para libertar os Lugares Santos da tutela turca.

As cruzadas foram nove e nem sempre correram bem. Na primeira os cruzados foram todos chacinados e só se salvaram aqueles que aqui assentaram arraiais.

Mas a gente continua pouca. É já Portugal, como reino, que D. Sancho, 1185-1211, tratou de cativar população da França e da Flandres que veio para trabalhar e acabou por ficar por cá, porque a água era pura, o vinho magnífico e as mulheres danadas para a brincadeira.

Hoje estamos como naquele tempo. Portugal despovoa-se. Falta sangue novo para continuar esta terra bendita.

Em vez dos russos e ucranianos se martirizarem com guerras sem sentido e totalmente injustas para comunidades que são esperança para o entendimento dos povos, porque não, alguns milhares encontrarem em Portugal o porto de refúgio onde podem viver em segurança?

Aquilo que acontece não é culpa da Rússia. A Crimeia é fundamental para que a Rússia impeça, os avatares do belicismo, de criar ali uma zona de possíveis conflitos e de insegurança permanente.

Esperemos que a Rússia e a Ucrânia se entendam para que o Ocidente não dê o passo mais largo que a perna e todos os povos venham a sofrer da insanidade mental que parece ter afetado os governantes europeus e americanos.

C.S

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Segunda-feira, 25 de Agosto de 2014

Isto nunca mais se levanta

Kissinger sempre achou que Mário Soares não valia nada e que os seus erros eram proporcionais à sua ignorância o que se prova pelo estado em que o país se encontra. Não só por culpa dele, mas por todos os que pensaram mais nos seus interesses do que nos interesses de Portugal.

Cunhal só perde porque a sua estupidez ainda era superior à do Mário.

Ao impedir o seu ex-aluno de falar na praça de touros e assim o humilhar publicamente fez que Soares compreendesse que Cunhal o desprezava e o via como um ser abjeto.

A reação de Soares a partir desse momento é a de ódio contido e sedento de vingança, sem mostrar de onde lhe vinha a mudança de posição.

Cunhal perde o país pela sua supina ignorância, e ódio pelo país que entre 1950 e 1973 viveu um crescimento económico excecional. O PIB per capita subiu de 25% para 60%, o analfabetismo desceu imenso e a Segurança Social avançava a ritmo acelerado. Por qualquer razão ou frustração, Cunhal não perdoava isso a Salazar e cometeu erros tão graves que comprometeu a independência de Portugal, enganou os trabalhadores e o próprio Vasco Gonçalves quando lhe tira o tapete na reunião do Comité Central em Alhandra, em 10 de Agosto de 1975.

Quando os ignorantes propagandistas do Partido Comunista tentam fazer passar a ideia que o PC nunca esteve no Governo é totalmente mentira. Esteve nos cinco Primeiros Governos e teve Vasco Gonçalves como Primeiro-Ministro desde o II até ao quinto, que Cunhal ajudou a derrubar.

Cunhal não passou de um canalha e por isso Kissinger convenceu-se que Mário Soares não passaria do Kerensky português ou seja, igual ao dirigente socialista que foi derrotado por Lenine na revolução de 1917.

Estes assuntos começam agora a vir a público porque os documentos das secretas americanas os estão a desclassificar e podem ser conhecidos, embora muitas das decisões, por bastante graves continuem guardadas para que os podres não façam vomitar quem ler todas as infâmias cometidas contra Portugal e que os Governos seguintes não foram capazes de colmatar de maneira a não deixar cair o país no estado em que se encontra. E parece não haver ninguém que consiga resolver a situação. Por medo de quê e por interesse de quem? Se é o povo que mais sofre e já nem se esconde.

Para desanuviar o assunto e a propósito de americanos, do querer saber tudo e das suas escutas, conto uma pequena história. 

Depois do PREC, enviaram doze elementos das secretas a Portugal para saber qual era a razão do caos e da loucura.

Quando regressaram aos Estados Unidos, todos os relatórios tinham a mesma resposta.

O que se passava em Portugal era uma questão de sexo.

De Sexo? Perguntou o velho Almirante?

Sim. Por todo o lado, onde andámos, só se ouvia:

“Isto nunca mais se levanta.”

C.S

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Domingo, 24 de Agosto de 2014

Os portugueses à descoberta do seu próprio país

Desde o início do seu nascimento Portugal foi mais um País de armas e de compra e venda de mercadorias do que terra de cultivo e exploração do solo.

Os Romanos e os Árabes por cá andaram, os primeiros 500 anos, afinaram a língua, construíram estradas e ensinaram técnica militar. Os segundos permaneceram 600 anos, ensinaram a cultivar a terra e por cá teriam ficado se a religião (muçulmana) não provocasse as guerras que os havia de obrigar a regressar ao local de origem e a ficar sem as terras em 1249.

Em 1297 Portugal fixa as suas fronteiras, iguais às de hoje.

Obtido o terreno suficiente para dar largas aos sonhos e à riqueza, os portugueses, mesmo assim acham que é pouco e tratam de olhar o mar com tanto para lavrar e descobrir. É assim que arrostam monstros e tempestades, naufrágios, verdadeiras tragédias e grande sofrimento.

Se quiser ter uma pálida, mas mesmo assim valiosa ideia, do quanto os portugueses arrostaram os perigos para fazer face aos seus desejos e outras vezes às dificuldades no seu próprio País, escreva no Google: História trágico-marítima, Barcelos 1942 e pode ler, num dos livros de Bernardo Gomes de Brito, quanto de medonho estes nossos antepassados passaram para fruir o prazer do desconhecido e alcançar uma vida melhor.

Desde o início do século XV mergulhámos e iniciámos as descobertas.

Procurámos o caminho, que pelo mar, nos levasse ao Oriente. Quando aí chegados, inebriados pelas belas e sedosas indianas e pelo cheiro da canela que pagaria o transporte mas não evitaria os perigos, aí assentámos arraiais. No Oriente buscámos as vantagens do comércio e do amor. Afonso de Albuquerque promoveu os casamentos e acalmámos a libido.

Saciados de beleza, prazer e negócios, passámos para o Brasil, onde o pau (brasil) compensava as viagens. A terra era próspera e as gentes meigas. Por aí ficámos até lhe darmos a mais que merecida classificação de Reino que um rei português assinou e um filho tornou independente com o célebre grito do Ipiranga.

Sem mostras de afrontamento mudámos vontade e trabalho para terras de África. Desenvolvemos Angola e Moçambique como nenhum outro povo tinha feito às suas colónias, sem as expurgar do seu sangue e das suas riquezas.

Quando veio o 25 de Abril quase morremos de saudade por aquelas terras onde o branco e o preto se confundiam na fraternidade dos costumes.

Regressados a casa encontrámos tudo organizado, arrumado e pronto a ser desenvolvido. Não foi isso que aconteceu. A ignorância e a demagogia ensandeceram o povo que hoje se encontra triste e desanimado porque foi enganado.

Não esteja, meu povo, como diz a canção brasileira.

A terra está aí à sua espera, as riquezas continuam à flor do solo e, se não quiser voltar a revirar o mundo, meter-se na Europa para morrer rico e cansado, fique em Portugal e viverá mais feliz. Se usar a inteligência e a força de vontade verificará que a riqueza está aqui e, não se arrependerá de só agora os portugueses terem descoberto o seu próprio País.

C.S

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Sábado, 23 de Agosto de 2014

Nenhuma crise pode vencer os portugueses

Muito pior que esta crise foi a crise em 1383-1385 resolvida com a Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385 onde 7 mil portugueses venceram 35 mil castelhanos.

Muito pior que esta crise foi a de 1640, quando um País, sem exército, sem dinheiro e com alguns traidores a intrigar, conseguiram sacudir Filipe IV de Espanha e recuperar a Independência que um rei, garoto e obcecado pela religião, tinha perdido.

Muito pior que esta crise foram as Invasões Francesas.

Espanha e França, em 27 de Outubro de 1807 assinam o Tratado de Fontainebleau pelo qual Portugal era dividido em três partes. Uma para Espanha e duas para quem Napoleão entendesse.

Napoleão manda invadir Portugal com um exército de 39 mil homens comandados por Junot. A seguir vem o General Soult e por fim o General Massena. Três saqueadores de alto gabarito que roubaram quanto puderam levar: ouro, prata, joias, quadros, documentos históricos.

A família real teve de fugir para o Brasil e o Brasil passa de colónia a reino com a designação de Reino Unido de Portugal e Brasil.

Muito pior que esta crise foi o estado miserável e ignominioso em que a Primeira República, 1910 a 1926, deixou Portugal: centenas de milhares de pobres, rotos, descalços, andrajosos percorriam Portugal de lés-a-lés de mãos estendidas onde as pulgas, os piolhos, as carraças e os percevejos iam espalhando as doenças que matavam os mais débeis.

Não havia estradas com esse nome. Eram caminhos. Os hospitais eram poucos e as escolas também não abundavam.

Mas a vontade de vencer a miséria, o trabalho e a proibição de fazer greves que comiam aquilo que era produzido sem benefício para os mais carenciados deu os resultados esperados, mas levou mais de 25 anos a colocar o País nos carris. A seguir veio o desenvolvimento em força.

Quando chegou o 25 de Abril de 1974, o caos e as greves, em poucos meses delapidaram a pesada herança e hoje, depois de 40 anos de desgovernação voltamos a andar de mão estendida e às ordens vexantes de países estrangeiros.

Quando a loucura envolveu os militares escrevi um artigo a avisá-los que os políticos os estavam a enganar. Em resposta levaram-me a tribunal e se não me tenho defendido seriam vários anos de cadeia.

Como o outro cancro eram as greves que comem o povo, a primeira vez que houve greve dos padeiros, o Sr. Santos, dono da padaria, avisou-me que no dia seguinte não havia pão. Convenci o Sr. Santos e a esposa a fazer pão e eu ficava na padaria a vender. Nas três horas de venda com uma bicha tremenda as pessoas não paravam de agradecer a atitude.

Os portugueses têm de lançar mão ao trabalho em Portugal ou nos outros 27 países europeus da U.E.

Se queremos vencer a crise não podemos estar com lamechices, nem acreditar na imaturidade dos políticos de pataqueira que se espojam pelas cadeiras de S. Bento e cujo salário, reformas e regalias são escandalosas em comparação com as do povo que trabalha.

C.S

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Sexta-feira, 22 de Agosto de 2014

Vencer a crise sem choradeiras e com dignidade

Uma das coisas que sempre me deu muito gozo foi vencer as dificuldades.

Desde os dezassete anos, nas férias de Verão, entrava pela Europa e logo que gastava o dinheiro que os meus pais me davam, em vez de regressar procurava trabalho.

Isso fez que a minha descontração e conhecimentos aumentassem tanto que pelos meus 22 anos, em vez de estudar fui para Londres e consegui escrever quatro livros. O vício da escrita era tão forte e tinha, julgava eu, tanto para dizer que, quando saía do pequeno quarto para respirar uns minutos o ar fresco, parecia um bêbedo, tal era o cansaço.

Passado anos, a minha mulher depois de me avisar, dezenas de vezes para arrumar a papelada; começou a ameaçar-me que metia tudo aquilo no lixo. Foi o que aconteceu. Com as mulheres não vale a pena discutir. Elas ganham sempre. Encolhi os ombros e continuei a rabiscar.

A Europa ensina-nos a não ter peneiras, a ganhar dinheiro, a apontar-nos os erros ou a salientar os méritos e isso aumentou ainda mais a minha descontração e a não dar importância a tudo aquilo que a não tem.

Era eu Deputado na tasca de S. Bento, como lhe chama o General Humberto Delgado no seu livro “Da Pulhice do Homo Sapiens” pág. 137, quando o meu amigo Manuel Guimarães, que está no Infinito à minha espera desde 1997, me telefonou para casa para ir beber um café ao Hotel dos Templários em Tomar, onde ele era Diretor. Respondi-lhe: tem juízo.

Ele insistiu: “o hotel está sem ninguém, etc.” Depois de me fazer caro durante dois ou três minutos, lá fui.

O Manel, por detrás do balcão do Bar e eu sentado num dos bancos. Mal tínhamos começado o descasque nacional, chega o Sr. Galvão que era o maioral do pessoal menor e diz para o Manel Guimarães:

- Ó senhor doutor, não temos ninguém para almoço, o hotel está vazio.

O Manuel: “pode mandar o pessoal para casa. Eu tomo conta disto. Deixe um rapaz na portaria. O ajudante de cozinheiro que fique para preparar o jantar. Pode mandar tudo embora.” O Galvão assim fez. Passados uns vinte minutos chega afogueado: “Sr. doutor chegaram duas camionetas de turistas ingleses. Que faço? Não temos ninguém para os servir. O Manel que nunca desperdiçou nem um cêntimo respondeu-lhe: nem pensar! Temos o ajudante de cozinheiro, está o rapaz da portaria, está você, eu vou servir às mesas e, olhando para mim disse-me, e tu tomas conta do bar. Os preços estão todos à vista.

- Nem penses! Eu, Deputado!

- É altura de fazeres alguma coisa de útil. E virou-me as costas.

Passado quase uma hora os turistas começaram a aparecer e eu a servir-lhes brandy, whisky, etc.

Quando a saga terminou, o Manel olhou para o pires com as gorjetas. Calmamente arrebanhei tudo. O Manel aflito disse: metade para cada.

Olhei-o sobranceiro: deixa-te de choradeiras. Já viste o que me acontece se vão fazer queixa no Parlamento? Ainda devias colocar mais algum.

Nunca gozei tanto aquele maná. Mas o Manel, para quem o dinheiro era sagrado, quando nos encontrávamos começava sempre a conversa:

- Ó judeu de Penamacor…

C.S

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