É nos países ricos do norte da Europa que acontecem o maior número de suicídios. Daqui pode inferir-se que o dinheiro não traz a felicidade, o que não é totalmente verdade.
Salazar disse sempre que devia a Deus a graça de ter nascido pobre.
Quando era criança pensava, muito, nesta frase. Cedo verifiquei que ele tinha razão. A minha maior tristeza era ter colegas pobres. Isso nunca me fez feliz e aos “hippies” dos anos 60 do século passado também não.
O caso de haver fortunas colossais deve-se muitas vezes ao trabalho constante de indivíduos que para não se suicidarem, se masturbam trabalhando noite e dia, caso dos “Yuppies” dos finais dos anos 80.
O excesso de dinheiro não traz a felicidade. A felicidade está no trabalho e no rendimento gratificante que ele produz, com a sensação de que toda a comunidade beneficia com ele.
Ao referir que a Noruega, a Dinamarca e a Holanda estão cansadas de 69 anos de paz, desde que a Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, faço-o porque se ofereceram imediatamente para enquadrar uma força de intervenção rápida que se oponha a qualquer ação militar da Rússia na Ucrânia.
Que ingenuidade ou que prazer no suicídio coletivo destas nações ricas em dinheiro e pobres em felicidade. Preferem morrer no campo de batalha em vez de colocarem uma corda ao pescoço e se pendurarem nas traves dos sótãos.
Não acredito que Putin nem a maioria dos Russos queiram ocupar e muito menos destruir a Ucrânia, o que Putin, a maioria dos Russos e grande parte dos Ucranianos quer é viver em paz e boa harmonia. Aquilo que sucede é que a Europa, devido às dificuldades por que os povos passam resolveu cativar a Ucrânia oferecendo-lhe regalias que mais cedo ou mais tarde terá de pagar com língua de palmo, seja com dinheiro vivo, seja com muito maiores cedências do que benefícios. Estranhamente não faz o mesmo com a Turquia que há anos pretende entrar.
A estes beneméritos juntou-se a NATO com a habitual fanfarronice por se julgar invencível no campo bélico. Prometeu proteção aos Ucranianos, mas necessita de uns anjinhos para sacrificar nas aras da violência e da estupidez natural do chefe da NATO.
Este sátrapa convenceu o Governo do seu país, a Dinamarca, para formar o batalhão dos dez mil onde a Noruega e a Holanda também estão inseridas e prontas a dar o corpo ao manifesto. Já estão fartas de paz e de dinheiro que não sabem como aplicar a bem dos povos.
Como a vida se tornou uma chatice, nada melhor do que desafiar a Rússia, provocar o caos que se vive na Síria e no Iraque e morrer nas terras de cultivo da Ucrânia em louvor da bestialidade da NATO e seus apoiantes.
Se não ficarem heróis, pelo menos ficarão as cinzas, do monturo, que irão dar mais fertilidade aos campos negros e sedentos de estrume.
C.S
Tal como tínhamos previsto, as privatizações empurradas pelas greves tornam os preços cada vez mais altos e consequentemente mais dificuldades para os portugueses.
O caso da “ANA” aeroportos é sintomático, desde que os franceses da VINCI compraram por 3,08 mil milhões à Parpública, empresa que gere as participações do Estado, para durante 50 anos ter direito a esta exploração, que a Vinci já aumentou por 7 vezes as taxas aeroportuárias.
Daqui a 50 anos, quando a maioria dos portugueses já cá não estiver e se ainda houver Europa, que a NATO pretende transformar em próximo campo de guerra ao iludir a Ucrânia vendendo-lhe armas, ao mesmo tempo que Herman Van Rompuy tenta colocar o primeiro-ministro da Polónia Donald Tusk na presidência do Conselho Europeu para assim lhe adoçar a boca, o que é um presente envenenado para este país.
Nem a Polónia nem a Ucrânia podem ser iludidas e atulhadas com toneladas de ferro mortífero que serão destruídos pelas grandes potências logo que o conflito desencadeado pela NATO principiar.
Rui Machete acha que a reunião em Milão para proteger a integridade territorial da Ucrânia foi muito interessante. Esperemos que o Rui não tenha mais uma vez metido o pé no buraco. O único país que pode manter a integridade territorial da Ucrânia é a Rússia. É com a Rússia que a Ucrânia deve estar, não é com videirinhos como o Machete e outros iguais.
Voltemos à conversa inicial embora este segundo assunto me preocupe tremendamente e não compreenda o que se passa na cabeça dos líderes europeus que não parecem entender o que pode suceder de um momento para o outro por causa da bestialidade da NATO e da irresponsabilidade dos políticos.
Os transportes públicos, com o Metro e a CP à cabeça, devido às greves sem sentido que fizeram, têm vindo a sofrer cortes nos bons salários que usufruíam e vão continuar a sofrer por sua própria culpa ao cederam ao PC e aos sindicatos o fazerem greves que prejudicaram gravemente o país com dívidas astronómicas.
Resultado? As empresas caminham para a privatização a menos que haja um milagre, o que eu não acredito. A estupidez é tão grande que em vez de negociarem voltam a fazer greves.
O Problema das greves é que ao fazê-las não prejudicam só a empresa e a eles próprios mas arrastam consigo milhares de utentes que não têm nada a ver com o assunto. São biliões de euros deitados para o lixo.
Bruxelas não perdoa. Esperou tempo demasiado para os trabalhadores compreenderem que estavam a prejudicar todo o país. A conta acaba de chegar. O Governo não tem outra saída. Se não cumprir as ordens de Bruxelas fica sem dinheiro. Terá de privatizar, por mais que esperneie e tente salvar os trabalhadores que por incompetência e ignorância forçam penalizações que ninguém deseja.
C.S
Bem pode a simpática ministra das Finanças tentar acalmar os insurretos dizendo que o desemprego baixou três pontos, que a austeridade acabou e que o buraco aberto pelo Tribunal Constitucional está fechado que poucos ficarão convencidos que vai tudo navegar num mar de rosas.
E aquilo que dói e enfurece é que o povo teve tudo na mão para ser rico, instruído e feliz e tudo vai perdendo porque os seus defensores e conselheiros iniciais em vez de pararem as reivindicações que lhes garantiram os direitos adquiridos à força, não pararam com a luta, não asseguraram o trabalho. Pelo contrário destruíram todo o tecido empresarial e aí está o povo com uma mão adiante e outra atrás e a gritar que o Governo é uma cambada de gatunos quando eles é que se roubaram a eles próprios a mando do PC e dos sindicatos a ele adstritos.
E o que é mais grave é que a loucura prossegue a outro nível, mas não pára.
Umas vezes são os médicos, outras, os enfermeiros, outras, médicos e enfermeiros, os pilotos, os funcionários públicos, gente que devia ter mais cultura do que a boçalidade comunista que nada entende de política e que vai para onde o Comité Central ou a CGTP os mandar.
E eu digo que é mais grave porque o dinheiro não cai do céu e a casa da moeda deixou de fabricar o metal sonante.
Os funcionários públicos estão sujeitos àquilo que Bruxelas ache que devam ganhar. Se não cortam de uma maneira, cortam da outra.
É a Democracia. E democracia, sem dinheiro, é gaita que não assobia.
Bruxelas insiste que estamos a viver acima das possibilidades, alguns estarão, mas outros há muito que estão a viver nos limites da sobrevivência.
No entanto como hoje a vigilância é universal e tudo se sabe, quando em Berlim ou Bruxelas veem o que aconteceu no meeting dos jovens com telemóveis de topo de gama e linguagem desbragada, eles pensam: esta gente anda doida. A liberdade que eles queriam é a libertinagem que as redes sociais mostraram com o incitamento linguístico que nunca, nos anos cinquenta do século passado e nas casas de passe se ouvia.
Portugal não pode continuar o país desorientado que todo o mundo conhece e de que se aproveita. As empresas que mais estabilidades apresentam são as compradas por estrangeiros e onde o trabalhador trabalha e sabe cumprir as regras. No Estado, cada um, faz o que quer.
Que vai acontecer? O Estado vai vender. Vai privatizar. Mas não é só com este Governo que isso acontece. Desde 1976 todos os Governos fizeram o mesmo. O que foi roubado em 1974 e 1975 e nacionalizado acabou tudo por ser entregue porque Portugal não é um cóio de ladrões. Os bens nacionalizados têm sido vendidos ao preço da uva-mijona porque os Sindicatos não dão oportunidade que se faça de outra maneira.
A Ministra das Finanças lançou o primeiro grito da esperança. Veremos o que acontece. Mas a continuar as greves, de certeza que não vamos longe.
C.S
Olhe-se bem para o fácies do monstro e só os imbecis não perceberão que neste rosto está um alienado, está um assassino.
Aquilo que o Secretário-Geral da NATO fez à Líbia com o aval de Obama, Cameron e Sarkozy vai ficar para história como o massacre mais infame cometido com a aprovação de três Governantes de nações respeitáveis e que por displicência se entregaram nas mãos de indivíduos perversos que foram colocados em cargos sensíveis, onde nunca deviam estar.
Desde há algum tempo que a NATO pretende instalar bases militares no leste da Europa de modo a encurralar a Rússia num gueto e, no momento ajustado, possa ser ocupada, coisa que os exércitos de Napoleão e Hitler não conseguiram.
O monstro que puxa os cordéis da NATO pretende posicionar material, equipamento, infraestruturas, bases e quartéis-generais, mais toda a parafernália destruidora que em poucos segundos chegue às portas de Moscovo e num ápice faça o mesmo que fez na Líbia e, tudo aquilo que sobrar seja caos, choro e destruição que ninguém mais aí possa viver e saiba quem são os senhores do mundo até eles se autodestruírem.
Convido-o a verificar o que se passa no Iraque, na Líbia e na Síria.
Que vê? Caos, miséria, morte, destruição. Tudo provocado por Governantes americanos, pelas suas armas e pela sua estupidez.
Fogh Rasmussen, Secretário-Geral da NATO, já se baba de loucura porque está confiante que em Cardiff vai ter seguramente a luz verde do Cameron e do Obama para intimidar a Rússia como, se a Rússia de Putin, alguma vez temesse rafeiros, bulldogs ou Rasmussens.
O Frog, ao insistir em proteger a Ucrânia fornecendo-lhe armas, pensa que é o mesmo que as entregar aos colegas assassinos da Al-Qaeda e a seguir persegui-los para testar o sofisticadíssimo armamento.
Este monstro é um incapaz impotente que só é aceite por outros iguais a ele que se pensam invencíveis e totalmente seguros. Nada mais falso.
A Ucrânia e a Polónia, desde que seja desencadeada a guerra, acabarão por ser os países mais sacrificados.
Não acredito que Cameron tente apontar os seus misseis contra a Rússia, a menos que deseje uma catástrofe na Inglaterra.
Também os Estados Unidos podem, pela primeira vez, experimentar as garras do urso Russo.
O atrasado mental que tem o poder da NATO tenta desesperadamente forçar que a Rússia ataque qualquer país sob o guarda-chuva da NATO.
O Fogh, o Obama e o Cameron continuam menosprezando todas as regras e convenções, ficando os outros com o ónus dos seus crimes.
Bem pode este Fogh, mais fog do que frog lançar a confusão nos jornais Britânicos, a quem paga a publicidade, para convencer as pessoas da razão da NATO.
Ninguém acredita. Toda a gente sabe que a NATO é formada por um conjunto de irracionais e comandada por um mentecapto.
C.S
Uma mulher bonita, jovem, inteligente, sorridente com a vida, desperta imediatamente um sentimento de confiança.
Há muitos anos escrevi que a nossa felicidade é fazer felizes os outros.
O amor desinteressado, a entrega total a quem sofre e precisa de ajuda é algo de muito belo e saudável.
Ao ver e ouvir Joana de Sá falar na "SIC", com toda a naturalidade, como vai para um teatro de guerra ao serviço dos outros há um orgulho imenso em que ela seja portuguesa e, por reflexo, pensamos que todos somos assim, o que infelizmente, não é verdade.
Joana Sá entrou em Gaza com escombros por todo o lado, mas no hospital para onde foi trabalhar e onde entravam, em média, 150 feridos por hora, as equipas não se queixavam do cansaço. Todos pretendiam aliviar o sofrimento de seres humanos que não podem ser tratados como vírus a eliminar.
Nos meus tempos de Liceu era frequente jogarmos à pancada uns com os outros, no final fazíamos quase sempre as pazes. Claro que alguns ficavam amuados e mesmo passados muitos anos ainda tentam vingar-se de alguma pancada mais forte.
Um desses meus amigos zangados é o escritor judeu Manuel Poppe. E eu que lhe acho muita piada, porque é um homem inteligente e bem-disposto faço sempre os possíveis para que ele se sinta vingado. Mas judeu não esquece.
Aqui há anos encontrei-o, por mero acaso, em Roma, onde ele era adido da embaixada Portuguesa e onde eu tinha uma lindíssima namorada italiana, pois o Manuel Poppe começou a gritar em italiano, como um capado, pela polícia, pois estava ali um bandido.
Aqueles tempos eram bem diferentes dos de hoje. Tudo é bullying, e os miúdos crescem fracotes.
Embora gostasse de jogar à pancada e às vezes chegavam-me a roupa ao pelo, sempre fui contra as forças militares e as guerras.
Mas adorava a Mocidade Portuguesa onde havia ordem e toda a qualidade de desportos para todos os jovens portugueses, brancos e pretos. Muitos pensavam que a instituição tinha um caráter militarista. Nada mais falso.
É por estes motivos que às vezes sou tão violento contra os senhores da guerra e das suas justificações para matar com tanta ou mais barbaridade do que fizeram Hitler, Estaline, Pol Pot e outra malandragem espalhada pelo mundo.
E eu que hoje tinha pensado escrever uma crónica virulenta contra a greve pateta dos enfermeiros que obriga à venda das unidades hospitalares a privados, não o consegui fazer por causa da enfermeira Joana de Sá que espero seja tão feliz toda a vida como todos aqueles que ela trata lhe desejam, aos quais também eu me associo.
C.S
Fiquei preocupado quando vi soldados russos humilharem colegas ucranianos no dia da celebração da independência da Ucrânia.
Fiquei preocupado porque conheci e conheço ainda em Portugal muitos ucranianos e russos que são amigos, afáveis, trabalhadores competentes, honestos e inteligentes.
Se perguntarem a empresários ou outros empregadores de mão-de-obra russa ou ucraniana como classificam esta gente, todos lhes dão nota máxima.
Quando Portugal era ainda uma hipótese de reino independente e as pessoas eram poucas e dirigidas por um conde Francês, D. Henrique, que tinha recebido o condado Portucalense por ter casado com D. Teresa, filha bastarda do rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, com a condição de o governar e aumentar, caso fosse possível vencer os mouros. Umas vezes vencia, outras, perdia.
Quando vencia e os árabes aceitavam ficar sobre as ordens e as regras dos cristãos tomavam o nome de mudéjares. Quando os cristãos perdiam e se sujeitavam aos mouros, mas podiam continuar com a sua própria religião tomavam o nome de moçárabes porque os seus hábitos e a sua língua mudavam tanto que eram assim apelidados.
Muitas vezes me interrogo se esta terra não tem DOM, se não é uma dádiva da explosão Universal provocada pela força de um Deus desconhecido e que reúne em Portugal o poder de unir todos os povos, devido à energia aqui concentrada.
Nestas lutas iniciais e também, se calhar, porque não havia as distrações dos nossos dias e umas saibradas nem sempre matavam, os autóctones foram ajudados pelos cruzados que se dirigiam à terra Santa para libertar os Lugares Santos da tutela turca.
As cruzadas foram nove e nem sempre correram bem. Na primeira os cruzados foram todos chacinados e só se salvaram aqueles que aqui assentaram arraiais.
Mas a gente continua pouca. É já Portugal, como reino, que D. Sancho, 1185-1211, tratou de cativar população da França e da Flandres que veio para trabalhar e acabou por ficar por cá, porque a água era pura, o vinho magnífico e as mulheres danadas para a brincadeira.
Hoje estamos como naquele tempo. Portugal despovoa-se. Falta sangue novo para continuar esta terra bendita.
Em vez dos russos e ucranianos se martirizarem com guerras sem sentido e totalmente injustas para comunidades que são esperança para o entendimento dos povos, porque não, alguns milhares encontrarem em Portugal o porto de refúgio onde podem viver em segurança?
Aquilo que acontece não é culpa da Rússia. A Crimeia é fundamental para que a Rússia impeça, os avatares do belicismo, de criar ali uma zona de possíveis conflitos e de insegurança permanente.
Esperemos que a Rússia e a Ucrânia se entendam para que o Ocidente não dê o passo mais largo que a perna e todos os povos venham a sofrer da insanidade mental que parece ter afetado os governantes europeus e americanos.
C.S
Kissinger sempre achou que Mário Soares não valia nada e que os seus erros eram proporcionais à sua ignorância o que se prova pelo estado em que o país se encontra. Não só por culpa dele, mas por todos os que pensaram mais nos seus interesses do que nos interesses de Portugal.
Cunhal só perde porque a sua estupidez ainda era superior à do Mário.
Ao impedir o seu ex-aluno de falar na praça de touros e assim o humilhar publicamente fez que Soares compreendesse que Cunhal o desprezava e o via como um ser abjeto.
A reação de Soares a partir desse momento é a de ódio contido e sedento de vingança, sem mostrar de onde lhe vinha a mudança de posição.
Cunhal perde o país pela sua supina ignorância, e ódio pelo país que entre 1950 e 1973 viveu um crescimento económico excecional. O PIB per capita subiu de 25% para 60%, o analfabetismo desceu imenso e a Segurança Social avançava a ritmo acelerado. Por qualquer razão ou frustração, Cunhal não perdoava isso a Salazar e cometeu erros tão graves que comprometeu a independência de Portugal, enganou os trabalhadores e o próprio Vasco Gonçalves quando lhe tira o tapete na reunião do Comité Central em Alhandra, em 10 de Agosto de 1975.
Quando os ignorantes propagandistas do Partido Comunista tentam fazer passar a ideia que o PC nunca esteve no Governo é totalmente mentira. Esteve nos cinco Primeiros Governos e teve Vasco Gonçalves como Primeiro-Ministro desde o II até ao quinto, que Cunhal ajudou a derrubar.
Cunhal não passou de um canalha e por isso Kissinger convenceu-se que Mário Soares não passaria do Kerensky português ou seja, igual ao dirigente socialista que foi derrotado por Lenine na revolução de 1917.
Estes assuntos começam agora a vir a público porque os documentos das secretas americanas os estão a desclassificar e podem ser conhecidos, embora muitas das decisões, por bastante graves continuem guardadas para que os podres não façam vomitar quem ler todas as infâmias cometidas contra Portugal e que os Governos seguintes não foram capazes de colmatar de maneira a não deixar cair o país no estado em que se encontra. E parece não haver ninguém que consiga resolver a situação. Por medo de quê e por interesse de quem? Se é o povo que mais sofre e já nem se esconde.
Para desanuviar o assunto e a propósito de americanos, do querer saber tudo e das suas escutas, conto uma pequena história.
Depois do PREC, enviaram doze elementos das secretas a Portugal para saber qual era a razão do caos e da loucura.
Quando regressaram aos Estados Unidos, todos os relatórios tinham a mesma resposta.
O que se passava em Portugal era uma questão de sexo.
De Sexo? Perguntou o velho Almirante?
Sim. Por todo o lado, onde andámos, só se ouvia:
“Isto nunca mais se levanta.”
C.S
Desde o início do seu nascimento Portugal foi mais um País de armas e de compra e venda de mercadorias do que terra de cultivo e exploração do solo.
Os Romanos e os Árabes por cá andaram, os primeiros 500 anos, afinaram a língua, construíram estradas e ensinaram técnica militar. Os segundos permaneceram 600 anos, ensinaram a cultivar a terra e por cá teriam ficado se a religião (muçulmana) não provocasse as guerras que os havia de obrigar a regressar ao local de origem e a ficar sem as terras em 1249.
Em 1297 Portugal fixa as suas fronteiras, iguais às de hoje.
Obtido o terreno suficiente para dar largas aos sonhos e à riqueza, os portugueses, mesmo assim acham que é pouco e tratam de olhar o mar com tanto para lavrar e descobrir. É assim que arrostam monstros e tempestades, naufrágios, verdadeiras tragédias e grande sofrimento.
Se quiser ter uma pálida, mas mesmo assim valiosa ideia, do quanto os portugueses arrostaram os perigos para fazer face aos seus desejos e outras vezes às dificuldades no seu próprio País, escreva no Google: História trágico-marítima, Barcelos 1942 e pode ler, num dos livros de Bernardo Gomes de Brito, quanto de medonho estes nossos antepassados passaram para fruir o prazer do desconhecido e alcançar uma vida melhor.
Desde o início do século XV mergulhámos e iniciámos as descobertas.
Procurámos o caminho, que pelo mar, nos levasse ao Oriente. Quando aí chegados, inebriados pelas belas e sedosas indianas e pelo cheiro da canela que pagaria o transporte mas não evitaria os perigos, aí assentámos arraiais. No Oriente buscámos as vantagens do comércio e do amor. Afonso de Albuquerque promoveu os casamentos e acalmámos a libido.
Saciados de beleza, prazer e negócios, passámos para o Brasil, onde o pau (brasil) compensava as viagens. A terra era próspera e as gentes meigas. Por aí ficámos até lhe darmos a mais que merecida classificação de Reino que um rei português assinou e um filho tornou independente com o célebre grito do Ipiranga.
Sem mostras de afrontamento mudámos vontade e trabalho para terras de África. Desenvolvemos Angola e Moçambique como nenhum outro povo tinha feito às suas colónias, sem as expurgar do seu sangue e das suas riquezas.
Quando veio o 25 de Abril quase morremos de saudade por aquelas terras onde o branco e o preto se confundiam na fraternidade dos costumes.
Regressados a casa encontrámos tudo organizado, arrumado e pronto a ser desenvolvido. Não foi isso que aconteceu. A ignorância e a demagogia ensandeceram o povo que hoje se encontra triste e desanimado porque foi enganado.
Não esteja, meu povo, como diz a canção brasileira.
A terra está aí à sua espera, as riquezas continuam à flor do solo e, se não quiser voltar a revirar o mundo, meter-se na Europa para morrer rico e cansado, fique em Portugal e viverá mais feliz. Se usar a inteligência e a força de vontade verificará que a riqueza está aqui e, não se arrependerá de só agora os portugueses terem descoberto o seu próprio País.
C.S
Muito pior que esta crise foi a crise em 1383-1385 resolvida com a Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385 onde 7 mil portugueses venceram 35 mil castelhanos.
Muito pior que esta crise foi a de 1640, quando um País, sem exército, sem dinheiro e com alguns traidores a intrigar, conseguiram sacudir Filipe IV de Espanha e recuperar a Independência que um rei, garoto e obcecado pela religião, tinha perdido.
Muito pior que esta crise foram as Invasões Francesas.
Espanha e França, em 27 de Outubro de 1807 assinam o Tratado de Fontainebleau pelo qual Portugal era dividido em três partes. Uma para Espanha e duas para quem Napoleão entendesse.
Napoleão manda invadir Portugal com um exército de 39 mil homens comandados por Junot. A seguir vem o General Soult e por fim o General Massena. Três saqueadores de alto gabarito que roubaram quanto puderam levar: ouro, prata, joias, quadros, documentos históricos.
A família real teve de fugir para o Brasil e o Brasil passa de colónia a reino com a designação de Reino Unido de Portugal e Brasil.
Muito pior que esta crise foi o estado miserável e ignominioso em que a Primeira República, 1910 a 1926, deixou Portugal: centenas de milhares de pobres, rotos, descalços, andrajosos percorriam Portugal de lés-a-lés de mãos estendidas onde as pulgas, os piolhos, as carraças e os percevejos iam espalhando as doenças que matavam os mais débeis.
Não havia estradas com esse nome. Eram caminhos. Os hospitais eram poucos e as escolas também não abundavam.
Mas a vontade de vencer a miséria, o trabalho e a proibição de fazer greves que comiam aquilo que era produzido sem benefício para os mais carenciados deu os resultados esperados, mas levou mais de 25 anos a colocar o País nos carris. A seguir veio o desenvolvimento em força.
Quando chegou o 25 de Abril de 1974, o caos e as greves, em poucos meses delapidaram a pesada herança e hoje, depois de 40 anos de desgovernação voltamos a andar de mão estendida e às ordens vexantes de países estrangeiros.
Quando a loucura envolveu os militares escrevi um artigo a avisá-los que os políticos os estavam a enganar. Em resposta levaram-me a tribunal e se não me tenho defendido seriam vários anos de cadeia.
Como o outro cancro eram as greves que comem o povo, a primeira vez que houve greve dos padeiros, o Sr. Santos, dono da padaria, avisou-me que no dia seguinte não havia pão. Convenci o Sr. Santos e a esposa a fazer pão e eu ficava na padaria a vender. Nas três horas de venda com uma bicha tremenda as pessoas não paravam de agradecer a atitude.
Os portugueses têm de lançar mão ao trabalho em Portugal ou nos outros 27 países europeus da U.E.
Se queremos vencer a crise não podemos estar com lamechices, nem acreditar na imaturidade dos políticos de pataqueira que se espojam pelas cadeiras de S. Bento e cujo salário, reformas e regalias são escandalosas em comparação com as do povo que trabalha.
C.S
Uma das coisas que sempre me deu muito gozo foi vencer as dificuldades.
Desde os dezassete anos, nas férias de Verão, entrava pela Europa e logo que gastava o dinheiro que os meus pais me davam, em vez de regressar procurava trabalho.
Isso fez que a minha descontração e conhecimentos aumentassem tanto que pelos meus 22 anos, em vez de estudar fui para Londres e consegui escrever quatro livros. O vício da escrita era tão forte e tinha, julgava eu, tanto para dizer que, quando saía do pequeno quarto para respirar uns minutos o ar fresco, parecia um bêbedo, tal era o cansaço.
Passado anos, a minha mulher depois de me avisar, dezenas de vezes para arrumar a papelada; começou a ameaçar-me que metia tudo aquilo no lixo. Foi o que aconteceu. Com as mulheres não vale a pena discutir. Elas ganham sempre. Encolhi os ombros e continuei a rabiscar.
A Europa ensina-nos a não ter peneiras, a ganhar dinheiro, a apontar-nos os erros ou a salientar os méritos e isso aumentou ainda mais a minha descontração e a não dar importância a tudo aquilo que a não tem.
Era eu Deputado na tasca de S. Bento, como lhe chama o General Humberto Delgado no seu livro “Da Pulhice do Homo Sapiens” pág. 137, quando o meu amigo Manuel Guimarães, que está no Infinito à minha espera desde 1997, me telefonou para casa para ir beber um café ao Hotel dos Templários em Tomar, onde ele era Diretor. Respondi-lhe: tem juízo.
Ele insistiu: “o hotel está sem ninguém, etc.” Depois de me fazer caro durante dois ou três minutos, lá fui.
O Manel, por detrás do balcão do Bar e eu sentado num dos bancos. Mal tínhamos começado o descasque nacional, chega o Sr. Galvão que era o maioral do pessoal menor e diz para o Manel Guimarães:
- Ó senhor doutor, não temos ninguém para almoço, o hotel está vazio.
O Manuel: “pode mandar o pessoal para casa. Eu tomo conta disto. Deixe um rapaz na portaria. O ajudante de cozinheiro que fique para preparar o jantar. Pode mandar tudo embora.” O Galvão assim fez. Passados uns vinte minutos chega afogueado: “Sr. doutor chegaram duas camionetas de turistas ingleses. Que faço? Não temos ninguém para os servir. O Manel que nunca desperdiçou nem um cêntimo respondeu-lhe: nem pensar! Temos o ajudante de cozinheiro, está o rapaz da portaria, está você, eu vou servir às mesas e, olhando para mim disse-me, e tu tomas conta do bar. Os preços estão todos à vista.
- Nem penses! Eu, Deputado!
- É altura de fazeres alguma coisa de útil. E virou-me as costas.
Passado quase uma hora os turistas começaram a aparecer e eu a servir-lhes brandy, whisky, etc.
Quando a saga terminou, o Manel olhou para o pires com as gorjetas. Calmamente arrebanhei tudo. O Manel aflito disse: metade para cada.
Olhei-o sobranceiro: deixa-te de choradeiras. Já viste o que me acontece se vão fazer queixa no Parlamento? Ainda devias colocar mais algum.
Nunca gozei tanto aquele maná. Mas o Manel, para quem o dinheiro era sagrado, quando nos encontrávamos começava sempre a conversa:
- Ó judeu de Penamacor…
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