Terça-feira, 31 de Março de 2015

Acredito em Portugal e nos portugueses

Quando oiço falar em greves só me apetece enxovalhar os miseráveis que as fazem e com elas provocam o empobrecimento de quem é obrigado a faltar ao trabalho porque transportes do Metro e da Carris não há.

É inacreditável num país com todas as condições para toda a gente viver bem, estar sujeita à bestealidade porque é proibido proibir a infâmia.

Portugal tem todas as condições para sustentar a população e alcançar patamares assinaláveis de riqueza. Salazar conseguiu-o depois de ter saído de um tempo de horrorosa miséria. Em poucos anos deu a volta à situação. Os trabalhadores trabalhavam. Não eram chulos nem escravos.

Os portugueses usavam a imaginação, a habilidade e o trabalho.

O meu amigo Manuel Guimarães foi para a Universidade de Coimbra com vinte escudos (10 cêntimos de euro) no bolso e uma bolsa onde levava dois queijos, dois chouriços e uma Morcela. Depois ter conseguido abrigo numa República, deitou mãos ao trabalho. Enquanto todos ainda estavam em alvoroço nas aulas, o Manel tirava todos os apontamentos. Começou a vender sebentas. Formou-se em Filologia Românica.

Encontrei-o anos mais tarde em Tomar a dar aulas na Escola Comercial e industrial e eu no antigo Liceu em área idêntica.

O Manel aumentava o ordenado com outros trabalhos.

Eu além das aulas dava explicações de Francês e Inglês.

Um dia apareceu-me lá em casa um jovem dos seus 28 ou 29 anos. Desejava lições de francês. Disse-lhe que estava cansado pois trabalhava imenso. Indiquei-lhe o Manuel e ele lá foi. Passados doze dias voltou e disse-me: professor leve-me quanto quiser, eu só lhe posso pagar quando regressar de França, mas eu tenho fé com o senhor. Estas palavras quebraram-me. Perguntei-lhe o que faz?

Sou chefe da oficina de reparações elétricas em carros e vou para França porque o senhor Câncio não me quer aumentar 200 escudos (1 euro).

Muito bem. Não tem nada que pagar. Trocamos lições. O senhor ensina-me eletricidade de automóveis e eu ensino-lhe francês.

Como? – Perguntou ele. Vou lá para a oficina, ou o senhor Câncio não deixa? “Deixa. Mas vai sujar-se todo”- Não faz mal. E ali passei dois meses perante a curiosidade dos tomarenses, o riso e o trabalho.

Ensinava francês a ele e a um sargento que também ia fazer uma perninha à oficina, mas que queria ir para França.

Convenci-os que a França era aqui. Aqui é que se ganhava dinheiro. Respondiam que não havia mais mercado em Tomar. Procurem uma terra nas proximidades. “Mas não temos dinheiro.” Eu tinha algum e disse-lhes que emprestava sem juros e sem papéis. E tanto insisti que montaram uma empresa do ramo onde são especialistas. Nem precisaram do meu dinheiro. Toda a gente os conhecia nas redondezas. Hoje são milionários.

Nunca fizeram greves. Esta é a diferença entre o ontem e o hoje. Ontem havia solidariedade e vontade. Hoje há bandalheira e maldade.

C.S

publicado por regalias às 05:47
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Segunda-feira, 30 de Março de 2015

Viver à custa da desgraça é a finalidade dos sindicatos

Pior que as seitas religiosas os sindicatos levantam problemas onde não há razão para existirem e dessa maneira manterem em burburinho estratos da sociedade que bem precisavam mais de calma e de ajuda do que de incitamento à desordem, ao caos e à sua própria humilhação.

Os sindicatos servem-se da boa-fé dos ingénuos para os instigar contra as regras estabelecidas e com eles incendiar o resto da sociedade.

Culpado é também o capitalismo desmiolado que se insurge contra o Governo por ele aumentar o salário mínimo para uns ridículos 525 euros por mês quando esses sátrapas da asneira e do impudor nunca ganham menos de vinte mil euros por mês, a começar por essa enxurrada de Deputados do Parlamento Europeu que se esganiçam por esconder o roubo a quem trabalha através de verborreia para deliberadamente enganar.

Nenhum deles se disponibiliza para reduzir o salário para metade, mas, muitos, ao serviço dos sindicatos, atacam os próprios Governos, não atacam o centro do poder em Bruxelas que permite o esbulho do valor do trabalho.

Finge que se escandaliza que os trabalhadores ganhem tão pouco embora não diga que todos os de esquerda nunca abdicam nem fazem que o seu salário diminua e o dos trabalhadores aumente, pelo menos, para 800 euros mensais.

Estamos num mundo de farsantes e de inconscientes. Continuam convencidos que a democracia os cobre a todos e não imaginam que a loucura pode atingir os desesperados e quem ganha demais perca tudo de um momento para o outro.

Depois das muitas greves que rebentaram com o país, sem consequências para os facínoras que as convocaram e para os irresponsáveis que as fizeram, por atirarem, eles sim, com milhares de trabalhadores para o desemprego por quebra de produção ou entrega de encomendas atempadamente, estamos agora a assistir a uma revoada de manifestações, todas diminutas, porque até os jovens cansaram ou perceberam que estão a ser ludibriados por chefes de sindicatos que cada vez ganham mais e quem grita ganha menos ou fica sem emprego.

Até às eleições legislativas, o Partido Comunista e a CGTP tudo farão para ter, todas as semanas, uma caterva de mentecaptos berradores para irritar o povo e o Governo. Mas este está-se nas tintas. Sabe que os que tomarem conta do barco vão de certeza ao fundo.

Os capitalistas de Bruxelas hão de insistir em manter o salário miserável dos trabalhadores portugueses e estes hão de arranjar maneira de fazer com que os oligarcas passem a ganhar menos para eles ganharem mais.

C.S

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Domingo, 29 de Março de 2015

Milhazes, especialista que precisa mais especialização

O jornal i é um diário que agrada. Está bem paginado e tem dois redatores que particularmente aprecio, a Ana Sá Lopes e o Luís Osório. O Luís escreve francamente bem.

A Ana comecei a ouvi-la no “Contraditório”, depois do noticiário das 19 horas na “Antena1”. Era muito fraquita, mas ajudada pelos companheiros do programa foi ganhando cada vez mais conhecimentos através de informação e força de vontade. A Ana, passados uns meses, em que muitas vezes me irritava, tornou-se uma profissional de respeito. Isso aliviou-me, deu-me prazer. Consegui resistir em escrever e ser desagradável com alguém que, ao princípio, metia os pés pelas mãos e nem sempre fazia afirmações fundamentadas.

A Ana pode servir de exemplo aos jovens jornalistas: um pouco de talento, força de vontade, estudo da história Portuguesa através da consulta de manuais credíveis, muita informação internacional, honestidade na análise do que sai para o papel, para a rádio ou para a televisão e temos jornalistas.

O Milhazes, pela estampagem na página 32 do i de 28 de Março, parece um mujique, com ar de especialista frustrado, pelos próprios russos não ligarem ao que diz.

Não tenho nada contra o Milhazes. Só que não concordo com a obsessão do homem contra a política de Putin quando afinal os Estados Unidos e a Europa é que forçaram o problema.

A União Europeia ao engordar a 28 membros sem os fortalecer e tornar competitivos resolveu comprar a Ucrânia ao preço da uva mijona e dessa maneira ter ali um território tampão com o gigante russo.

Putin viu o perigo que isso representava e, quando, democraticamente, os ucranianos tentaram matar o ex-Presidente, Putin teve de intervir para que o problema não se agravasse com a instalação de bases da NATO no mar Negro e no Leste Ucraniano.

Putin deve estar tão interessado em fazer e entrar em guerras como eu que me exalto com a besta humana quando se mata por ganância.

O Milhazes podia pensar em quem incendiou o Iraque, a Líbia e a Síria e, com o seu agudo pensar de especialista de vendedor de conversa, verificar se está certo ou está errado.

O Milhazes diz: “Petro Poroshenko tem mantido o país a funcionar, embora necessite de ter mais apoio por parte da União Europeia e dos Estados Unidos sob o ponto de vista militar e económico”.

Ó Milhazes, você devia ter ficado só pelo apoio económico.

Percebeu?! Só os irracionais usam as armas, fomentam as guerras, roubam os países, desgraçam os povos.

Recordo-lhe as palavras de Bertrand Russell, a propósito da Primeira Grande Guerra: “O mundo é detestável. Lenine e Trotsky são os únicos inteligentes”. Eu acredito na inteligência de Putin.

Fornecer armas à Ucrânia é o mesmo que deitar o fogo a toda a região e, se calhar, ao mundo.

C.S

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Sábado, 28 de Março de 2015

Humberto Delgado e a fábrica de destilação de saliva

A lista VIP tem servido para desmontar a utilidade de um Parlamento com 230 Deputados, onde cem seriam mais que suficientes para produzir algum trabalho válido.

O caso da lista VIP que anda rolando há um ror de dias é sinal evidente que há falta de assunto consistente e rentável para os portugueses.

Passa-se o tempo com qualquer ninharia tentando enganar o povo.

Logo em 1976, quando da primeira Assembleia Legislativa se viu que o número excessivo de Deputados e o tempo que naquela Câmara se passava a falar de tudo, menos do que era realmente importante, levou a que um Deputado do CDS desmascarasse, por várias vezes, as bancadas que utilizavam esse subterfúgio para não apresentar nada de útil ou porque não sabiam ou porque tinham ordens para o fazer, já que, Cunhal tinha garantido à jornalista Oriana Fallaci que nunca haveria um Parlamento em Portugal.

Vital Moreira, que nessa altura era um assanhado comunista, várias vezes em resposta ao Deputado do CDS e em pleno Parlamento afirmava que o próprio CDS estaria arrependido de ter escolhido o Deputado para o seu grupo e que não o devia voltar a convidar para as listas. O Deputado fez-lhe a vontade. Não voltou à tasca de S. Bento, como Humberto Delgado, desprezivelmente se referia à casa da Democracia, protetora dos mais bafejados pela fortuna e pouco se importando com os pobres.

Não sei mesmo como é possível estar ali, de corpo ao alto, sem qualquer utilidade e recebendo dez vezes o ordenado mínimo a que estão condenados pais de família com três e quatro filhos.

O General sem medo no livro “Da pulhice do Homo Sapiens” é taxativo:

“O povo soberano, pela boca do seu soberaníssimo parlamento cuspia, falava, berrava na grande fábrica da destilação de saliva que era S. Bento.”

E é isto que continua a acontecer. O povo não beneficia um cêntimo do palavreado do Galamba e dos outros Galambas que por ali se espojam nos cadeirões.

Humberto Delgado ao falar sobre a Primeira República, 1910-1926, diz:

“Como escrevia ao tempo o insuspeito sr. Brito Camacho, o país era um caos, ou como melhor diria o sr. António Maia, em linguagem parlamentar, era uma merda” e logo a seguir:

“Viu-se que a cooperativa de S. Bento só produzia saliva e som. Nem sequer aprovavam orçamentos, função primária dos parlamentos que não são tabernas”.

A abstenção nas próximas eleições alcançará a maioria.

O Parlamento como símbolo da Democracia pode ter os dias contados.

C.S

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Sexta-feira, 27 de Março de 2015

A democracia em Portugal, abusos e resultados

A palavra democracia serve para cometer toda a espécie de abusos e de crimes.

O sistema que devia produzir: igualdade, liberdade e encantar todos, não é assim que procede. Se pensarmos na República Democrática da Coreia do Norte verificamos que ainda há meses, o Presidente não teve problemas de consciência democrática em mandar despir e deitar, a cães esfaimados e ferozes o tio e alguns familiares.

Se pensarmos nos democráticos e civilizados Estados Unidos da América vemos, quase todos os dias, pretos serem mortos à frente de câmaras de televisão e agora fuzilados no Estado de Utah.

Na ex-República Democrática da Alemanha, dezenas dos que saltavam o muro de Berlim eram abatidos como coelhos.

Em Portugal, a democrática Primeira República, 1910-1926, foi de uma barbaridade tremenda. O povo era espancado, preso e deportado. Só lendo os relatos da época se acredita. O mesmo não sucedia aos políticos e aos homens de dinheiro.

Foi por esse motivo que os militares ao fazerem a Revolução do 28 de Maio de 1926 começaram a governar em Ditadura para acabar com os golpes diários que mais desgraçavam o povo e engordavam os políticos.

Dois anos depois da revolução, Salazar é convidado para Ministro das Finanças e, posteriormente, em 1932, quando é convocado para Primeiro- Ministro, forma Governo e é votada a Constituição de 1933, base para os Governos se poderem considerar Democráticos, mas Salazar sabe que o povo tem um ódio enorme à palavra, devido a toda a violência que sofreu e, por esse motivo, Salazar chamou ao regime Estado Novo, como sinal que as grandes preocupações seriam com o trabalho, o progresso e a segurança a bem de todos os portugueses sem quaisquer discriminações.

Desde escolas, bairros sociais, ferrovias, estradas, portos, hospitais, pontes tudo foi construído sem que os prazos dos empreendimentos nunca tivessem sido ultrapassados.

Aquilo que aconteceu depois do 25 de Abril, com a bandeira da Democracia, foi que raramente os trabalhos são terminados a tempo porque a corrupção é de tal ordem que aquilo que é combinado, por exemplo, por cento e cinquenta milhões de euros atinge, muitas vezes, quase o dobro.

Assim é impossível Governar.

Quem sofre? Os políticos ou os militares? Não. Esses estão ricos, dizem baboseiras, riem-se. Culpam sempre os outros. Eles nunca são culpados.

É a democracia. Vivemos em democracia e a Democracia que podia ser um bom sistema é uma casa de passe onde os abusos são constantes e as dívidas, em vez de diminuírem, aumentam apesar da austeridade.

C.S

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Quinta-feira, 26 de Março de 2015

O perigo e as dificuldades modificam a nossa vida

A queda do avião nos Alpes e que vitimou 150 pessoas fez-me recordar uma situação idêntica quando há mais de 57 anos e devido a grandes perdas de altitude toda a gente gritava, chorava, vomitava.

Eu, com a cabeça entre os braços e apoiado no suporte para leituras e refeições só dizia para mim:

Vais morrer como um cão. Não fizeste nada de importante na vida. Os teus pais vão ficar destroçados. És filho único.

O avião subia, subia e de repente vinha por aí abaixo como uma pedra.

Quando, finalmente chegámos a Lisboa com o avião nauseabundo e cada um a esgueirar-se o mais rápido possível daquele tenebroso esquife, eu, meio bêbedo, só tinha na cabeça que devia fazer alguma coisa de útil. Não queria morrer como um cão.

Passados uns meses saiu um livrinho de versos, meio coxos, mas que ofereci com toda a alma a Portugal, garantindo-lhe que iria trabalhar com todo o denodo e o máximo de capacidades.

Inscrevi-me no SNI e entrei imediatamente. Passadas algumas semanas passei a trabalhar na secção do Sr. Pereira Forjaz e Direção do Engenheiro Álvaro Roquette. Quando de lá saí, para o meu lugar entraram quatro funcionários.

O Engenheiro Álvaro Roquette, um dos homens mais puros e honestos com quem trabalhei, algumas vezes me perguntou se eu nunca me cansava. Aquilo que se faz por prazer nunca cansa, estimula mais.

Depois daquele susto, mais por não ter feito nada de útil do que por morrer, modifiquei-me. A vida nunca me entusiasmou. Só as mulheres e os livros aguentaram este insatisfeito. Estudava quando me apetecia, enfrascava-me de livros escritos em Espanhol pois apaixonei-me por Espanha quando julgava que a odiaria devido aos conflitos e ao receio permanente que nos invadisse. Éramos educados a estar sempre de pé atrás com os Espanhóis.

Em Tourém, Montalegre, havia um professor que ensinava a miudagem a jogar ao pau, para, se os espanhóis aí viessem, os correr à cacetada. Santa ingenuidade. Como os tempos eram felizes.

Estudar nicles. Depois da descida supersónica tornei-me um viciado no estudo e no trabalho. Ainda hoje, o mais tardar que acordo é às cinco. Bem quero ficar na cama até às sete. Raramente satisfaço o pensamento. Cedo ao impulso e salto da cama no Inverno ou no Verão com o mesmo prazer.

Se não escrevo ou leio, passo o tempo a pensar como resolver a desgraçada situação em que os portugueses se encontram.

Há duas vias que reputo fundamentais para esgravatar neste mundo global que nos espera e acredita na inteligência, no trabalho e na dedicação dos portugueses.

Saber línguas e uma boa especialização em informática dá para entrar em qualquer país e aí mostrar quanto vale um português.

C.S

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Quarta-feira, 25 de Março de 2015

Até que enfim que o Costa acertou uma

O António Costa propugna a educação como uma das prioridades para a próxima Legislatura e critica, com toda a razão, o Governo por ter acabado com o programa Novas Oportunidades.

Desde o 25 de Abril que a incapacidade dos Governos, desde o de Palma Carlos, aos quatro Governos comunistas que se lhe seguiram e todos os outros até aos dias de hoje houve a peregrina ideia de mudar as linhas mestras dos Ministérios e reformular tudo sem a preocupação de verificarem a validade dos atos e, mais grave, sem substituírem imediatamente os programas lançados ao lixo.

Aconteceu isso no campo da Educação quando modificaram programas, acabaram com as Escolas Industriais e Comerciais, fizeram autos de fé a milhares de livros que estavam em todas as bibliotecas das escolas. Enfim, cometeram-se barbaridades inacreditáveis.

O Secretário de Estado de Orientação Pedagógica, Rui Grácio, procedeu muito pior do que o desumano Tomás de Torquemada, Inquisidor-Geral dos reinos de Castela e de Aragão que enviou para as fogueiras do Santo-Ofício quase três mil judeus. Salvaram-se os que escaparam para Portugal.

A escola, o ensino foi sempre a prioridade de todos os Governantes. A Primeira República, 1910-1926, não foi exceção. João de Barros e João de Deus bem se esforçaram, mas a miséria e a pouca vontade de aprender goraram todos os esforços.

Quando chegou ao fim a Primeira República, o número de analfabetos rondava os 75%.

A Ditadura Militar, entre 1926 a 1933, altura da Constituição, pouco adiantou. No Estado Novo, com Salazar, todas as regras da Governação foram implementadas nas Escolas Regimentais: a obrigatoriedade de todos os mancebos aprenderem a ler. Aí dá-se o primeiro salto. A seguir, nas escolas primárias, os professores iam falar com os pais. Diziam que era obrigatório. A miudagem aparecia um ou dois dias e não voltava. Foram criados os mais variados atrativos, desde a Mocidade Portuguesa, com muitos jogos e muita brincadeira. Nem mesmo assim se convenciam os teimosos. Tentou-se a sedução com a Telescola.

Quando chegou o 25 de Abril ainda haveria perto de 20% de analfabetos. Foi só no Governo de Sócrates que o salto se conseguiu dar por causa dos computadores Magalhães que prenderam às escolas muito mais alunos.

Pressionados pela União Europeia foram postos em prática “as Novas Oportunidades” para facilitar a entrada dos portugueses na Europa a 28. O Diploma salientava a especialidade de cada um. Crato deu-lhes o fim.

Fez bem o António Costa em se insurgir contra esta situação. Se o Crato ainda não conseguiu dar seguimento aos Centros para a Qualificação e Ensino Profissional, que diabo anda o homem a fazer?

C.S

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Terça-feira, 24 de Março de 2015

O Vasco vive nas ruas da amargura

Há gente que por descaramento, infinita ignorância, ou por estupidez natural não tem o sentido das proporções, do pudor e das conveniências ao dizer que o país vive nas ruas da amargura por causa do Presidente da República.

Dos militares que tomaram parte no 25 de Abril, que Marcello Caetano permitiu, caso contrário tinham metido o rabo entre as pernas e voltado para as unidades tal como aconteceu com os revolucionários do 16 de Março de 1974. Destes, do 25 de Abril, há dois que superam tudo o que a sensatez pode suportar.

Um, o chefe do movimento, Otelo Saraiva de Carvalho, pensou em meter todos os opositores no Campo Pequeno e os fuzilar, depois foi chefe de uma quadrilha com vários assaltos e oito assassinatos, também achou que podia ser Presidente da República, lugar a que se candidatou.

O outro, o Vasco Guedelha, como é conhecido, é fulano tão letrado e competente que, um dos maiores traidores a Portugal, Melo Antunes, segundo palavras e escritos do General Spínola, quando se apercebeu que entregar Portugal aos comunistas era bem mais difícil do que ter obrigado a uma descolonização que sacrificou, nas guerras civis, mais de quatro milhões de naturais desses países e centenas de milhares de portugueses que aí estavam, o Melo achou mais seguro fazer o chamado Documento dos Nove que o Vasco por falta de entendimento e pouca literacia disse imediatamente: ó pá, dá cá isso que eu assino sem ler. E assinou. Se lesse, dificilmente compreenderia o arrazoado.

Este Vasco que, vem oferecer o Nóvoa, para Presidente da República, tem a esperança que o homem desista à última da hora, para ele Vasco se apresentar a eleições. Segundo diz, continua a ser muito pressionado para dar o passo em falso.

Coitado do Vasco e coitados dos portugueses que acreditaram neste e noutros militares que fizeram segurança aos ocupantes das propriedades onde permitiram o roubo, a ocupação de empresas e se recusaram a proteger a embaixada e o Consulado de Espanha, roubados e vandalizados pelo que o Governo Português teve de pagar somas astronómicas.

Mas este Vasco não tem culpa de nada. É um herói. Eu ouvi da boca de Salgueiro Maia, na casa de Herminio Martinho, o que ele pensava deste herói de fancaria.

O Vasco diz que os militares de Abril são contra ruturas violentas. Acrescenta, a que protagonizámos há 40 anos está inscrita na história portuguesa e universal como ato único, sendo por isso irrepetível.

A história nunca elogia traidores. O que aconteceu foi uma traição ao Povo Português porque foi enganado. Marcello Caetano tinha deixado fazer a mudança de regime, sem verter uma gota de sangue, para que o povo nunca fosse prejudicado.

Por vergonha todos escondemos as verdades. Mas o Vasco está a pedi-las.

C.S

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Segunda-feira, 23 de Março de 2015

A fascista Catarina salva a ministra das Finanças

Ao querer empolar a frase dos cofres cheios, a Catarina disse uma verdade. Eles estão cheios para pagar as dívidas, mas acrescentou erradamente que o mesmo aconteceu no regime fascista em que os cofres estavam cheios, mas o povo vivia mal.

A ignorância da Catarina Martins do BE é abissal! Só comparável ao Costa, o traidor, que para fazer esquecer o ato contra o amigo Seguro, se esganiça para enrolar papalvos nas próximas eleições.

Primeiro, o Estado Novo não era fascista. Segundo, o povo já não vivia mal, apesar da Ditadura Militar. Fixe bem: Ditadura Militar e não Ditadura de Salazar e ainda menos de Marcelo Caetano.

Fascista é a Catarina, o Cunhal e todos os demagogos que, com arrogância infantil e bacoca tentam desviar a verdade de um tempo difícil, que saiu da miséria total para um tempo de progresso, alegria, boa disposição e aumento da população. Verifique, estude, compare. Teatros a abarrotar de gente. Parque Mayer sempre esgotado. Se o tempo fosse de miséria, como era quando a Ditadura Militar pôs termo à Primeira República e, dois anos depois, quando Salazar toma conta das Finanças e dá o exemplo do trabalho e da solidariedade, Salazar não teria sido escolhido o maior Português de sempre.

Nesse tempo, saído da miséria da Primeira República, 1910-1926, nas casas onde o trabalho era mais rentável havia sempre uma panela de sopa e um naco de pão para os pobres que eram aos milhares.

Felizmente vivi quase todo esse tempo. Alguns anos depois tive oportunidade de criticar o que estava mal. Tenho provas, livros que escrevi, bem contundentes. Artigos cortados. Nunca fui incomodado. A seguir a este forrobodó onde a Catarina quer tirar o maior proveito fui a tribunal por um único artigo de jornal pensando com ele ajudar os militares a não cometerem os erros que o povo iria pagar, como aconteceu nas três bancarrotas, onde os cofres ficaram vazios. O agradecimento dos néscios era meter-me na cadeia.

Quando se deu a Revolução, permitida por Marcello Caetano, os cofres estavam cheios. Sabe porquê? Primeiro, porque não havia gente disponível para desenvolver mais o tecido industrial. Segundo, não havia desemprego e muita gente tinha aproveitado os altos ordenados dos países europeus para aí ganhar num ano o que aqui ganharia em três. Terceiro, tínhamos a Guerra nas Províncias Ultramarinas e era necessário o Governo estar prevenido para qualquer contingência imprevista.

Sou contra as mentes gordurosas das Catarinas, dos Rebelos ou dos Costas e lutarei por Portugal e pelos portugueses sempre que os funâmbulos tentem confundir para atingir reles objectivos .

C.S

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Domingo, 22 de Março de 2015

A serenidade dos russos e a histeria dos manipuladores

Não é a Rússia que é histérica. É o Milhazes e outros papagaios como ele que são histéricos e inconscientes do perigo das suas baboseiras.

O regresso da Crimeia à Rússia impediu de imediato que as Forças da NATO ali se instalassem e um conflito de graves consequências já tivesse rebentado e pusesse, de repente, a Europa a ferro e fogo e a NATO perante um adversário que empurraria parte do conflito para os céus americanos.

Mal faria Putin se fosse na conversa de estrategos de opereta americana e latidos de manipuladores assustados pela elite a que não pertencem.

As sanções impostas à Rússia, pelos videirinhos da União Europeia, abateram-se sobre os habitantes dos seus próprios países que para o colosso Russo exportavam.

Mas o Tusk insiste: “Nós temos que manter as sanções até que o acordo de Minsk esteja totalmente implementado” diz o homenzinho, pensando que é a melhor maneira de ferir o Russo. Pode é acicatar-lhe a violência e responder à mínima provocação e os provocadores mais próximos sejam as grandes vítimas das frágeis mentes que pretendem influenciar frágeis países.

Uma guerra na Europa começará por sacrificar milhões de ucranianos que ingenuamente se estão a vender a europeus e ao FMI que além dos juros altíssimos acabará por abrir as portas aos Estados Unidos que vêm cobrar o empréstimo.

Se a Ucrânia ainda tivesse a Crimeia era essa que os Estados Unidos absorveriam como fizeram à Louisiana e ao Alasca.

A partir da transação, a Rússia teria problemas muito mais graves e aos habitantes de toda essa zona acontecer-lhes-ia o mesmo que aos naturais do Iraque, da Líbia e da Síria onde o caos está instalado e os naturais, de loucos, se matam uns aos outros, numa orgia de sangue provocada pelos benfeitores americanos, ingleses e franceses, sem que os respetivos povos tivessem sido democraticamente consultados pelo Obama, Cameron e Sarkozy para invadir países que viviam o progresso e o bem-estar embora, como todos os povos, tenham os seus desaguisados internos.

Os portugueses estão convencidos que foi um tremendo erro Portugal ter entrado no Euro. Muitos esperam que os Gregos façam rebentar a bernarda para a partir daí desfiar a teia urdida.

Para pagar a saída fala-se em acabar com as Forças Armadas, fonte de enormes gastos mas que chega para pagar o remanescente da dívida.

O histerismo do Milhazes, do Tusk, do Juncker e de outros iluminados tem de levar, fatalmente, ao estoiro de um mundo que se queria mais humano e mais inteligente.

C.S

publicado por regalias às 06:19
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