Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

O pior momento para brincar aos políticos em Angola

Tive a oportunidade de entrevistar em 13 de Outubro de 1988 Alcides Sakala em Lisboa, onde Savimbi tinha uma delegação.

Sakala é um verdadeiro diplomata, um moderado e um homem inteligente que pensava ser possível um entendimento entre a UNITA e o MPLA. Como era seu dever tinha de defender o chefe e exaltar-lhe as qualidades, mas isso não evitou que eu lhe tivesse dito que Savimbi, com toda a sua inteligência e valentia, caso não moderasse os ímpetos iria acabar mal. Fui mais longe, caso Savimbi continuasse a insistir na violência, a sorte dos angolanos era o seu desaparecimento.

Foi o que aconteceu com a morte do líder. A partir de então Angola tem conhecido um período de paz e de progresso notáveis. Mas no desenvolvimento dos países há sempre atitudes controversas. Uns são mais beneficiados que outros até que virá o tempo em que o tratamento de uns e outros seja mais consentâneo com as suas habilitações.

Seguindo o ditado conhecido: “Roma e Pavia não se fizeram num dia”.

Angola ainda tem de pedalar um bom pedaço e este não é o momento de provocar o Governo, de fazer perder tempo com questões de lana-caprina, mas que perturbam as relações internacionais entre Estados sempre prontos a ver o argueiro nos olhos dos outros e a não enxergarem a tranca nos seus.

Não contestando a liberdade de imprensa, mas recusando sempre incendiar as situações, recordo que antes do 25 de Abril, me foram censurados 11 artigos. Eu até achava graça, eles nunca ameaçavam, tinha era de fazer outro diferente. Isso dava-me gozo, estimulava-me a imaginação. 

A certa altura achei que era demais e que deveria haver maneira de escrever sem me cortarem o pensamento. E tanto pensei que cheguei à conclusão que se escrevesse livros podia fazê-lo que não os apreenderiam.

Os livros só eram apreendidos quando os editores queriam ter publicidade grátis e assim venderem milhares de exemplares.

Deixavam apreender uma centena ou duas para venderem cinquenta mil.

Quem disser o contrário sabe que está a enganar o povo. Eram apreendidos sim, livros que vinham do estrangeiro e os de cá só se provocassem o Governo para que os livros fossem apreendidos. A oposição queria que os autores fossem presos.

Depois de muita provocação "As três Marias" conseguiram ter um processo em tribunal, o que foi um sucesso de vendas.

Quem ler o meu segundo livro, TU CÁ, TU LÁ, está na Internet, vai verificar que eu escrevi tudo quanto quis. Quem o ler vai pensar que eu era comunista. Nunca fui. Só me interessa o ser humano.

Fui incomodado? Não. Mas a seguir ao 25 de Abril, com toda a liberdade apregoada, por causa de um simples artigo escrito no Jornal "O Templário", fui levado a Tribunal. Se não me soubesse defender apanhava vários anos de cadeia. Por este simples facto se pode verificar como a demagogia é fértil em enganar os povos.  

A provocação de quinze jovens em Luanda, as manifestações autorizadas para os soltarem e o empolamento dos jornalistas sobre os factos pode causar mais mal do que benefício a Angola. E, neste momento, tudo é de evitar. A situação mundial é péssima e qualquer acirrar de conflitos, não prejudica estes ventiladores de boas intenções, mas sim o pacato povo angolano que trabalha, passa dificuldades e ganha vinte ou trinta vezes menos do que os seráficos "Repórteres sem fronteiras" que, querendo mostrar serviço, não medem as consequências dos seus articulados.

C.S

publicado por regalias às 05:40
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Quinta-feira, 30 de Julho de 2015

Os hediondos ataques à Líbia deram força aos terroristas

Neste mundo de imbecis engravatados matam-se seres humanos com grande insensibilidade.

O ser humano perde valor vertiginosamente e é pouco provável que ultrapasse este milénio.

A matança dos Líbios pelas forças da NATO apoiadas por Obama, Sarkozy e Cameron foi o mais hediondo massacre cometido sobre uma população organizada, pacífica e próspera.

Arrogando-se de educador dos povos, Obama inchado de vaidade por estar à frente da nação mais poderosa do mundo, segundo o que ele julga, e tendo recebido o Prémio Nobel da Paz, o que lhe devia dar comedimento nos atos a praticar, o sujeito não foi capaz de entender isso. Deixou-se arrastar pela leviandade de Sarkozy e o voluntarismo do Cameron.

Estes invasores, para manter a paz fizeram uma guerra de extermínio, tal como acontece no Iraque e na Síria. Tornaram-se muito mais criminosos do que Muammar Kadhafi que tinha conseguido unificar todo o país, criar estruturas de saúde, ensino, habitação que muitos países da Europa não têm. Os conflitos internos eram os normais de qualquer país civilizado.

Obama, Sarkozy e Cameron são os grandes culpados do despoletar de um terrorismo organizado que sabe como atacar, quem influenciar e os objetivos que tem de alcançar para destruir e invadir o Ocidente mantendo-o em pé de guerra durante todos os dias do ano.

Esta situação não é sustentável pelos desgastes físicos e psíquicos que provoca.

O Ocidente, em vez da guerrilha soez com a Rússia, tem é de se unir a esta enorme potência para em conjunto estudarem um plano que primeiro faça regressar o EI ao estado inicial de larva e integrado no território de onde partiu, caso contrário, o Ocidente com a Rússia incluída se encarregarão, em poucas semanas de reduzir a pó os jihadistas tal como fizeram, sem razão, contra os Líbios de Muammar Kadhafi que nunca permitiu que os terroristas se acoitassem no seu território como agora acontece.

Os terroristas executam os verdadeiros patriotas para que o terreno esteja livre de quem os impeça de saltar da Líbia para a Europa.

A condenação à morte do filho de Muammar Kadhafi e de alguns membros do antigo Governo da Líbia é sinal que os terroristas acham que chegou o momento de esconder, no milhão e setecentos mil quilómetros quadrados do território, todo o material do que houver de mais sofisticado em armamento e que servirá, depois do terrorismo destabilizar a Europa, para fazer avançar os pilotos, e estes incendiarem as catedrais, os parlamentos e os ministérios dos diferentes países europeus causando a morte, o caos e a destruição de séculos de história.

C.S

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Quarta-feira, 29 de Julho de 2015

Os inventos para acalmar os sonhos dos portugueses

Os portugueses são um povo admirável. Eles é que teimam em esquecer as suas qualidades. Agora contentam-se com tudo o que está feito e prontinho a ser servido.

O diabo deste 25 de Abril, que podia ficar na história como um momento feliz, tornou-se o maior pesadelo dos finais do século vinte e continua pelo século vinte e um, sem se ver jeito de melhorar.

Durante os três primeiros quartéis do século vinte o português sentia-se feliz, principalmente no Estado Novo. Apesar das dificuldades que as guerras dos outros nos causavam, também elas davam aso a que a imaginação trabalhasse com mais fulgor e aquilo que parecia impossível era posto a funcionar por gente que nem sabia ler.

Lembro-me das camionetes de passageiros que por escassez de gasolina passaram a funcionar a gasogénio. Tinham uma espécie de panela de pressão na retaguarda, com um metro e meio de altura e 25 ou 30 centímetros de raio, alimentada a lenha ou a carvão, que fazia andar os veículos.

E os pneus? Esses, mesmo estando nas lonas eram atamancados com os chamados mouchons, bocados de pneus velhos que ligados uns aos outros tinham por função proteger a câmara-de-ar interior. Quando a carga ia muito acima do normal, os pneus ao rebentarem pareciam tiros de canhão. A camionete parava e os passageiros tinham uma ou duas horas para desembaraçar as pernas e largar águas.

Falando sobre águas, Raul Brandão no livro “Os pescadores” escreve, em 1921, sem nunca ter valorizado a descoberta, que o Capitão Celestino, cuja vida no mar tinha os seus pontos negros, era um verdadeiro pachola com o seu jardim, que ele invejava pela maneira como tudo ali era viçoso.

O capitão celestino tinha “todo o dia um fio de água escorrendo por condutos invisíveis” sem saber que tinha inventado a rega gota-a-gota que mais tarde os judeus aproveitaram e fizeram dos campos desertos da Palestina vergéis onde as frutas deliciam árabes e judeus. Mais os judeus que as comem do que os outros que as invejam.

Somos uns inventores natos que não damos importância ao que fazemos porque achamos que tudo é natural como devia ser a vida a bem de todos.

Também eu, metido a taralhão, pensei em construir um carro tão rápido como um foguete. Um primo meu arranjou um pouco de pólvora, desviado dos cartuchos da caça do pai e juntos tentávamos fazer que uns carritos de lata fossem impulsionados pelo material flamejante logo que o rastilho lhes tocasse.

Um dia em que a experiência estava nos finalmente e ele teve de sair para o almoço, eu excitado fiquei nos últimos retoques. Quando cheguei fogo à bicha o estoiro foi tão forte que minha mãe aflita e pensando o pior desceu as escadas até ao rés-do-chão. Vendo o estado lastimoso em que me encontrava, com a cara mais negra do que um tição. Gritou nervosa:

- Lá continuas tu com as tuas invenções! – E, verificando que eu não tinha mazelas assinaláveis, pregou-me duas bofetadas memoráveis, mas que não me tiraram o vício dos devaneios!

Como podia? Sou português. Está-me na alma o desafio, o gostar das grandes dificuldades para conseguir saber sair delas e saborear o prazer da criação.

C.S

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Terça-feira, 28 de Julho de 2015

Um continente nas mãos de Dilma

Muitas vezes me pergunto se os portugueses amam mais Portugal ou o Brasil. Julgo que o amor se iguala.

João VI declarou o Brasil reino, com o impulso e a intuição da paixão impossível de suster.

Portugal ficou seu dependente com o contentamento dos dois povos irmãos e o descontentamento da menoridade política portuguesa que vivia da gamela farta que o Estado sempre alimentou: a parasitagem que Governa os países e os submetem aos seus interesses.

A Presidente Dilma Rousseff tem a tarefa gigantesca de congregar todos os Brasileiros, não abrandando a subida vertiginosa do povo para a senda da prosperidade e ao mesmo tempo acalmar aqueles que já têm tudo e se agarram aos erros dos homens para tornar a vida de Dilma, e dos brasileiros do trabalho e da caminhada para o futuro, num precipício de consequências imprevisíveis para aqueles que estão bem e para aqueles que tendo melhorado de vida podem voltar à subserviência e ao erro da inconstância.

O padre António Vieira ao defender os Índios perante os mais poderosos teve como fim último beneficiar os dois lados.

O Brasil e todos os que para aí foram tornaram a nação mais luminosa e mais crente no futuro.

Os judeus sefarditas, idos de Portugal, incrementaram o comércio do pau-brasil com a Europa.

Isaac Aboad da Fonseca torna-se Rabino na primeira Sinagoga do Recife.

É do Brasil que partirá a maior comunidade de judeus sefarditas para Nova Amesterdão, que mais tarde se passou a chamar Nova Iorque.

Os problemas que existem, neste momento, no Brasil não podem travar a caminhada que o ex-Presidente Lula da Silva, com rara felicidade, levou avante e se espera que o coração e inteligência de Dilma conclua com sucesso.

As dificuldades são para se resolver com sabedoria, não para se desfazer em lutas fratricidas, como acontece hoje com o Iraque, a Líbia e a Síria, devido à cretinice do Bush, do Obama, do Sarkozy e do Cameron, cujos conflitos abriram as portas do terrorismo na Europa que é obrigada a estar em alta segurança trezentos e sessenta e cinco dias por ano.

O Brasil e toda a América do Sul não podem embarcar nestas leviandades que só beneficiam os demagogos e os vendedores de armas e de ilusões.

C.S

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Segunda-feira, 27 de Julho de 2015

Chouriços, comunistas e porcos

Começo a ficar cada vez mais preocupado com a situação do país.

Quarenta e um anos é tempo mais que suficiente para deixar de brincar com a vida das pessoas e com o futuro de Portugal.

A insistência despudorada em confundir os mais ignorantes e os levar a esquecer tudo quanto fizeram para destruir as fontes de rendimento e com isso provocarem o desemprego que ainda subsiste é ladainha que já ultrapassou o tempo e não pode deixar de ser denunciada, todas as vezes que a seita do engano e da destruição continuar a atacar todas as atividades para que ninguém lhes peça responsabilidades por aquilo que fizeram e que os Governos e os empresários, aos poucos, têm vindo a reparar.

Quando me lembro da pujança das companhias portuguesas, das quais se destacava a CUF, a maior e a mais poderosa da Península Ibérica e que foi esfacelada, tal como milhares de empresas menores, por um conjunto de imbecis, que muitos deles acabaram por sofrer as consequências do que tinham ajudado a destruir, vejo com apreensão que algumas dessas empresas, depois de terem estado anos paradas, só agora recuperaram como é o caso da Lisnave, a Metalúrgica Duarte Ferreira do Tramagal, com outra designação; a Metalúrgica Nery em Torres Novas, vendida a um grupo Italiano e agora em plena laboração, só para citar três dos milhares que o cancro comunista derrubou e ainda tem o desplante de falar em porcos e em chouriços, quando os comunistas nunca deram nada a ninguém!

Os da seita nunca deram. E aqueles que se dizem comunistas e que por qualquer motivo amealharam milhões, até mesmo esses, tudo guardam para si, ciosos de que alguém lhes peça alguma coisa.

Se o Estado não é capaz de se proteger de todos estes abutres, principalmente os do Comité, que comanda a charanga, a soprar as ventosidades infames para perturbar o fraco entendimento dos trabalhadores comunistas que vivem das promessas destes mistificadores, tem de haver alguém que os confronte com os seus atos sempre que eles insistam em fossar nas margens das empresas para que não as consigam voltar a deitar abaixo.

Perante a indigência vocal dos Jerónimos é fundamental fazer-lhes engolir o porco, os ossos e o chouriço, para ver, se de uma vez para sempre ou se tornam sensatos ou acabam de vez com a estultícia e o engano.

C.S

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Domingo, 26 de Julho de 2015

A sensibilidade de Corsino e dos Cabo-verdianos

A Mocidade Portuguesa reunia, nas férias grandes, os jovens de todo o Império, em acampamentos de Verão.

Num deles tive a oportunidade de conviver com os jovens de Cabo Verde.

Mas o Verão, numa reviravolta inesperada do Tempo largou toneladas de água sobre o Acampamento, destruiu tendas e quase todas as estruturas. Durante três dias foi o caos. A chuva não abrandava, não havia comida, engolida por aquelas enxurradas sucessivas.

O desespero e o trabalho dos mais velhos para orientar, no meio da desorientação geral, e proteger os mais novos era insano.

No segundo dia, um Cabo-verdiano, dos mais pequenitos, veio ter comigo, que estava encharcado e enlameado e disse-me:

- Comandante – eu era Comandante de Bandeira – Tenho muita fome.

Olhei para ele desesperado, apesar de não comer há mais de 24 horas, não sentia a fome devido talvez ao stresse e por querer solucionar o que era complicadíssimo. Ninguém tinha previsto a tempestade.

Olhei para ele sem saber o que fazer.

- Sabes que todos os alimentos desapareceram nas águas.

- Comandante leve-me à enfermaria.

- Para quê?

- Eu digo que tenho febre.

- Mas não tens.

- Mas eu faço febre. Digo que tenho muita febre.

Fiz-lhe a vontade. Cobri-o com uma tela rasgada das tendas e debaixo das bátegas de água chegámos à enfermaria.

O enfermeiro olhou-nos e perguntou: “que temos?”

Disse-lhe que o jovem devia estar doente e que visse o que podia fazer.

Quando já estava de saída ainda ouvi o enfermeiro perguntar-lhe: “Diz lá o que tens?” Ele com voz cantante e de quem sofre, disse: “tenho muita, muita fome”. Escapuli-me.

Passadas umas duas horas apareceram-me uns sete ou oito miúdos de Cabo Verde, com o jovem e um pedaço de pão para mim. Eles já tinham dividido aquele que o enfermeiro lhe tinha dado.

Como agradecesse e não aceitasse, insistindo que não tinha fome, eles agarraram-me tiraram-me os sapatos e as meias que só eram lama e não me largaram sem que ficassem apresentáveis e eu os pudesse calçar de novo.

Isto nunca mais me esqueceu. Quando em 1959 escrevi o meu segundo livro “TU CÁ, TU LÁ” publicado em 1962, está na Internet. Um dos personagens é Cabo-Verdiano.

Corsino Fortes encontrei-o quando eu era Deputado e ele Embaixador em Lisboa.

Eu tinha recusado o Passaporte Diplomático para não me tentar nas benesses das viagens. Num almoço em que o saudoso Vasco da Gama Fernandes me disse que uma Delegação ia a Cabo Verde, pedi que me fizesse um para eu poder ir em vez do Narana Coissoró.

Eu tinha escrito sobre Cabo Verde sem nunca lá ter ido.

As gentes Cabo-verdianas completaram o que tinha imaginado: são uma delícia de sensibilidade, delicadeza, beleza e inteligência.

C.S

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Sábado, 25 de Julho de 2015

Portugueses sem imaginação, nem dinheiro, nem sexo

Portugal passou de um país próspero, que ria com prazer e a população aumentava ao ritmo da felicidade, a um país murcho e de castrados mentais e sexuais.

O 25 de Abril atirou de cambulhão tudo para o lixo da insensatez. Beneficiou umas centenas e prejudicou milhões sem qualquer necessidade. Só pura estupidez. Ninguém tinha contestado o Golpe militar, transformado, dois meses depois em golpada política quando os quatro Governos comunistas destruíram tudo o que era produtivo e semearam a desgraça.

Os habilidosos comunistas da asneira, ainda hoje culpam qualquer ministro por enganar o povo, quando são eles os maiores falsários e aqueles que provocaram tudo quanto de mal aconteceu neste país com a anuência dos Governos que sempre fraquejaram quando os comunistas berravam que não era democracia. Não se opuseram aos seus dislates e a tudo o que tinham feito; desde o roubo das casas, o assalto à embaixada de Espanha, a ocupação das herdades e o que, na devida altura terá de ser apresentado para que os prejuízos causados tenham rosto e nome.

O abandalhamento é tão grande que os cantores e escritores diziam que não cantavam nem escreviam porque era proibido. Só desculpas. Depois de tanta libertinagem não conseguiram produzir nada de válido.

Oiçam-se as canções em quarenta e um anos de libertinagem, porque liberdade sempre houve, menos a liberdade de estragar e de matar. Das canções que por aí proliferam, se nove ou dez forem audíveis é o máximo.

Como a imaginação falta, os “génios” resolveram parafrasear canções antigas ou filmes antigos, o que resulta sempre em pepineira, embora os artistas se esforcem por dar à garganta aquilo que o saber e a sensibilidade não reproduzem.

A juntar a todas as desgraças, que estes desgraçados 41 anos têm arrastado, a falta de dinheiro é notória em milhões.

Só as tais centenas iniciais e mais uns milhares, que resolveram alinhar com os enganos, se governam e se calam.

A juntar a todas estas disfunções, junta-se a disfunção sexual que limita o número de nascimentos e acrescenta homens a viver com homens, mesmo que haja oferecidas a querer subir na vida e outras mulheres, as mais feias, a gritarem que são lésbicas. Nem dadas são aceites, as escangalhadas.

O país perdeu tudo; desde a vergonha à vontade.

Os portugueses sabem agora o que é ser rei de si mesmo e escravo dos outros povos.

C.S

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Sexta-feira, 24 de Julho de 2015

Governo procura soluções transferindo competências

Em fim de festa, o Governo contínua a esforçar-se por encontrar as melhores soluções para o bem-estar das populações.

Mas o povo está cansado, pior, está desinteressado.

Há ainda outro problema. Se os governantes forem os de outro Partido vão desfazer tudo o que estes fizeram porque, não sabendo fazer melhor, desfazem garantindo que a solução é outra tal como procederam a seguir ao 25 de Abril que destruíram o tecido industrial que estava em plena força, atiraram os trabalhadores para a rua e culparam patrões e desconhecidos do que aconteceu, levando sempre o povo na conversa comicieira de atrasados mentais que por uns copos e umas sardinhas vendem a pouca inteligência que nunca souberam aumentar.

O Poiares Maduro, com grande coragem, pretende entregar aos Municípios a Educação, a Saúde e a Cultura, que certamente darão melhor conta do recado do que ter as rédeas centralizadas num Ministério da Educação, cujo Ministro foi uma desilusão total, quando, de todos, era aquele que maior confiança dava aos portugueses. O Crato foi uma desgraça. Hesitante, sem coragem, mais parecia um pião nas mãos do Sindicato do que um Ministro que em jornais bufava ideias que não passaram de bufas.

O da Saúde, Paulo Macedo, fez um bom trabalho, para o fim hesitou, recuperou e acabou por desmontar as capelinhas e chegar à conclusão que mais de metade das urgências são falsas urgências, coisa que era conhecida de toda a gente e, se mais vasculhasse havia de compreender que muitos médicos e enfermeiros, daqueles que fazem greves à Legionella e a quem o povo não lhes perdoa, são muitos dos que incitam a ir às urgências para que a reclamação de mais profissionais e mais dinheiro seja ouvida.

O flip-flop do Ministério da Cultura para Secretaria da Cultura foi mais que razoável, o Viegas foi semelhante ao Crato, em pior. A este, bazófia não lhe faltou para esconder o trabalho que foi medíocre.

O Barreto Xavier tem remendado os estragos e, certamente esta transferência de Competências para os Municípios pode ser uma boa medida se os mesmos forem apoiados por técnicos abalizados.

A Suíça com os seus 26 Cantões não se tem dado mal.

Os portugueses que tiveram nos municípios a base que construiu solidamente este país de lavradores e de loucos marinheiros que  acharam que o terreno era pouco, para quem tem mais olhos que barriga, partiram. Foram lavrar fora o que aqui deixavam em pousio.

É tempo de aprendermos, com a Federação Helvética, como está criada a estrutura em vez de inventar o que já foi inventado.

C.S

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Quinta-feira, 23 de Julho de 2015

A Assembleia da República é o espelho de Portugal

A taberna de S. Bento, como o General Humberto Delgado apelidava o Parlamento português, contínua igual ao da Primeira República quando os Deputados serviam os seus clientes passando horas a defender mais o que lhes interessava do que a defender o povo.

Humberto Delgado acrescentava que a política era a maneira de fazer fortuna naquela fábrica de destilaria de saliva.

Um dia em que lá entrou saiu de lá enojado. Desabafa: “Eu julgava o Parlamento uma casa de homens e fui deparar com uma súcia de garotos.”

Para não me alongar nos comentários do fogoso Humberto Delgado, de quem os comunistas tinham mais medo do que de dez Salazares e por isso o amesquinharam de modo a não conseguir ganhar as eleições em 1958. Apelidavam-no de General Coca-Cola.

O General Humberto Delgado, que conhecia bem o rebotalho de gente com quem lidava, insistia que a Cooperativa de S. Bento só produzia saliva e som. Isto pode ser confirmado a páginas 99, 102, 103 e 112, no seu livro “Da pulhice do Homo Sapiens” da Casa Ventura Abrantes, sediada na Rua do Alecrim.

Hoje os avanços continuam a não ser significativos. A saliva é de tal modo abundante que os Deputados gastam o tempo sem olhar ao prejuízo que causam ao país.

Já na Primeira Legislatura e perante o desconchavo de uma Assembleia que falava mais dos países dos outros do que de Portugal, alvitrei que cada Deputado devia ganhar segundo aquilo que produzia a favor do povo.

Eles insultaram-me.

Não é de admirar que o povo lhes siga o exemplo e as manhas ao produzir muito menos, apesar de ter muito mais horas de trabalho do que um operário na Holanda, Alemanha, Dinamarca.

Os de agora também passaram o ano a salivar e a gargalhar. No último dia, antes de férias produzem mais oitenta por cento do que nos dias de ripanço. Julgam desta maneira espantar o povoléu.

E, se não tiverem palha para aumentar o monte, vão buscar mais estrume para fazer altura. Desta vez juntaram um capitão que tinha sido expulso do exército porque, o Comando recebeu queixas de vários reclusos com quem ele queria fazer sexo.

Mas, neste país, já ninguém se espanta de coisíssima nenhuma.

Tem sido assim em todas as legislaturas desde 1976.

O país começa a dar sinais de cansaço. Vamos ver se não perde a cabeça.

C.S

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Quarta-feira, 22 de Julho de 2015

A saudação nazi da família Real Inglesa

Antes de começar a escrever o blogue, por volta das 4h15 da matina, dou sempre uma volta pelos jornais estrangeiros e pelas páginas digitais.

Ontem, numa delas, voltei a ver um vídeo com a família Real Inglesa, respondendo à saudação nazi.

Os ingleses, como os outros povos sempre foram atreitos a amor e ódios.

O que me parece exagero é aproveitarem-se determinados atos para acirrar o desagrado dos povos contra uma nação por causa de outra.

Só os historiadores do engano desconhecem que Hitler foi um dos Governantes mais admirados do mundo, antes da invasão da Polónia que provocou o despoletar da Segunda Guerra Mundial e das barbaridades nela cometidas.

Essa admiração e elogio vêm de quase todos os povos do mundo e podem ser lidos nos jornais da época, nas hemerotecas, desde a Inglaterra até ao Japão.

Por esse motivo, os Meios de Comunicação, deviam ser mais ponderados para não influenciar a cachorrada que acredita em tudo, por não ler o suficiente.

Em vez de apresentar o texto como informação fazem-no como reprovação, não o enquadrando no tempo e no contexto.

Essa técnica é utilizada pela maioria dos comunistas, que em geral são toscos de entendimento e fáceis de manipular pelos chefes que os formatam à sua medida e semelhança.

Hitler, um ano antes da Segunda Guerra Mundial, ainda era apontado como exemplo devido à difícil e muito complicada recuperação alemã depois da Primeira Guerra Mundial em que os alemães sofreram os piores enxovalhos dos vencedores e que ainda hoje lhes devem causar fortes engulhos.

Nos nossos dias, misturar o antes e o depois só interessa aos interessados em amesquinhar os Britânicos com uma coscuvilhice insidiosa que serve para alimentar uma Comunicação Social que ainda não encontrou o seu caminho e aposta na facilidade sem se preocupar com a revolta de uns, os que nada mais sabem do que chafurdar no lixo e na patetice; ou nos outros, que vivem da sua venda por atacado, o que lhes garante as tiragens e a contínua degradação do pensamento.

C.S

publicado por regalias às 05:14
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