Sexta-feira, 21 de Agosto de 2015

Bestas humanas decapitam inteligência e dignidade

Khaled al-Asaad foi decapitado aos 82 anos por não ter fugido da cidade síria de Palmira, um verdadeiro museu a céu aberto e o único especialista em antiguidades que remontam ao século nono antes de Cristo.

Khaled al-Asaad tinha 82 anos e teria pensado que a sua presença faria ver o erro que os jihadistas cometeriam se destruíssem aquelas pedras do tempo que mostram a beleza do pensamento árabe.

Mas os abortos que fazem as guerras não compreendem nada. Eles estão obcecados num determinado interesse e tudo o que não entendam, mesmo que o seu valor seja muitas vezes superior, eles destroem.

Em vez das guerras, que muitas vezes impõem aos povos, como é o caso desta que rebenta no Médio-Oriente por causa da invasão do Iraque pelo Bush, filho, e se volta a reacender quando Obama teima em substituir Bashar al-Assad, Presidente eleito da Síria, por um qualquer grupo de terroristas, enquadrados por mercenários bem pagos e bem criminosos, o resultado é este a que todo o mundo assiste e que a não parar rapidamente vai fazer da Europa um inferno, embora os Governantes Europeus, não se mostrem muito preocupados até que o fogo lhes chegue ao rabo.

Em vez das guerras, como dizia, as potências mais ricas do planeta deviam forçar todos os Governos a ter centros de ensino subsidiados pelos orçamentos de guerra ou por multimilionários como George Soros, Warren Buffet, Bill Gates e muitos outros que ganham dinheiro com a mesma facilidade como nós saboreamos o Sol e a chuva.

Ensinar a ler e difundir a cultura em todo o mundo, o que há cinquenta anos seria impossível, é hoje tão fácil como partir um ovo.

Bastava a Bill Gates, que é homem de bom coração, pensar no assunto e convencer os seus colegas multimilionários a acabar com a ignorância.

Tenho a certeza que o fundador da Microsoft, com o seu conhecimento, conseguiria em meia dúzia de anos mudar a face da terra.

Os bárbaros que matam indiscriminadamente fazem-no porque a sua mentalidade é inferior à dos símios. O seu pensamento não tem a noção do bem e do mal. Ele obedece às ordens dos canalhas que, por vingança ou por fanatismo, os mandam destruir e matar.

Estes centros de ensino teriam uma zona especializada a políticos e a jornalistas para os fazer compreender que a Democracia não lhes permite dizer tudo antes de pensar nas consequências das suas palavras e das suas informações, cujo exemplo mais próximo está na indicação dada pelas Televisões e rádios onde se tinha escondido o designer gráfico do Charlie Hebdo, que ao escapar ao massacre viu denunciado o local onde estava escondido e só não foi morto por acaso.

Viver em paz e com boa qualidade de vida seria fácil se o ser humano quisesse, mas a ganância cega-lhe o seu lado bom e compreensivo para que a bestialidade supere a genialidade e a bondade.

C.S

publicado por regalias às 05:27
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Quinta-feira, 20 de Agosto de 2015

A riqueza de um país e o renascimento de Portugal

Quando as pessoas começam a sentir estabilidade e mais confiança no seu país, a natalidade aumenta e tudo progride desde que haja estratégia (conjunto de meios e planos para atingir um fim) para o desenvolvimento.

Em Portugal desde o 25 de Abril nunca houve qualquer estratégia.

É preciso recordar isso sempre, para não voltarmos a cair na ratoeira em que os mais patetas insistem.

Aquilo que toda a gente quer é que Portugal seja bem Governado, quanto ao resto quem é que se importa que seja a esquerda, a extrema-esquerda ou a Direita a Governar? Ninguém.

E já lá estiveram todos. O PC nos II, III, IV e V Governos e o PS, O PPD-PSD e o CDS nos restantes.

Os Governos comunistas minaram de tal maneira o país e enredaram de tal modo a Constituição, que os outros Partidos mais não fizeram do que aproveitar o sarilho e ensarilhar mais porque dessa maneira os políticos de esquerda-direita na dança do troca o passo, todos comem e se aumentam como entendem sem que nenhum deles reclame.

Parece que este ano os nascimentos deram um ar da sua graça, passaram os 7,9 por mil nos anos 2013 e 2014. Mas quando nos recordamos dos anos do Estado Novo em que o crescimento em 1960 e 1966 atingiu os 24 por mil, a meta ainda está muito longe.

Os portugueses nunca foram esquisitos e os mais democráticos de todos os povos. Fizemos filhos por todo o lado sem olhar à cor da pele. Este abrandamento é cansaço. Temos esperança que a falta de pedalada não passe de um compasso de espera e recuperemos o país em toda a linha.

Ter mais gente necessita ter mais organização.

Continuamos a viver de festas, romarias e subsídios. Não pode ser.

O trabalho é a base de 50% da felicidade de cada um, depois 30% de amor, 10 por cento de imaginação, 10 por cento de loucura e aí voltamos a ser nós próprios. Vestimos, de novo, a nossa identidade.

Se olharmos para uma Holanda, uma Suíça, um Bélgica, países, um terço de Portugal, verificamos que são as pessoas que eles absorvem que os tornam ricos.

A Portugal falta-lhe organização e isso por culpa dos Partidos Políticos que nunca se quiseram impor por causa da berraria que faz a oposição seja ela de esquerda ou de direita. Berram porque lhes tiram a liberdade.

Aonde é que a Liberdade já vai? Ficámos sem ela quando nos entregámos nos braços da União Europeia e, desde o 25 de Abril até essa data, a liberdade nunca passou de libertinagem.

C.S

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Quarta-feira, 19 de Agosto de 2015

Os portugueses devem escrever o que sabem

Escrever a vida, os sonhos, as ambições, os trabalhos, as dificuldades, as tristezas, as alegrias, dar largas à imaginação e deixar deslumbrado ou pensativo quem tenha acesso aos escritos é função do ser humano para que o mundo avance com a experiência acumulada e a história assinale quem pagou o preço da viagem do zero ao infinito.

Muitos portugueses fizeram descobertas importantes ou pelo menos úteis para o bem-estar da humanidade e, por não terem escrito sobre a sua beleza interior e explicado e divulgado os seus conhecimentos, mais tarde apareceram outros que, com menos pruridos de consciência, tiveram ideias semelhantes e se tornaram conhecidos.

A Natureza duplica sempre para que ao falhar um, o outro seja bem-sucedido. Não é frequente, mas há algumas descobertas que foram realizadas por pessoas diferentes em locais muito distantes.

Guardar só para nós o saber que pode beneficiar milhares com a ideia que o segredo é a alma do negócio fez que muitos países evoluíssem menos do que outros.

Nos Estados Unidos da América o conhecimento foi sempre divulgado e por esse motivo o seu desenvolvimento foi espantoso.

Já aqui contei que o operário José Geraldes, a trabalhar numa fábrica de ferramentas em França inventou uma chave e respetiva fechadura que faturou milhões. Ele não deu importância ao caso. Era o seu trabalho e, se os donos da empresa não o tivessem gratificado bem a ele e a outro colega que ele fez questão de dizer que ele lhe apontava falhas e por isso o invento tinha aquela qualidade, ele continuaria igual a si mesmo.

O José Geraldes continuou feliz na fábrica e no mesmo serviço apesar da compensação recebida o pudesse levar a outros voos. O colega, que não me recordo o nome, montou a Fundição de Oeiras que durante muitos anos foi uma empresa que deu emprego a milhares de trabalhadores e era reconhecida pela alta qualidade dos seus produtos.

Também eu me lembrei deste assunto porque a jovem Patrícia, me pediu para ler as “memórias” do avô e lhe dar opinião.

O Sr. António Domingos Santiago, de 85 anos, conta a sua vida desde criança. Tem desabafos interessantíssimos: “o meu nome não consta da história” quase como um lamento, de quem reconhece que sendo um homem com valor ninguém lho reconheceu.

Mas isso não é o que dizem os seus escritos que eu li deliciado por sentir a alma do Santiago a pulsar, a lutar, a criar, a nunca desanimar.

Portugal tem este mau hábito: não reconhece o valor de quem trabalha. Muitas vezes nem é maldade. Às vezes é mais um pouco de inveja que prejudica todos, sem perceber que tal como fizeram os navegadores portugueses os quais só unidos conseguiram alargar o mundo.

O Sr. António Domingos Santiago, não se conforma e tem toda a razão. A história é a matriz para a eternidade e nela devem constar todos aqueles que deram um pequeno impulso ao mundo para ele avançar com toda a segurança.

C.S

publicado por regalias às 05:46
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Terça-feira, 18 de Agosto de 2015

Merkel protege a trempe que invadiu a Líbia

Apesar de muito contestada, sempre tive confiança em Merkel. E fazia votos que Dilma tivesse a mesma capacidade para aguentar esse Brasil que tanto explode de alegria como desagua em euforia sem se importar com as consequências quando tudo se parecia conjugar para dar certo.

Oxalá que os Brasileiros sejam suficientemente adultos para deixar os Governos governarem e deixar a justiça funcionar, sem forçar a justiça popular, sem regras e muitas vezes comandada por gente invisível.

Estou a desviar-me do assunto. É de Merkel e da trempe onde ela põe a panela ao lume para aí colocar os restantes países da União Europeia, como se todos eles tivessem culpas da bestialidade que Sarkozy, Cameron e Obama cometeram ao invadir a Líbia e provocar a invasão de migrantes Europa dentro e que não tem fim à vista.

Migrantes, lhes chamou a Senhora Merkel, e com toda a propriedade, no fundo eles não são imigrantes, eles são gente que vem de todo o lado para invadir a Europa. Pelo meio alguns quererão ser imigrantes, os outros arriscam a vida na travessia porque o destino é morrer ou no mar ou em terra onde serão bombas ao retardador; voluntárias ou obrigadas, mas têm de explodir quando chegar o momento aprazado.

As Primaveras Árabes que a troika formada pelo Obama, Cameron e Sarkozy fizeram explodir pelo mundo árabe teve dois pontos altos: na Líbia e na desventurada Síria. Tanto um país como outro nunca pensaram que tão hedionda calamidade os atingisse, quando eram países bem organizados e desenvolvidos.

Os culpados pelos migrantes que morrem no mediterrâneo afogados pelas águas do mar, afogados pela asfixia dos porões dos barcos, esturricados em Sol em brasa e por último por aqueles que conseguirão colocar os pés na Europa feliz, sonho dos árabes que por aqui andaram e não esqueceram, tudo isto é culpa desta trempe inconsciente e de ideias maquiavélicas que pode transformar a Europa num largo cemitério de bombistas suicidas a médio prazo.

A Senhora Merkel ao desviar as atenções da Grécia para a catástrofe humanitária a que todo o mundo assiste e ao dizer aos países da União Europeia para os receber está, sem ainda o ter entendido, a espalhar nitroglicerina por todo o Continente.

Diga a Senhora Merkel ao Senhor Obama que receba a sua quota-parte, mais os outros dois países que participaram na carnificina e os três, além de receber estes migrantes reponham a legalidade na Líbia e na Síria, já que, como diria Fernão Lopes, aleivosamente, lhes roubaram a vida e a felicidade com a cega ganância para se apoderarem do petróleo.

C.S

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Segunda-feira, 17 de Agosto de 2015

Produzir melhor, ser o melhor, viver melhor

Lisboa foi a capital de uma Europa onde todos os mercadores afluíam porque os portugueses de norte a sul a engrandeceram com a sua inteligência, determinação, trabalho e vontade.

No século XVI, o “Português de ouro”, também chamado cruzado Manuelino, foi moeda adotada como padrão nos mercados internacionais.

Pedro Nunes nasceu em Alcácer do Sal, 1492-1577, escreveu vários livros que serviram de estudo não só em Portugal, como em diversas Universidades estrangeiras.

André Gouveia nasceu em Beja, 1497-1548, foi Reitor da Universidade de Paris.

André de Resende nasceu em Évora, 1498-1573, foi Professor na Universidade de Paris.

Garcia de Orta nasceu em Castelo de Vide, 1500-1568, os seus “Colóquios dos Simples e Drogas da Índia” foram adotados para estudo na Espanha, França, Itália, Holanda e Alemanha.

Damião de Góis trocava conhecimentos com Erasmo, o maior humanista do Renascimento.

Podia continuar a saga lembrando-lhes os que fizeram nascer Portugal com o formato dos dias de hoje, os Navegadores que assombraram o mundo com as suas descobertas ou aqueles que inventaram a caravela, barco que permitia a navegação contra o vento; e muito, muito do que há para contar a quem hoje, triste e amargurado, pensa que não há solução para o descrédito e a desgraçada vida que de há 41 anos a esta parte caiu sobre a grande maioria dos portugueses. Mas há solução. Claro que aqueles, seiscentos ou setecentos mil que se aproveitaram da confusão e vivem à sombra dos chapéus onde se venderam, tentam a todo o custo gritar “25 de Abril sempre” sem acrescentarem: sempre para esquecer depois dos roubos e crimes praticados tanto direta como indiretamente.

Mas é tempo de acabar com o engano, arregaçar as mangas e produzir melhor.

E, quando falo em arregaçar as mangas, não me refiro à DIELMAR, empresa de vestuário, sediada em Alcains e que é um orgulho pelo que representa de trabalho, de imaginação, de perfeição, de qualidade. Quando me refiro à Dielmar e ao seu grito de força, apelo ao seu exemplo para tanto, tanto que sabemos fazer bem, possa ser produzido em Portugal e vendido no mundo inteiro para conseguir levantar a cabeça, e acabar com este infeliz desassossego que nos entristece e empobrece.

Descobrimos quatro quintos do mundo desconhecido. Chegou a hora de descobrir como rentabilizar essa mais-valia.

C.S

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Domingo, 16 de Agosto de 2015

Novas Oportunidades e dificuldades no estrangeiro

As “Novas Oportunidades” foram criadas mais para certificar o conhecimento do trabalhador do que para lhe conceder um grau de ensino, o que também acabou por suceder.

Ján Figel, Comissário Europeu da Educação, explicou as vantagens.

Os cursos arrancaram, o Crato acabou com eles prometendo substituí-los por outros que nunca mais chegaram.

A ideia era com a certificação da sua especialidade o operário poder encontrar rapidamente trabalho num dos países da União Europeia, com os mesmos direitos do que os autóctones.

Os problemas levantados no Luxemburgo e na Alemanha seriam menores se os emigrantes portugueses tivessem a certificação.

Segui o assunto por acaso. Há algumas pessoas que me escrevem por causa dos livros. Uma delas estava aflitíssima com o filho. Ele trabalha numa fábrica em Portalegre, mas andava sempre triste e desanimado, mais por os companheiros da fábrica estarem sempre com graças a que ele não achava piada e as levava a sério. Disse à mãe do rapaz que arranjasse maneira dele falar comigo. Passados três ou quatro meses falei com ele pelo telefone, depois convenci-o a falar pelo Skype.

O David era um rapaz totalmente desmotivado, não acreditava nele, tinha medo de falar com as pessoas, a cultura era reduzida e a sua vida era casa fábrica e fábrica casa.

Depois de oito dias de conversas moles, ele disse-me que estava a tomar um medicamento para a depressão. Vi que não tinha depressão nenhuma e convenci-o a dizer à médica para lhe reduzir a dose para metade. Passados mais uns dias disse-lhe para dizer à médica que estava melhor e retirar toda a medicação. Foi o que aconteceu.

A partir daqui segui o mesmo sistema da peça de teatro “Pigmalião” de Bernard Shaw.

Perguntei-lhe se queria ser um rapaz culto. Ele aceitou.

Sempre pelo SKYPE, o David vive em Portalegre, ensinei-lhe português. Já leu vários autores portugueses, ele que nunca tinha lido. Arrisquei o Inglês. Em Junho, o David, disse-me que tinha férias da fábrica em Agosto e que ia passar 8 dias a Bruxelas com uns familiares. Nesse momento disse-lhe: no mês de Julho vou ensinar-te francês. E não é que o David, num mês, consegue conversar, ainda a medo, mas desenrasca-se bastante bem. Já foi à Bélgica e regressou feliz da vida.

O David é um dos milhares de portugueses que ficariam pelo caminho por motivos que evito dizer para não ser desagradável.

O David vem à baila por causa dos CQEP, Centros para a Qualificação e Ensino Profissional, que substituiriam os Centros das Novas Oportunidades.

Como o CQEP não abriu, o David ficou, como tantos outros, à espera de quem saiba mais de política educativa.

C.S  

publicado por regalias às 05:45
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Sábado, 15 de Agosto de 2015

A mina está em Portugal não está nos outros países

Ganhar dinheiro ganha-se em qualquer país do mundo desde que haja saúde, dois braços e vontade de trabalhar.

Quando era jovem, nas férias ia para os campos de trabalho e dez dias de suor davam-me para passar um mês em Inglaterra visitando as cidades que ansiava por conhecer e divertir-me até verificar que o pecúlio só chegava para a viagem de regresso sem problemas.

Os meus pais sempre aflitos estavam todos os dias à espera do meu grito de socorro, o que o meu orgulho nunca consentiu.

Ao ler e ouvir que portugueses no Luxemburgo e na Alemanha estão a passar por graves dificuldades pensei: isso só acontece porque viajam em roda livre, a sua cultura é pouca e o conhecimento da língua do país para onde se deslocam não é nenhum.

Deixando outros considerandos de fora, importa resolver a situação para que os trabalhadores não sejam vítimas da sua própria teimosia.

Quem sabe trabalhar bem, num qualquer serviço, tem sempre trabalho em Portugal. Basta procurar. Mas ao português, além de lhe custar a pensar, envergonha-se de trabalhar no seu próprio país e pedir ajuda.

A mina está em Portugal embora digam que há desemprego e há. No entanto é raro encontrar um Brasileiro ou Ucraniano desempregados. Chineses, nunca encontrei nenhum.

Aqui há 43 anos, fui procurado por um jovem que queria aprender francês porque o patrão não o aumentava duzentos escudos (um euro). Queria ir trabalhar para França. Disse-lhe que não o podia aceitar e indiquei-lhe três professores. Passados doze ou treze dias voltou a contactar-me e disse:

- Tenha paciência, leve-me quanto quiser, pago-lhe quando regressar de França, mas eu tenho fé é no senhor.

Esta frase desconsertou-me. Perguntei-lhe:

- O que faz?

- Sou chefe da oficina de eletricidade automóvel do Sr. Câncio.

- Então fazemos o seguinte: o senhor ensina-me eletricidade e eu ensino-lhe francês. A história é grande e tenho que a resumir.

Durante quase um mês eu ia de manhã para a oficina, o senhor António dava-me uma explicação rápida dos carros com problemas mais simples e eu fazia o trabalho perante os mirones, que muitas vezes iam até lá só para verificar se era verdade que eu estava ali a trabalhar e dizer umas graças.

Nas aulas de francês à noite ele pediu-me para levar um sargento que fazia uns biscatos na oficina. Tinha resolvido largar a tropa e também ir trabalhar para França.

Como vi que eram pessoas excecionais comecei a convencê-los que podiam ganhar o mesmo em Portugal com menos sacrifícios. Bastava montar uma oficina igual. Eles recusavam a ideia com vários argumentos. Em Tomar não o queriam fazer e também não tinham dinheiro.

Eu empresto-vos o dinheiro sem juros e procuram uma terra aqui no distrito. Depois de sondarem as hipóteses de sucesso avançam.

Avançaram, mesmo sem o meu dinheiro. Quando chegou o 25 de Abril já eles eram conhecidos por toda a gente e estimados porque a honestidade e o saber se tinham imposto. Ganharam muito dinheiro.

A fé do Sr. António teve êxito porque ele é um profissional competente.

E os profissionais honestos e competentes têm a mina em Portugal.

C.S

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Sexta-feira, 14 de Agosto de 2015

Férias em Portugal para relaxar e pensar na vida

Nunca encontrei melhor país para passar férias do que Portugal.

E não sou chauvinista. Desde miúdo, era capaz de matar e morrer por Portugal. E sou um pacifista, incapaz de matar uma mosca. Mas, Portugal, quando o sinto em perigo, salto para a arena e torno-me inconsciente do perigo, provoco e espero a reação sempre preparado para a violência e o sacrifício em defesa de Portugal que amo.

Portugal merece. Abraça-nos com ternura, olha-nos com esperança. Acredita em nós.

O “Diário Económico” resolveu mostrar “O melhor de Portugal” falando da vida e do sucesso de alguns portugueses até dia 4 de Setembro.

Desde o dia 28 de Julho que saboreio com prazer e orgulho o que os Homens e Mulheres do meu País fazem em Portugal e pelo mundo.

As férias em Portugal servem para relaxar, descansar, pensar os melhores caminhos para descascar o futuro.

Pedindo ao Sol, ao Vento, ao Mar e ao Espírito do tempo pequenas chamadas de atenção para que os erros não nos confundam podemos corrigir o sopro da vida e, quase sem sentir, ganhar o gosto pelo trabalho, pelo prazer de ir mais além.

Claro que estas metas para serem atingíveis são incompatíveis com a intriga, a inveja a maledicência, a chantagem, a lisonja. São defeitos que recaem sobre quem os utiliza.

As férias podem servir para limpar estas deletérias tendências que muitas vezes são grudadas ainda em criança para alcançar o que pretende e se agarram ao pensamento. Ele, inconscientemente, não resiste à mentira e ao mexerico do vulgo, mesmo quando alguém procede de boas famílias.

Tirar da cabeça estas tendências perniciosas leva-nos a ocupar o pensamento e os desejos com aquilo que tem valor para a vida. A nossa e a dos outros. Se não pensarmos neles, a nossa felicidade nunca será completa. Ao nos aproximarmos do fim da vida a ansiedade por nada de útil termos feito é um tormento maior do que o suplício de Tântalo.

As férias em Portugal podem servir para recomeçar a vida depois de, descontraidamente, termos pensado os frutos que já produzimos ou que ainda não alcançámos.

Boas férias. Eu gozo-as saboreando “O melhor de Portugal” e tentando corrigir o pior que fiz na vida.

C.S

publicado por regalias às 06:13
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Quinta-feira, 13 de Agosto de 2015

Milhões de toneladas de comida para o lixo

Só quem tenha vivido no Estado Novo compreenderá bem o que representa esta infâmia quando todos os dias morrem centenas de crianças e de adultos à fome.

No Estado Novo, tanto na escola como em todos os lares portugueses havia uma palavra que era sagrada: “poupar”.

E poupar, porque depois da desgraçada primeira República, 1910-1926, faltava tudo. Os pobres eram aos milhares e toda a gente tinha de ser solidária para se conseguir levantar o País e ao mesmo tempo ajudar os mais pobres e aqueles que não se sabiam defender das dificuldades.

Costuma dizer-se que, quando começam os azares, eles parecem ficar encadeados uns nos outros e quando começa o primeiro, não tarda que apareça um segundo, um terceiro e por aí adiante.

Foi o que aconteceu com Portugal. Quando Salazar tinha equilibrado as finanças e o País começava a levantar a cabeça, seguiu-se a Guerra Civil de Espanha com as consequências que daí poderiam advir devido às ameaças dos Republicanos rojos (vermelhos, comunistas) que declararam a intenção, caso vencessem, de ocupar Portugal. A partir destas afirmações, Salazar não teve outro remédio senão apoiar Franco, o qual também não lhe oferecia total segurança. A tese que Franco tinha defendido no fim de curso na Academia era a invasão de Portugal em poucos dias.

Salazar que era muito mais inteligente e consciente do que o Generalíssimo imediatamente percebeu que, Franco, ao precisar de ajuda teria de se comprometer politicamente. Mas isto custou a Portugal uma sangria em alimentos que para equilibrar o que havia, obrigou às senhas de racionamento.

Quando a Guerra Civil Espanhola terminou, começa a violenta e macabra Segunda Grande Guerra e a vinda para Portugal de dezenas de milhares de refugiados com quem tivemos de repartir o que melhor tínhamos e tirar o pão da boca para que os fugitivos da barbária se sentissem apoiados.

Todos estes acontecimentos fizeram que os portugueses se habituassem a poupar. E Salazar dava o exemplo comendo tal e qual como os mais pobres dos portugueses.

O seu prato normal era a sardinha assada acompanhada de feijão-frade. Ou seja os produtos mais baratos naquela época.

Quando países como o Reino Unido, a Holanda, a Dinamarca e a Finlândia, ostensivamente enviam para o lixo 22 milhões de toneladas de comida quando a fome é um dos flagelos mundiais, algo vai mal no reino da Dinamarca e mundo.

Para que tal não aconteça há um caminho infalível:

Quatro ou cinco dias antes de os produtos perderem a validade, basta colocar, numa prateleira, nos supermercados:

ALIMENTOS COM VALIDADE até... (fixam a data) e a seguir: COM 80% DE DESCONTO.

O caminho é infalível porque, nestes países ricos, vivem centenas de milhares de imigrantes que aproveitarão, com toda a certeza, esta benesse.

C.S

publicado por regalias às 05:43
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Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015

Fogo nas autarquias do centro e norte de Portugal

Como é possível explicar tantos fogos num país de pequena dimensão?

Vão responder que o calor tem sido muito e que as ignições são provocadas pelo lixo, restos de arbustos e aceiros incorretos.

E de quem é a culpa de que isto aconteça?

Dos proprietários dos terrenos. Certo.

Mas isto acontece todos os anos e não pode voltar a acontecer. O dinheiro gasto pelo Governo em meios aéreos e terrestres é enorme, podia ser direcionado para outras faltas importantes e não é. Os Presidentes das autarquias não tomam a decisão de acabar com o flagelo.

Há muitas maneiras de o fazer:

A mais fácil, totalmente eficaz, pouco onerosa e de grandes benefícios para muita gente que recebe subsídios de Estado é as autarquias, todos os anos em Março, estudarem quantos postos de observação tem de colocar no seu concelho, multiplicar por quatro e contactar os desempregados subsidiados, juntar-lhe mais duas ou três vezes o valor dos subsídios, entregar-lhes uns binóculos e dividi-los em três turnos de oito horas, ficando o turno da noite com dois vigias. Julgo que Penamacor, distrito de Castelo Branco, já utiliza o sistema. É verificar e copiar.

Tenho a certeza que os fogos colocados por mãos de imbecis, que não têm a noção do crime que estão a cometer acabaria e o fogo seria debelado desde início.

Ao montarem este serviço de vigilância, o assunto deveria ser difundido através dos meios convenientes para que todos os que voltassem a pegar fogo ao país saibam que os castigos serão muito mais pesados do que atualmente e os madeireiros como o de Penacova, que foi apanhado pela população, tenha a consciência que os seus lucros podem reverter em castigo, miséria e vergonha.

Outra das maneiras possíveis, não subestimando a anterior é fazer que os proprietários tenham sempre o terreno limpo e avisarem as Autarquias das dificuldades que encontram para que imediatamente se analisem as falhas.

No Estado Novo era a Guarda Fiscal e a Guarda Republicana que avisava as Câmaras Municipais. Estas mandavam ver o  que se passava e os serviços limpavam ou avisavam os proprietários para o fazer.

Nesse tempo, os fogos também eram muito menos e muito menores. Os terrenos estavam quase todos cultivados e era mais difícil acontecer o que hoje é o inferno na metade norte de Portugal.

Espero que esta pequena achega alerte os autarcas. 

Os Governos não podem continuar a servir de amas-secas a quem só mama e chora.

C.S

publicado por regalias às 06:28
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