Quarta-feira, 30 de Setembro de 2015

Portugal da pepineira às bancarrotas e às FP25

Em vez dos Governantes delinearem uma estratégia para a recuperação de Portugal, depois do manicómio em autogestão, como foi apelidado o país pelos Governos estrangeiros durante os anos de 1974 e 1975, a indiferença, o laxismo, o querer agradar a todos fez que Portugal nunca mais recuperasse o fulgor que tinha alcançado durante o Estado Novo e que estes ingénuos teimavam em querer apagar como se fosse possível apagar a história.

O Partido Comunista, em surdina continuava a destabilizar tentando segurar o roubo das herdades através da violência e do assassínio como as FP25 bem demonstraram.

O Presidente da República, Ramalho Eanes, preocupava-se mais com o parece mal da união de Sá Carneiro com Snu Abecasis do que em arranjar consensos para que os Governos saíssem da lama que a insensatez criara. Em vez da recuperação do tecido industrial e da agricultura a fim de evitar as importações que nos endividavam e afundavam mais, em cada dia que passava, o Presidente preocupava-se com a ligação de dois adultos cultos e inteligentes. Ramalho é tratado abaixo de pacóvio e, se o povo gostava dele, o mesmo não acontecia com os políticos que o detestavam.

Mário Soares enfrenta duas bancarrotas em 1980 e 1983, espreme o povo, a inflação atinge números inacreditáveis. Para sair da situação assina em 12 de Junho de 1985 com a CEE (Comunidade Económica Europeia) o Tratado do pobre aflito que aceita todas as condições que lhe proponham sem cuidar das consequências que daí adviriam caso não cumprisse os acordos estabelecidos.

Enquanto as querelas com o Presidente da República e os contratos com a CEE são assinados um grupo de bandoleiros e assassinos mata em 15 de Fevereiro de 1986, com um tiro na nuca, Gaspar Castelo Branco. Os assassinos eram comandados pelo mesmo valoroso operacional, Otelo Saraiva de Carvalho, que delineou o 25 de Abril e levantou a bandeira da Democracia para garantir aos militares e aos políticos chorudos proventos e ao povo os restos do banquete pago com o dinheiro amealhado por Salazar e Caetano e guardado para proteger o povo de novas dificuldades, semelhantes às da Primeira República.

Os criminosos das FP25 foram presos, condenados e amnistiados pelo incrível Soares que insultava a polícia e passava uma esponja por cima do sangue português tal como aconteceu com a descolonização insensata que provocou milhões de mortos em Angola, Moçambique e Guiné, que a ele nunca tiraram o sono.

Marcello Caetano não tinha descolonizado porque não encontrou solução para as lutas que se seguiriam nos novos países. Quando Spínola escreveu o livro “Portugal e o Futuro” e garantira a Caetano que era possível descolonizar sem problemas, Marcello Caetano, na primeira oportunidade entregou-lho o Governo e por isso a PIDE não reagiu às movimentações dos militares em 25 de Abril, caso o fizesse os valorosos militares depressa teriam dado meia volta e regressado aos quartéis.

A continuar IX

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C.S

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Terça-feira, 29 de Setembro de 2015

As desgraças políticas em Portugal são praga rogada

O ser humano tem forças e poderes sobrenaturais que desconhece.

Nesta saga Abrilista também fui apanhado. Era Deputado do CDS e pensava salvar o País. Fazia incursões pelo interior. Um dia de junho ou julho de 1977 fui parar ao Meimão.

Avisaram o padre que andava por ali um Deputado, o Padre veio ao meu encontro, convidou-me para beber um copo e comer umas rodelas de chouriço. Fiz-lhe a vontade que a fome é negra. Fez muitas considerações sobre a situação. Ficámos amigos, deu-me um abraço de despedida. Já estava no carro e prestes a partir, pediu-me para sair e abraçá-lo com força. Como já lhe tinha dado um abraço, pensei: estou tramado. Ao largar-me diz com ar e voz diferente “Dê este abraço ao Professor Freitas do Amaral e diga-lhe que vai para o Governo em Janeiro do próximo ano. Referiu o dia.

Para mim pensei, este ainda é pior do que eu. O CDS era apelidado de fascista, de malandros e de todos os piropos que possa imaginar. Claro que não ia dar nenhum abraço ao Freitas, mas encontrei na sala do CDS, o Adelino Amaro da Costa, O Basílio Horta e o Malhó da Fonseca em plena cavaqueira. Afastei o Malhó e no meio da trempe, disse-lhes: “meus amigos acabou o paleio. Tratem de ir estudar os dossiers mais importantes dos Ministérios pois entramos para o Governo no início do próximo ano.

Olharam para mim para terem a certeza que eu não tinha endoidado de vez. O Adelino perguntou-me: “ó C.S, está bem?” O Basílio disparou uma série de impropérios a que eu fui sempre imune. O Malhó ria. O Adelino insistiu: “quem lhe disse tal disparate?”

Foi o Padre Miguel do Meimão, que uns dizem que é mágico, outros que é bruxo e outros que é santo, mas com alguns pecados.

A verdade é que nos finais de Janeiro o CDS entrou para o II Governo Constitucional de braço dado com o Mário Soares. O Basílio até abichou a pasta dos Negócios Estrangeiros.

Nem ele, nem o Adelino, nem o Malhó, nem o Freitas e muito menos eu poderíamos imaginar que tal pudesse acontecer. Quando sucedeu não disse nada. Quando falei sobre o assunto estava a divertir-me. Aquilo, pensei, foi um acaso, insólito, mas foi um acaso.

Já depois de sair de Deputado sucedeu outro caso impossível e a partir daí fui estudar o padre que na altura, depois de dois ou três copos de bom tinto, também me tinha afirmado que Portugal ia sofrer bastante porque tinha sido ingrato para com Salazar e Caetano e que alguém, com poder, tinha rogado uma praga muito forte. Nessa altura não liguei. Devia ser do tintol que estava a fazer efeito.

Quando o Ramalho Eanes foi eleito Presidente da República, os políticos olharam-no sobranceiramente e julgaram-no incapaz para compreender a política e por esse motivo o dominariam com facilidade. Não foi assim.

O Ramalho é da Beira e casmurro. Pode não entender às primeiras, mas esforça-se. Resultado: ganhou ódios que só a morte vai fazer esquecer aos exagerados litigantes de minudências e que podiam salvar a Pátria.

A continuar VIII

Blog VII “O Verão quente português não terminou em 1975”

C.S

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Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015

O Verão quente português não acabou em 1975

Pior que Miguel de Vasconcelos, o traidor Melo Antunes, cujo cinismo é semelhante ao de Cunhal, que ao ter muitas dúvidas sobre o desfecho da luta entre comunistas e seus apoiantes da cintura industrial de Lisboa, paraquedistas, fuzileiros navais e alguns quarteis, contra os Comandos de Jaime Neves e o povo armado pelo país, com destaque para Rio Maior onde havia gente que tinha jurado lutar até à morte, fez o comunista Melo Antunes mudar o rumo. Ele tinha sido Ministro dos Negócios Estrangeiros para forçar uma descolonização infame e entregar Angola, Moçambique e Guiné à tutela da Ditadura Soviética.

O Melo Antunes forja o Documento dos Nove e com ele salva o Partido Comunista da extinção, defendendo que não podia ser ilegalizado.

Esta manobra fez que Cunhal, já que não podia conquistar o país, podia pelo menos miná-lo durante muitos anos.

Contando sempre com o apoio dos militares que imediatamente depuseram armas tal como os cobardes fazem, para depois, por ínvios meios ajudarem o traidor que os iludia garantindo-lhes que tinham perdido uma batalha, mas não a guerra.

Foi assim que através do MFA é imposto o caminho para o socialismo.

Os Partidos são obrigados a assinar um Pacto MFA-Partidos nos ainda III e IV Governos do demente comunista Vasco Gonçalves.

Mesmo depois de em 25 de Novembro os comunistas terem sido desbancados do poder que tinham abocanhado com manhas fraudulentas e julgaram não mais largar, os vencedores não corrigiram os artigos que manipulavam a parte económica da Constituição, além de outros aspetos sinuosos de tal maneira que o desastre se iria repercutir até aos dias de hoje.

A democracia é totalmente subvertida.

Os militares impõem aos Partidos as regras que Cunhal lhes sopra ao ouvido. Os Partidos são obrigados a subscrever o Pacto MFA-Partidos e dessa maneira os militares poderem controlar os trabalhos da Assembleia Constituinte, como descrevo de forma sucinta:

A Constituição a aprovar não porá em causa a institucionalização do MFA.

O Conselho da Revolução decide as orientações da política interna e externa e a constitucionalidade das Leis.

Serão obrigatoriamente da confiança do MFA os Ministros da Defesa, Administração Interna e Planeamento Económico.

As Forças Armadas participarão no desenvolvimento económico, social, cultural e político do país.

E o Comandante Correia Jesuíno não está com meias palavras “Se houver Partidos que assinaram o Pacto com o MFA com sofisma pensando que as coisas podem ser alteradas, então o MFA será implacável."

O bondoso Jesuíno era um sórdido e desavergonhado comunista.

Por esta primeira abordagem já pode verificar que todos os portugueses ficaram indelevelmente ligados ao texto fundamental da Nação Portuguesa porque o PS e o PPD não tiveram a coragem de se opor ou de votar contra este texto ambíguo como fez o CDS.

O verão quente, que devia ter terminado em Novembro de 1975, contínua até aos dias de hoje porque a confraria militar protege os seus membros.

A continuar VI

Blog V “Nunca houve fascismo em Portugal.”

C.S

publicado por regalias às 05:54
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Domingo, 27 de Setembro de 2015

Nunca houve fascismo em Portugal

Chamar ditador a Salazar é de uma estupidez monumental, mas que até indivíduos como Marcelo Rebelo de Sousa utilizou para agradar à esquerda e comer dela quando for preciso.

Nada justifica alinhar com excrementos demagógicos só para dividir os lucros com eles que tinham chegado do Leste ditatorial e onde a repressão era violentíssima.

Em Portugal havia autoridade, que é aquilo que tem faltado para impedir que seja o povo a sofrer os desmandos dos videirinhos que têm governado este país.

O Marcelo Rebelo de Sousa quando um dia teve a repugnante ousadia de chamar Ditador a Marcello Caetano, o maior amigo de seu pai e seu amigo, do qual plasmou o nome, eu nunca mais pude com o homem.

Admito todos os erros aos ignorantes, aos boçais e aos vendidos por interesses mesquinhos, nunca mais perdoei ao Rebelo que demonstrou uma baixeza de sentimentos inadmissíveis.

O meu papel higiénico desse dia foi o jornal com a cara do ingrato.

Quanto ao fascismo, se houve algum, onde está?

Em todos os militares que fizeram a revolução.

Se o Governo fosse fascista, todos eles eram por apoio desde 28 de maio de 1926 até 25 de Abril de 1974.

A Ditadura e a Censura foram impostas pelos militares do 28 de maio. Salazar só entrou no Governo, dois anos depois, como Ministro das Finanças, e em 1932 foi convidado para Presidente do Conselho (Primeiro-Ministro),

Em 1933 saiu a Constituição que deu início ao Estado Novo que foi tudo menos que uma Ditadura ou um Estado fascista, caso contrário nunca entraria em todas as Organizações Internacionais.

Havia autoridade, ordem, solidariedade ou preferiam que não houvesse, e continuasse a fome, a miséria e um país a cair de podre e a morrer de vergonha? Preferiam isso?

Hoje em dia os comunistas deixaram de ofender as pessoas porque voltaram a fome e as grandes dificuldades. As pessoas perdem a cabeça quando as ofendem e são capazes de tudo. Porquê?

Porque não existiu autoridade quando se permitiram os assaltos e a destruição da Embaixada de Espanha que custou ao Estado milhões de contos, ou as ocupações de herdades e cujas indeminizações comem o dinheiro que falta para proteger o povo. Aqui sim houve uma tentativa para impor o social-fascismo e a Ditadura pelo Cunhal e pelo Vasco. O povo rejeitou.

A culpa do descalabro que Portugal vive foi dos políticos e dos militares quando fizeram uma iníqua Constituição, que em vez de ser um texto isento foi empurrado para um dos lados, a mando do MFA, que obrigou a um Pacto entre o MFA e Partidos, o que é tudo, menos que democrático.

Quem sofre? O povo que continua confuso e não entende a conversa e as intenções destes malabaristas.

A Continuar VI

Blog V "A Ditadura do Proletariado português não passou da cobardia."

C.S

publicado por regalias às 06:48
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Sábado, 26 de Setembro de 2015

A Ditadura do Proletariado português não passou da cobardia

A Guerra Civil andava no ar e até eu que nunca fui caçador tinha uma arma de caça e um revólver.

Uns dias antes do 25 de Novembro, o meu amigo Augusto Gonçalves, muito preocupado e com cara de caso, perguntou-me se eu ajudava na desocupação de uma propriedade em Alpiarça. Aceitei e aí fomos ao cair da noite. Fomos recebidos a tiro. Tiro para cá, tiro para lá, de vez em quando tudo parava. De repente uma rajada de metralhadora corta cerce o guarda-lamas do meu sunbeam que tinha comprado há pouco tempo. Eu estava ao lado e só não me cortou todo, como diria o célebre Milhões e esse sim verdadeiro herói, não estes de fancaria que fizeram o 25 de Abril. Ao meu lado estava um valente da Serra de Tomar que, com o susto, se cagou todo. Contou o episódio numa sessão a favor da reeleição do Eanes.

Os ocupantes acabaram por fugir e largar a propriedade.

Era assim a Ditadura do Proletariado defendida pelo Vasco Gonçalves e pelo Cunhal, a meia voz, porque os cobardes só falam entredentes, e a raiva dos que compreenderam que as festas e foguetes do 25 de Abril tinham afinal servido para atraiçoar Portugal.

O herói Soviético Álvaro Cunhal tinha deixado de ser português para entregar o local onde tinha nascido ao país que o tinha feito herói pela traição que um dia cometeria na sua ex-Pátria.

Vasco, Cunhal e militares do MFA unidos fazem campanha para a Assembleia Constituinte apelando ao voto em branco. Apesar de todos os esforços o Partido Comunista só alcançou 12,5% de votos.

Vasco Gonçalves não hesita em declarar “Não perderemos por via eleitoral, aquilo que tanto custou a conquistar ao povo português”.

Ramiro Correia ameaça “Serão os trabalhadores quem irá decidir o futuro da revolução portuguesa.”

Faria Paulino acrescenta “Portugal, mesmo que não queira, terá bordado, na sua bandeira, uma estrela de cinco pontas.”

Os portugueses estavam elucidados. Aí tínhamos agora um verdadeiro regime ditatorial. Como os militares dominavam a política.

Toda a economia estava arruinada, não havia mais a perder.

Alguns militares que fizeram o 25 de Novembro sabiam que o povo estava armado o que seria extremamente perigoso, pois se não vencessem, como declara Ramalho Eanes, ele tinha a certeza que seria fuzilado, mas a carnificina continuaria porque o povo não respeita regras e o ódio cega-lhe as boas maneiras.

Felizmente que Melo Antunes e Cunhal eram uns cobardes. O primeiro saltou logo da carroça quando o informaram do que se passava e como entre os militares do lado contrário estava Jaime Neves, esse sim, um herói e verdadeiro patriota, imediatamente o Melo deu uma volta de 360 graus faz o chamado Documento dos Nove e salvou o Cunhal e o Partido Comunista no último momento, declarando que aqueles anjinhos não tinham nada a ver com os regimentos em pé de guerra e com os paraquedistas amotinados.

Grandes cobardes os Ditadores que vivem às costas e às custas do Proletariado.

Natália Correia, numa frase lapidar, assinala o momento “Festeja-se o último vómito da revolução condenada a esvair-se, quer os seus coveiros sejam o totalitarismo virado a Leste ou o reformismo ocidentalista.”

A Continuar V

Blog IV “Os genes explicam as contradições dos portugueses.”

C.S

publicado por regalias às 06:12
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Sexta-feira, 25 de Setembro de 2015

Os genes explicam as contradições dos portugueses

Quando José Saramago obriga ao saneamento de 24 colegas do Diário de Notícias, ele sabe que o ferrete da ignomínia nunca mais o largará, nem o Prémio Nobel que recebeu conseguirá apagar a nódoa que o tempo fixou.

Se este que era mais lúcido não resistiu aos encantos da sereia Comunista, é natural que outros menos dotados vão também na cantiga que fideliza os estúpidos mas que não consegue segurar gente inteligente como Vital Moreira, Zita Seabra, Pacheco Pereira, Pina Moura, José Magalhães, Jorge Lemos, Veiga de Oliveira, Mário Lino e muitos outros.

Saramago, depois do Prémio Nobel, também quis escapar a este cancro mental e o PC andava desmoralizado.

Eu estava em Lisboa, e embora ache que manter o Partido depois da queda do muro de Berlim não faz qualquer sentido e continua a ser um engano, resolvi ir ao Seixal onde Carlos Carvalhas ia fazer um Comício, ele era o Secretário-Geral do PC, e dizer-lhe como podia melhorar a votação.

O Carvalhas nunca mais aparecia. O Octávio Teixeira disse-me que ele estava muito atrasado. Pode ficar com um recado para ele - perguntei.

- Posso – respondeu o Octávio.

- Então diga-lhe que tem de meter o Saramago nas listas para Deputados.

- Mas ele não quer – respondeu o Octávio Teixeira – estamos fartos de insistir. Ninguém o consegue convencer.

- Pois, meu amigo, têm de o obrigar, subtilmente ameacem-no que alguém pode fazer escândalo e ridicularizá-lo. O Saramago entrou na dança.

O Octávio está bem vivo e a história pode ser confirmada. Apesar de ser comunista é amigo de Catroga o que é bom sinal.

Eu posso não gostar nem acreditar no Partido Comunista, mas quem tem de demonstrar o mal que ele causou e causa a Portugal, quando apoia greves disparatadas, etc., são os outros Partidos. Mas eles comem todos do mesmo barranhão.

Por que, também eu que sinto repugnância pelo Álvaro Cunhal e por toda a seita que invadiu Portugal e catequizou uma parte do povo procedo de maneira contraditória? É o gene. Violento e desagradável quando atacado e suave e pacifico, capaz de dar tudo, quando vejo que o povo simples tem de ser ajudado. São assim os portugueses.

A OCDE, Organização para a Cooperação e desenvolvimento Económico, que criticou o perdão das dívidas às ex-colónias no valor de 174 milhões de contos em 1996, o que representava 0,89 por cento do PIB português, é aquela que reconhece que Portugal é dos países mais generosos do mundo.

Aconteceu sempre assim com a nossa expansão marítima. É por esse motivo que a ligação às ex-colónias é de uma grande fraternidade e igualdade.

Somos um povo estranho, que ama os próprios inimigos.

O que hoje acontece a este Portugal, que está cada vez mais anémico é em 85% fruto dos desmandos dirigidos pelo Partido Comunista com a ocupação de herdades, fábricas, casas, assalto e destruição da Embaixada de Espanha, cerco do Parlamento, barragens de estradas. Loucura total.

A célula da RTP, orientada por Manuel Jorge Veloso do PC publica mais 70 saneamentos para limpar terreno e instalar os camaradas.

Em Aveiras de Cima é ocupada uma herdade a que dão o pomposo nome de Cooperativa Agrícola de Torre Bela, as ocupações de herdades estendem-se pelo Alentejo, Ribatejo, Alpiarça, Couço, Benavente. Na Beira Baixa, no monte Pardal, ainda hoje lá continuam instalados os descendentes dos primeiros assaltantes.

O Comité do Partido Comunista aproveita a estupidez de quem o segue e o laxismo de todos os Governantes que, desde o Primeiro Governo até aos dias de hoje, não estão para se ralar e só, quando a União Europeia obriga a pagar enormes indeminizações pelos desmandos causados, se fala no assunto.

Entra tudo para as calendas gregas porque ninguém manda.

Todos têm medo de mandar porque não querem perder o tacho.

Quem sofre? O Povo e Portugal.

A continuar IV

Blog III “Os meses loucos de Portugal durante o PREC”

C.S

publicado por regalias às 05:55
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Quinta-feira, 24 de Setembro de 2015

Os meses loucos de Portugal durante o PREC

Só quem viveu e tentou compreender o que acontecia em Portugal entre maio de 1974 e novembro de 1975 pode testemunhar como a imprudência toma conta das massas quando alguns governantes são loucos, outros inconscientes, outros ignorantes e, muitos, oportunistas.

Homens inteligentes e com quem lidei transformaram-se em autênticos sátrapas, para usufruir das regalias de quem tem as rédeas do poder.

Não falo dos comunistas profissionais. Esses tinham uma missão a cumprir e só não conseguiram os seus fins porque Cunhal só era arrogante com os fracos. A sua atuação era sempre sigilosa tal como faz qualquer chefe da Máfia.

Em plena Assembleia da República, eu disse-lhe, cara a cara que “entre ele e Al Capone ou havia diferença ou cadeia”. O cínico não respondeu porque sabia que ali no Parlamento o confrontaria com todos os crimes cometidos contra o povo português e contra Portugal.

Para o fazer os comunistas tinham de ter um suporte militar, tal como aconteceu na invasão da Checoslováquia em 1968, que Cunhal apoiou. Como em Portugal isso não podia acontecer, Cunhal dominou as esferas militares através do Melo Antunes, do Rosa Coutinho, do Vasco Gonçalves, do Carlos Fabião e de outros traidores que através de sucessivas promoções e bajulações continuadas através dos jornais. Ele incensava os “heroicos rapazes” que lhe entregavam Portugal e protegiam todos os desmandos que os comunistas cometessem nesse PREC, Processo revolucionário em curso, que só não descambou numa Guerra Civil pior, que a Espanhola em 1936-1939, porque, como afirmei no blogue anterior, Melo Antunes, o outro canalha, demonstrou-lhe que perdia e seria o fim do Partido Comunista e dele próprio.

Cunhal era um cobarde. Amedrontou-se perante a força dos Comandos de Jaime Neves.

Entre junho de 1974 e novembro de 1975 foram presas milhares de pessoas. As ocupações de herdades, as nacionalizações, o fecho e a destruição de empresas prósperas foram às centenas. Como, depois de todos estes irresponsáveis e criminosos atos, Portugal não teria de sofrer de desemprego e miséria?

Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega do 25 de Abril, graduado em General, ameaça fuzilar todos aqueles que se opusessem às suas ordens. Mais tarde apresentou-se a eleições Presidenciais e foi chefe das FP25 que assassinaram 28 pessoas e roubaram milhões de contos.

Portugal estava nas mãos de um bando de idiotas do qual só se livrou por volta de 1986, mas cujas feridas continuam a sangrar devido aos erros clamorosos que acabam por beneficiar os tais oportunistas, tanto da Esquerda como da Direita, que reivindicam direitos adquiridos e todas as benesses recebidas num país descapitalizado e com a maior desigualdade na repartição do rendimento entre os 28 Estados da União Europeia.

O egoísmo cega até os mais inteligentes. Ninguém quer largar uma unha. Portugal navega sem rumo, ao sabor do acaso.

A continuar III

Blog II “Portugal em 1974-75 à mercê do Comunismo internacional”

C.S

publicado por regalias às 06:10
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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2015

Portugal em 1974-75 à mercê do Comunismo internacional

Indiferentes ao seu próprio país, os comunistas seguem os mesmos caminhos que os fanáticos das seitas religiosas.

Os comunistas atraiçoam a Pátria e a família porque são gente incompleta que seguem como rafeiros o Partido dos Trabalhadores do ódio, da frustração e da negação do ser humano.

A sua obsessão é tão grande que mesmo depois da União Soviética ter experimentado as vantagens do comunismo, durante mais de 70 anos, e chegado à conclusão do erro em que tinha lançado o seu próprio povo e o dos outros países com o lema “Proletários de todos os países uni-vos”, acabou com o sacrifício inútil.

Terminada a experiência, que só na URSS causou sofrimento e morte a quase sessenta milhões de pessoas, a clique portuguesa resolveu continuar a mixórdia política que tinha falhado redondamente.

Qual foi então o método que os comunistas portugueses aplicaram para tomar o poder em Portugal e colocar Angola, Moçambique e Guiné sob a influência Soviética antes da Perestroika?

O chefe da trupe, o Álvaro Cunhal, limitou-se a seguir a cartilha Russa para qualquer país onde o comunismo tivesse grandes possibilidades de se enraizar, aconteceu assim no Chile e ia acontecer em Portugal.

Cunhal sabe que para atuar à vontade tem de fazer parte do Governo. Esteve no 1º com Adelino da Palma Carlos e no II, III e IV com o seu camarada Vasco Gonçalves. Ou seja entre 16 de Maio de 1974 a 26 de Março de 1975, o que lhe deu tempo suficiente para infiltrar todos os capangas nos serviços que entendeu desde, a Emissora Nacional, que passado algum tempo passou a Antena 1, Quarteis, Ministérios e até Sociedades Recreativas, ao mesmo tempo que fingia alinhar nas legalidades que lhe eram convenientes.

Cunhal monta o sistema de fidelização dos lacaios a quem impõe uma obediência sem limites. Os chefes são adestrados com um rigor e uma exigência invulgares. Isto vai multiplicar os aderentes depois de os testar com atitudes que os vinculavam ao Partido porque as ações por eles praticadas saíam da esfera da moral e do direito.

A paralisação das empresas onde trabalhavam, sempre que vissem qualquer oportunidade para o fazer, arruinaram milhares de explorações comerciais e industriais porque os cabecilhas dos movimentos estavam já ligados ao Partido Comunista que lhes garantia a sobrevivência colocando-os noutro local, tarefas no próprio Partido ou através de reformas antecipadas.

Cunhal preparou assim a Ditadura do Proletariado que só não deu certo porque o outro traidor a Portugal, Melo Antunes, filho de um comandante da Legião Portuguesa, depois de ter forçado a independência apressada e sem regras das colónias, recuou e convenceu Cunhal a não avançar com a Guerra Civil porque certamente sairia derrotado.

A Continuar II

Blog I “A ralé político-militar enrolou Portugal numa mortalha”

C.S

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Terça-feira, 22 de Setembro de 2015

A ralé político-militar enrolou Portugal numa mortalha

Nada melhor do que um tempo de eleições para recordar, nestes dias, como foi o desfazer de Portugal de todas as glórias e de toda a economia que desde 1974 bate no fundo e afoga, ano a ano, o povo.

Em 1974 Portugal era um País pujante apesar da Guerra do Ultramar. A nossa economia era florescente. A integração nos mercados livres que despontavam na Europa fazia de Portugal um País promissor, de cofres cheios, desenvolvido e em franco crescimento.

A revolução dos cravos, rapidamente murchos, por imbecis, por traidores e por oportunistas atirou com Portugal para o desespero.

Durante algum tempo almocei no Restaurante Mónaco. Tinham-me encomendado um pequeno trabalho e senti que aquela zona à beira-mar me soltava o pensamento. A escrita saía fluente.

Quem ali almoçava todos os dias com a mulher era o Dr. Adelino da Palma Carlos que tinha sido durante quase dois meses Primeiro-Ministro do Primeiro Governo depois da revolução.

O Shegundo Galarza, de vez em quando aparecia lá e encontrei com ele, o Meia-Leca, um dos estudantes mais engraçados e que toda a Academia conhecia. Eles estavam em amena cavaqueira. Apresentou-me o Shegundo Galarza e, para abreviar a narrativa, foi ele que me apresentou ao Dr. Palma Carlos.

Um dia em que ele estava sozinho perguntei-lhe por que tinha deixado o Governo numa altura em que tudo era complicado.

- Complicado? Nem lhe passa pela cabeça! – Disse ele afogueado – e continuou: cheguei à conclusão que não tinha qualquer poder e que só através de um referendo Constitucional que desse a possibilidade de concentrar os poderes presidencial e Governamental seria possível travar todos os desmandos que levariam o país ao caos e à ruina.

- Mas o senhor tinha lá ministros como o Mário Soares, o Álvaro Cunhal, o Pereira de Moura, o Almeida Santos, o Sá Carneiro.

- Pois tinha. Alguns deles conluiados com os militares faziam-me a vida num inferno e exigências próprias de gente manobrada diretamente do estrangeiro e cuja finalidade primeira era fomentar o caos através da pior ralé que existe em Portugal e em seguida fazer precisamente o contrário daquilo que tinha sido prometido ao povo português. O Spínola havia dias que já não dizia coisa com coisa. Quando saí, escolheu o Vasco Gonçalves que até aí parecia um sonso moderado e que depois deu naquele maluco que não colocou o país em guerra civil porque não calhou.

Um dia conto-lhe em pormenor tudo que passei. Mas tenho de pensar maduramente se o devo fazer. O relato é do pior e do mais sórdido por que um Primeiro-Ministro alguma vez passou. A continuar como vamos, Portugal acabou como país independente. Está enrolado numa mortalha.

A continuar I.

C.S

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Segunda-feira, 21 de Setembro de 2015

Socialismo imposto à força trazia água no bico

A Constituição portuguesa enferma de vários erros. Hoje lembramos o mais clamoroso: a via socialista que arrastou todos os outros e tornou Portugal quase ingovernável.

A via socialista imposta pelo Partido socialista-marxista, pelo Partido Comunista e pelo MFA não seria nada de extraordinário se aqueles que se arrogam de socialistas praticassem o socialismo: uma verdadeira distribuição de riquezas e o predomínio da sociedade sobre o indivíduo, mas não aquilo com que toda a sociedade é confrontada e que os socialistas e os do MFA impuseram por norma. Eles vivem todos na abastança. A grande maioria aproveitou-se dos cargos que imediatamente dividiu entre os amigos. O povo socialista vive sempre na esperança que algum dia as migalhas lhe hão de bater à porta.

O socialismo não se impõe, pratica-se.

E era de prever que este socialismo Abrilista trouxesse água no bico porque a própria revolução nunca pensou em ideais democráticos ou algo parecido, aquilo que os valorosos capitães reivindicavam eram benesses militares para o quadro permanente das Forças Armadas, que depois transformaram noutro projeto devido ao maior traidor português, Melo Antunes, isto nas palavras do General Spínola. Foi o Melo Antunes que levou os valentes heróis a declarar que tinham feito a revolução para acabar com a Guerra Colonial.

Toda esta fraqueza e inconsciência militar é aproveitada por Soares e Cunhal que fizeram o que entenderam do povo que ingenuamente acreditou neles e por isso está neste momento a amargar todos os vivas a quem, se pudesse, até o pão da boca lhe tirava. Mas isso não obsta que o Costa fale em instabilidade. Escondendo quem foi o verdadeiro motor da instabilidade desde os primeiros dias da revolução.

O Costa, ao chamar ao Partido Socialista uma referência de confiança, esqueceu-se do prefixo. Ele queria dizer desconfiança, mas não resiste à mentira como qualquer socialista que se preze e tenha antes passado pela escola Comunista ou social-fascista como os do MRPP insistem em dizer.

Aquela é a escola onde nunca se erra. Como diz Maria de Fátima Bonifácio “podem perpetrar o Mal à vontade, sem limites nem escrúpulos de qualquer ordem”.

E o povo? Deixa-se levar à arreata, manso e teimoso, servindo de capacho aos camaradas socialistas que, prometendo o que não podem dar, sempre vão ter, durante mais umas décadas, quem os sirva sem conseguir raciocinar que os filhos e netos continuarão a vida dura porque não seguem o conselho do bondoso Soares: “ só os burros não mudam de ideias”.

C.S

publicado por regalias às 06:50
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