Muito antes de Portugal ser gente já os Romanos que por aqui andavam garantiam a pés-juntos que o povo que vivia nestas paragens não se sabia governar nem deixava que o governassem.
Passados alguns séculos quando o rei Afonso VI de Leão entregou a nesga de terreno a Henrique de Borgonha, como prenda de casamento com a sua filha bastarda Teresa de Leão, este e a mulher souberam tirar partido dessa sua vontade de cada um fazer o que mais lhe agradava para os incitar à independência e criar um reino alargado. Foi o que veio a acontecer com o filho, D. Afonso Henriques.
Os reis conhecedores deste temperamento independentista muitas vezes castigaram os grandes senhores por tentarem submeter estes indomáveis. Quando da crise de 1383-1385, o rei de Castela, apoiado pela rainha Leonor Telles reclamou o reino porque estava casado com D. Beatriz filha de D. Fernando e de Leonor Telles.
O reino, por direito, pertencia à mulher, mas o povo aparentemente mais fraco e em muito menor número do que os de Castela, juntou-se a D. João, filho bastardo de D. Pedro I e convenceu-o a desfazer-se do amante da Rainha viúva. Este vai ao paço e mata-o a punhaladas. A rainha e muitos nobres fugiram para Castela. O rei de Castela invade Portugal com um exército cinco ou sete vezes maior que o nosso e muito melhor armados. Os portugueses derrotam-nos na célebre batalha de Aljubarrota.
Este temperamento voluntarioso e irresponsável faz que tendo um território mais que suficiente, o tamanho era o de hoje, mas só com um milhão de habitantes, eles aí vão mar fora buscar terreno e riquezas.
É um povo permanentemente insatisfeito e, por esse motivo, dificilmente governável.
Aquilo que acontece nos nossos dias com este jogo de palavras entre o António Costa, a Catarina e o Jerónimo, de um lado, e o Passos e o Portas do outro é ainda o resquício da estagnação dessa tendência em alguns espíritos que por falta de poder usam a dialética para confundir o povo e cativar aderentes, mesmo sabendo que do seu lado só têm a massa ignorante ou os agentes interesseiros que ganharam fortunas depois de terem desfeito o País organizado que existia pelo país menor onde vivemos.
Esta crise pós-eleitoral pode dar origem a uma devassa profunda sobre como foi dirigido o país nestes 41 anos, como foram gastos os milhões que existiam e como foram gastos os milhões que vieram de Bruxelas para compensar o abandono dos campos, o abate dos navios e as fictícias ações de formação.
Com todo este imbróglio por ambição dos incapazes, ao Cavaco ainda lhe dá o treco.
As próximas eleições terão de clarificar a posição dos portugueses.
Esta pertinácia irresponsável é o sinal evidente do estertor de Portugal como país independente.
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C.S
Deixar o Seguro a marinar durante um ano e o comer, depois de lhe garantir fidelidade, é de Costa.
O Costa apunhalou o Seguro.
A traição em Portugal paga-se cara. O Costa não percebeu isso e perdeu escandalosamente as eleições que lhe estavam garantidas à partida.
Espantado pelo insucesso tomou um Xanax foi até à retrete e descarregou sobre todos os conselheiros que lhe aplaudiram a vitória antecipada.
Naquela casinha onde todo o fraco faz força, o Costa voltou aliviado. Convocou o conselho dos cagões que não deram o braço a torcer. Presunção foi coisa que nunca mais lhes faltou desde o dia que enriqueceram de repente ao vender o país como entenderam e apoiaram outros que se foram governando de maneira mais visível num Estado permissivo que deixava roubar em nome do povo, assaltar em nome do povo, destruir em nome do povo, ocupar em nome do povo, cercar em nome do povo, insultar em nome do povo, prender em nome do povo, assassinar em nome do povo, e tudo sob a proteção dos heróis da revolução e dos Tribunais Revolucionários, que prejudicaram o povo.
O Costa comeu o Conselho com facilidade, e sentiu-se mandatado para comer a Catarina e o Jerónimo.
A Catarina não viveu os tempos das suas bases, quando a UDP (Unidos Dividiremos as Pratas) saquearam a embaixada da Espanha e o Palácio Nacional da Ajuda sob a capa da deflagração de um incendio que nunca foi investigado. Arderam 500 quadros, alguns dos quais foram vendidos em Paris pelos revolucionários que a partir daí nunca mais deixaram de viver em revolução permanente. A Catarina não sabe nada disto e é muito ingénua. Em vez de pensar, meditar, estudar, aceitou o buraco negro onde o Costa a quer meter para entrar no espetáculo e acabar o Governo a golpes de mentira apalavrada.
O Jerónimo é mais duro de roer. Sabe toda a infâmia onde o seu Partido esteve metido. Para fazer a vontade ao Costa não ia engolir sapos, mas muita bosta. Tudo está registado, o Partido Comunista seria virado e revirado de todos os lados e o Jerónimo já não tem cabedal para aguentar a afronta e os enxovalhos.
O Jerónimo não acredita no Costa. O tipo é bipolar é bipolar, bi bi bi, como diz a canção. O melhor é deixá-lo espernear ao lado do Soares, do Alegre e do Almeida que estão habituados a transformar as derrotas em vitórias democráticas sempre a favor dos socialistas bem instalados na vida e com explicações convincentes para todos os que teimam viver no engano.
No teatro anuncia-se uma tragédia negra. E, se não fosse o povo o grande sacrificado, todos pagávamos para ver até onde vai a ambição do homem.
Anterior “O saber e a doçura das mulheres portuguesas”
C.S
A evolução do mundo é interessante, mas quantos sacrifícios e sofrimentos comporta?
A história portuguesa até começa bem, com uma mulher decidida e determinada, D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques. Depois da morte do marido lutou pela independência do bocado de terra onde havia de crescer Portugal, tomou o título de rainha, e iria longe se o filho, pressionado pelos fidalgos não lhe tivesse tirado o Governo já que vivia maritalmente com o fidalgo Galego Fernão Peres de Trava.
Outra mulher que sobressai pela bondade do seu coração e pela intervenção política junto do marido, D. Diniz e do filho D. Afonso IV, devido às constantes desavenças entre um e outro é a Rainha Santa Isabel.
A mulher que rasga as convenções do seu tempo é Leonor Telles. Casa com o rei depois de já estar casada e causa algum desconforto na sociedade. Era uma Carla Bruni, antes do tempo. É mulher inteligente e desinibida o que mostra a desenvoltura e a confiança em si.
A mulher portuguesa só não ganha mais pujança, não porque o homem a subjugue, mas porque a sua doçura maternal deixa a política aos homens.
E avançamos com as mulheres de espírito, cultas, D. Filipa de Lencastre, mulher de D. João I, mãe da chamada Ínclita Geração pelo valor e cultura que os filhos demonstraram e dos quais se salientam D. Henrique, D. Pedro, D. Duarte, D. Fernando.
As mulheres de armas. Uma D. Filipa de Vilhena que arma os dois filhos para a revolta de 1640 ou da Restauração e D. Luísa de Gusmão que incita o marido, o futuro D. João IV a aceitar a proposta dos conjurados e sacudir os esbirros espanhóis que começavam a ganhar raízes.
Na Primeira República distinguem-se Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo. Esta última não vergando à prepotência masculina da Democrática e caótica República conseguiu ser a única mulher a votar, o que não voltou mais a acontecer.
Na Segunda República – Estado Novo, a mulher adquiriu o direito de voto, e imediatamente na Assembleia Nacional se distinguiram três mulheres: Maria dos Santos Guardiola, Domitília de Carvalho e Maria Cândida Parreira.
Nesta Terceira República tive o prazer de conhecer e apoiar com uma intervenção na Assembleia da República Maria de Lurdes Pintasilgo, mulher inteligentíssima e respeitada em toda a Europa. Foi Primeiro-ministro e foi pena que não tivesse ganho as eleições para Presidente da República. Agora temos quatro candidatas: Graça Castanho, Manuela Gonzaga, Maria de Belém e Marisa Matias.
Portugal bem precisa de um perfume de mulher para suavizar as tensões que se advinham e travar a queda no abismo.
Anterior “Varoufakis não brinca em trabalho. Lição aos jovens”
C.S
Na “Visão Global”, o extremista-radical Cutileiro, quando fala de Putin, fica sem freio. Mas não deixa de ter graça e dizer, às vezes, algo acertado.
Quanto a Putin acho que ele erra totalmente quando tenta fazer dele um monstro e Obama um santo. Na semana passada chamou-lhe banana. Mas Obama santo ou banana para mim é muito mais violento que Putin. O Obama pratica o ato quase desde a entrada na Casa Branca, enquanto Putin só o faz quando a Rússia e os cidadãos russos estão em perigo.
Obama tem ações confirmadas na Líbia e na Síria o que levou à crise humanitária que o mundo está a viver. Síria, Líbia e Europa são vítimas.
Mas o Cutileiro por qualquer carga de água resolveu apoiar o santo de pau carunchoso e desfazer Putin.
O Cutileiro, ontem resolveu chamar tonto a Yanis Varoufakis, ex-ministro Grego e Professor Universitário de mérito, que deu uma entrevista ao “Expresso” e falou na Lusa-Atenas.
Varoufakis é um homem muito inteligente. Vê o futuro a anos de distância ao contrário do Cutileiro que não acredita na sua inteligência e juventude irreverente, mas plena de bom senso.
Varoufakis que veio a Portugal fazer o discurso, na aula inaugural dos programas de Doutoramento no Centro dos Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, fê-lo com a simplicidade e naturalidade de homem de grande saber e ponderação não só pela dissertação como pelas respostas que deu às perguntas, feitas antes e depois, da oração.
Na altura em que ele foi ministro das Finanças da Grécia segui com atenção as suas idas a Bruxelas. A maneira como defendeu a ideia de que o modelo a aplicar na Grécia estava errado e que a vítima era o povo deixou-me a pensar. Como não sou economista fiquei pelas palavras.
Desta vez Varoufakis avançou afirmando que é necessário um novo modelo de política pois o mecanismo de estabilidade europeu usa instrumentos financeiros como o Lehman Brothers usava para se financiar e que existe desunião bancária na Europa.
Varoufakis vai mais longe advoga urgentemente a criação dos Estados Unidos da Europa.
Aponta o livestreaming (transmissão em direto pela Internet) das reuniões do Eurogrupo (reunião mensal e informal dos ministros das Finanças), e a publicação de todos os documentos das negociações com os Estados Unidos da América sobre o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, além de analisar a dívida pública, a crise bancária, a pobreza e a falta de investimento para que uma nova Europa acabe com os tratados irracionais.
Acredito que Varoufakis não brinca em trabalho.
Anterior “Bibliotecas escolares no Estado Novo e ambiente”
C.S
Desde que entrei para escola primária em 1942, hoje ensino básico, sempre pude folhear e ler livros que o Professor José Manuel Landeiro tinha num armário, com portas de vidro, com a altura de pouco mais de um metro e meio e com a largura, talvez de um metro.
As crianças podiam tirar sempre livros, mas tinham de escrever o nome do livro, o seu e a data num pequeno papel, com o tamanho de um cartão-de-visita.
O Zé Manel, como nós o tratávamos, sem ele presente, duas vezes por semana fazia sempre as mesmas recomendações:
- Quem quiser tirar livros do armário tem de escrever sempre o seu nome, as mãos lavadas para não os sujar e cuidado para não os estragar. Quem não perceber o que lê ou me pergunta ou escreve a pergunta e coloca em cima da minha secretária.
Foi Biblioteca que cresceu até à quarta classe. Ao princípio só tinha duas prateleiras e meia completas, no último ano, ainda não estavam cheias as seis prateleiras, mas já estava bem composta.
Em 1953 havia bibliotecas em todas as escolas, com dezenas de temas úteis e interessantes desde o desporto, apicultura, árvores de fruto, jardins, histórias de vida, poetas, navegadores, família, puericultura etc.
Quando entrei para o Liceu Nun’Alvares em Castelo Branco a Biblioteca era enorme, aí encontrava sempre o José Joaquim Delgado Domingues agarrado ao que poucos liam: os livros de ciências e de física.
Quando chegou esta democracia de esquerda menor, espanto dos espantos, o Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, Rui Grácio, ordenou que fossem destruídos pelo fogo muitos dos livros anteriores ao 25 de Abril. Foi a maneira que encontrou para os portugueses perderem a sua identidade.
Pior do que a Inquisição, com esta bestialidade podia adivinhar-se o que iria acontecer a Portugal e aos portugueses.
Lembrei-me deste assunto porque em Óbidos e integrado no Festival Literário vai ser debatido o futuro das bibliotecas escolares e programas afins.
Outro assunto interessante e importante é o chamado Dia das Bandeiras Verdes promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa, ABAE, destinado a apoiar o desenvolvimento na área da Educação Ambiental e a que Torres Vedras e Lousã aderiram com sucesso.
No Estado Novo através da Mocidade Portuguesa, os jovens eram incitados a cuidar do ambiente, a criar jardins, a proteger plantas, flores e animais. Todos os anos nos acampamentos eram citadas as escolas onde a proteção ambiental era mais visível.
O gosto pela limpeza e pela beleza foi sempre incentivado de maneira natural. Milhões de portugueses ainda hoje se lembram dos jardins ao longo das Estações do Caminho-de-ferro e que eram um deleite para aqueles que viajavam nos comboios e um orgulho para quem tratava desses jardins.
Não custa nada viver feliz quando todos contribuem para o bem-estar e para a felicidade.
Anterior “O Golpe e a subida ao Céu da Catarina e do Jerónimo”.
C.S
Esta monótona chatice onde os portugueses morriam lentamente de tédio, desconfiança e falta de dinheiro, muitas promessas e muita demagogia acabou até os funcionários públicos perceberem que não ganharam nada com o negócio e o regime de atualização das pensões ficará para as calendas gregas.
Tudo vai caminhar para pior até que um maluco qualquer dê com os burrinhos na água e volte a maluqueira de pantanas.
O Costa, conhecido golpista, invocou Shiva e convocou a Catarina e o Jerónimo para a dança mortal que os transformará depois da purificação em cordeirinhos ternos e obedientes que Cavaco, Ferreira Leite e Vital Moreira aceitarão de boca aberta, entusiasmados com a surpresa e louvarão o mágico enquanto não atingir o clímax das tropelias.
Logo que despertem depois do deslumbramento causado pelo estupor, estes descrentes terráqueos voltarão a apontar setas ao inventor de promessas pós campanha eleitoral, sem ter qualquer intenção de as pagar.
O Costa do Largo do rato, tal como o homónimo roedor, da ilustre família dos Murídeos, está-se marimbando para os incréus e continuará a levar pela mão a Catarina e pela penca o Jerónimo até à porta do sacrário onde as mentiras são perdoadas e os loucos transformados em artolas com o escândalo dos apaniguados que não acreditam nas simpatias do Costa.
O povo indiferente vê deliciado como em segundos é possível a um ilusionista hipnotizar duas feras e levá-los à degola das ideias e das lutas.
Portugal prepara-se para entrar no ciclo da luz que há 41 anos espera passando pelo buraco negro de mais 20 anos de sofrimento.
O Costa é o Salvador e o terror dos descrentes. Os seus avalistas, o Jerónimo e a Catarina são o garante que acabaram as greves, as manifestações e a calaceirice. Já negoceiam campos de trabalho mental numa ilha Grega, todo o dia à torreira do Sol, sem fazer nada e com direito a tudo quanto imaginarem. São mais 20 anos de papo para o ar, podendo fazer as greves que entenderem deitando-se sempre para a esquerda. Só não podem sair da ilha.
Os que por cá ficarem têm muito para se entreter. Como acaba o leite, o mel e os milhões da União Europeia há muita terra para semear, plantar, colher. E o mar? Nunca houve tanto mar para lavrar, pescar e nadar.
Com o Costa a subida ao Céu está garantida. Ele transfigurou a derrota na vitória prometida. Já proporcionou a saída do animal feroz da gaiola e os professores em vez de serem avaliados, vão avaliar. O Costa é um génio!
O Costa transformará a água da chuva em vinho, a falta de dinheiro em diarreia monetária, a fome em fartura e a sensatez em loucura.
Com o Costa, o Jerónimo, a Catarina, Shiva e a Nossa Senhora de Fátima, Portugal volta a ser um paraíso.
Anterior “Portugal país da mentira e do faz-de-conta”
C.S
A comparação do Estado Novo com esta bagunça desmascara claramente estes democratas sem escrúpulos que insistentemente têm atirado Portugal para as bocas do mundo e para as mãos dos agiotas internacionais que cobrem as sucessivas bancarrotas e o enriquecimento infame e injustificado de políticos e militares quando o povo vai definhando em cada ano que passa.
O aproveitamento de um momento de doença e de fraqueza de Marcello Caetano para que ele permitisse o arremedo da revolução do 25 de Abril e criasse centenas de infra - heróis, hoje todos Coronéis e Generais que proliferam como piolhos em cabeça de pobre.
A mentira do país mais livre e mais próspero está à vista de todo o mundo. E começa tudo com o roubo das herdades, o sequestro e a prisão de empresários sob a proteção das Forças Armadas.
Empresários que, durante muitos anos e com muito custo, levantaram Portugal depois da miserável Primeira República, que de igual modo deixou os pobres paupérrimos, o país sem estradas, sem portos, sem hospitais mas com os políticos ricos e que tudo tentaram para continuar alapados nas cadeiras do poder onde para eles o dinheiro nunca faltou.
Com estes aconteceu, praticamente, o mesmo salvo para meia dúzia que tentou governar sem grande sucesso.
É o país do faz-de-conta garantindo que não havia liberdade, que não produzia, que as pessoas não eram felizes, que não riam, que não tinham teatros, cinemas e escolas. O desmentido está nos milhares de judeus e de outras nacionalidades que aqui encontraram abrigo no período complicado da Guerra de Espanha e da Segunda Guerra Mundial e aqui verificaram como havia de tudo porque havia regras, porque toda a gente trabalhava, poupava e os governantes tinham uma estratégia definida. Os desvios dos dirigentes eram punidos caso não ressarcissem os cofres do Estado pelo dolo cometido.
Hoje com três bancarrotas, com políticos milionários, de um dia para o outro e povo desesperado, a palhaçada continua.
Assistimos a algo inaudito: todos os Partidos estão à compita para abocanhar o poder. Até os da extrema-esquerda ao verificarem que no tacho a comida pode acabar, puseram de lado os pruridos escondidos e todos se atiram ao osso como cães esfaimados, pouco se importando se, com as suas atitudes, os 700 mil milhões de dívida passem a 1400 milhões e todas as promessas não sejam mais que ilusões desde que eles atinjam os seus objetivos sem cuidar das consequências que, por inesperadas, assassinaram o Rei D. Carlos e, cúmulo dos cúmulos, Machado dos Santos, o único a quem estes republicanos de pacotilha e bolsos cheios devem a fundação da República em 5 de Outubro de 1910.
Anterior “Costa no poço da morte com dois pneus furados”
C.S
Se Portugal não estivesse preso por arames e os portugueses aguilhados nas partes fracas, o espetáculo que o funâmbulo Costa proporciona serviria para divertimento, estudo e preocupação.
Divertimento porque o homem tal como o funâmbulo, espécie de esquilo indiano, a que a palavra também nos remete, ou a indivíduo inconstante, imprevisível no sentido figurado, não deixa de ter a sua graça. Ele próprio se diverte com as ideias, como as manipula, como deixa os interlocutores confusos sem saber se o mandam abaixo de Braga ou lhe viram as costas. Os assuntos são demasiado sérios e o país demasiado frágil para se aguentar até com pequenos abalos ou elucubrações espontâneas e nada vinculativas, mas que causaram um rombo imediato no mercado bolsista de quase dois mil milhões de euros quando a Catarina disse que o governo de Passos e Portas acabou.
Este suspiro foi pago a peso de ouro. Em todos os Partidos a situação é preocupante. Os do PCP não acreditam no que está a acontecer. É o fim do sonho igualitário e das mil promessas do Cunhal, dos Vascos e dos Jerónimos. A frente unida que mantém o PC entre os 7 e os 8 por cento está prestes a ruir.
Revoltam-se contra a neurose do Costa que antes era considerado um delinquente mental. Depois das eleições e com o choque inesperado entrou em delírio de grandeza. Já se imagina um novo Napoleão capaz de enfrentar Bruxelas.
A inteligência do Costa atingiu grande efervescência. O Passos já o mandou passear, mas a Catarina e o Jerónimo podem endoidar e, de repente, subindo ao campanário o desçam de cambulhão.
Fiquei contente quando nenhum dos Partidos teve a maioria absoluta. Era a grande oportunidade para todos se unirem apesar das suas diferenças. O Costa surpreendeu-me e achei-lhe graça. Gosto de pessoas inteligentes, estejam elas no Partido que estiverem. Nunca pude com o Cunhal. Nunca o considerei inteligente. Era um tipo frustrado com uma ideia fixa: destruir para construir não sabia o quê. Cunhal era esterco.
Costa pode não ter cariz, mas neste momento ele leva dois meninos às costas nas voltas do poço da morte, com pneus furados. A sua capacidade supera-o. Ele sabe que para vencer tem de os reduzir a zero.
O Jerónimo já deita comunismo pelos olhos e só espera ser substituído, mas não gosta de ser tomado por parvo. A Catarina ainda tem muito para aprender e o Costa arranjou um trinta-e-um que me obriga a ouvir os noticiários do dia e da noite imaginando os pesadelos de Cavaco e as maquinações do Costa para sair da camisa-de-onze-varas em que está metido, em que meteu o Partido Socialista e em que pode meter Portugal.
Anterior “União Europeia ou União de insignificantes mentais?”
C.S
Asquerosa, inqualificável, deprimente são os adjetivos que melhor definem esta impudica União Europeia que blasonando inteligência, cultura, poder não passa de um conjunto de gente vulgar que assina de cruz tudo quanto Obama lhes ordena.
O desplante com que exigem à Rússia que deixe de apoiar o Presidente sírio, Bashar-Al-Assad, para ele ser assassinado pelas forças ocidentais é do mais sórdido que alguém no seu perfeito juízo possa compreender.
Estes insignificantes mentais, impróprios de gerir qualquer chafarica, mal albardada, querem impor à Rússia que deixe cair um país amigo, com a finalidade de eles o destruírem e matar quem entendam.
Em que mundo vivemos? Tudo começa com a intervenção do George W. Bush e do Tony Blair no Iraque, depois de terem inventado uma mentira monumental que humilhou todos os Iraquianos.
Viram-se vídeos em que os carrascos passeavam os prisioneiros, todos nus, como se fossem cães.
Num vê-se uma mulher horrível, de cigarro na boca e com um Iraquiano à trela e outros boçais como ela ufanos do serviço canalha que prestavam a outros mentecaptos semelhantes, mas cujo tino não andaria longe dos chefes da União Europeia que pretendem dar ordens à Rússia, pensando-se respaldados pela NATO e esquecendo que tudo começa por culpa do Bush americano e do Blair inglês e o despertar do Estado Islâmico.
Os da União, surdos e cegos mentais não estão minimamente preocupados com o que os seus parceiros da infâmia, Sarkozy, Cameron e Obama, cometeram em seguida sobre a Líbia um país rico e organizado, matando, destruindo, assassinando o próprio Presidente Muammar Khadafi em direto para as televisões como se aquilo fosse um filme de divertimento. Bem pelo contrário, foi o mais hediondo filme de terror que o mundo observou.
Os da União Europeia ou endoideceram todos ou o mundo está prestes a acabar e pouco se importam em exigir o que ninguém em seu perfeito juízo pode exigir e muito menos em colaborar na destruição da Síria tal como fizeram com o Iraque, com a Líbia e com todos os países árabes onde tentaram implementar as Primaveras árabes. Nestes, foram travados por dirigentes que compreenderam a finalidade dos Estados Unidos e dos seus parceiros europeus que ou estão todos gagás, ou doidos quando conhecendo o efeito de todas estas mortes e destruições e sofrendo a invasão imparável dos fugitivos das zonas atacadas continuam indiferentes ao que acontece e ainda se dão ao destempero de ameaçar Putin e os Russos.
É por este motivo que a União Europeia se vai desmoronar.
Foi por uma Europa e um mundo em paz que Konrad Adenauer, Winston Churchill, Alcide de Gasperi, Henri Spaak, Altiero Spinelli, Johan Beyen, Sicco Mansholt, Joseph Bech, Walter Hallstein, Jean Monnet e Robert Shuman se uniram, não foi para fazer o que estes bonifrates que nos governam tentam fazer: destruir e latir como rafeiros que obedecem à voz do dono.
Anterior: Cartoon da derrapagem do Costa e queda no precipício.
C.S
Correndo o risco de ter denunciado o cartoonista Henrique Monteiro, instalado nas catacumbas da página do SAPO, e deste modo ter atiçado contra ele o irascível Costa, que pode alargar a fúria aos outros jornalistas e a todos cortar a língua, as mãos e o pensamento, não resisti a saudar a qualidade de um trabalho que pede meças aos psicólogos e psiquiatras instalados nas suas redomas e que não acodem ao António e lhe dizem para pensar um pouco antes de falar e um pouco mais antes de escrever.
Que País! Com centenas de psicólogos a roçarem-se pelas esquinas não colocaram naquela pequeníssima e bem armadilhada Constituição um articulado sobre a obrigatoriedade de cada Deputado ter ao lado um psicólogo e um psiquiatra.
Se isto tivesse sido estatuído todos os atropelos teriam sido minimizados.
Não nos podemos queixar muito. Se os compararmos com os ministros palhaços que vão a Bruxelas venerar submissos e obrigados os Estados Unidos e gritar contra quem ajuda um Governo legítimo na Síria a defender-se e a recuperar território perdido para terroristas que decapitam e fuzilam quem lhes aparece pela frente, neste caso, os nossos Deputados ainda não chegaram a tanto.
Mas deixemos as mazelas das asneiras do Soares: a precipitada descolonização e a pressa como nos meteu naquela embrulhada de Bruxelas, de que não nos conseguiremos livrar nas próximas décadas.
É por causa dela que o Costa nunca se ligará à Catarina e ao Jerónimo. Tanto um como o outro estão contra o disparate que foi oferecido a Salazar desde 1962 e a Caetano e tanto um como outro recusaram porque era a submissão, a perda de liberdade, que Cunhal e Soares tantas vezes e tão mentirosamente diziam que não existia. Não existia para quem matasse, roubasse ou fosse corrupto. O povo fazia, dizia, ria e divertia-se como entendia. E hoje? Anda tudo com cara de sexta-feira-santa.
O Costa, que não cora de vergonha, não tem pejo em enganar a Catarina. Para o Jerónimo, como diz o povo, vai de carrinho e na primeira curva com sinal de derrapagem aí se estatela o palavroso.
Ainda pensei que a Catarina usasse a inteligência e a psicologia feminina para saber que, com o Costa não ia a lado nenhum. E se fosse, dentro de oito meses não haveria dinheiro para pagar a funcionários públicos e as despesas correntes.
A Catarina convenceu-se que o aumento de Deputados no grupo se devia ao seu carisma. Erro. Deveu-se a grave falha do PS no Porto. Os do Norte são gente viril. Respeitam as tendências de cada um, mas se podem mostrar o desagrado fazem-no sem ferir a suscetibilidade das vítimas.
Por aqui me fico. Desiludido e mais triste. Portugal não merecia isto.
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