Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2017

A crise de 1383-1385. Portugal à beira do desastre

Depois da morte de D. Fernando, Portugal esteve a um passo de regressar à Galiza. Foi a chamada crise de 1383-1385.

Valeu o povo que detestava a rainha que tinha trocado o marido pelo Rei, ser intriguista e amante do fidalgo Galego João Fernandes Andeiro.

Alguns dos homens mais cultos do País reúnem-se para escolher um rei português. João das Regras é nomeado Chanceler-Mor e demonstra que D. João, Mestre de Avis é que deve ser rei. Este D. João era filho bastardo de D. Pedro I e D. Teresa Lourenço.

Entretanto D. Beatriz, aos onze anos, casa com o rei de Castela. Este, por direito e a mulher seriam reis de Portugal.

Mas Leonor Teles sabendo das intenções de alguns burgueses quererem o Mestre de Avis como Rei, manda-o como Fronteiro (comandante) para a raia do Guadiana. O Mestre finge que obedece, regressa de surpresa ao Paço e encontra Leonor Teles com o amante. D. João chama-o de parte e mata-o.

Os defensores da causa portuguesa espalham pela cidade de Lisboa que queriam matar o Mestre, o povo acorre em massa. Leonor Teles foge para Santarém e chama o genro. Este entra em Portugal com um enorme exército que não é impedido de avançar porque muitos nobres devido ao seu compromisso de honra tinham de obedecer à rainha.

Os Castelhanos cercam Lisboa por terra e mar durante sete meses. Quando tudo parece perdido recebem a notícia que o Porto os apoia incondicionalmente. Lisboa resiste e um providencial surto de peste dizima milhares de inimigos e também a jovem rainha é atacada pelo mal. O marido levanta o cerco a Lisboa, mas envia um exército para o Alentejo. É a batalha de Atoleiros. Os Castelhanos são totalmente desbaratados por uma força inferior, comandada por D. Nuno Álvares Pereira.

Em 1385 nas Cortes em Coimbra D. João, Mestre de Avis, é aclamado rei.

A bela vila Alentejana dá nome à Ordem e à segunda Dinastia.

Hoje o Mestre da Ordem de Avis é Marcelo Rebelo de Sousa.

Portugal entrou em grandes dificuldades criadas pela ambição de um rei inteligente, volúvel, precipitado, sem uma mulher que o amparasse e a quem o povo nunca perdoou a falta de dignidade.

D Fernando começou mal o Governo do País. Só o rei seguinte, D. João I, consegue ir além do que a força alcança, mas com muito sacrifício, muita vontade e uma mulher, D. Filipa de Lencastre, que o apoia e o presenteia com a Ínclita Geração que vai dar a Portugal honra e glória.

 

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C.S

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Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2017

Da riqueza às preocupações por culpa da leviandade

Falámos ontem em Pedro I e Marcelo II.

Por sugestão de um amigo, muito inteligente, mas sempre predisposto ao contraditório, desafiou-me a continuar História.

Façamos-lhe a vontade, a bem de Portugal e do futuro.

A D. Pedro sucedeu o filho D. Fernando, homem voluntarioso e irrefletido.

Mal subiu ao trono envolve-se em Guerra com Castela reclamando-se herdeiro daquele país. Os exércitos de um e de outro lado invadem terras e saqueiam povoações. D. Fernando promete casar com D. Leonor de Castela, mas apaixona-se por Leonor Teles, mulher casada com João Lourenço da Cunha. Casa com ela. O povo não gostou da leviandade.

D. Fernando, com o dinheiro deixado pelo pai e boa administração mandou construir muralhas em volta de Lisboa e Porto, reparar, construir castelos e manter um certo bem-estar.

Como a Peste Negra continuava a grassar e os centros urbanos se despovoavam mais do que os do campo, os camponeses largavam-nos e iam para as cidades onde se ganhava mais. D. Fernando publica a Lei das Sesmarias para evitar o exôdo rural e a consequente falta de bens agrícolas.

Quem não acatasse a lei, a terra era expropriada e entregue a quem a quisesse cultivar. Ao mesmo tempo, todos os que não tivessem trabalho; os vadios e os falsos religiosos eram obrigados a trabalhar na agricultura.

Aos agricultores com dificuldades era-lhes fornecido gado.

Isto fez que o País se autoabastecesse.

Em 1373 é assinado com Inglaterra a Aliança Luso-Britânica e em 1375 é instalado no Castelo de S. Jorge o Arquivo Nacional ou Torre do Tombo.

Devido ao grande incremento da marinha é criada a Companhia das Naus, que funcionava como Companhia de Seguros. Lisboa tornou-se um porto cheio de embarcações e mercadores vindos de todo o mundo.

Os construtores de barcos estavam autorizados a cortar nas matas reais a madeira sem pagar qualquer quantia e os apetrechos marítimos ficavam isentos das taxas alfandegárias.

Em 1383 Lisboa é iluminada com alguns candeeiros de azeite.

Nesta data morre o rei com 38 anos crivado de amargura e altamente preocupado pela situação em que deixa Portugal.

A filha única de D. Fernando, D. Beatriz, vai casar com o rei de Castela e isso põe em causa a independência de Portugal.

O Rei português começou o seu reinado invadindo Castela e reclamando este reino para Portugal; o contrário, os portugueses não aceitam.

O que pode acontecer ao povo e ao País quando o Rei é inteligente, mas a cabeça não tem juizo? Esperemos pelo próximo Blogue.

 

Anterior “Pedro I e Marcelo II nos afetos e na vontade”

C.S

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Terça-feira, 24 de Janeiro de 2017

Pedro I e Marcelo II iguais nos afetos e na vontade

Pedro I governou Portugal durante dez anos, 1357 a 1367.

Desde a fundação do reino em 1140, Portugal nunca tinha conhecido um tempo de paz e prosperidade como durante este período. Pedro I percorria constantemente o País auscultando o povo, sabendo das suas carências, fazendo justiça e resolvendo os seus problemas.

Ele foi o iniciador das Presidências abertas.

Nos locais mais complicados, fixava residência, o tempo que fosse necessário e despachava os assuntos do Estado.

A sua bonomia e firmeza são lendárias. Tendo sucedido ao pai, Afonso IV, em cujo reinado foi morta a mulher amada, Inês de Castro, este homem bom e de afetos não descansou enquanto não apanhou os assassinos, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves a quem arrancou o coração pelo peito ao primeiro; e pelas costas ao segundo. Diogo Lopes Pacheco escapou e ainda há descendência dele na política atual.

Mas também ao seu maior amigo, um escudeiro que tinha assassinado um judeu, com lágrimas a caírem-lhe abundantemente, o fez matar, não cedendo aos pedidos de clemência que lhe chegavam de todos os lados.

Pedro I foi por esse motivo apelidado pelos mais abastados de Cruel, e pelo povo de Justiceiro.

A Igreja detestava-o. O Papa era uma entidade poderosíssima, a que todos os reis obedeciam. D. Pedro não lhe deu confiança e decretou, através do Beneplácito Régio, que nenhum documento emanado da Cúria Romana tinha qualquer validade sem a aprovação do rei.

Os cofres do Estado encheram-se apesar da Peste Negra ter assolado Portugal. Como não houve guerras, nem exércitos, nem distúrbios que sorvessem os dinheiros públicos, quando morreu os cofres estavam cheios. O povo nunca mais o esqueceu. Repousa frente a Inês, no Mosteiro de Alcobaça, em dois dos mais belos túmulos do mundo.

Lembrei-me de comparar Pedro I a Marcelo II. Digo segundo para o distinguir de Marcello I que facilitou o Golpe do 25 de Abril, julgando que Spínola e Costa Gomes conseguiriam descolonizar sem que os descolonizados e os portugueses, que viviam nas colónias, não sofressem, os primeiros, as guerras civis que mataram mais de quatro milhões de indígenas e os portugueses saíssem de lá sem serem ressarcidos pelos países fabulosos que deixaram, fruto do seu trabalho e dos seus afetos.

Marcelo I pode ser o Homem que Portugal necessita. Tem vontade, é inteligente, mas o país contínua de rastos.

Nada é impossível. Nem é necessário fazer sangue. É preciso ser firme; ponderar todos os assuntos, incitar ao trabalho e lutar na Europa a 27 por um Portugal de afetos naturais, sol, sonhos, calor e mar que funcionará como um local de paz, segurança e férias para todos os europeus.

 

Anterior “Alhos da China, maçãs da Polónia, fruta portuguesa”

C.S

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Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2017

Alhos da China, maçãs da Polónia, fruta portuguesa

Conversava com uns jovens amigos que tinham perdido o emprego em Portugal e iam para a Dinamarca, quando a Mariana disse:

Há males que nos abrem os olhos. Nunca tínhamos passado dificuldades. Quando chegaram tivemos de ratear as despesas e tomar muita atenção aos gastos para não recorrer aos pais e eles ficarem tão preocupados que nunca mais nos largariam com perguntas.

Só lhes dissemos que íamos trabalhar para a Dinamarca há dez dias. Nem queira saber a confusão naquelas cabeças. Parecia que íamos para o fim do mundo, onde deixaríamos os filhos quando os tivéssemos.

Continuamos nos anos quarenta ou cinquenta do século passado para quem Portugal foi sempre o país mais seguro do mundo.

Ainda bem que isto aconteceu.

Ao cortar nas despesas tive de procurar os produtos com melhor preço. Confesso que fiquei admirada com a qualidade de muitos produtos que comprava, bem caros. Nas marcas brancas e com a mesma qualidade, os preços baixavam imenso.

O que mais me surpreendeu foram os vegetais e frutas que vêm, em quantidade, de outros países, não têm qualquer justificação por aqui existirem.

Cheguei a comprar alhos vindos da China, maçãs da Polónia, bananas do Peru, mas nada comparadas com o sabor da produção portuguesa, embora por vezes, um pouco mais caros.

Ainda ontem comprei bonitas maçãs, acabadas de chegar da Polónia. Bonitas são, mas sem qualquer sabor.

As laranjas do Algarve são imbatíveis. E as bananas da Madeira!

Podia falar e lamentar o nosso desleixo ou a nossa incapacidade por não sabermos explorar este país de sonho e sabor.

Só agora compreendemos os nossos pais por daqui nunca terem querido arredar pé.

Em Portugal há de tudo. Só não temos gente que incite a trabalhar e o saiba dirigir.

 

Anterior “Como se espalha a demagogia na Antena1”

C.S

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Domingo, 22 de Janeiro de 2017

Como se espalha a demagogia na Antena1

Para justificar o Correspondente nos EUA, a Antena1 apresenta a marcha de protesto em Washington.

Como muita gente sabe Washington é o reino dos Democratas. Só 4 por cento votaram Donald Trump.

Toda a gente percebe, menos a Antena1 que, quem perde eleições, esteja zangado e nem se incomode que uma cantora como Madonna tenha oferecido sexo oral pelos votos em Hillary Clinton, ou abrisse as pernas nas redes sociais, mostrando a boceta.

As inconveniências, para estes moralistas de sargeta, só são de Trump, eles e elas são virtuosas virgens de ouvido.

Em Lisboa, contrariamente aos e às 500 berrantes, números apresentados pela organização, as outras Estações e Jornais não foram além dos 100; metade dos EUA e os outros, portuguesas com a Joana Mortágua a abanar o capacete à falta de convicções e de eleitores e de medidas.

Por este pequeno exemplo se vê como a Demagogia faz o seu caminho.

Anunciou várias cidades em protesto. O falhanço foi total.

Portugal começa a saber distinguir Demagogia, Democracia e Bom senso. A fome e o frio, não metem só a lebre ao caminho, mas regulam os neurónios dos mais desastrados.

Só a Antena1, no meio de alguns programas, insiste em confundir os poucos ouvintes que lhe restam, para segurar alguns incompetentes que ainda por lá vegetam e editam o que não tem importância ou distorce a verdade da vida.

 

Anterior “Marcha de alarves e trombeteiros contra a América”

C.S

publicado por regalias às 10:47
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Sábado, 21 de Janeiro de 2017

Marcha de alarves e de trombeteiros contra a América

As novas Sodoma e Gomorra do mundo, onde a depravação avança mais depressa do que a sensatez, resolveram fazer marchas anti Trump.

Isto deve incomodar imenso o Presidente eleito dos EUA.

Esta marcha de alarves e trombeteiros, lambedores de mulheres e homens vai mostrar quem são os invertebrados que engolem qualquer coisa.

A matilha prefere viver sob o signo da subalternidade, da guerra e da violência do que sob o signo da paz e da inteligência.

Donald Trump promete paz, trabalho, progresso; mas os ignorantes incitados pelos parasitas, devido à sua estupidez natural não compreendem o logro para onde os empurram.

Estes burros inocentes vão gritar tal como os rafeiros fazem ladrando à lua.

Ladrem à vontade! Morram de fome, frio ou Sida.

Morram como entenderem, mas não chateiem mais o mundo, que começa a perder a paciência para aturar a escumalha que faz marchas barulhentas e sem qualquer sentido.

 

Anterior “A tentação das armas e a inoperância das mesmas”

C.S

publicado por regalias às 09:39
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A tentação das armas e a inoperância das mesmas

Ontem ouvi Marcelo, o Presidente que vai a todas e por tanto querer dizer e ajudar tem de escorregar.

Falou da NATO e da fidelidade de Portugal àquela força destruidora, como se viu na invasão da Líbia onde foi usada como criminosos a soldo de um esquizofrénico e de dois meios judeus para assassinar e destruir um povo em franco progresso e que não ameaçava outros povos.

Passemos adiante. Certamente teremos mais ocasiões para chamar a atenção de Sua Excelência, o Presidente da República, porque ele não resiste a meter o nariz em tudo quanto mexa.

Os exércitos são grandes sorvedouros de dinheiro que bem pode ser canalizado para assuntos bem mais úteis e muito menos criminosos.

Neste momento há três grandes potências nucleares: EUA, China e Rússia; os outros possuidores de material inflamável, não passam de amadores sem qualquer experiência em deflagrações deste tipo e por esse motivo, serão mais vítimas do que perigo. 

A Inglaterra, a França, a Índia, o Paquistão e a Democrática Coreia do Norte, mal tivessem o desplante de apontar os seus misseis para uma das três potências nucleares sofreriam uma destruição imediata e de tal maneira gravosa para as suas populações, que imediatamente deporiam armas e bazófias.

Dito isto, é estupidez total desperdiçar dinheiro com armas sofisticadas mas inoperantes, por mais tentadoras que elas sejam.

Hoje, a era digital veio pôr fim aos massacres. Qualquer das potências nucleares sabe quantas ogivas cada uma delas possui, para onde estão dirigidas e como podem ser eliminadas.

Nem a China nem a Rússia estão interessadas em começar qualquer guerra. Quanto aos EUA, acredito em Donald Trump.

Felizmente o Presidente eleito dos Estados Unidos não é político. Sabe que a felicidade é fruto da paz e não da guerra.

Donald Trump sabe ainda que o povo dos EUA privilegia o trabalho, a paz, o dinheiro e o progresso.

Donald Trump foi eleito contra todos os indicadores e espectativas da massa parasitária que tentou tudo para continuar a saga destruidora de um W. Bush e de um Hussein Obama cujos holocaustos levados a cabo no Iraque, na Líbia e na Síria ficarão assinalados na história da humanidade como atos altamente criminosos contra os povos.

Acredito em Donald Trump. Desejo-lhe sucesso e capacidade para não se deixar enredar em intrigas de gente infame que não ama o mundo, nem sabe criar riqueza nem felicidade.

 

Anterior “Ignorância e manigância em Portugal há mais de 42 anos”

C.S

publicado por regalias às 07:33
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Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017

Ignorância e manigância em Portugal há mais de 42 anos

Recuso-me a acreditar que seja só a ignorância que faz os pés rapado defender aquilo que está à frente dos olhos.

Quando nestes quase 43 anos de desgraça e misérias continuadas se continua a defender canalhas que desbarataram milhões em viagens, passeatas e sabiam que o povo que governavam passava mal devido ao trautear da palavra Democracia, que uns idiotas deram como pai, deles, o Soares, que democraticamente chamou cabrão a Eanes e filho da puta a um popular no Tramagal, isto só para apresentar dois casos conhecidos por milhares. Mas estes empedernidos mentais que defendem esta malta ou estão loucos ou na verdade são totalmente estúpidos.

Como é possível perdoar-se alguém que ensacou milhões das mais diferentes maneiras e é Presidente da República, Primeiro-Ministro, Ministro, Deputado ou outro qualquer cargo ligado ao Estado e o povo vive na escabrosa miséria em que se encontra?

Isto não é ter inveja, seja de quem for. É constatar um facto e reprová-lo.

Os detentores de cargos públicos têm de ser escrupulosos ao cêntimo.

Infelizmente o país está na vergonha em que se encontra desde o 25 de Abril de 1974. Digo infelizmente, porque há milhões a viver mal desde essa data e continuaram a defender a palhaçada e os enganos em que todos foram envolvidos.

Quando o povo diz alguma coisa que não agrada a políticos há sempre quem os venha defender.

Se um Presidente da República, um Primeiro-Ministro, um Ministro, um Deputado, ou qualquer funcionário de Estado apresentar fortunas exageradas e esconda atrás de testas de ferro, muito mais do que aparenta quando o povo passa fome, tem imensas dificuldades e se engana com ninharias como foram os 10 euros e os 25 euros apregoados como se fossem grandes favores políticos, têm de se desmascarar os energúmenos como foi o caso do Sousa Tavares, pai, que saiu do Governo por um assunto destes, e que Mário Soares limpou do embaraço.

Ninguém se preocuparia se um Deputado ganhasse 10 mil euros e o povo trabalhador dois mil e quinhentos, mas isto não acontece.

A diferença entre o trabalhador do salário mínimo e a fortuna que muitos apresentam é totalmente escandalosa!

Os casos são imensos. Não são só defendidos pelos barões da Esquerda, e da Direita. As extremas são iguais e peritas em esgrimir a Democracia.

Ainda ontem ouvi o tipo da CGTP dizer que os patrões ganham muito. Ganhavam, davam trabalho e não havia desempregados.

Quando a CGTP começou a funcionar como correia de transmissão do PC acabou com os empresários, com as empresas e é uma das grandes culpadas da desgraça em que os trabalhadores se encontram.

Se ganhassem o mesmo que o Arménio ganha, todos estariam contentes.

 

Anterior “Peço perdão ao povo do Iraque. Portugal não tem culpa”

C.S

publicado por regalias às 06:39
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Quinta-feira, 19 de Janeiro de 2017

Peço perdão ao povo do Iraque. Portugal não tem culpa

Quando os políticos, novos e velhos, estão mentalmente caquéticos, aproveitam as suas fraquezas para mostrar que são fortes em ações menores e que podem ser resolvidas através de entendimento entre as partes envolvidas.

Não o fizeram e humilharam o Embaixador Iraquiano, que segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros, é uma pessoa que demonstrou sempre por Portugal saber e muita consideração.

Portugal desde há 42 anos perdeu o Norte. Todos querem agradar aos débeis da casa. Amnistiam-se e condecoram-se assassinos e ladrões e aproveita-se uma luta de garotos para enxovalhar um País que tem sofrido as maiores destruições, torturas e vexames que o Bush e o Blair lhe infligiram sem qualquer razão. Usaram a mentira e aviões assassinos para acabar com um povo que foi origem da civilização.

A insistência no amesquinhar o Embaixador, através de actos juvenis, em Ponte de Sor, e que foram resolvidos através de tratamento hospitalar nunca poderia fazer parte do folclore chilro de portugueses que não mediram as consequências que isso poderia ter.

A minha revolta e o nojo que sinto por gente débil que quer parecer forte e justa, agrava-se porque nessa altura, um jovem português matou, sem querer, outro, também por causa de zanga entre miudagem, mas cujas consequências foram trágicas.

Mais: ainda há quatro ou cinco dias foram revelados casos semelhantes e não houve o mesmo tratamento. Sinal do que acabei de dizer.

Uma parte desta geração de eunucos não presta. São bastardos. Portugal não tem culpa.

Peço perdão ao Governo, ao povo do Iraque e ao Embaixador.

 

Anterior “O frio em Portugal é calor na Ucrânia”

C.S

publicado por regalias às 19:23
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O frio em Portugal é calor na Ucrânia

Iuri era um Ucraniano que viveu em Portugal doze ou treze anos.

Trabalhador extraordinário, como a maioria das pessoas daquele país, cujas dificuldades, depois de se terem separado da Rússia os fizeram procurar outros países para trabalhar e refazer a vida.

Um dia encontrei Iuri numa das portas da Estação de Santa Apolónia a preparar uns cobertores para passar a noite.

Eu que o conhecia bem fiquei admirado pela situação. Quando lhe falei reconheceu-me imediatamente.

Perguntei-lhe se precisava ajuda. Disse-me que não. Embora alcoolizado aguentava-se na conversa. O raciocínio era perfeito e passados alguns minutos, os vapores etílicos pareciam ter passado.

Aceitou ir tomar qualquer coisa a um dos restaurantes da zona.

Perguntei-lhe porque tinha deixado o trabalho em Tomar. Disse-me que já tinha enviado para a Ucrânia o que a família necessitava e resolveu ir para Lisboa apesar do patrão insistir para ficar e até o querer aumentar.

Mas Iuri estava decidido a conhecer a capital.

Depois, com um português quase perfeito, disse-me com toda a franqueza: “amigo, isto não é um país de trabalho, é um país de sonho, de prazer. De trabalho não é. Em Tomar, apesar do patrão gostar do meu trabalho, eu trabalhava duas vezes menos que na Ucrânia e ganhava muito mais que no meu país. Resolvi conhecer Lisboa e depois de me meter com outros amigos ucranianos resolvi, antes de regressar ao meu país, não fazer mais nada.”

- E como sobrevives?

“Os portugueses são o povo mais solidário do mundo. Fiz-me sem abrigo. Os dias e as noites passam-se bem. Trazem-nos comida e mantas. Que queremos mais? Quando quero dinheiro, os outros colegas da Ucrânia sabem onde há trabalho. Mais: muitas vezes, à noite há gente que me atira umas moedas para a cama improvisada. Se não tivesse mulher e um filho ficava aqui toda a vida. Isto não é um país de trabalho. É de prazer.”

Iuri regressou à Ucrânia. Nunca mais soube dele. Oxalá que a Ucrânia e a Rússia compreendam que unidos têm povos inteligentes e trabalhadores que fazem as nações grandes e felizes.

O frio de Portugal não é só calor na Ucrânia, é calor em todos os países do centro e Norte da Europa. Os Governantes que não entenderem o que isto significa, não entendem nada de política porque aquilo que ganham lhes faz esquecer o que falta ao povo.

O egoísmo de uns é a fraqueza dos outros.

Para tapar o Sol com a peneira dão cobertores e refeições em vez de trabalho e um salário compatível com a dignidade do ser humano.

 

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C.S

publicado por regalias às 06:12
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