Um dos homens mais interessantes e simples que conheci foi o Senhor Aguda, empresário da construção civil, antes e depois desta desgraçada, maquiavélica e aparvalhada revolução do 25 de Abril.
O Senhor Aguda era incapaz de ler um parágrafo de duas linhas.
Não conhecia o pai e desde criança habituou-se a correr os montes pela Serra de Tomar e aldeias próximas onde lhe davam de comer e uma ou outra moeda.
O Jovem Aguda cresceu ao sabor do tempo, da sua esfusiante alegria e da vontade de crescer rápido para aprender como erguer uma casa.
Ainda não tinha vinte anos já conhecia todos os segredos da construção. O que lhe tinham dado, desde miúdo, ele tinha guardado. Ao perguntar, a um dos grandes construtores da Serra, quanto custaria um pedaço de terra, o outro perguntou-lhe:
- Para que queres a terra?
- Para construir uma casa.
O homem, foi com ele ao Notário, pôs-lhe quase dois hectares de terra em seu nome, e disse-lhe “não me deves nada. Desde miúdo sempre ajudaste os meus empregados. Este é o fruto do teu trabalho”.
A partir desse momento, o Aguda nunca mais parou de subir na vida. Quando chegou o 25 de Abril, estava em plena pujança financeira.
Em algumas obras, que trazia de empreitada, começaram as contestações, mais provocadas por arruaceiros do que pelos seus empregados.
Foi levado ao Ministério do Trabalho, no II Governo de Vasco Gonçalves.
O Ministro do Trabalho era José Inácio da Costa Martins. O Aguda viu-se enxovalhado do mais baixo que um homem pode ser insultado. Mas ele não cedia, nem a ameaças nem a outras pressões. Eles disseram-lhe: vais cair da janela. Foste tu que saltaste. Assinas? “Não.” Agarraram-no pelos calcanhares, viraram-no de cabeça para baixo e só não o largaram porque um velho sargento lhes gritou que parassem.
O Aguda ganhou um ódio tremendo aos “bandidos” como dizia.
Um dia em que se aproximavam eleições e o quis meter nas listas é que soube que era analfabeto. A sua inteligência e graça eram tantas e tão bem doseadas que a sua noção da vida era suficiente para a vencer.
Vem isto a propósito das grandes dificuldades que Portugal atravessa.
Ao saber que no Centro Cultural de Belém vai aí ser construído um hotel, isso mostra que começamos aproveitar, no momento certo, os locais que atrairão turistas de todo o mundo.
É urgente que, determinados a vencer, não baixemos mais, nem a inteligência nem o esforço para recuperar o tempo perdido.
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C.S
Portugal vive sob o jugo da mentira e da demagogia há demasiado tempo. Faz 73 anos em 25 de Abril de 2017.
O inacreditável é que Primeiros-Ministros e Presidentes da República nunca tivessem posto cobro à mentira governativa que colocou mais de 75 por cento do povo português a viver mal e outra parte a passar fome.
Devido à estupidez, canalhice e infâmia governativa dos quatro governos comunistas, alguns militares, temendo que o povo pusesse fim ao descalabro para que o país se dirigia, resolveram fazer o 25 de Novembro para acabar com a bandalheira.
Os militares convenceram-se que depois de terem metido os comunistas na ordem e mostrado à Cintura Industrial e aos ladrões das propriedades agrícolas o perigo que corriam se insistissem nestas atitudes, tudo voltasse ao são. Houve uma pequena acalmia com a eleição de Ramalho Eanes.
Foi Sol breve, os políticos preferiram voltar ao engano para eles próprios enganarem quem entendessem.
Se isto não fosse assim todas as células comunistas tinham sido corridas das rádios e televisões estatais, assim como dos Ministérios, para onde poderiam voltar legalmente se ganhassem eleições legislativas ou Presidenciais. O que nunca mais sucedeu.
Tudo continuou quase na mesma. Os derrotados da festa estúpida e criminosa do 25 de Abril continuaram a manipular a palavra democracia e liberdade, como se elas existissem através do bem-estar, da prosperidade e da verdadeira liberdade, não da continuada libertinagem e droga.
Este ano, todos verificaram, mais uma vez, que os Governos esconderam a revolução do 25 de Novembro, como se, arrependidos, pedissem desculpa por terem travado as paralisações das empresas, os roubos das herdades e os assassinatos das FP25.
A Antena1 publicita a festa e cantores, que denominam de canções de intervenção aqueles sem voz, sem ouvintes, sem harmonia, para que o 25 de Abril fique na memória de todos os portugueses como a data mais negra e mais miserável que só os miseráveis e aqueles que se encheram de dinheiro à custa do que aconteceu, ou vivem à babugem se atrevem, ainda, a celebrar.
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C.S
Depois do extravagante Golpe que tomou o nome do 25 de Abril, mas que tinha sido concebido como uma reivindicação salarial, tudo foi gizado atabalhoadamente e facilitado por Marcello Caetano, que já tinha avisado Spínola e Costa Gomes, que mais outro Golpe como o das Caldas, ele lhes entregava o Governo.
Como Homem de palavra, cumpriu o prometido.
Apesar das farroncas revolucionárias, eles viram-se forçados a esperar que Spínola chegasse e Marcello lhe entregasse o poder para que o Governo não caísse na rua, segundo as suas próprias palavras.
Se Spínola não aparecesse, as valentes tropas regressariam a quartéis porque não havia pão para malucos.
Infelizmente Spínola apareceu, depois de muita hesitação.
O velho e caduco General percebeu naquele instante que a história de Portugal ia gravar os seus anos mais negros.
O I Governo de Palma Carlos estava condenado desde que chegaram Soares e Cunhal. A nenhum lhes agradava o Homem, apesar de terem formado o I Governo com alguma gente que oferecia confiança. Durou menos de dois meses, de 16 de Maio de 1974 a 11 de Julho de 1974.
A partir de 17 de Julho, a loucura toma conta do país, pelas rédeas do Comunista Vasco Gonçalves que consegue dirigir o Governo como quer, dizer as baboseiras que entende e as ameaças democráticas que lhe vêm à cabeça. O homem está respaldado pela Cintura Industrial, pelos comunistas de Cunhal e pelos militares de Melo Antunes que promovia todos os aderentes a postos a que nunca chegariam se não fosse ele.
O Vasco manejou o II, III, IV e V Governos enquanto Melo Antunes e Álvaro Cunhal acharam que o homem lhes servia. Quando viram que o General já não dizia coisa com coisa e o caso se poderia tornar muito grave, deram-lhe um chuto e ele morreu de tristeza numa casa com todas as mordomias e na piscina onde nadava.
Os salvadores da Pátria, das Liberdades e da Democracia foram o Soares, o Cunhal e os seus testas-de-ferro.
Ao primeiro, os mais néscios chamam-lhe o pai da democracia. Daquela democracia que chegou para enriquecer todos os portugueses, mas que só encheu os bolsos das elites, que escondem o pecúlio, para que os dois milhões de pobres, criados pelos tubarões lhes estampem na cara a liberdade democrática para empobrecer.
O Cunhal não passou de um escarro humano.
Neste começo do ano de 2017, alguém tem de resolver a situação.
A esperança está em Marcelo Rebelo de Sousa e em António Costa.
Mais do que paninhos quentes, todos querem ideias, trabalho e mundo onde encontrar sustento.
Não me parece difícil encontrar a solução. Aqueles que escondem as fortunas que o Estado lhes propiciou, agora tratem de arranjar a mezinha para pagar aos credores internacionais e fazer de Portugal o País de sonho e próspero que todos ambicionamos.
Anterior “Portugueses são os melhores dos melhores, diz Marcelo”
C.S
Marcelo Rebelo de Sousa foi sem sombra de dúvidas o melhor de todos nós.
O Presidente da República mostrou quanto valem os portugueses quando querem vencer sem estarem preocupados em agradar a A, B ou C.
A grande lição de Marcelo começa na campanha eleitoral.
Naturalmente prova que, mesmo com poucos meios, é possível vencer qualquer desafio.
Com uma sandes na mão, sem altifalantes ensurdecedores, Marcelo percorreu o País ciente que o povo se revia nele que não sacrificava o supérfluo ao essencial.
Quando as dificuldades são grandes e o povo luta todos os dias pela sobrevivência, o candidato a Presidente não deve gastar o que faz falta.
Sem se impressionar com a trempe: Ramalho, Soares, Sampaio, que uniu costas para o derrotar e continuar a tradição sobranceira e despesista da Casa Presidencial, Marcelo, à ostentação delapidadora que sacrifica o povo preferiu a moderação dos costumes.
A mensagem e o exemplo frutificaram: as greves acabaram, os deputados disseram o que entenderam, os sindicatos comentaram, o povo continuou a dizer o que quis, mas a loucura abrandou.
Sim, o melhor de todos é Marcelo.
A energia herdada de Afonso Henriques, Nun’Álvares Pereira, de Vasco da Gama, de Afonso de Albuquerque ou de Fernão Mendes Pinto, só para mencionar alguns dos melhores, continua inteira em Marcelo Rebelo de Sousa.
Tenho a certeza que esta Legislatura pode fazer história ao conseguir reverter os 42 anos de euforia, insensatez e desespero.
Portugal acredita em Marcelo.
Feliz Ano Novo, Presidente.
Anterior “Conversa com os jovens portugueses”
C.S
O século XXI tem sido o século das pressas, das loucuras e das novas e perturbadoras descobertas.
O mundo nunca foi de grandes saltos. Sempre fez tudo calma, meticulosa, paulatinamente para que tudo fosse desenhado na perfeição.
Nesta tarefa demorou 4,5 mil milhões de anos.
O seu interior contínua em evolução, em aperfeiçoamento.
Quem sabe, que perto de nós, entre a Rússia e o Canadá, corre um rio de ferro, em estado líquido? Pouca gente. O ser humano anda mais preocupado com futilidades, com medos sem sentido devido aos problemas do dia-a-dia em vez de parar a corrida, duas horas por dia e pensar como resolver a falta de trabalho e de dinheiro.
Quando jovem, para compreender as dificuldades da vida, tive de me forçar a viver como aqueles que não tiveram pais que lhes pudessem facultar tudo quanto necessitavam.
As dificuldades fizeram-me compreender melhor o ser humano e a desprezar todos aqueles que, tendo em excesso, não o aplicam em benefício de todos.
Também cheguei à conclusão que, se não houver dificuldades o progresso não é tão rápido.
Num dos meus livros dou o exemplo de um colega meu, Manuel da Silva Guimarães, que saído de uma família pobre, foi para a Universidade de Coimbra com 20 escudos no bolso (dez cêntimos hoje), naquele tempo representavam dois dias de trabalho. Levou também uns quatro chouriços e um pão.
O Guimarães, garantida a sobrevivência dos primeiros oito dias, foi à luta.
Estudou o ambiente, foi às primeiras aulas, fez amizades, lançou-se no estudo e começou a ajudar os colegas nas matérias dadas nas aulas. Em troca entrou para uma República, onde comia, dormia e acamaradava com os colegas.
A seguir o Manuel escrevia as sebentas, que passou a vender por módico preço e muita utilidade para os mais cábulas e para os outros. O Manuel formou-se em Filologia Românica, deu aulas, foi diretor de hotel, e avançou sempre para os lugares onde ganhasse mais.
Ao trabalho e à alegria de viver nunca virou a cara.
Recordo-o com saudade.
A vida só se torna difícil para quem a teme e não lhe estuda as imensas oportunidades que ela apresenta.
O ano 2017 tem de ser o ano do jovem português.
Portugal e os países da União Europeia são a casa onde tudo existe. Não há que lamentar, há que procurar com cabeça e ter a certeza que a pressa e o choro dos desgraçados nunca leva a lado nenhum.
Boas entradas. Feliz 2017.
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