O ser humano tem tudo para viver bem, gozar a vida, trabalhar, ganhar dinheiro, viajar, viver feliz e, às vezes, prefere a calhandrice, a politiquice de soalheiro em vez de saber saborear a vida.
Desde criança desconfiei do mundo onde tinha nascido. Os pobres eram imensos. Esse choque foi tão grande que a minha ambição era fugir do meu País para encontrar o lugar do bem-estar e da felicidade.
Eu nasci nos anos trinta do século vinte. Portugal tinha saído há pouco tempo da miserável Primeira República Democrática de pataqueira.
O tempo e as circunstâncias eram totalmente diferentes das de hoje.
A Democracia é idêntica. A mesma parvalheira, as mesmas facilidades que não aproveitam a ninguém. Isso já não acontece em países como a Noruega ou a Suíça.
A Democracia tem de ser tomada como um medicamento. Nem demais, nem de menos. De menos não faz efeito, demais resulta asneira.
Hoje, o ser humano tem tudo e continua pouco mais que miserável.
Se antes não havia as possibilidades dos nossos dias, hoje há tudo, mas o ser humano continua à espera que os Governos lhe metam a papa na boca.
Antes era necessário. Hoje não. Hoje só é pobre e vive mal quem quer.
A afirmação pode parecer exagerada. Mas eu testei-a. Forcei todos os caminhos desde os mais baixos, aos menos rentáveis.
Testei o ser humano, as suas capacidades, quando elas eram diminutas, a rondar o zero e cheguei à conclusão, que só não fazemos aquilo que queremos por desinteresse, às vezes por falta de um pequeno empurrão.
O conhecimento, através do ensino é o melhor meio para se atingir a igualdade, a liberdade, o bem-estar.
O Estado português tem tentado, mas um pouco atabalhoadamente e sem um empenho profundo. O empenhamento tem de ser total para o País dar o salto para o futuro com confiança e segurança.
Enchi-me de coragem para abordar este assunto quando ontem li a Newsletter mensal, "Inovação" de Edgar Caetano no jornal digital “Observador”, que sai na última segunda-feira de cada mês.
O impossível deixou definitivamente de existir. O ser humano, viva em Portugal, na indonésia, no Sri Lanka, em Moçambique ou na Guiné pode rapidamente aceder a todas as inovações que existem no mundo.
A China, os Estados Unidos e a Rússia em vez de desbaratarem centenas e centenas de milhões em armamento podem-no fazer em educação e conhecimento em todos os lugares do mundo.
Garanto-lhes que a gratidão dos povos será eterna assim como a vida do mundo. Caso contrário o tempo de vida para aqueles que têm tudo será idêntico àqueles que nada possuem por desconhecerem as letras e os números elementares para desenvolver nos seus países os algoritmos necessários ao seu bem-estar.
Se os países mais poderosos não pensarem neste assunto, o mundo terminará mais rápido do que Einstein demorou a escrever a célebre equação E=cm2.
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C.S
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