A minha ânsia de conhecer o mundo e resolver os seus problemas levou-me a estudar a infertilidade feminina e perceber quais eram as suas causas.
Depois de observar e conversar com vários casais sem filhos, falava com eles sem nunca lhes confessar os meus intentos.
De repente surgiu um caso que relatei aqui há anos e me obrigou a experimentar pela prática o que eu já tinha concluído pela observação.
Todas as mulheres eram tímidas e nervosas e os maridos, muito boas pessoas que não faziam mais que se conformar com a sua pouca sorte.
Um dia em que dava aulas particulares a um primeiro-sargento que ia frequentar um curso em Águeda, homem impecável, muito educado e aplicado nos estudos, sem nada que o fizesse prever começou a chorar.
- Perguntei-lhe: que aconteceu?
Ele desfez-se em desculpas:
- Não sei porque ando a trabalhar e a esforçar-me por comprar aquilo que nunca servirá para ninguém.
- Desabafe. Esteja à vontade.
Ele contou-me que a mulher, que era empregada bancária, já tinha quase quarenta anos e que desde há mais de 15 anos tinham andado de médico para médico e não conseguia engravidar.
Como referi, ele era primeiro-sargento, os dois ordenados permitiam-lhes uma vida desafogada mas sempre triste.
Nesse dia não lhe disse nada. Pensei e repensei o assunto e dois dias depois, em nova aula, perguntei-lhe se podíamos voltar à conversa da aula anterior.
Como conhecia bem a esposa, não necessitava de conversar com ela, bastava que esse meu aluno, que era um pouco mais velho do que eu aceitasse todas as sugestões que eu lhe iria transmitir e, tanto ele como a esposa, estivessem dispostos a seguir o método que eu tinha imaginado que seria o mais indicado para resolver o problema da infertilidade.
O senhor disse-me que faria tudo quanto lhe dissesse. E foi assim que passados onze meses depois das minhas indicações lhes nasceu um belo rapaz e a vida deles se transformou por completo.
A seguir a este primeiro ensaio fiz outros sempre bem-sucedidos. Em quase todos os casos, os nervos e a timidez eram o impedimento do sucesso.
Anterior “Portugal democrático com democracia leviana”
C.S
Compreendo Marcelo quando faz a apologia de Freitas. Compreendo o Freitas quando se justifica, só não compreendo como dois homens muito inteligentes não têm coragem para desmontar uma Democracia leviana, que não existe, continua cheia de buracos.
Quando Marcelo fala nos pais da democracia e mistura um parasita que morreu podre de rico e gastou o que havia e não havia sem se preocupar com o povo e o pulha que imporia a ditadura do proletariado se a cobardia o não impedisse de enfrentar os do 25 de Novembro, mais os dois que são pais dos filhos deles, Marcelo está a ser conivente.
Este arremedo de Democracia não é de perto nem de longe uma amostra da Democracia Ateniense, Norueguesa, Sueca, Finlandesa, Suíça ou Holandesa.
O Estado de hipocrisia democrática em que vivemos foi imposto por bastardos interessados nos seus próprios interesses.
Democrático era Salazar que, atiladamente desenvolveu uma Democracia Orgânica baseada na cooperação entre o povo, Sindicatos, patrões e trabalhadores.
Salazar rejeitou qualquer tipo de demagogia, desenhou uma estratégia de Governação e deu passos seguríssimos para levantar o povo da miséria onde estava atolado pelas promessas não cumpridas na Primeira República, as greves diárias e as prisões em massa que atulhavam navios e enchiam as colónias de degredados.
Ao ouvir o blá-blá dos politiqueiros não me preocupo muito. Fico mais preocupado quando o Marcelo ajuda à ladainha e mistura uma ave de rapina, um corvo, dois pintassilgos e dá a todos o mesmo valor.
O povo está farto de palavreado, respeita-o porque lhe reconhece inteligência e vontade de colocar Portugal no são. Escusa de dar uma no cravo e outra na ferradura. Não coloque tudo no mesmo saco.
Uma vez na Assembleia da República, e saturado de tanta hipocrisia e videirismo, levantei-me e gritei para o Cunhal que estava na bancada à minha frente: “Entre o senhor e Al Capone ou há diferença ou há cadeia!”
Cunhal foi o asqueroso canalha que colocou Portugal na situação em que o País ainda se encontra.
Desde os transportes, a Comunicação Social, os Ministérios e os Sindicatos a seita do mal continua infiltrada e a impedir o progresso do País gritando sempre que o faz pelo bem dos trabalhadores, que cada vez ganham menos porque não produzem o suficiente devido às paralisações e às greves.
País de Democracia, sem autoridade, é gaita que não assobia.
Anterior “Sexo, leis, liberdade e ciganos”
C.S
Ao ler um texto de Fernanda Câncio, no DN, sobre a ideia do PS criminalizar o sexo entre maiores e menores de 14 e 16 anos, veio-me ao pensamento a conversa que tive com um jovem cigano.
Vinha de Espanha e dirigia-me à Guarda, cidade do frio, dos amores e dos calores que eles provocam.
Um cigano pedia boleia quase no meio da estrada. Parei o Mercedes que tinha lavado e escovado em Salamanca e verifico que o cigano estava bastante sujo. Quando entrou não resisti a uma chalaça.
- Bom dia. Podias ter pelo menos lavado a cara.
Ele não respondeu.
- Que fazes?
- Era vendedor de burros e outras bestas.
- Eras e já não és?
- O meu sogro é que tem os animais e eu já não vou trabalhar com ele.
- O teu sogro? Que idade tens?
- Dezoito, mais ou menos.
- E a tua mulher?
- 12 anos.
- E onde está ela?
- No acampamento.
- Conta lá isso, para ver se eu te entendo.
- Foi tudo por causa do café. Eu acordei e disse-lhe para ir fazer o café. Ela começou a dizer que não ia. Começámos a discutir e dei-lhe duas lambadas. Ela levantou-se e foi contar ao pai. Eu já sei o feitio dele, levantei-me e meti-me em direção aos pinheiros. Ele apareceu imediatamente com uma espingarda e ferrou-me dois tiros a matar. Felizmente que o pinheiro era grosso, mas os chumbos passaram-me por cima do corpo. Atirei-me para o chão depois dos primeiros tiros e fugi o mais que pude e ele sempre atrás de mim e a atirar.
Estava explicado o estado lastimoso do rapaz.
- E agora que vais fazer?
- Ainda não sei. Mas com ele já não quero trabalhar.
- E a tua mulher, não gostas dela?
Encolheu os ombros.
- Porque casaste?
- O meu sogro, um dia que estava bêbado disse-me: amanhã casas com a minha filha e eu casei.
Estávamos a chegar à Guarda.
- Tens dinheiro?
- Não.
Conduzi até ao jardim da cidade, dei-lhe 20 escudos e disse-lhe: entra no café Mondego, pede um galão e vai aos sanitários lavares as mãos e a cara.
A libertinagem que assolou Portugal depois do 25 de Abril deu aso a exageros que ganharam asas.
O ser humano, por todo o lado, teima em regredir até ao momento em que levantou as patas do chão e transformou os sons em palavras.
Está a atingir o Zenit e apresta-se a estoirar através do nuclear. Entrámos através do Big Bang, saímos em BIG BUNG!
Os Deuses da imaginação e da Esperança morrem connosco.
O poeta enganou-se ao afirmar que tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
Somos um projeto de alma. Não a conseguimos concretizar.
Anterior “Portugal de liberdade e Mocidade Portuguesa”
C.S
Quando o meu saudoso amigo José Cabaço Neves me desafiou para fazer o curso de Comandantes de Castelo da Mocidade Portuguesa, eu que passava parte das férias grandes em Espanha, não hesitei.
Troquei Badajoz por Lisboa e o regime férreo da Mocidade, na casa da Rua Almeida Brandão, entre a Estrela e São Bento.
Pensava eu que ao frequentar o Curso de Comandantes de Castelo, os dirigentes seriam duros perante as minhas faltas. Eu queria ser diferente. Estava descontente com todas as facilidades que os meus pais me concediam. Em poucas palavras: queria que os meus pais fossem mais rígidos para mim, que era um autêntico vendaval de liberdade sem regras.
Na Almeida Brandão, depois de estudar o ambiente e verificar que a liberdade era total, comecei a fazer aquilo que o meu instinto desafiante me incitava a fazer.
Na casa, que era enorme e terreno adjacente, não sei se ainda existe, havia uma piscina interior. O meu divertimento, depois dos exercícios matinais de corrida, provas físicas e ginástica, ao terminarem, antes do almoço, ia para o primeiro andar e de uma janela larga e alta que ali havia, colocava-me no parapeito e perante o olhar espantado dos meus colegas, saltava da janela, que estaria separada por um corredor de dois metros e meio a três da piscina e nadava de um lado ao outro, feliz como o mais tonto dos golfinhos.
Os das ilhas e das colónias, corriam para mim e diziam: “é proibido, é proibido.“ Como nunca nenhum dos chefes me repreendeu e porque nunca me aleijei, fazia aquilo todos os dias. No ano seguinte, quando frequentei o curso de Comandantes de Bandeira não perdi o hábito.
Num acampamento no Portinho da Arrábida, os dos Açores desafiavam-me sempre para umas braçadas até perto dos barcos. Uma das vezes, os dos Açores, muito melhores nadadores que eu, chegaram primeiro, esperaram por mim e quando os alcancei disseram-me: descansa um pouco. Nós ainda temos de ir às tendas.
Quando olhei para a praia vi que era um bocado, nada que metesse medo. Nadei decidido a chegar depressa a terra. O cansaço apoderou-se de mim. Quando vi que outros jovens saiam da água com ela pelos joelhos, instintivamente endireitei-me e entrei num fundão. Devido à atrapalhação e ao cansaço descia, subia e engolia água. Por orgulho não pedia socorro.
Numa braçada mais forte livrei-me do inferno. Quando já muito perto do areal me levantei, caminhei como um bêbedo e estendi-me na areia.
O Cabaço Neves estranhou eu continuar deitado.” Precisas de alguma coisa?“ Respondi com esforço: leva a minha coluna contigo, faz favor. Já lá vou.
Fui ao enfermeiro que me deu um vomitório. Perante as golfadas de água que saíram, gozou: “pareces um chafariz”.
Durante meses, a garganta e o peito doíam-me. Nunca mais fui bom nadador.
Não me queixava. Para mim só dizia: não tomas juízo.
Como diz o ditado “Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita”.
Anterior “Carlos César desmascara Comunistas e Bloquistas”
C.S
Frontalmente e com uma serenidade notável, Carlos César, tem vindo a conquistar as simpatias dos portugueses.
Ao princípio, olhado com desconfiança pela maneira inteligente e um pouco cáustica como enfrentava os problemas que o Governo tentava adoçar, Carlos César sempre viu que o caminho não podia ser o das facilidades.
Os parceiros esquerdistas do Partido Comunista, o pindérico PEV e o Bloco de Esquerda foram-se assenhorando do trabalho do Partido Socialista.
Com tal eficácia que as meninas do Bloco conseguiram passar por virgens puras e inocentes ao pescarem na casa governamental.
O Centeno não ligou muito ao assunto e continuou a fazer o seu trabalho. É o Costa que tem de saber dirigir a nau e, se ela for ao fundo, qual a maneira dele se descartar de um país com algumas centenas de funâmbulos que o enrolam com ameaças, e tomando como seus os poucos êxitos, mas são alguns, alcançados pelo Partido Socialista e a fuga ao descrédito Nacional e Internacional.
Pelo meio, de vez em quando o Carlos César dava um safanão. As sabidas raparigas e o Jerónimo baixavam os decibéis, faziam que não tinham ouvido. Com o César nem a dialética de umas, nem a defesa dos trabalhadores, sempre prejudicados pelos caminhos da extrema-esquerda, com a promessa que um dia é que é, se atreviam a enfrentar César. Este não se inibe, tal como agora fez, de os desnudar de alto-a-baixo.
Carlos César tem direito a pertencer ao próximo Governo. Ele oferece confiança e segurança num país onde ainda não se definiu uma estratégia para Governar.
Quando sabemos o que aconteceu no PREC e conhecemos todos os erros e crimes cometidos, ninguém acredita em ninguém e bem podem vir elogios do estrangeiro que passam em branco.
É certo que ficamos contentes com Michell Bachelet, a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, que elogia a maneira como Portugal recebe e trata os refugiados, mas isso só é feito porque o Governo tem o suporte de Bruxelas e espaço para os receber.
Abriu-se mais uma janela de esperança com Carlos César.
No meu espírito vou juntando aqueles que ainda podem salvar Portugal:
António Costa, Centeno, Carlos César e Marcelo. Espero que nenhum deles saia furado.
Anterior “Ciganos são os únicos seres livres em todo o mundo”
C.S
Os ciganos nunca reivindicaram qualquer território. A sua liberdade é filha da Natureza.
A Nação cigana é a Natureza. Para viverem pouco mais precisam que o Sol e as estrelas, um pouco de água pura das fontes e um pequeno negócio para sobreviveram em sociedade.
Nos dias de hoje, a sociedade empurra-os para dentro dela. Quere-os iguais, sujeitos à liberdade condicionada que os obriga a ganhar dinheiro.
Os ciganos podem ser seduzidos, mas dificilmente ficam presos à ganância. A liberdade não os obceca pela riqueza.
O ouro não os cega. Entre a liberdade e o dinheiro preferem a liberdade.
Minha mãe, quando saturada pelas minhas traquinices repetia constantemente: “tu não és meu filho. Comprei-te aos ciganos.” Tanta vez me disse isso que um dia perguntei ao meu pai. Ele riu-se. “Não vês que a tua mãe está a brincar contigo. Tu és meu filho. Tens os olhos azuis como eu. Já viste algum ciganito de olhos azuis?”. Nunca tinha reparado.
Esta atração pela maneira como os ciganos viviam ao ar livre deveu-se a eles ficarem muitas vezes numa propriedade da família, terem muitas crianças com quem eu queria brincar, mas os pais chamavam-nos sempre. Nunca me deram muita confiança. Mas se sabia que os ciganos estavam na propriedade, arranjava sempre meio de meu pai me levar até ao local onde tínhamos uma garagem.
O Lelo, da minha idade, 5 ou 6 anos, era o único que aparecia imediatamente. Sentava-se num Chevrolet de 1927 e eu deixava-lhe mexer no volante.
Muitas vezes escrevi sobre ciganos, mas a sua maneira de ser tem tanto de mistério que nunca consegui escrever um livro sobre eles.
Fiquei feliz quando ontem, Dia Nacional da Pessoa Cigana, a Secretária de Estado para a Cidadania e igualdade, Rosa Monteiro declarou, em Tomar, abrir 100 bolsas de Estudo, para jovens ciganos, no Ensino Secundário.
A primeira intervenção na Assembleia da República sobre estes assuntos, fui eu que a fiz, com o Título “A Criança Cigana”.
Comecei por lembrar aos Deputados o seguinte:
Sem esquecer a homenagem devida à heroica persistência na luta por uma vida livre e independente, quase única no mundo, não posso deixar de lamentar, especialmente neste momento, o abandono a que vem sendo votada a criança cigana, para a qual ninguém pensou jamais em infantários, em maternidades, em jardins escolas, nem ninguém quis recuperar e encaminhar na vida”.
Em Tomar tenho pelo menos três ou quatro jovens ciganos que ensinei a ler e a escrever há 7 anos quando tinham entre os 5 e os 9 anos. A Alexandra, o Nando, a Lídia, o Lúcio eram miúdos sempre atentos e aplicados. Tenho imensas fotografias onde eles aparecem concentrados no trabalho que lhes passava.
Felicito a Secretária de Estado, Rosa Monteiro e o Governo, por este apoio a um grupo minoritário de gente muito inteligente, mas que necessita de acreditar em quem o pretende ajudar a ir mais longe do que o saber ler e escrever.
Anterior “As imoderadas exigências das artistas do Bloco”
C.S
Felizmente que o Executivo travou a aprovação das taxas moderadoras que os Deputados arrastados pelos cantos da sereia Catarina aprovaram.
Só o CDS não concordou. E por que o teria feito? Se essa atitude lhe pode custar uns milhares de votos nas próximas legislativas?
Ninguém me disse a razão e suponho bem que não foi por causa dos mais de 175 milhões de euros que o Governo teria de ir desencantar em qualquer lado para compensar a demagogia insensata.
A razão principal deve ter-se prendido com a avalanche de utentes que acorreria aos hospitais para encontrar as amigas. A grande maioria são mulheres que vão pôr a conversa em dia e depois aproveitam para dizer ninharias aos médicos e receber deles o conselho para lá voltarem.
Daqui a pouco haveria um médico para cada doente.
Os médicos são insaciáveis. Não há Orçamento que os vede.
O meu saudoso amigo Vasco da Gama Fernandes, perante a avidez desta classe, chamava-lhe os tubarões da medicina.
Já contei o episódio com o ex-Presidente da Assembleia da República. Na altura tomei a defesa desta classe. Bem arrependido estou. Julgo que só o fiz porque não gosto de ver bater em ninguém. Democracia é Democracia. Quando havia autoridade sempre gostei de jogar à pancada; apanhei muitas, também dei algumas, mas isso não me fez diferente.
Quando chegou a Democracia demagógica, com todas as mariquices, copinhos de leite e proibição de bater nos maiores safados, respeitei as regras. Minto, só as quebrei no 25 de Novembro, que apesar de não ser militar estava, eu e muitos outros, dispostos a fazer pagar muito caro a libertinagem, os roubos e o caos que o social-fascista Cunhal tinha instalado em Portugal e que ainda hoje subsiste com Bloco, CGTP, Comunistas e outros pobres de espírito.
As taxas Moderadoras servem para travar a enxurrada de utentes que não têm doenças e que enchem hospitais sem necessidade.
Julgam que é mentira o que afirmo, perguntem às clientes mais assíduas. Estou convencido que no meio da risota, confessam a verdade.
É por isso que este povo é adorável. Confessa sem temor o que acontece e não se importa de o declarar.
Costa e Centeno fazem bem. É fundamental travar o despesismo demagógico.
Ouvi o Jerónimo ao lado da Catarina. O homem não chega para ela.
O PC vai ser comido pelas mulheres Bloquistas. Paz à sua alma.
Anterior “A saúde mental dos portugueses continua a diminuir”
C.S
Estou francamente preocupado com Portugal e os portugueses. A sua saúde mental não está nada bem e eu receio ficar contaminado.
Deixar o País está fora de hipótese. Amo tanto ou mais Portugal do que amo os meus filhos. Nele vive a minha família alargada a dez milhões.
Ultimamente só tenho encontrado gente desesperada, stressada e a fazer depressões que alguns médicos se encarregam de agravar com medicação totalmente escusada. Já me convenci que é verdade, o que muitos dos medicados para colesterol, diabetes, depressões etc., tinham afirmado: haviam sido enganados.
Um deles disse-me: agora compreendo porque existem tantos médicos e enfermeiros, eles têm de ter clientela para justificar a profissão.
O 25 de Abril foi a maior desgraça que aconteceu a Portugal. Podia não ter sido. A grande maioria das pessoas recebeu a revolução com naturalidade. Eu que assisti a tudo posso garantir que também não fiquei nada preocupado com a revolução.
Mas fiquei bastante preocupado com a chegada do social-fascista, Álvaro Cunhal, não pela sua chegada, mas por tudo o que começou a acontecer depois de ele pôr pés em terra e contaminar imediatamente os mais ignorantes e os parasitas que aproveitaram a ocasião, para, apoiando o social fascista que falava de fascismo, lançar uma ofensiva inesperada. Poucos tinham ouvido falar de fascismo no regime anterior e a classe trabalhadora que nunca se tinha vergado à ditadura como o social-fascista queria fazer crer, nunca deu sinais de si porque a Ditadura não passava de ordem e autoridade, tal como qualquer Governo faz em todo o mundo.
Sugiro que façam comparação com a maioria de todos os Governos. Com exceção dos Governos Nórdicos, todos os países bem governados tinham o mesmo sistema de segurança que o português.
Quando chegou o social-fascista Cunhal o país desnorteou; os insultos, as provocações, a destruição das Indústrias e os roubos foram o apanágio desse calhorda social-fascista. A partir desse momento, a saúde mental de milhares de Portugueses baixou tanto que nunca mais recuperou, e hoje, passados 45 anos de plena liberdade todos podem verificar que a libertinagem ultrapassou todos os limites.
Basta ouvir o povo de Norte a Sul do País. Depois de todas as injúrias e lamentos pelo que aconteceu a Portugal, só desejam que Costa, Centeno e Marcelo consigam salvar Portugal e os Portugueses, não cedendo a chantagens e a ameaças.
Anterior “Greve teatral no país das greves, da fome e desespero”
C.S
A pandemia grevista continua a infetar o bom senso. Começou com a parasitagem ignorante e está nos bastidores da cultura.
O Governo que tem sido sempre um mãos largas com o dinheiro do BCE sabe que ou mete travões às quatro rodas ou a situação do país e destes boémios às ordens da CGTP vão ter um fim dramático.
A ópera “La Bohème” apresta-se a ser o símbolo do desespero de todos aqueles que ainda não perceberam que a situação do país não comporta greves sistemáticas e que cada um não pode reivindicar mais do que recebe, caso contrário o balão rebenta. Têm de esperar.
O país está pelos cabelos. O Governo tem continuado a adiar uma posição de contenção urgente, mas não vai conseguir. Bruxelas aperta-lhe os …calos e ele, entre a dança e o pão, tem de optar, e deixa de dançar.
A culpa vem do PREC e do videirismo dos Governos.
Democracia é uma coisa, morrer à fome e a dançar com chantagistas, aventureiros e vagabundos é outra bem diferente.
Os artistas da Companhia Nacional de Bailado não podem ficar prisioneiros de meia dúzia da CGTP que influenciam os mais débeis a exigir, o que sem dúvida necessitam para viver, e comparam-se com os vencimentos de outras classes a que os Governos têm cedido.
As greves por mais que a Democracia e a Constituição, ditada no tempo da loucura, da demagogia e do medo, imponha a sua legalidade, elas são um crime quando matam um país para fazer a vontade a Comunistas e outros artistas que têm de arrasar o Governo para ver se as próximas eleições lhes vão de feição.
Estou convencido que elas serão a hecatombe do Partido Comunista e da sua correia de transmissão, a CGTP.
O povo está farto; a vida está cada vez pior e os produtos básicos começaram a aumentar para preços incomportáveis.
Entre cenouras, pão e batatas, o povo deixa os nabos artísticos e procurará a salvação no Costa e no Centeno que têm de travar estas greves despudoradas e insensatas.
Como o vão conseguir? Não sei. Eles é que são os Governantes. Da minha parte seria estultícia estar a dar-lhes sugestões.
Anterior “É possível refazer a vida depois dos oitenta? Vamos ver”
C.S
A expectativa não me deixa grandes esperanças. Aqui há cinquenta anos a genica dos homens de oitenta era bastante diferente dos homens de hoje, quebradiços, desanimados, barafustando, criticando e hesitando.
Alguns de oitenta estão desorientados por aquilo que acontece todos os dias. Nada é bom e as notícias deixam-nos confusos.
O realizador Paulo Rocha, anos antes de morrer e já não podendo suportar todas as desgraças que aconteciam em Portugal e no resto do mundo, deixou de abrir a televisão e de ouvir rádio.
Já contei num Blogue sobre o que vi na sua casa de Lisboa.
António Champalimaud, que ficou sem todos os seus bens a seguir ao 25 de Abril, teve de refazer toda a sua vida a partir dos 65.
Mas 65 anos não são oitenta. Aos sessenta e cinco o homem está cheio de vitalidade. Não há nada que lhe meta medo.
Quando o conheci, além de querer ser Presidente disse-me que desejava ligar o Sul e o Norte de Portugal por barco. Mostrei-me tão entusiasmado e com algumas ideias sobre o assunto que ele me perguntou: você é capaz de escrever tudo o que me está a dizer? Disse-lhe que sim e entreguei umas 10 páginas no escritório que tinha, se não me engano, na Rua Castilho. Ele devia ter desistido da ideia pois nunca mais me contactou.
Relembro estes episódios para comparar idades, mas julgo que mesmo depois dos oitenta e até quase aos cem, desde que a força de vontade não falte e o cérebro não fique afetado pela descrença, o ser humano conseguirá ultrapassar todos os obstáculos.
Ainda há dias ouvi e vi um vídeo com uma conversa entre Siza Vieira e Eduardo Lourenço; os dois estão na linha. Siza com 86, Eduardo com 96 e pensamento claro como água.
É verdade que Siza Vieira está bem diferente do Siza Vieira que entrevistei para o jornal “A Província” quando recebeu o prémio Alvar Alto.
Ainda ninguém falava do assunto. Eu soube no próprio dia por uma querida amiga finlandesa, que estava apaixonada por Portugal. Queria conhecer todos os recantos. Mostrei-lhe tudo.
Nesse dia tive de falar por telefone com Nuno Abecasis. Quando lhe contei o que acabava de saber hesitou e respondeu: “tens a certeza que isso é verdade?”
Nas mulheres acredito tanto como em Deus.
Ele ficou tão escandalizado que desligou o telefone.
Vamos ver se o corpo a partir dos oitenta consegue refazer a vida.
Anterior “Portugal adoeceu em 1974 e teve várias recaídas”
C.S
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