A Antena 1 resolveu contaminar com o vírus futebolístico as sextas-feiras, depois do noticiário das 12 horas, com o “Túnel de Acesso”. Futebol e mais futebol, em excesso, que liga atrelado ao “Canal de Desporto”, já existente.
Isto se não fosse ouvido, não se acreditava.
A cultura desportiva merece bem mais.
Sugiro que oiçam estas artimanhas de informação forçada para se ter a certeza que o povo, com estes não aprende nada. Mas a Antena 1 permite tudo. Isto é o país do regabofe. Na Antena 1 cada um faz o que quer e ainda lhe sobra tempo. É a liberdade a funcionar com o miolo das galinhas.
Eu deixei de ver futebol, embora goste, depois de num jogo entre o Sporting da Covilhã e o Benfica, talvez em 1954 ou 55. O Coluna, que eu admirava, dar uns fortes e repetidos pontapés num jogador do Sporting da Covilhã que estava caído e com quem tinha chocado. Para mim é que o choque foi de tal maneira grande, que só esporadicamente assisto a um desafio, mas oiço muitos comentários nos fins dos jogos, embora acabe sempre de fechar a Antena 1, antes deles acabarem. Estendem-se, estendem-se em repetições, em conversa fiada, para gastar tempo e paciência.
A Antena 1 não deve cair na banalização do vazio. Portugal precisa de futebol, é certo, mas os desafios da vida têm de ser equilibrados, caso contrário o Corona também quer jogar e ganhar.
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C.S
Quantas e quantas vezes errei por ignorância e precipitação? Não têm conta.
É talvez por esse motivo que tenho o hábito de descrever mais o que se passa comigo do que perder tempo a pensar no que dizem dos outros. Se são os próprios a descrever as suas alegrias ou tristezas tomo atenção, caso contrário não oiço coscuvilhices. Entram por um ouvido saem pelo outro. Quando escrevi o Blogue, sobre Zhou Quinfei, a mulher chinesa mais rica do mundo, disse que ela tinha partido do zero. Começou a trabalhar, aos 16 anos e ganhava o equivalente a 1 dólar por dia.
Foi a partir da atenção aos pormenores do que fazia que conseguiu perceber como podia melhorar a sua vida.
Sim, a vida é feita de pormenores, a que os portugueses não dão importância; quando o fizerem ou forem obrigados a fazê-lo, como aconteceu depois da miserável Primeira República, tudo muda.
No Estado Novo conseguiram salvar Portugal, porque havia alguém determinado a não deixar soçobrar o País.
Saiu o lema “A ignorância das leis, não aproveita a ninguém”, mas os portugueses e eu incluído, faziam o que lhes desse na cabeça. Por esse motivo o País só avançava pela maioria que tomava atenção aos pormenores, os outros continuavam a cometer erros por ignorância e por querer fazer tudo à pressa, precipitadamente.
O Covid 19 veio pôr cobro aos muitos erros cometidos. Os portugueses têm de mostrar, mais uma vez ao mundo, que o bom-senso e a atenção aos pormenores pode ser, é, tem de ser o encontro com o ser humano de todo o planeta numa igualdade fraterna onde os mais capazes ensinem os menos, e a pobreza seja definitivamente erradicada em todos os países através do saber, da felicidade e da alegria que devem estar sempre presentes durante toda a vida.
Viver não custa. É preciso saber viver, com Corona ou sem Corona.
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C.S
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