Sexta-feira, 11 de Setembro de 2020

Europa de políticos teimosos e inconscientes do perigo

Aquilo que já várias vezes referi como um crime monstruoso praticado por Obama, Sarkozy, Cameron, Bush e Tony Blair, cidadãos Americanos e Europeus, nas guerras selváticas contra a Líbia, a Síria e o Iraque, para salvarem o dólar, vai refletir-se primeiro na Europa quando a pandemia viral a infetar, a mastigar de Norte a Sul e depois pelo resto do mundo, que ainda acredita numa Europa envelhecida, gagá, indiferente ao que acontece.

Os refugiados, a maioria fugidos das guerras supra-citadas, pagos ao preço do oiro nos campos da Turquia e da Grécia, mas tratados como refugo, vão ser o dobrar dos sinos desta Europa de inconscientes, que ainda não compreendeu que a invasão dos contaminados, contaminará milhões.

O fim da Europa se não acabar nos cemitérios terminará pela pacifica invasão árabe, que, mais resistente por um sistema de vida natural e saudável se instalará finalmente na Europa que sempre desejou por ter água em abundância e campos férteis.

O fogo na ilha de Lesbos, na Grécia, é mais um sinal do perigo iminente, mas os políticos Europeus continuam relaxados e adormecidos no seu colchão recheado de notas, benesses e mordomias até acordarem no lado de lá da eternidade num sono de milhões e milhões de anos a ser prensados para quando regressarem voltarem mais fortes que o aço e conscientes.

Só houve um Homem que compreendeu isto: Salazar.

Reveja como Salazar recebeu mais de setenta mil refugiados e compare com aquilo que outros países fizeram e hoje continuam a fazer.

A ingratidão humana é abissal. Começa a pagar pelos erros.

 

Anterior: “A geração rasca do Jorge, continua à rasca.”

C.S

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Quinta-feira, 10 de Setembro de 2020

A geração rasca do Jorge, continua à rasca

A geração rasca formou-se poucos dias depois do 25 de Abril e fixou-se com a chegada do inacreditável Álvaro Cunhal com a frase é proibido proibir, valia tudo menos tirar olhos.

Nesse tempo ensinava no Liceu de Tomar. A sala de aulas era no terceiro andar e mal a campainha tocava para o intervalo as escadas e o pequeno pátio enchiam-se a abarrotar.

Um dia, já no meio da escadaria, três jovens do MRPP abriam caminho gritando: “Deixa passar, os militares querem-nos prender!” Mal passaram por mim, apareceram três militares: um sargento e dois soldados que abriram caminho aos empurrões. O sargento chegou onde eu estava de braços abertos, seguro ao corrimão e tocando na parede. O sargento olhou para mim com ar ameaçador. Eu disse-lhe: “Isto é uma Escola”. O homem encostou-me a metralhadora à barriga. Com toda a calma disse-lhe: pode disparar e passar por cima do cadáver, mas enquanto vivo o senhor não passa; e repeti: “isto é uma escola.” O homem olhou-me com raiva, voltou-me as costas, acompanhado dos dois militares, desceu as escadas e desapareceu.

A partir desse momento passei a ser o único professor a quem os jovens obedeciam sem contestação, tanto no velho edifício como na Escola de Santa Maria do Olival.

A Geração rasca a que Vicente Jorge Silva se referiu num magnifico texto de 6 de Maio de 1994, no Jornal Público foram fruto do PREC, feito de ameaças e insultos que amedrontaram professores e toda a classe de dirigentes, que muito ou raramente se opuseram à bestialidade que impunha leis, que cercou os Deputados da Assembleia Constituinte, que deitava fogo e roubava a Embaixada de Espanha, que roubou um milhão e duzentos mil hectares de terras perante a passividade dos militares, que muitas vezes ainda ajudavam ao desvario, tal como confessou Otelo Saraiva de Carvalho, que anos depois, tal como encabeçou a revolução do 25 de Abril, encabeçou um bando de criminosos que mataram 18 civis.

Esta criação larvar da geração rasca, contaminada pela droga, pelos exemplos e pela libertinagem estendeu-se pelos anos seguintes. Em 1994, Vicente Jorge da Silva não aguentou mais e explodiu escrevendo:

“São responsabilidades que também partilhamos neste jornal, mas que deveriam ser sobretudo assumidas pelas televisões que começaram por filmar os protestos estudantis como atos quase heroicos e antifascistas.”

Nesse dia, o jornal “Público” prestou um enorme serviço ao País. As coisas melhoraram bastante, infelizmente não tanto como seria necessário.

Ao recordar com admiração e saudade, Vicente Jorge da Silva, incito os Governantes a Governar sem medo. Só assim se pode Governar qualquer país: com autoridade, respeito, segurança, a caminho da prosperidade, que neste momento só uma minoria desfruta.

Ninguém é feliz num país de videirinhos, de corruptos e de desonestos.

 

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C.S

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Quarta-feira, 9 de Setembro de 2020

David Ferreira lançou, finalmente, a isca certa

Há muito que tinha deixado de ouvir o apontamento de David Ferreira, “a contar” na Antena 1.

Tinha grandes expetativas. O pai fora meu Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras. Era um bom amigo e um ótimo Professor. O filho desiludiu pela conversa política. Deixei de o ouvir.

Ontem ouvi-o por acaso, sob a capa de Amália. As canções eram boas e bem enquadradas com temas políticos, por volta de 1924. Não me arrependi. Até ao Noticiário das 8, tudo foi bom no campo musical. Caso raro.

O David Ferreira voltou a ter mais um ouvinte, não só para ouvir Amália, mas para rever os acontecimentos históricos deste mundo sempre em convulsão até chegar a um sopro de Amália mulher, cantora natural e simples, no Portugal que tinha fugido da miséria da Primeira República, 1910-1926, com muito sacrifício, muita dignidade, muitas críticas, mas a única maneira capaz de matar a fome ao povo e fazer progredir o País.

O pai, opositor do Estado Novo, sabia bem distinguir as diferentes linhas e admirava-se por eu não ter sido incomodado, quando em 1961, ter publicado o meu segundo livro, “Tu cá, tu lá”. Expliquei-lhe que o escrevi depois de ter verificado que me cortavam os artigos de jornal, mas os livros Portugueses não eram censurados, a menos que alguém fizesse queixa sobre factos ali relatados e os editores quisessem ter venda assegurada.

Não tivemos ocasião de conversas mais profundas. Voltámos a falar, só pelo telefone, quando estive na Assembleia da República e ele Secretário de Estado. Mais uma vez o Professor David Mourão Ferreira se mostrou um Homem exemplar. Oxalá o filho lhe siga os passos. Inteligência tem, capacidade de trabalho e imaginação não lhe faltam.

 

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C.S

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Terça-feira, 8 de Setembro de 2020

Presidente da República com paciência de santo

A Democracia, nos Estados onde existem, em grande quantidade atrasados mentais e oportunistas, não passa de uma porta aberta para estes galfarros se apropriarem do que entendem, espalhar o mal e a confusão para assim travarem o confronto, entupirem as respostas e se governarem.

O Presidente da República, Homem sensato, amante do seu País, sempre com o intuito de moderar os impulsos exagerados das Esquerdas, das extremas Esquerdas e das extremas Direitas nem sempre consegue levar a água ao moinho.

Marcelo é um homem extremamente culto e inteligente. Todos os políticos, a nível mundial lhe reconhecem essas capacidades. Aqui aproveitam a sua bonomia para dizerem o que lhes apetece.

Toda a gente sabe que a mudança de um Estado organizado e próspero, para esta Democracia de farroupilhas arrogantes, se processou nos primeiros dois anos do PREC (Processo Revolucionário em Curso), que os países estrangeiros classificavam como Manicómio em Autogestão.

O Primeiro-Ministro Vasco Gonçalves não se inibiu de ameaçar os portugueses depois das primeiras eleições terem dado ao seu Partido Comunista um resultado humilhante para quem blasonava de ter os portugueses do seu lado.

Como viram que nada conseguiriam de forma honesta trataram de inquinar as Instituições com gente ignorante e submissa, trombeteiros que ainda hoje continuam a fazer a propaganda, na Comunicação Social, do Partido dos trabalhadores, que os colocou no desemprego quando destruiu todo o tecido industrial.

Para agravar a situação, muitos viraram as costas à política e outros juntaram-se para se governarem. É por este motivo que Esquerda e Direita, aparentemente separadas, estão unidas. Todos querem tacho. O povo que se amanhe e o Presidente que se desenrasque.

Os portugueses estão metidos numa camisa de onze varas.

Não me admirava nada que apareça um, que tire uma delas, perca a cabeça e corra com os onzeneiros que tomaram conta do País.

Um Coronel inchado de vento, melena desgrenhada, ignorância e prosápia já veio, aqui há anos, ameaçar que corria com os governantes à cacetada.

Espero que o Presidente se salve e o País tome o rumo da verdadeira e impoluta Democracia.

 

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C.S

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Segunda-feira, 7 de Setembro de 2020

Pandemia ou mania compulsiva para adulterar canções

Antecipando a pandemia viral, começou aqui há três anos, mais ou menos, a pandemia mental de fraqueza geral entre cantores e copiadores de outras canções com o sentido de as adulterar.

O resultado foi uma pepineira intragável, em canções de outros tempos.

Amália foi uma das grandes sacrificadas. O resultado foi quase ninguém comprar esses discos e ouvir essa borracheira. Ou se desliga a antena ou se passa à seguinte.

Há falta de inspiração optou-se pela cópia com boas variações nunca conseguidas.

O cérebro destes contorcionistas da ilusão nunca deu para um trabalho original.

Perderam tempo, fizeram perder tempo, espalharam a pedofilia pandémica de adultos que abriram a porta a jovens peixes apanhados no anzol da bestialidade, em cursos para aprenderem a escrever.

A pandemia viral estava antecipadamente anunciada e só terminará quando o estrume da libertinagem for enterrado e desapareça, para o ser humano acreditar em si, e verificar que a beleza do mundo não precisa de cópias.

Experimentem os compositores não escrever à pressa, a não se cansarem se a harmonia não soar naquele momento. Soa noutro. Não desanimem. Nem sempre a inspiração resulta num fôlego imparável. Pode demorar dias.

Abastardar o tempo passado, cheio de sacrifícios e muito amor a Portugal, para conseguir algo diferente, mas sem qualidade, é um erro e um perigoso e inútil desperdício de capacidades mentais.

 

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C.S

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Domingo, 6 de Setembro de 2020

A Internet e o ensino à distância

Tiago Brandão Rodrigues merece toda a confiança dos portugueses. A sua frontalidade, honestidade e saber está-lhe na cara e nas decisões que toma.

É certo que o ensino presencial é o mais rentável, mas, há falta deste, a Internet é um sucedâneo credível e a aposta, em curto prazo, para implementar o desenvolvimento dos países mais pobres, e, neste momento para acorrer aos curto-circuitos que a pandemia pode provocar.

Brandão Rodrigues tem, penso eu, à sua disposição a "Escola Virtual da Porto Editora", o "Sapo explica da Texto Editora" e o "Essencial Digital” da Asa. Pode até haver outras, que desconheço. Estas plataformas têm os anos digitalizados, desde o Básico ao secundário, e podem, com uma negociação normal com o Ministério da Educação, colocar todos os textos Online e, com um tiro, beneficiar toda a população portuguesa que poderá também pesquisar conhecimento, aumentar a cultura e esquecer o aborrecimento do confinamento, caso o Ministro concorde com esta ideia e a trabalhe como entender. Não pode ficar descalço.

O vírus nunca vencerá o ser humano, a menos que todos cruzemos os braços e fiquemos à espera do milagre para o dia de sem nunca à tarde.

 

Anterior “Se os campos não são cultivados devem ser públicos”

C.S

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Sábado, 5 de Setembro de 2020

Se os campos não são cultivados devem ser públicos

Segundo um filósofo do século passado, tudo o que existe no planeta é bem público desde que não seja rentabilizado a favor do bem-estar social.

A pandemia, que neste momento envolve todo o mundo, veio pôr em relevo a sua asserção.

O Governo, através das Autarquias locais, podia decretar que os proprietários, que não cultivem as suas terras, as entreguem às Autarquias até eles não decidirem o que fazer: oferecê-las ao Estado por não terem descendentes diretos, vendê-las ou dar-lhes outro fim mais útil.

Portugal tem estado, desde há 46 anos a passar um período atabalhoado, confuso, onde até os corruptos não têm vida fácil e morrem relativamente jovens, sem tempo para gastar o que desviaram do erário público. Os descendentes ficam com o labéu de ladrões.

O cultivo das terras tem várias vantagens: evita os incêndios, aumenta a qualidade dos produtos, o ambiente enche-se de ar puro e as pessoas ganham confiança naquilo que comem.

Por todas estas razões e muitas mais, o Governo tem de pensar no assunto. As plantações hortícolas aproximam-se e os terrenos para as sementeiras têm de começar a ser preparados.

Ninguém come dinheiro, e, se comesse, ele é tão pouco que não enche barriga. Recebem tanto alguns reformados como os que vivem de subsídios.

António Costa mexa-se, não perca tempo com os palhaços que manipulam a demagogia e o tentam desviar do serviço público.

Acredite na determinação dos portugueses em sacudir a crise e os sacrifícios. Mas têm de ter um Chefe honesto, firme e competente para os orientar.

 

Anterior “País que cultiva as suas terras é um país saudável”

C.S

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Sexta-feira, 4 de Setembro de 2020

País que cultiva as suas terras é país saudável

Em 1973 havia menos de um terço dos médicos que hoje existem em Portugal e muitos deles eram professores nos Liceus e Colégios do País porque o trabalho não abundava. As pessoas eram saudáveis.

No Liceu Nun’Álvares, em Castelo Branco, em 1952 ou 53 havia, pelo menos, três, Dr. Moura Pinheiro, Dr. Alberto Trindade, Dr. Carriço.

O País respirava saúde. Ninguém era incitado a ir ao hospital se lhe doesse a barriga, a cabeça ou as unhas dos pés.

Essa saúde fez aumentar a população para níveis iguais ou superiores aos de hoje, com muitos casais com mais de três filhos e alguns com oito e dez; devia-se principalmente aos produtos saudáveis da terra. Lembra-me perfeitamente de as cenouras só serem raspadas, as batatas e os pepinos serem depelados finamente. Hoje isso é impossível. As batatas vêm do estrangeiro e ao fim de dois dias estão podres, aproveita-se metade, sabem mal e cheiram mal. Os pepinos, há dois ou três anos causaram uma mortandade em Hamburgo, na Alemanha, por causa dos químicos.

Portugal era um País saudável e feliz.

No dia 1 de Setembro, passado, acordei mais cedo do que o normal, e instintivamente ligo a Antena 1. Deviam ser 3, 50 da manhã. Ouvi de imediato o riso fresco da Noémia Gonçalves. Misturava-se com a boa disposição do José Martins que recordava as Filarmónicas onde ele começou por tocar requinta na gaita do Carocha. O dia 1 era dia das Bandas e a Noémia, estava a fazer o programa “Linha do Horizonte”. Ri a bom rir e recordei as multidões que se juntavam nos jardins a ouvir as bandas nos coretos, os bailes nos clubes, as idas ao teatro, ao teatro de revista sempre a abarrotar no Parque Mayer, as festas.

Portugal era um País saudável. Já tinha ultrapassado a miséria herdada da Primeira República, 1910-1926.

A saúde tinha dado origem ao trabalho, ao progresso, ao riso, à felicidade.

É urgente, António Costa, pensar no regresso aos campos dos que não têm trabalho. Com a direção de engenheiros agrónomos, os nossos campos, rapidamente produzirão, aquilo que neste momento estamos a importar de péssima qualidade e contaminando toda a população.

Garanto-lhe, Primeiro-Ministro, que os benefícios são de vária ordem e eu não me esquecerei dos lembrar.

 

Anterior “Os estranhos poderes do ser humano VI”

C.S

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Quinta-feira, 3 de Setembro de 2020

Os estranhos poderes do ser humano VI

Os fenómenos testemunhados mais me convencem que os poderes do ser humano são quase ilimitados.

Um dia em que almoçava com Vergílio Ferreira e com o Zé, como ele lhe chamava, a conversa alargou-se. O padre estava eufórico com a presença do amigo. Ele aproveitou-lhe a boa disposição para o questionar. Eu e muita gente tinha-se apercebido que podia estar a chover a cântaros, mas quando o padre chegava a chuva parava. Tinha-lhe feito notar isso e tinha conversado com o Virgílio Ferreira sobre esse facto. Nesse dia ele intimou o Zé a revelar o segredo. O Padre Miguel bebeu mais um gole do tinto e respondeu naturalmente:

- A força que nos criou nunca mais nos abandonou.

- Mas fazeres parar a chuva? - insistiu Vergílio Ferreira.

- No Universo tudo está ligado. Céu e terra são irmãos gémeos. É só falar-lhes.

- Em pensamento?

- Sim, em pensamento. Todos podem fazer o mesmo que acontece comigo.

- E o que acontece?

- Não sei.

- Será do desprendimento, como procede? - perguntei eu.

- É mais do amor que dedico às pessoas e acreditar que sou capaz de as ajudar. Meu pai tinha esta força dirigida aos animais. Quando o veterinário, não era capaz de os salvar, iam chamar o meu pai e nunca falhava. Tenho um colega meu, que vive perto de Boticas, que só com o pensamento domina cobras, lagartos, escorpiões e faz parar os animais de carga. Faz tudo quanto quiser, sempre por bem.

Esta conversa levou-me a fazer diferentes experiências. Confirmei que o poder existe.

A criação do mundo começou com feixes de raios de luz, todos saídos do mesmo ventre, que passados milhões de anos formaram matéria e continuaram ligados em todos os seres, e em cada espécie ou elemento de constituição diferente, mas que podem ser influenciadas por tudo quanto foi criado em luz e energia. Todos estão sempre ligados uns aos outros. Ao ser humano foi entregue a organização do espaço que habita e de também interagir com os astros. A influência da Lua sobre as marés e a água dos poços é sobejamente conhecida. O estudo dos astros foi preocupação desde a antiguidade.

Nos Estados Unidos e em França há décadas que estes assuntos são estudados. Neste momento só apresentei alguns factos para despertar os adormecidos, mas tenho centenas. Alguns já publicados e com o testemunho de quem assistiu a eles.

O Covid conseguiu sacudir o ser humano. Oxalá o acorde. A diferença das condições de vida, entre os muito ricos e os paupérrimos é abissal. Este assunto é o que de momento mais me preocupa. O Covid veio lembrar que a morte nos iguala a todos. Com poder ou sem poder todos cedem, sem honra nem glória, se não aplicarem o seu dinheiro em benefício de todos os seres humanos.

Quando conseguir reverter a pobreza fazendo que todos os Governos do mundo espevitem o capital aferrolhado e não aplicado na erradicação da pobreza, havendo tantas soluções para o fazer, aí eu posso partir, depois do dever cumprido. O Covid veio-me complicar os planos, mas, mais forte do que a doença invisível é a vontade do ser humano.

 

Anterior “Os estranhos poderes do ser humano V”

C.S

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Quarta-feira, 2 de Setembro de 2020

Os estranhos poderes do ser humano V

Nos meses em que estudei aquele homem, para saber o que tinha de especial verifiquei que a média das pessoas que o procuravam era 13.

Para os contactar, depois da visita, usei sempre uma pergunta muito simples. “Ainda está com mais alguém?”.

Quando perto do meio dia, o sabia sem ninguém, ia até à horta ligada à casa. Fazia-me encontrado e convidava-o para almoçar no Sabugal. A conversa rodava livre. Ele comia, normalmente, carne de porco.

No terceiro mês conheci o escritor Vergílio Ferreira que tinha sido colega do padre Miguel, no seminário. A alegria de um e outro era tão clara que todas as vezes que Vergílio Ferreira o ia visitar, almoçávamos os três.

Uma das vezes em que tivemos que esperar, Vergílio disse-me: “você devia escrever sobre o Zé. Eu já pensei fazê-lo, mas não tenho coragem. Não suporto o ridículo, o gozo dos que vivem a vida sem a pensar."

Confessei-lhe que estava ali para perceber os factos. Contei-lhe o que me motivara a largar tudo e estar na região.

Antes de sair da Assembleia da República tinha fundado “A Província”, semanário do País real, para ter acesso, com mais facilidade às pessoas e aos serviços públicos, sempre com a ideia de resolver o problema da pobreza, que contínuo a pensar possível.

Depois da conversa com Vergílio Ferreira comecei a escrever no Jornal sobre factos acontecidos no Meimão. De repente, a pequena aldeia transbordava de gente e os autocarros eram às dezenas.

As pessoas sentiam-se bem no lugar. Com o decorrer do tempo, os casos extraordinários aconteciam com relativa facilidade.

Mas as mulheres de Meimão recusavam-se a vender livros. Não acreditavam no padre. A intriga e a inveja fazia-as rejeitar a percentagem que receberiam. Até que decidi que, pelo menos uma pessoa ali vendesse livros. Lá a convenci. Não queria ficar com mais de cinco livros.

- “Isso, ninguém compra.” - Eu acabei por lhe deixar 50. No dia seguinte, à tarde, estava a pedir mais.

Os meses passavam. Como tinha outras atividades, nem sempre ali estava.

Um dia, a mulher dos livros pediu 200 livros. Eu próprio fui lá com uma carrinha levar 500. Quando cheguei, ela não estava. Apareceu o marido. Perguntei por ela. Disse que não estava. Insisti, e tanto insisti que ele respondeu: “Ela é maluca”. É maluca, mas está onde? “Está na escola”, então vamos à escola buscá-la. Pensei que fosse lá fazer limpeza. Ela estava a aprender a ler, aos sessenta e tal anos, para saber o que o livro dizia. Muitas pessoas compravam livros e passavam horas a soletrar uma página.

As curas, a melhoria de vida dos desesperados e dos habitantes da terra era evidente. Vendiam tudo o que havia para vender. As pessoas ficavam boas das doenças, uma mulher de Pínzio tinha sido curada de um cancro, uma rapariga muitíssimo gaga ficara a falar normalmente e havia os factos impossíveis e que nunca contei em livros, apesar de haver dezenas de pessoas como testemunhas do que tinha acontecido. Factos que ultrapassam todos os limites da compreensão humana. Conto um, passado diretamente comigo.

Um empresário de um restaurante, muito especial e muito caro de Lisboa foi ao padre Miguel. Nesse dia a aldeia estava cheia como um ovo. Ele falou com o padre e quando regressou ao carro, que estava a largos metros de distância, viu aterrorizado que tinha a caríssima máquina de portas trancadas e as chaves lá dentro. Pediu ajuda. Ninguém conseguiu abrir as portas. Ele lembrou-se de voltar ao Padre Miguel. Era impossível ultrapassar a multidão; até que alguém lhe sugeriu para ir comigo, a única maneira de toda a gente abrir caminho. Sabiam da amizade que o padre me dedicava. Depois de me encontrarem falou-me no problema. Também experimentei a minha sorte; nada. Fui com ele ao padre que estava rodeado de gente. Ainda estava a uns metros dele e já ele estava a mandar desviar as pessoas para saber o que eu queria. Expliquei-lhe o problema. Ele diz-me: “volte ao carro, mas tem de ser o senhor a fazer o que digo: puxe a porta do lado do volante do carro. Ela está aberta.”

Não podia discutir. Tinha de acreditar. Eu já tinha feito essa tentativa. Quando cheguei ao carro e puxei, a porta abriu imediatamente perante o espanto dos muitos que ali estavam.

Aqui levantou-se mais um problema para a minha cabeça. Já tinha a certeza que o ser humano interage um com o outro, mas entre o ser humano e seres inanimados como é possível?

 

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C.S

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