Para entender melhor os raios energéticos, de que já falei num blogue anterior, pense no Covid 19 que saiu invisível do rabo de um morcego e está presente em todo o mundo. Tal como o raio que ligou todos os seres humanos. Um só vírus multiplicou-se por milhões.
Para se entenderem todas as ligações tenho de continuar a conversa de ontem. No CDS nunca me inibi de dizer o que pensava. Quando o Freitas fez um processo disciplinar ao General Galvão de Melo e o pôs na rua como se faz a alguém desprezível, mostrei o erro, assim como lutei para não sairmos do II Governo. O mesmo aconteceu no caso Nobre da Costa em que discordei da atitude tomada. Freitas tenta fazer-me um processo idêntico ao do General e, em 6 ou 7 horas de debate, até às cinco e meia da manhã, perde. Fica furioso e anda meses sem aparecer no Parlamento. Eu fiquei triste. Gostava do Freitas apesar dele me detestar. Tentava evitar que errasse. Era um homem muito inteligente, culto e com uma memória assombrosa, mas um mau estratega. No meu espírito começou a bailar a ideia de sair da Assembleia da República e, sem ninguém esperar, tornei-me Deputado independente. A minha última intervenção no Parlamento foi em defesa de Maria Lurdes Pintasilgo e de critica à atitude dos Deputados.
O Dr. Menéres Pimentel convidou-me imediatamente para integrar o PPD. Agradeci, mas recusei. Voltei ao ensino.
Passados quase três anos dá-se o segundo clique.
Estava em conversa com um amigo e vejo ao longe o Nobre, um colega que não encontrava há anos. O Nobre aproximou-se e diz-me numa voz seca, quase sumida. “Estás bom?”. Perguntei-lhe: que fazes por aqui?
- “Fui a Fátima." Retorqui rindo: andas muito religioso.
E o Nobre conta-me a sua enorme angústia. Tinha a única filha com os dias contados. A Leucemia tinha prazo de mais oito e em desespero de causa fora ao Padre Miguel.
Quando subiu os degraus em pedra e bateu à porta, apareceu o padre com uma batata numa mão e a faca na outra. Entretanto a mulher e a filha, a muito custo, tinham subido a escadaria. O padre, com voz, um pouco agreste, perguntou: de onde vindes? Que quereis?
- “É a minha filha, disse-lhe a minha mulher lavada em lágrimas. O padre, só então pareceu reparar nela. Olhou-a durante uns segundos, colocou a batata e a faca na mão esquerda e dá três fortes pancadas na cabeça da criança. Depois diz: ela não tem nada! Ide embora! Toma vinte e cinco tostões para a rapariga e cinco escudos para cada um de vocês. Agora ide que se faz tarde. Setúbal é muito longe.”
A história é grande e não cabem aqui mais que os detalhes. No dia seguinte o Nobre, a mulher e a filha almoçaram em Tomar no Hotel dos Templários onde já tinham reservado as refeições; eu fui com eles. A jovem petiscou, mais do que comeu e nos dias seguintes todos os dias lhes telefonava a saber novidades.
A jovem estava curada e os médicos incrédulos, perguntavam-se o que tinha sucedido.
Depois deste resultado, o meu pensamento nunca mais parou. No fim do ano abandonei a Escola Santa Maria do Olival, onde já estava a faltar, coisa que nunca tinha acontecido. Fui tentar compreender o que se passava com aquele homem.
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C.S
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