Na celebração dos 100 anos da implantação da Primeira República há uma louvável tentativa para realçar as suas qualidades sem denegrir as suas muitas incapacidades.
Os programas têm sabido ultrapassar os escolhos neste País mais preocupado em resolver as dificuldades do presente do que em achincalhar o passado.
Republicanos e democratas somos todos menos algumas dúzias de saudosistas que tentam aguilhoar os governantes que, indiferentes ao burburinho, não lhes dão trela. Os da monarquia ficam a falar para as paredes.
Mas hoje na "Antena Um" e na "Rádio República" duas afirmações fazem que eu também não prescinda das minhas.
Marcelo Rebelo de Sousa, em determinada altura diz..."a ditadura Salazarista..." Nesse momento dei-me a pensar para comigo (e quando se pensa em solilóquio as palavras são mais livres): este gajo é um malabarista. O pai foi ministro, (bom ministro), devotado a Salazar. Se Salazar foi ditador, o pai Rebelo de Sousa não seria menos. Ele serviu, e bem, a ditadura. O Marcelinho recebe o nome o nome do continuador da ditadura, Marcelo Caetano. O Marcelo de agora já foi o Marcelo de antes a viver em ditadura, mas ele afirma-se não apoiante do regime transacto. Eu acredito. Ninguém apoia quem está na mó debaixo. Simplesmente o Marcelinho inteligente, judoca exímio de pensamento triturador, escusa de ser mais papista que o Papa. Salazar governou com autoridade, não foi um ditador no sentido que os oportunistas das palavras pretendem que o povo menos culto as engula, para os que comem das revoluções se satisfaçam com o banquete enquanto o povo dá vivas aos salvadores e morre na miséria. A Ministra da Educação volta a impor, a pedido dos sindicatos, autoridade nas escolas. Podemo-la considerar ditadora? Não. É mulher sensata. Um dos sindicatos propôs mesmo que os professores fossem equiparados a polícias. Aqui julgo que, isto sim, seria ditadura.
A outra frase vem de Adriano Moreira. Na verdade só sente a falta de liberdade aquele a quem lhe é retirada. E ele sabe-o por experiência curta, mas de qualquer modo experiência. Com Adriano Moreira, acordo total. Mas a palavra liberdade tem servido para desculpar todos os erros da Terceira República.
O PREC usou e abusou da palavra. Resultado: enquanto o povo se embebeda com ela e recebe quatrocentos euros por mês outros 187, no lado oposto vivem os revolucionários do sofá que, tal como tem vindo a público e a medo, abocanham entre 60.000 a 265.000 Euros por mês. Grande democracia! Grande liberdade! Enorme demagogia! (Há quem lhe chame roubalheira encapotada).
A única, verdadeiramente, democrata e que tudo distribui equitativamente é a Natureza. No final, ganhem ou agadanhem pouco ou muito, todos terminam da mesma maneira: com umas boas pazadas de terra em cima.
C.S
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