Intuitivo e hábil o Povo Português é dos mais inteligentes do mundo. Mas só demonstra as suas extraordinárias capacidades em casos extremos de ruptura. Prova disso está a crise de 1383-1385, a expansão marítima quando o caminho em terra estava vedado e era necessário lavrar o mar.
O português engrandece-se na aventura, é um gigante no trabalho e na organização quando vive nos outros países e um desinteressado pelo seu próprio País onde só trabalha por obrigação. No estrangeiro fá-lo por prazer, por orgulho em mostrar o seu saber e competência.
Um país com dez milhões de habitantes é menor do que muitas cidades asiáticas. O nosso orçamento é menor do que o de algumas companhias americanas e Japonesas. O País tinha obrigação de ser uma jóia de lapidação imaculada. Não é.
O português não estuda. Só o faz depois de muita insistência. Quando isso acontece, o estudo, a intuição e a habilidade inata explode em génio e deslumbramento.
O que acabo de dizer vem a propósito da séria advertência do Sr. Bernardo Albino sobre a falta de cereais e as gravosas consequências de que daí advirão. O Sr. Bernardo Albino é muito claro quando diz: "estamos a falar da nossa alimentação de todos os dias".
Esclarecendo: a tragédia está a aproximar-se. O povo enlouquece com a fome e o desespero. Foi o que aconteceu na Primeira República.
Salazar, a primeira coisa que fez para acalmar a fúria dos enganados da Primeira República foi mostrar-lhes pelo exemplo a força do trabalho e da inteligência. Todos lançaram mãos ao seu potencial produtivo e ao engenho. Em 1933, ao discursar sobre a chegada do "Gonçalo Velho", diz: "...é preciso que tenhamos descido muito baixo para que seja acontecimento nacional a chegada dum pequeno navio para a marinha portuguesa", mais adiante acrescenta. "Nós não teríamos ouro para pagamento imediato da nova esquadra se pelas campinas não houvessem lourejado, abundantes, as searas. Para que pudessem sulcar os mares os navios portugueses, foi preciso que a charrua sulcasse mais extensamente, e melhor, a terra da Pátria, poupando à Nação largas somas do seu ouro."
É mais que tempo de voltarmos ao trabalho e de deixarmos de "governar" as Nações alheias. Aos dois primeiros anos de desvario depois do 25 de Abril seguiu-se uma Assembleia da República onde os votos de protesto contra o que de mal acontecia nos outros países, nos roubava tempo, dinheiro e credibilidade. Seguiram-se os tempos de hesitação e os gastos desbragados de quanto vinha e vem da União Europeia. O resultado é a miséria que ronda perigosamente a cabeça de cada um. Ninguém está seguro. Os que têm e os que não têm serão todos vitimas do vendaval.
É tempo de ouvir vozes sensatas como as do Sr. Bernardo Albino.
A festa da inconsciência dura há 36 anos. É tempo de voltar ao trabalho.
C.S
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