Cavaco Silva, em 2009, promulgou o diploma sobre o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano. Agora os sindicatos torcem o nariz e preferem que o documento morra na gaveta.
Esta atitude parece incompreensível por parte dos docentes sindicalistas. Além do ensino ser tão importante como o pão para a boca, a sua atitude é tanto mais extravagante por sabermos que esta obrigatoriedade força à contratação efectiva de um maior número de professores, objectivo pelo qual têm reclamado.
Mas, pelos vistos, os sindicatos preferem a contestação, e os professores o subsídio de desemprego.
Não me admirava nada que a verdade seja mesmo esta.
Há professores, em algumas escolas de Lisboa, que dariam tudo para estar de perna traçada. Se escolhesse dois, daqueles que conheço e sei como actuam, agarrava num de português que passa o tempo a falar de tudo menos da matéria. E uma de inglês que ainda não entendeu o que mistura na salada que devia ensinar.
Os judeus e os padres devem ao estudo a sua pujança. A igreja católica ganhou uma força tremenda porque enviou para aldeias e vilórias, sem importância, padres formados em colégios de grande rigor. Os judeus fizeram a mesma coisa. Podiam ficar despojados de tudo, mas nunca descuravam o estudo. Isso ninguém lhes poderia tirar. Hoje, apesar de serem um máximo de doze milhões espalhados pelo mundo, já contando com os que vivem em Israel, os judeus, embora, irracionalmente, concitem muito ódio, também reunem muita admiração pela inteligência, esforço e determinação com que defendem as suas causas.
Só o estudo fornece o conhecimento, a alegria, o prazer e a riqueza.
Portugal não é um país pobre. Portugal o que tem é um número ainda excessivo de ignorantes que fogem do estudo como o diabo da cruz porque não têm professores nem pais que os motivem. Esta é a verdade dura, crua e dolorosa.
Falte dinheiro para tudo menos para a educação e para a comida. Com mais ou menos automóveis, com mais ou menos roupa, com mais ou menos sapatos, todos podemos passar. Sem instrução e sem comida é que um povo nunca poderá sobreviver.
O Governo e a ministra Isabel Alçada devem fazer aquilo que tem de ser feito. A escolaridade até ao 12º ano deve ser implementada, rapidamente. É preferível ter um empregado de balcão doutorado do que um ignorante abandonado à sua sorte porque ninguém teve o bom senso de o obrigar a estudar e a ser feliz através do conhecimento.
C.S
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