Ferreira Leite presidiu ontem à cerimónia de auto-de-fé do inconvertível José Sócrates tal como nas eleições anteriores fez a Passos Coelho.
É mulher de génio, esta Ferreira Leite. Sempre tive simpatia pela senhora e sempre tive a certeza que é mulher honesta no meio dos corruptos que o PSD alberga e que são conhecidos nas fraudes dos Bancos e pelas quais o País, só de um, é esventrado em mais de 5 mil milhões de euros. Este é um caso. Há outros, públicos, de mais milhões e milhões sonegados a Portugal por políticos corruptos e insaciáveis que tanto no tempo do PPD como no PSD meteram as mãos no cofre, encheram os bolsos. Há ainda os outros, os escondidos.
Claro que no PS também há. Muitos fizeram o mesmo. Encheram bolsos, fundações, meteram amigos incompetentes e subservientes a tudo. Desbarataram dinheiro a torto e a direito. E agora, aqui estamos todos a apontar culpados, como se isto não começasse quando chegou esse desgraçado comunista, Cunhal, e o louco Vasco Gonçalves entrou para Primeiro-Ministro. Um destruiu, arrasou, contaminou. O outro distribuiu pelos camaradas, enquanto a pesada herança lhe aguentou a insensatez.
Sem dúvida que Sócrates tem muitas culpas no cartório. Sócrates, com a ânsia de mostrar trabalho e de desenvolver o País cometeu bastantes erros. Sócrates perdeu-se em assuntos menores, fracturantes, num país que precisa de serenidade. A questão do Estatuto dos Açores foi um disparate que a incompetência Parlamentar aprovou para ganhar votos em vez de ganhar coesão. A refrega com o Presidente da República, neste caso, onde havia tantos artigos inconstitucionais, foi outra das suas fragilidades por teimosia.
Mas este País não se encontra dividido e à beira da bancarrota só por causa do José Sócrates ou porque vem aí o Passos Coelho, um pouco trapalhão e inexperiente.
O País está assim porque o PREC quase o destruiu e porque os tubarões, numa espécie de vingança, au ralenti, roubaram milhões, aumentaram salários de maneira escandalosa e o País, agora, se vê confrontado com uma diferença abissal, entre quanto ganha um trabalhador indiferenciado, com todos os outros alcandorados a lugares que nunca deveriam ir além dos 1500 euros e atingem os 10 mil, os 20, mil, os 50 mil e mais.
Alem dos ordenados vêm as reformas
Qual é o País que pode suportar esta gente? Nenhum!
Como é que um país pode viver saudavelmente quando se discute no Parlamento, e não se concede, um aumento de 15 euros para o trabalhador receber 500 euros por mês e os Deputados ganham dez vezes mais sem que o mereçam!?
Pode a Manuela Ferreira Leite imolar o Sócrates e o fantasma do Passos que isso pouco ajudará à resolução da crise. Mas faça a Ferreira Leite uma campanha para a redução dos salários, das reformas e do regresso ao país dos milhões escondidos nos paraísos fiscais e verá que o País não precisa do FMI para nada se, a seguir, se lançar ao trabalho em vez de continuar a ouvir disparates, a fazer greves e a discutir o sexo dos anjos.
Comece, a senhora, a dar o exemplo. Diga ao País em quanto se propõe reduzir o que recebe e force os outros a fazer o mesmo.
Deixo-lhe uma sugestão: convença o Mário Soares, o Almeida Santos, o António Guterres, o Pina Moura, o Freitas do Amaral, o Dias Loureiro, o Sampaio, o Cavaco e o Eanes a alinhar nesta campanha. Garanto-lhe total sucesso.
C.S
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