Eu que vivi os últimos 37 anos em desespero por tudo quanto aconteceu a este País onde o Sol, o Mar e o Povo sempre tinham cantado o amor e a solidariedade, sinto hoje o despertar de um tempo novo onde o bom senso, a determinação e a inteligência se aprestam a governar Portugal.
Os Ministros oferecem, com toda a naturalidade, a garantia de que o País de loucos, dissipado no PREC, e o País dos panos quentes, das facilidades, da corrupção, do compadrio, esse País acabou.
A eleição da Deputada Assunção Esteves para Presidente do Parlamento também me enche de orgulho e esperança. Orgulho porque acredito na inteligência, ponderação e capacidades da mulher portuguesa. Este é o segundo passo para a sua consagração. O primeiro foi dado por Salazar na Constituição de 1933, contrariamente do que aconteceu na Primeira República de que esta copiou abundantemente a asneira levantando sempre a capa da liberdade, mas não a concedendo nesse tempo de miséria triste. Salazar deu-lhes o direito de voto.
O título, em epígrafe, pretende chamar a atenção para dois vectores que continuam a ser óbices para o desenvolvimento de Portugal:
Os livros e a ignorância do Povo.
Tanto na Primeira, como na Segunda e agora na Terceira República, os Governantes tentaram que o ensino entrasse na cabeça destes teimosos. Nem obrigados, nem às costas iam à escola.
José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues conseguiram atingir um patamar aceitável apesar dos mentores de café e televisão perorarem contra o erro dos computadores Magalhães e lhes terem feito a vida negra.
Pois foram os computadores Magalhães que captaram e provocaram a viragem e o sucesso na frequência da escola.
Quanto a livros, António Barreto e a Fundação Manuel dos Santos têm feito um trabalho fabuloso.
Os livros têm a medida e o tamanho para não cansarem os sempre cansados em leitura. O preço é acessível, mas é fundamental que todas as bibliotecas do País os possuam para que o preço, mesmo baixo, não seja obstáculo ao desconhecimento.
E isto por quê? Porque foi e é a ignorância que atasca de lama, miséria e fome o povo que não lê, não sabe, não compreende e desse modo é levado à arreata e manipulado como uma criança inocente.
Salazar ofereceu a todas as escolas livros de apoio ao saber ler e contar. Foram integrados na "Colecção Educativa". A seguir ao 25 de Abril um selvagem, com o poder que lhe concedia o cargo de Secretário de Estado de Orientação Pedagógica, manda-os queimar em auto-de-fé. O que fez Rui Grácio chama-se fanatismo, infâmia e burrice.
Parte do título deste texto vem precisamente do livro: “Filosofia em Directo” de Desidério Murcho. Escrita muito natural, muito acessível, até àqueles que têm medo de ler. As primeiras páginas incluem o Prefácio e a magia da palavra Democracia.
Vale a pena a leitura e a meditação. Tal como todos os outros livros coordenados por António Araújo.
Agora que no Parlamento entrou para a cabeça da A.R Assunção Esteves, e a Maria de Belém lhe é confiada a direcção da bancada socialista é fundamental que o Povo Português tome consciência da realidade em que se movimenta.
Para saber se está certo ou vive em rebanho, o povo, tem que ler! Tem que estudar! Tem que acreditar que só conhecendo e compreendendo, ele viverá melhor em Portugal e nesta Europa por onde nos estendemos e que puxa por nós para que, finalmente, possamos beneficiar do seu progresso e do seu bem-estar.
C.S
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