Aumentar preços e impostos sem curar das consequências e sem a preocupação de auditar contas, administrações, funcionários e compras é caminho totalmente errado.
Há ditados portugueses que os governantes não podem esquecer: "as gatas apressadas parem os filhos cegos", ou este outro: "cadelas apressadas parem os filhos tortos".
A cegueira ou a tortuosidade com que o Governo pretende voltar a rever o preço dos transportes não se coaduna com a esperança, o sacrifício e a calma com que os portugueses estão a aceitar o apertar do cinto depois de anos e anos de loucura e despesismo em que o exagero perdulário atingiu, com Guterres, o paroxismo com estádios megalómanos e em quantidade, barragens que pararam para não afogar gravuras, como se não houvesse outra solução para as salvaguardar, milhares de contos dados à Fundação do inventor da descolonização exemplar, do viajante gastador, do cérebro falante Soares, etc, etc, etc.
É sabido que o PREC e o infame Cunhal têm muitas culpas do que posteriormente aconteceu, mas os governantes não estão isentos da desgraçada situação em que Portugal se encontra. Umas vezes por omissão, para não enfrentar a chantagem dos sindicatos, outras por compadrio e outras por atitudes apressadas e mal pensadas.
O caso dos transportes é o mais flagrante. Ele afecta, directamente, milhões de portugueses. A mobilidade é fundamental para chegar a horas ao emprego, à escola, ao hospital. Se os preços dos bilhetes voltarem a aumentar, há muita gente que terá de fazer longos percursos a pé com as consequências que daí advirão.
Como todos sabemos, a Primeira República deixou Portugal de rastos. Salazar, quando entrou para o Governo, como Ministro das Finanças, dois anos depois do 28 de Maio de 1926, além dele próprio dar o exemplo, tinha como frase leitmotiv: poupar, poupar, poupar.
Um dia, um dos funcionários subalternos, que lidava frequentemente com ele disse-lhe ufano: sr. Doutor, hoje poupei dois tostões. Em vez de vir de eléctrico vim a pé, atrás dele. Salazar, sorridente, respondeu-lhe: se vier atrás de um táxi consegue poupar muito mais.
A história serve para lembrar que os tempos, hoje, são outros e que o exagero levado a extremos pode ter graves consequências.
Os transportes públicos, quase todos controlados pelo Partido Comunista e pela sua correia de transmissão sindical, a CGTP, são um cancro. As células malignas estão nos próprios trabalhadores, nas administrações e nos quadros inferiores. O caso da CP é escandaloso. Os maquinistas paralisam o País, com a colaboração dos outros sectores, e sentem-se imunes a sanções. A Transtejo, a Soflusa paralisam quando lhes apetece. A Carris idem. A chantagem é a sua arma. O PC, a cabeça de víbora que os envenena.
Em vez de aumentar os preços, o Governo, tem de diminuir despesas com parasitas, protecções e corrupções.
Estas empresas públicas têm um deficit de centenas de milhões de euros. Qual é a justificação do Governo para obrigar o povo a pagar uma coisa que não o benefícia?
Pense bem, o Governo, antes de partir para novos aumentos nos transportes. Governar assim, qualquer um governa! Ir muito longe com a medida é que me parece não ir. A pressa é capaz de lhe quebrar a perna. De gente manca e canhestra está o povo farto e pelos cabelos. Não puxem mais.
C.S
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