Ao ler Jan Dalhuisen no jornal i do dia 28 sinto a angústia que a tristeza provoca em alguém que conhece os portugueses, mas que não os consegue espevitar.
Jan Dalhuisen enumera as qualidades e as fraquezas de um povo de grande capacidade, iniciativa e energia, mas que, de tempos a tempos cai. Parece entrar em depressão e funciona como pau mandado, pouco lhe importando o que acontece. Aceita com a mesma displicência a grandeza como a miséria.
Na verdade, os portugueses não são preguiçosos, Professor Dalhuisen, eles são é desinteressados. Não estão para se chatear (esta é a palavra exacta), e como não estão para se chatear aguentam tudo até o mau cheiro lhes chegar ao nariz. Quando isso acontece reagem, vão à luta e vencem.
A “tendência a deixar-se subjugar e silenciar por pequenos grupos de elite” não é por sentirem temor é mais por sentirem desprezo por uma elite de arrivistas que eles podem desconsiderar a qualquer momento.
Quanto aos jornalistas, a uma boa parte de jornalistas, tem razão. Esses sim, muitos são subservientes perante o chefe com quem não são capazes de discutir qualquer assunto. Outra parte são obedientes aos Partidos. O que lhes interessa é quem lhes paga. Digam o que disserem. Para eles tudo bem. É gente sem coluna vertebral.
Quanto ao ensino, perfeitamente de acordo.
Se insistir nas linhas do futuro, do válido, da modernização, tenho a certeza que será ouvido. Eles ouvem melhor um estrangeiro e não ficam amesquinhados.
Penso que fomos os primeiros a fomentar a globalização. Um chinês, um japonês, um indiano foram sempre povos com quem nos misturámos e negociámos de igual para igual.
Fizemos o mesmo em todo o mundo. Por isso encontra a gente mais amável e mais doce nos territórios colonizados pelos portugueses.
Cá o espero na próxima semana e nas seguintes. O português é sequioso de conhecimentos. Só
precisa ter a certeza de que quem ensina sabe mais que ele.
Professor Jan Dalhuisen, Portugal é um País estranho. Aceita com mais facilidade um estrangeiro de grande cultura e saber do que os amadores que tomaram o País como lobos esfomeados e uivam para serem ouvidos.
C.S
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