Em Outubro de 1925, Gomes da Costa escreve no jornal “A Época”:
“Um lugar no Parlamento é para estes Catões (Catão, tribuno romano de grande eloquência) garantia de gamela bem cheia, a fartura e o regabofe garantidos…é a isto que chegámos ao fim de 16 anos de regime republicano!”.
Os conspiradores dos Golpes militares são julgados e absolvidos.
A 18 de Dezembro, António Maria da Silva forma o quadragésimo quinto Governo.
O Presidente da República, Teixeira Gomes, demite-se. É eleito, mais uma vez, Bernardino Machado.
As prisões e deportações de inúmeros sindicalistas continuam.
O ano de 1926 começa com uma greve académica.
Em 1 de Fevereiro, Martins Júnior e Lacerda de Almeida fazem mais um Golpe, desta vez em Vendas Novas. Prendem os oficiais e, com o regimento comandado por sargentos, dirigem-se para Almada, ocupam o forte e disparam sobre Lisboa. O Governo responde com dureza. Eles acabam por se render.
Depois deste Golpe, Mendes Cabeçadas convida Gomes da Costa a preparar um Golpe que acabe, de uma vez por todas, com estas insurreições que destabilizam a vida do país e sacrificam sempre o povo. Mas Gomes da Costa recusa encabeçar um movimento revolucionário.
Cunha Leal, a 26 de Abril, incita o exército a salvar a República e acusa Afonso Costa e o Partido Democrático de terem levado o país ao estado calamitoso em que se encontrava. Chama aos políticos verdadeiros parasitas.
Em 1 de Maio o Parlamento é invadido por turbas de populares esfomeados e enfurecidos que aterrorizam os Deputados, os insultam de modo baixo e sórdido, e os acusam de serem os grandes culpados de tudo o que acontecia em Portugal.
A 3 de Maio a polícia desmantela uma tentativa de implantar o bolchevismo.
O Governo não arrisca entregar a chefia do Estado a Comunistas. Mas o Governo quer entregar o Governo a alguém ou a alguma força desde que lhe ofereçam um mínimo de confiança.
O Povo, os intelectuais e muitos políticos apelam ao exército para que intervenha eficazmente e ponha cobro ao descalabro em que o país se encontrava.
A 25 de Maio, o General Gomes da Costa, com o conhecimento de todos, aceita encabeçar o Golpe final contra o Governo e contra a delirante, caótica e desgraçada Primeira República.
A 28 de Maio de 1926 começa o movimento.
Mendes Cabeçadas manda encerrar o Congresso. O Parlamento é acusado de ser o fomentador de todos os desacatos e os Partidos apontados como o grande mal.
O Povo tinha sido sempre o grande sacrificado. O país era um campo de ruinas só ligado pelo caminho-de-ferro. As estradas, intransitáveis, estavam infestadas de mendigos e de ladrões.
A primeira República foi considerada o regime Parlamentar mais instável e mais lamentável da Europa.
A Primeira República (1910-1926) caiu sem um mínimo gesto de resistência.
C.S
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