Em 1924 os funcionários públicos abandonam as repartições sem se importarem com as consequências. Cada um faz o que quer e pode morrer como entender.
Abril começa com as greves dos transportes de Lisboa e do Porto e termina com a dos motoristas que reclamam sobre o valor das multas que são muito altas.
Em Maio a cidade do Porto é entregue ao poder militar por causa da greve geral.
O próprio Diário do Governo tem de ir à censura para evitar que informações erradas sejam aí publicadas.
Os ataques à bomba matam polícias e populares.
Os corticeiros e pessoal dos Telégrafos-Postais entram em greve.
Polícias e comunistas da “Legião Vermelha” entram em confrontos. Há quatro mortos.
A indisciplina nas Forças Armadas é total.
O Governo institui o Dia da Raça. Faz a comemoração de 3 a 10 de Junho.
Dezenas de operários são deportados para África.
A polícia e a GNR envolvem-se em confrontos. Deixou de haver ordem e respeito. Era o descalabro e a inviabilidade do país como Nação coesa. O fim da Primeira República estava por um fio.
Em Agosto, uma revolta comunista é travada com violência.
Em Setembro volta a haver um agravamento de impostos.
Os armadores dos barcos de pesca entram em greve.
As forças do Governo tornam-se cada vez mais violentas. Não se passou um único mês que não fosse farto de bombas, desespero e muitos mortos.
A dívida do Estado é impagável e nenhum político consegue arranjar qualquer solução para a pagar ou reduzir.
Os funcionários das finanças voltam a um ciclo de greves que também se irá repercutir pelo ano fora.
José Rodrigues Miguéis declara que a burla das eleições era miserável e que isso levava a situação em que o país se encontrava.
O Jornal “A República” afirma que o Partido Democrático é o Partido dos escândalos mas que nunca tinha visto nenhum ladrão na cadeia.
O jornal “A Batalha” é sujeito ao regime de Censura Prévia.
Devido à dimensão das greves no Porto, o Governo manda cercar a cidade pelas Forças Militarizadas.
Cancela de Abreu afirma, no Parlamento, que o país estava entregue a uma quadrilha de ladrões. A CGT secunda a ideia ao dizer que o Governo de Álvaro de Castro tinha caído por causa dos roubos.
A Primeira República estava a morrer. Tudo parecia ser feito em cima do joelho, de maneira desinteressada e cada vez mais atabalhoadamente.
O Fascismo aparece como solução possível. Opõe-se o jornal “Novidades” que afirma que Mussolini é um oportunista e a sua preparação intelectual insuficiente.
Em Novembro, a GNR, dissolve à bastonada, uma manifestação comemorativa da revolução bolchevista, que contava, na Rússia, já com centenas de milhares de mortos e não seria exemplo a seguir.
No final deste mês, José Domingos dos Santos, forma o quadragésimo primeiro Governo Constitucional.
C.S
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