À Primeira República faltou alguém que soubesse bastante sobre psicologia das multidões.
Homens inteligentes, trabalhadores, querendo ajudar o povo fazem o contrário, porque não lhe sabem falar. Em 16 anos tem 45 Governos que não conseguem evitar a miséria, antes pelo contrário, aumenta muitíssimo por incapacidade dos Governantes em travar os conflitos sociais, como iremos continuar a ver, nesta súmula até terminar os blogues em 28 de Maio de 1926. Os crimes, as lutas partidárias e os erros nunca abrandaram.
Em Janeiro de 1914, os ferroviários começam uma greve que dura mais de dois meses.
Como o comboio era o único meio seguro de viajar e transportar mercadorias, pode imaginar o desfalque que isso provoca em qualquer Governo. Quem sofre? O povo.
Os padres eram acusados de ser os instigadores de todo o mal que acontecia. O assassinato de religiosos era frequente. O único que nunca se preocupou em ser preso foi o Padre Cruz. Assim podia catequizar os outros presos.
Em Maio, os pescadores de Sesimbra entram em greve e a fome aumenta de tal maneira que leva multidões a assaltar os armazéns de víveres.
Sampaio Bruno, Basílio Telles e Machado Santos querem pôr fim à Ditadura Revolucionária de Afonso Costa, mas não conseguem.
Em pleno Verão rebenta a Primeira Grande Guerra que evita, por acaso o esbulho das colónias Portuguesas que já estavam apalavradas entre os nossos amigos ingleses e os alemães. Mas a insubordinação nos quartéis, como por todo o lado é geral.
Neste ano, em Congresso realizado em Tomar é criada a União Nacional do trabalho.
Aparece nas bancas a Revista “Orpheu” que deixa os Governantes ainda mais preocupados. Nela, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá Carneiro, Alfredo Guisado, Armando Côrtes Rodrigues, António Ferro e José Pacheco dizem e fazem o que lhes apetece. O Governo sabe que, com intelectuais a conversa é outra.
A 25 de Janeiro de 1915 o Governo é demitido. Pimenta de Castro vai Governar em Ditadura declarada. Mas ninguém respeita os Governos digam eles que são Ditaduras ou Democracias. Para o povo são todos iguais.
Afonso Costa faz um novo Golpe. Entretanto dá-se o Movimento das Espadas”. Os oficiais sentem-se ofendidos com a maneira como são tratados e vão entregar as suas espadas ao Governo quando o Major João Craveiro Lopes foi demitido por razões políticas. O Governo manda-os prender na fragata Fernando II e Glória. Em sua defesa Machado Santos, o herói da Rotunda, entrega também a sua espada e em breve, o Governo voltava a cair.
Neste meio termo Afonso Costa sofre um atentado, que escapa por uma unha negra. Ele enche-se de coragem e grita que o Governo era formado por insignificantes, presidido por um doido e guiado por um traidor, o Sr. Camacho.
Em Março, Deputados e Senadores são impedidos de entrar em São Bento. Eles não se impressionam. Todos parecem garotos a brincar com o fogo. Vão reunir-se no Palácio da Mitra e declaram o Governo inválido. Camacho chama à reunião um Congresso de Mitra e Gaita.
Coloque a máscara. Como é que o Covid não há-de levar a melhor nos dias de hoje? Antes , a Primeira República vai soçobrando por incapacidade, hoje o mundo contínua nas mãos de indecisos que ainda não compreenderam que a pobreza tem de acabar rapidamente e todo o ser humano tem de trabalhar em conjunto e ser feliz, caso contrário fica nas mãos de um pensamento viral.
É bom recordar que o Universo e tudo o que existe começa por um Vírus do mesmo tamanho e peso, que ao fim de centenas de milhões deu o Universo tal como existe.
Será que o ser humano cansou? Prefere o divertimento imediato a uma vida mais longa e chata? Disso me queixo eu. Se não fosse o trabalho e o prazer do saber total, se calhar também estava misturado com todos aqueles que nunca souberam aproveitar a vida e tirar dela a verdadeira alegria de viver e saborear o conhecimento.
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C.S
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