Desde sempre fui livre em Portugal. Mesmo quando os loucos de Abril me puseram um processo em tribunal por ter escrito um texto em que avisava os militares de que estavam a ser enganados pelos políticos.
Eram vários anos de cadeia, mas nunca senti falta de liberdade. A partir desse momento fiz pior. Na Assembleia da República acusei os políticos de que os seus erros era o povo que os pagaria.
No Estado Novo depois de me terem cortado onze artigos sem qualquer ameaça, comecei a escrever livros onde disse tudo quanto quis.
Contrariamente ao propalado, Portugal era o país mais livre da Europa, e o chefe do Governo, Salazar, o mais inteligente e ponderado. A história, que não os histriões que hoje a fabricam como lhes mandam, se encarregará de demonstrar aquilo que hoje está à vista para quem queira comparar os 36 anos de Governo de Salazar como Primeiro-Ministro e os 41 anos que vamos levando de demagogia e dificuldades.
Descontando a Censura do 25 de Abril, que não me cortou o artigo mas me levou a tribunal e a outra Censura inócua dos Coronéis e capitães do Estado Novo, nunca considerei ter falta de liberdade. A censura no Estado Novo era preventiva, a do 25 de Abril era punitiva. Senti isso por comparação com os vários países por onde andei, trabalhei, olhei, estudei e me diverti, mas onde as regras eram para cumprir e, se não havia prisão, havia multas pesadas para os prevaricadores da liberdade condicionada.
Todo este arrazoado vem a propósito dos atentados que sucederam mais uma vez na Europa, no Norte de África e um pouco pelo mundo.
Tinha assentado arraiais em Paris em 1986 para daí visitar os outros países da Europa e entrevistar Embaixadores e Cônsules Portugueses, além de Presidentes de Câmara dos países visitados.
Pedi um cartão de Imprensa Estrangeira ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e esperei pela resposta. Entretanto começaram atentados com corpos e pernas despedaçados. Pensei no assunto, andei por todo o lado sem qualquer receio. Sempre fui muito inconsciente. E escrevi, julgo para o Ministério do Interior dizendo como era possível travar a barbárie. Passados três dias recebi o meu cartão de PRESSE ÉTRANGÈRE.
De hoje até daqui a muitos anos, os Governos de todos os países têm de pedir a colaboração de toda a população. Cada pessoa tem de vigiar o desconhecido que entra no metro, no comboio, no autocarro, num centro de culto, num museu, em lugares onde haja multidões. Deve fazê-lo naturalmente, tornar isso um hábito, para avisar de imediato as autoridades, caso contrário esta loucura islâmica não vai parar.
Portugal, que até agora tem sido poupado, não pode arriscar nem mais um dia. Ou avisa a população do que deve fazer, ou coloca polícias por todo o lado.
Precisamos dos turistas como do pão para a boca e, sem segurança, ninguém arrisca sair de casa.
C.S
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