Se não quiser que a doença de Alzheimer afete o seu dia a dia tem de lhe fazer frente.
A melhor maneira de manter a vida saudável é ter uma vida mental ativa, lendo, escrevendo, e fazendo todas as atividades normais, tendo 20 ou oitenta anos.
Quando se esquece, seja do que for, tente lembrar-se olhando para o sítio onde se dirigia ou usando de mnemónicas para se recordar de algo semelhante e se lembrar de alguém ou de alguma situação parecida.
Eu esfrego os neurónios, que me restam, para tirar partido de tudo, trabalhando; e fixo, muito rapidamente, o que quero fixar, repetindo a palavra ou a pequena frase que me interessa.
Neste momento divirto-me alargando o conhecimento do Chinês, tal como fiz com o Russo, mas verifiquei que o Russo, muitas vezes impedia o chinês de entrar. Tive de forçar a que isso não acontecesse. Deixei de estudar o Russo. Os neurónios ganharam força. Antigamente escrevia pequenos livros de história, português, francês, Inglês etc., para os alunos particulares passarem nos exames; agora faço quase o mesmo. Tento escrever um livro em Chinês, de tal maneira simples, que sirva para não se perder na imensidão chinesa.
Quando o Coronel Chartier, com 72 ou 73 anos, aqui há uns dez anos, jurava nos almoços de todos os meses que nunca perderia tempo com computadores e Internet, um dia, de almoço prolongado e muitas discussões com os outros terríveis da Guarda, convenci-o a irmos tomar café à beira Tejo, na estação do Oriente. Conversa, puxa conversa, para o distrair, entrámos no Pavilhão do Conhecimento. Chamei uma das jovens que ali prestavam assistência e entreguei-lhe o Coronel para ela lhe dar umas lições sobre o Digital. Ele bem estrebuchou, mas eu voltei-lhe as costas e regressei a casa. Sabia que não resistiria à dialética e simpatia feminina. Hoje, ele sabe muito mais do que eu os caminhos da Internet. Está rijo, são e sempre disposto a uma boa discussão com o pintor Luís Gonçalves, com o Escudeiro, comigo, e com outros que tenham a ousadia de se meter nos assuntos em cima da mesa. Em mais de sessenta e cinco anos, nunca me lembro de haver zangas, apesar de quem nos ouvir, achar que vai haver sarilho grosso.
Em qualquer idade nunca diga não à aprendizagem dos segredos do computador e do Digital. Desafie os netos ou os amigos para lhe ensinarem o que desconhece. Vai ver que vale a pena aprender até morrer.
É mais suave, mais doce e afasta as doenças.
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C.S
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