Ramalho Ortigão, no 1º capítulo do livro “A Holanda” diz:
Até ao século XVI a Holanda era para nós o pântano tenebroso, a região anfíbia, ora água, ora terra firme, um pouco de lodo envolto em névoa, periodicamente revolvido pelas tempestades do Mar do Norte…”
A Holanda de hoje é um país riquíssimo e bem organizado.
Portugal, devido ao clima agradável, não puxa pelo povo. Com qualquer coisa se contenta. É capaz de sobreviver com um bocado de pão seco, água e simpatia. Se não houver quem o saiba estimular, não anda.
Não resisto a falar com todos os sem-abrigo que, ao calor tórrido que esquenta tudo, se mantém imperturbáveis, sempre à espera que alguém lhes deixe uns cêntimos. Raramente pedem. Esperam. O orgulho é o que lhes resta. Antes morrer à fome e ao calor.
Portugal tem urgentemente de mudar a sua maneira de ser se quiser caminhar a par com os países mais desenvolvidos e prósperos do mundo.
A calamidade que se abateu sobre Portugal devido ao desleixo e sujidade pode ser, se os Governantes quiserem, a sua oportunidade de redenção.
Ninguém lhes leva a mal os erros. Foram incapazes e incontinentes verbais sempre que foi necessário enrolar o povo. Não prestaram, muitos governaram-se, não Governaram.
Estas são as cinzas de 42 anos improdutivos, incapazes de um único Orçamento com superavit e com uma dívida muitas vezes superior à dos finais da Monarquia e da Primeira República.
Os avanços que houve foram feitos pela evolução dos tempos.
Esqueçamos os últimos e complicados 42 anos; enterremos as mãos nas cinzas com a determinação firme de dar aos portugueses a Pátria que eles amam, mas para a qual têm de trabalhar em conjunto; Socialistas, Sociais-Democratas, Comunistas, Bloquistas, PEV, PAN e Centristas.
A transformação das cinzas em desenvolvimento, progresso e felicidade só pode ser feita em equipa até que a economia ganhe rédeas, os desempregados tenham emprego e os do ordenado mínimo recebam 1000 euros mês e em seguida todos subam e ganhem segundo o mérito.
Basta o Governo desenhar um plano e pô-lo em movimento.
Podem começar pelo mais simples, aproveitando todos os detidos nas várias regiões e fazer a limpeza e a ordenação das zonas ardidas, com engenheiros silvicultores e sempre com a superintendência de técnicos e autoridades que evitem os deslizes de alguns que preferem a prisão e o descanso à liberdade e ao pagamento diário a que terão direito.
Continuar com assuntos irrelevantes e de cabotinos que pensam mais nos seus próprios interesses do que em Portugal, decididamente NÃO!
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C.S
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