A ignorância pesa ainda mais que o toucinho masoquista e mensal de quem profere as insanidades por não conhecer as causas que as motivaram.
Em síntese e de maneira simples direi, à anafada artista de teatro e malabarista de Parlamento, o seguinte:
Os portugueses, principalmente os da costa algarvia, foram muito antes de comprar e transportar escravos para os países descobertos, eles próprios escravizados pelos povos do norte de África, que aqui vinham capturar homens para os vender como escravos nas praças africanas.
Por este motivo, a Corte foi obrigada a manter vigilância em toda a costa para dar caça a esses piratas que saqueavam as terras e capturavam os trabalhadores.
Os portugueses aumentaram tanto o número de caravelas que se estenderam pelas costas de África onde foram confrontados com a vontade dos chefes das populações ao oferecerem nas trocas comerciais um número apreciável de indivíduos de pele negra e bem constituídos.
Ao princípio não aceitaram. Mas quando se deu a descoberta do Brasil e ao fim de umas dezenas de anos de cultivo e fraca exploração das terras, o transporte de negros de África para os novos países tornou-se natural.
Como em todo o comércio deste género, uns foram bem tratados e outros sofreram com a separação das famílias e a condição em que viviam.
A Catarina estude a expansão portuguesa, compare-a com o tratamento dos outros países europeus e verificará, que aquilo que era fruto de outro tempo e outras condições de vida era normal.
Os povos aprendem o bem e o mal observando os outros. Os portugueses aprenderam com os do Norte de África. Nem foi por vingança. Foi necessidade de mão-de-obra.
Dito isto assim, ao de leve. Compreenderá melhor que hoje a situação em Portugal é idêntica. Que outra coisa não são os dois milhões e quatrocentos mil pobres que foram enganados por Partidos e Sindicatos e agora gemem envergonhados e de mão estendida? E os cerca de 900 mil trabalhadores que os Sindicatos arrastam há 44 anos para greves e ganham o ordenado mínimo, menos do que o suficiente para dar de comer a uma família de quatro pessoas. Não são eles também escravos?
Perdeu uma boa oportunidade para estar calada, e certamente perderá umas dezenas de milhares de votos.
Qual a vantagem de recordar as mazelas?
Só por ignorância, estupidez?
Gostou da maneira como comecei o blogue? Não gostou. Se não quer que eu ou outro qualquer escancare o assunto, pense bem no que diz e nas consequências de que daí podem advir.
Portugal é sagrado no sentido mais profano do amor.
Há coisas que são do foro íntimo. São para guardar e não voltar a errar.
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