O programa “Discover UE” da Comissão Europeia tem 12 mil passes gratuitos para viajar durante um mês pelos países da União Europeia.
Para te candidatares tens de ter 18 anos de idade a 31 de Dezembro de 2018 e poderes viajar durante um máximo de 30 dias entre 15 de Abril e 31 de Dezembro de 2019.
Para saberes mais vais ao Portal Europeu da Juventude. A seguir esperas pelo resultado de avaliação das candidaturas.
Os que forem aceites vão conhecer os resultados, em Janeiro de 2019, para poderem viajar de Interrail grátis no programa “Discover UE”.
Desta informação que reporto de muito útil para o teu conhecimento e desenvolvimento, caso estejas interessado trata de saber mais.
O Comissário Europeu para a Educação, Cultura, Juventude e Desporto é Tibor Navracsics.
Há pouco mais ou menos quarenta anos, uma das minhas filhas aproveitou uma destas viagens pela Europa em Interrail.
No meu tempo, não existiam estas benesses, mas havia outros meios para quem queria viajar sem pedir aos pais que despendessem dinheiro.
Na altura o escudo era muito forte. Tínhamos essa vantagem, mas dinheiro é dinheiro e havia um incentivo geral: “Salazar manda produzir e poupar” que, tanto pobres como ricos seguiam sem discutir.
Quando tive vontade de conhecer todos os povos da Europa e as suas vivências telefonei para algumas Embaixadas a saber se nos seus países havia Campos de Trabalho para jovens.
Estive em vários, mas aqueles de que mais gostei foram os do Reino Unido. Trabalhava uma semana e o dinheiro dava-me para percorrer a Inglaterra durante duas. Quando o dinheiro principiava a escassear voltava a um Campo de trabalho onde tinha comida e dormida e eles indicavam onde eu podia mostrar as minhas capacidades de trabalhador.
Havia jovens de diferentes países. Camaradagem, cinco estrelas.
Recordo o do último ano e a amizade que fiz com três indianos e dois espanhóis. Os indianos tinham o hábito de fazerem caril. Os espanhóis eram convivas habituais, quando cheguei ao campo fui com eles.
Estranhei a panela com muito caril e só seis batatas. O cheiro ao caril era intenso. A cada um foi dada uma batata. Eles começaram a comer com um bocadinho de batata e duas ou três colheradas de caril que sorviam. Eu olhava desconfiado e receoso. Os espanhóis começaram a gozar-me. Quando me ofenderam nos brios chamando-me mariconço, meti uma colherada à boca. As lágrimas explodiram.
Todos riram, mas levei a batata até ao fim com umas oito ou nove colheradas de caril que ainda hoje recordo.
Um dos indianos, magríssimo e arrependido pela brincadeira convidava-me sempre para jogar ténis de mesa. Ele fazia os possíveis por perder, eu fazia o mesmo e ele acabava por ganhar.
No fim batia no peito, como um verdadeiro Tarzan e dizia ufano, mas com a modéstia de um professor “eat curry it makes you stronger.” Come caril, isso torna-te mais forte.
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C.S
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