O Mestre de Avis, grato aos burgueses, ao povo e aos fidalgos que o ajudaram na luta contra Castela, para os compensar distribuiu títulos e terras em grande quantidade.
Ao Condestável Nun’Álvares Pereira deu-lhe quase metade de Portugal.
Só viu o grave da situação quando começou a Governar. O dinheiro não é elástico e ele tinha de arranjar uma solução sem melindrar os beneficiados. A melhor que encontrou, embora não ainda a suficiente, foi casar o seu filho bastardo, D. Afonso, 3º Conde de Barcelos, com D. Beatriz, filha única de D. Nuno Álvares.
Com este enlace ficou criada a poderosa Casa de Bragança, com fortes ligações à coroa, da qual, nos dias de hoje, ainda tem sucessores em Duarte Pio de Bragança.
O filho de D. João I, D. Duarte, passado pouco tempo de reinado vê-se confrontado com uma grave crise. O País foi assolado pela peste, de que ele havia de morrer.
Duarte, rei de 1433 a 1438, para obviar à situação faz publicar a “Lei Mental” pela qual fazia regressar à coroa todos os bens doados por D. João I e por ele próprio à falta de filho varão.
O irmão D. Henrique, não tinha falta de dinheiro. A Ordem dos Templários era o seu cofre-forte. Com inteligência e vontade de entrar no mar tenebroso e desconhecido, todos os anos enviava Caravelas com os indómitos marinheiros sondar aquilo que outros povos não tinham coragem para fazer.
Em 1434, Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador (Sara Ocidental). O mesmo Gil Eanes e Afonso Baldaia atingem o Rio do Ouro e a Pedra da Gata. Em 1441 aportam ao Cabo Branco e Nuno Tristão descobre a ilha de Arguim.
Tudo era feito com muito arrojo, mas antecipado com muito estudo.
Um dos homens mais probos que nos relata com exatidão os acontecimentos dos reinados de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I, é o Cronista-mor do Reino, e Guarda das escrituras régias, Fernão Lopes (1380-1459).
Sufocados pelas disputas sem sentido dos dias de hoje, os homens de antanho preocupavam-se com a realidade, a verdade e o bem-estar da Nação no seu conjunto, para que a sua sobrevivência, em nenhum momento pudesse ser posta em causa.
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C.S
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