Uma das formas que adoto para descansar é aprendendo algo que me agrade. Também descanso quando observo o que alguém faz, entende e resolve tarefas complicadíssimas.
Desde as línguas à matemática da Khan Academy, desde a culinária ensinada à distância, através do Skype pelo Orlindo Cameira, aos trabalhos do Brito que vive na Golegã, que tanto recupera um automóvel todo amassado como um relógio ou qualquer outro objeto, tudo me interessa quando tenho de descansar.
Quando as peças saem das mãos do Brito parecem ter terem acabado de chegar do fabricante.
Uma das peças que me recuperou e que outros me tinham garantido ser impossível dar vida foi um gravador de campânula dos finais do século XIX que cedi a um grande amigo e grande colecionador.
O português tem uma habilidade inata.
Conheci outro caso excecional, o Primeiro-Sargento, Arnaldo da Fonseca que lia e escrevia muito melhor e mais rápido música do que eu leio e escrevo livros. Julgo que as suas marchas ainda hoje são tocadas nas Bandas Militares.
Aprender quando é necessário tirar rendimento desses saberes também dá muito gozo.
Estou convencido que o português só não tem mais porque não quer.
O aprender e o aplicar o que se aprende é um prazer inexcedível.
Quando escrevi o livro “Judeus, Portugal e os sentimentos”, como fazia consultas na Internet e muitas notas vinham em hebraico resolvi aprender a língua para ir descansando e aprendendo. Comprei os livros que havia e durante os vinte meses que o livro demorou a ganhar forma, em dez ou muito mais horas diárias agarrado ao computador e a livros de consulta, sempre descansei aprendendo e escrevendo hebraico.
É certo que nunca experimentei a língua com uma bela israelita, mas numa das gramáticas vinha uma sugestão que me deu muito jeito para aprender Russo. O autor aconselhava que para melhor aprender a língua decorasse as letras de cada palavra. Com o Cirílico foi o método que adotei. Resultou em cheio.
O português sempre foi mais do ser do que do ter.
Ainda me lembro do tempo em que as pessoas, apesar de viverem com dificuldades tinham vergonha de receber dinheiro por algo que tinham feito.
A solidariedade era levada ao exagero. Todos julgavam que o trabalho de ajuda e que às vezes demorava uma ou duas horas ou mais não podia ser rentabilizado pois tínhamos de nos ajudar uns aos outros.
Neste momento grave que atravessamos teremos de privilegiar o ter, trabalhando e rentabilizando o saber para que Portugal recupere e voltemos a ser tão felizes como éramos antes destes catastróficos quarenta anos de que só os oportunistas e arrivistas tiraram lucros.
C.S
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