O Secretário Adjunto do Tesouro e das Finanças ao responder ao Deputado Leitão Amaro fê-lo com toda a propriedade. Não tinha que pedir desculpas. O povo, calado, já demonstrou que está saturado com tanta conversa e tão fracos resultados. Já deu sinais desesperados e evidentes. A primeira vez nomeando Salazar, o maior português de sempre. Há um ano elegendo Marcelo Rebelo de Sousa com os votos da Esquerda e da Direita, o que era impensável até para os que tinham sido Presidentes da República e por esse motivo deviam conhecer bem o povo e saber que ele nunca votaria em alguém vindo da Direita, filho de um ministro de Marcello Caetano e protegido deste ex-Primeiro-Ministro. E ontem, o mesmo Marcelo Rebelo de Sousa é reconhecido e acarinhado como o maior político e o melhor Presidente da República desde o 25 de Abril, ao receber 97% dos apoios dos portugueses, querendo mostrar que o povo está com Marcelo e que é possível resolver os problemas do país.
Por todos estes motivos, quando a piorreia se torna crónica há que usar métodos radicais para a erradicar.
Desde o 25 de Abril de 1974 que este país está em disfunção cognitiva.
Eu que entrei à força para o Mosteiro de S. Bento senti que, desde o primeiro dia de entrada em funções, nunca funcionou de forma normal.
Para não enlouquecer dizia no hemiciclo, aquilo que me ia na alma. Várias vezes fui admoestado pelo Presidente Vasco da Gama Fernandes. Escusadas advertências; não resistia a manifestar o desagrado.
O admirável, Adelino Amaro da Costa, viu-se forçado a avisar as outras bancadas que o CDS não voltaria a votar votos contra ou a favor de outras nações. A perda de tempo e a insanidade dos votos custavam milhares de contos ao Estado. Desde sempre os votei em desfavor e a fazer declarações de voto, para justificar a minha posição. Eles eram contra o interesse do povo português cujas dificuldades eram evidentes.
Em meados de Julho de 1979, perante mais um voto desnecessário fui desagradável com o Deputado Aires Rodrigues, chamando-lhe carraça do povo. Acrescentei que aquela Assembleia era a Assembleia da vergonha por não ter utilidade para os portugueses.
O Presidente da Assembleia da República, nesse ano, Teófilo Carvalho dos Santos, pediu-me para retirar as palavras proferidas.
Pedi-lhe desculpa por não o poder fazer, ele era uma excelente pessoa. Eu estava ali para defender o povo português.
O Presidente encerrou a sessão.
O Secretário do Tesouro e das Finanças teve mais contenção. Mas deve reparar que o povo está com Marcelo Rebelo de Sousa e com António Costa, sinal que está farto de conversas inúteis.
O assunto tem de ser resolvido nesta Legislatura.
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C.S
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