Os portugueses são de uma ingenuidade e maneira de ser totalmente diferente dos outros povos.
A sua bondade influenciou bastante os povos de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Timor e o Brasil.
O português sempre se misturou com os povos supracitados, trabalhou lado a lado. As uniões são evidentes na cor da pele.
Contrariamente aos outros colonialistas, o português não explorou. Trabalhou nesses lugares, aí amou, casou, deixou descendência e teve a sua sepultura.
Por que é que fiz esta explicação, se o tema é a doença imaginária criada através da sugestão?
Porque todos estes povos com quem nos misturámos perto de quinhentos anos, absorveram esta ingenuidade ao acreditar em tudo o que lhes dizem. São influenciados, com muita facilidade, por médicos e padres.
Alguns haverá que são gente confiável, mas a grande maioria vê na sua profissão um negócio que é preciso explorar sem piedade.
Desde jovem que só fui 3 vezes ao médico por acidentes com brincadeiras perigosas. Uma vez, numa corrida de trotinetes fiquei debaixo de um burro carregado de batatas. Desapareceu a sobrancelha do olho esquerdo. Levei uma série de pontos. Na segunda, o meu pai viu-me um alto numa perna com mau aspeto, como passámos pelo consultório do Dr. Barbas entrou, o médico olhou, na dúvida pôs um ferro em brasa e enterrou um centímetro bem medido. Olhou para mim e disse para meu pai: o rapaz é valente. A terceira foi em Castelo Branco em casa das Senhoras Trigueiros; o pai delas tinha sido Capitão e eu e o Joaquim Vaz Antunes, que ali estávamos aboletados com mais 8 estudantes, cujos pais pagavam 600 escudos por mês, hoje 3 euros por comida, dormida e mais duas criadas, sempre que elas saíam resolvíamos jogar à espadeirada. Com as espadadas do valoroso Capitão. Ficavam cheias de mossas. Uma vez em que não consegui aparar um dos golpes baixos do Joaquim, ia ficando sem as partes masculinas. Outra vez, por causa desse pirata, estive 10 dias sem fala. Transportado ao hospital, sob a vigilância do Dr. Alberto Trindade fui cosido a sangue frio. Andei três semanas a ganhar juízo. Aquilo doía, mas não tinha emenda.
As outras vezes que fui ao médico foram por precaução escolar.
Todos os alunos eram obrigados a passar pelo Gabinete médico.
A minha desconfiança para com os médicos era instintiva. E tinha razão. Com a minha última namorada, com quem vivi oito anos; um dia em que foi a Chaves viu o seu médico queixou-se de uma dor de cabeça. O remendão disse-lhe que tinha um pequeno coágulo na cabeça. Aquilo não era nada, mas era melhor retirar. Coisa simples.
Por mais que pelo telefone insistisse para não se deixar operar, deixou e deixou-me destroçado. Ela tinha 47 anos e eu 74. Paz à sua bela e deliciosa alma.
Quando todos os dias, de há uns tempos para cá oiço fazer propaganda a esta e àquela doença desligo imediatamente a rádio. Deixei mesmo de ler jornais, onde os comerciantes da morte insistem nas doenças.
A insistência continuada provoca a sugestão das próprias doenças. Os mais sensíveis adoecem ou vão a médicos que de tanto receitarem o que não precisam lhes provocam o mal.
O nosso corpo vem equipado para combater os males. Num dos meus livros, que está esgotado, “Saúde e dinheiro, o caminho para a felicidade”, afirmo que haverá um tempo próximo em que o ser humano só morrerá por acidente. Nós vimos equipados com as curas.
A sugestão é a causa do aumento das doenças, e das doenças imaginárias das quais médicos e enfermeiros se aproveitam para terem clientes, impor condições ao Estado e garantirem sempre o seu emprego e as suas greves.
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C.S
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