Depois do casamento da rainha Isabel I de Castela com o rei Fernando II de Aragão, a Catalunha perdeu a virgindade, ganhou dimensão. A Catalunha foi protagonista da unificação de Espanha e entrou na era dos descobrimentos ao lado de Portugal, que cem anos antes os iniciara.
Os reis eram donos e senhores de todos os territórios. Para manter esta prerrogativa casavam entre os familiares, o que a Igreja proibia, mas com um pequeno pagamento, de alguns milhões em terras, promessas ou dinheiro vivo, sua Santidade não resistia ao cheiro do pecado.
Isabel I, filha de Isabel de Portugal e de João II de Castela, depois de muitas peripécias, acaba por ser rainha de Castela, casa com Fernando II de Aragão e recebem do Papa o título de Reis Católicos.
É com este mesmo argumento que alguns anos mais tarde, Filipe II de Espanha, que era filho de uma rainha portuguesa, em 1537, ao ficar o trono vazio de Portugal, pela morte do fanático religioso D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, Portugal se une a Espanha até 1640.
E por que é, que eu estou com este paleio, se o tema é a Catalunha?
Porque os conjurados de 1640 reclamaram o trono português.
Os Filipes II,III e IV de Espanha, em vez de devolverem o trono, como ficara combinado, gostaram tanto de Portugal que pensaram fazer o mesmo que à Catalunha.
Se a Península Ibérica estava toda unida e a família era a mesma; seria disparate desligar aquilo que valia mais ligado do que separado.
Os portugueses da altura, apesar de muito debilitados não concordaram e infligiram várias derrotas a nuestros hermanos.
Os Catalães, nessa altura também tentaram a separação de Castela, mas Filipe IV, enviou para ali forças consideráveis, a que os Catalães fizeram frente, o que impediu que Portugal fosse invadido por forças bem mais fortes do que aquelas que aqui deixaram as vidas.
Conheço bem a Catalunha, delicio-me em Barcelona, mas o mundo deu tantas voltas que os nacionalismos perderam todo o significado.
A União faz a força e a Europa é o exemplo. “28 países uniram-se como se fosse um todo. Aquele que saiu, a Inglaterra, já está bem arrependida, por tê-lo feito. A população vai passar um mau bocado durante anos ou séculos. Se puder voltar, volta.
Toda a Europa não aprova a Independência da Catalunha, porque a seguir vinham as independências de outras regiões que não conseguiriam sobreviver senão arrimadas a novas potências.
Hoje, a Catalunha, fazendo parte da Espanha é um bloco de riqueza, de prosperidade, de beleza e de história. A Catalunha é bem mais independente do que muitos países libertos das amarras a outros países e presos pela leviandade dos seus libertadores.
Cada catalão e cada português são seres intrinsecamente independentes. Cada catalão e cada português formam, por si só, uma nação.
Mas... os seres não são ilhas isoladas. Temos de nos ouvir e reger em conjunto, caso contrário a orquestra desafina.
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C.S
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