Aquilo que tinha sido uma promessa dos Republicanos acabou por ser negado aos cidadãos quando foi eleita a Assembleia Constitucional: o Sufrágio Universal foi tudo menos que universal, assim como a formação de Círculos Uninominais (para aumentar a responsabilidade dos eleitos e o interesse do eleitorado). As eleições foram uma burla monumental.
Das três mulheres que reivindicaram o direito de voto para as mulheres: Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo, só a última o conseguiu alegando que era chefe de família por ser viúva. Imediatamente o Parlamento alterou a Lei e, às mulheres, chefes de família ou não, ficavam sempre impedidas de votar.
Desde a implantação da República em 1910 até à Constituição em 19 de Junho de 1911, o Governo Provisório tinha sempre Governado como entendia, a maior parte do tempo em Ditadura. A partir da Constituição voltou a Governar com extremo autoritarismo, mas sempre com muita dificuldade.
Há três Partidos : Democrático (que devia sempre respeitar a vontade do povo); Evolucionista (que acreditava na transformação das ideias); Unionista (aqueles que partilham as mesmas ideias políticas).
Em 2 de Agosto é eleito Presidente da República Manuel de Arriaga, natural da cidade da Horta, Faial.
O Ministério é chefiado por João Chagas.
Columbano Bordalo Pinheiro desenha a nova Bandeira Nacional; Henrique Lopes Mendonça escreve a letra do Hino Nacional, “A Portuguesa” e Alfredo Keil compõe a música.
Para impor a Ordem foram criados os Batalhões de Voluntários para ajudar o Governo sem que o Governo tivesse de lhes pagar. Mas tudo o que é de graça fica muito caro.
Os Batalhões de Voluntários eram uma emanação da Carbonária que o Governo aceitava para impedir as greves e sovar os do Sindicato e todos os que os ajudavam.
Os Batalhões de Voluntários tinham instrução militar nos quartéis, aos domingos de manhã.
Eram especialistas em dar valentes sovas em quem criticasse o Governo. Basílio Telles é barbaramente sovado no Porto e António José de Almeida, também provou em Lisboa, da receita que ele tinha advogado contra a Monarquia.
O Escudo passa a ser a moeda oficial do País em vez do Real.
No Aljube os presos amontoam-se em condições mais que desumanas.
No Parlamento os políticos insultam-se e esmurram-se em vez de procurar a solução para os graves problemas que afligem o País.
Afonso Costa substitui o Grupo Parlamentar Democrático pelo Partido Republicano Português (PRP) que dirige com mão de ferro.
O PRP era só constituído por familiares, amigos e partidários de Afonso Costa. Um dos seus suportes era o Jornal “O Mundo” que continuava a destilar ódio e a denunciar os que não estavam com o PRP. Os militantes ocupavam os melhores lugares na Administração Pública e outros rentáveis empregos como acontecia com os familiares do Afonso Costa e dele próprio.
Os dirigentes sindicais acusados pela agitação em que o País vivia eram perseguidos, presos e, muitas vezes, enviados para as colónias. Mas as greves não paravam e as bombas também não.
Lisboa torna-se um inferno. A fome e o desemprego aumenta todos os dias porque todos os dias fecham fábricas onde os operários passavam o tempo a discutir os seus direitos e se esqueciam dos deveres e de trabalhar.
A Europa despreza-nos.
Coloque a máscara. A procissão ainda vai no Adro e o novo Covid está de olho atento ao mínimo descuido. Cumpra as regras. Evite estar muito tempo na cozinha, beijos e abraços, mantenha as distâncias. Seja inteligente.
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C.S
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